O dia D está chegando!

Caros amigos e visitantes, por motivos de "força maior" estarei de recesso.
Digamos que seja um recesso estratégico do blog, blog este que ao mesmo tempo em que me alivia, me distrai... e exatamente por esse motivo terei que me afastar.
O tão sonhado e esperado concurso teve seu edital veiculado.
Resta-me pouco tempo até o dia da prova e são tantas as atividades que gostaria que não tivesse saído agora. Justo agora que tenho que entregar minha monografia...
Os prazos consomem-me... Terei que focar minha atenção.
Obrigada por todos os comentários de incentivo.
Torçam por mim!
Que Deus nos dê força e sabedoria!
Abraço no coração!

Variações do mesmo tema!

Dudu dizia "pupulé" pra picolé.
Guigui diz "pitolé".

Guigui

_ Hum mamãe... "hozi" tem "linbiça"!

A Alegria na Tristeza

"O título desse texto na verdade não é meu, e sim de um poema do uruguaio Mario Benedetti. No original, chama-se "Alegría de la tristeza" e está no livro "La vida ese paréntesis" que, até onde sei, permanece inédito no Brasil.
O poema diz que a gente pode entristecer-se por vários motivos ou por nenhum motivo aparente, a tristeza pode ser por nós mesmos ou pelas dores do mundo, pode advir de uma palavra ou de um gesto, mas que ela sempre aparece e devemos nos aprontar para recebê-la, porque existe uma alegria inesperada na tristeza, que vem do fato de ainda conseguirmos senti-la.
Pode parecer confuso mas é um alento.
Olhe para o lado: estamos vivendo numa era em que pessoas matam em briga de trânsito, matam por um boné, matam para se divertir.
Além disso, as pessoas estão sem dinheiro.
Quem tem emprego, segura.
Quem não tem, procura.
Os que possuem um amor desconfiam até da própria sombra, já que há muita oferta de sexo no mercado.
E a gente corre pra caramba, é escravo do relógio, não consegue mais ficar deitado numa rede, lendo um livro, ouvindo música.
Há tanta coisa pra fazer que resta pouco tempo pra sentir.
Por isso, qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo que não seja uma euforia, um gozo, um entusiasmo, mesmo que seja uma melancolia.
Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é conjugado pra fora.
Sentir alimenta, sentir ensina, sentir aquieta.
Fazer é muito barulhento.
Sentir é um retiro, fazer é uma festa.
O sentir não pode ser escutado, apenas auscultado.
Sentir e fazer, ambos são necessários, mas só o fazer rende grana, contatos, diplomas, convites, aquisições.
Até parece que sentir não serve para subir na vida.
Uma pessoa triste é evitada.
Não cabe no mundo da propaganda dos cremes dentais, dos pagodes, dos carnavais.
Tristeza parece praga, lepra, doença contagiosa, um estacionamento proibido.
Ok, tristeza não faz realmente bem pra saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos com nossos botões.
E dessa conversa sai luz, lições, sinais, e a tristeza acaba saindo também, dando espaço para uma alegria nova e revitalizada.
Triste é não sentir nada."

Martha Medeiros

Adoro Martha Medeiros

Ando muito acomodada
sem vontade de escrever.
Ou talvez seja receio...
pois sempre encontro alguém
que externou meu pensamento
de um modo muito mais organizado.
Confiram por si mesmos:

"Eu sou feita de sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos.
Sou feita de choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão.
Sinto falta de lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci.
Eu sou amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante.
Já tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não prometidas.
Muitas vezes eu desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir para não enfrentar
sorri para não chorar.
Eu sinto pelas coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei.
Tenho saudade de pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo.
Mas continuo vivendo e aprendendo."

Martha Medeiros

Não sei quantas almas tenho

"Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
quem sente não é quem é,
atento ao que sou e vejo,
torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
é do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
assisto à minha passagem,
diverso, móbil e só.
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
o que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
o que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu. "

Fernando Pessoa

Simplesmente não fui fazer a prova... não consegui ir...
Os sintomas e dores que me atacaram segunda perseveraram no decorrer da semana e agigantaram-se no sábado meia hora antes de viajar.
Daí pesei tudo... mas tudo mesmo e como me recomendou uma nova companheira concurseira virtual: "Faz o que teu coração mandar. É ele mesmo o grande propulsor. "
Chorei mais um pouco, pois como ela própria comentou nos sentimos culpadas por tudo... A mais pura verdade: não fui e fiquei me martirizando por isso também... mas vou colocar uma pedra sobre o assunto.
Outros concursos virão, estarei mais bem preparada (é assim mesmo que devemos falar: mais bem preparada e não melhor preparada... dica de um professor de português...). Nosso vernáculo não é brincadeira não...
Sem mais para o momento...

Guigui

__ Vovó, "vamu brinca de tonde tonde"?!

Quem dera eu pudesse sobrestar algumas responsabilidades decorrentes dessa vida de concurseira...
Estou enfastiada! (deveríamos ter um sinal de exclamação ao contrário, assim demonstraria melhor meu enfado...)
Ah se fosse possível levar os meninos comigo... a viagem ganharia colorido. De obrigação passaria a diversão.
Toda vez prometo a mim mesma que será a última viagem, mas daí surge um edital interessante em um lugar distante e lá vou eu correndo os olhos por ele e me convencendo de que é preciso ir...
Faço um preparo psicológico todas as vezes... serão apenas dois dias de afastamento... eles ficarão bem... vai dar tudo certo... no futuro eles irão me entender e perceber que fiz o que tinha que ser feito... tudo passa, isso também passará...
No fundo, no fundo, nada me consola...
But... "big girls don't cry...
I need to be with myself in center, clarity, peace, serenity.
The path that I'm walking, I must go alone.
I must take the baby steps til I'm full grown."