• Maconha faz mal?

    Saiba mais sobre a fundamentação científica acerca dos efeitos da maconha sobre o organismo.

Mostrando postagens com marcador Tabaco. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Tabaco. Mostrar todas as postagens

Anvisa aprova novas advertências nas embalagens de derivados de tabaco


A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, no início de abril, uma Resolução que altera as embalagens de produtos fumígenos derivados do tabaco. A nova regra foi publicada nessa semana no Diário Oficial da União (DOU).

De acordo com o texto, as embalagens deverão trazer advertências sanitárias que ocupem 30% da parte inferior da face frontal das embalagens desses produtos, mantendo as fotos já existentes na face posterior. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) dá cumprimento ao que prevê a Lei Federal nº 12.546/2011 e o Decreto nº 8262/2014.

O texto da advertência deve ser: "Este produto causa câncer. Pare de fumar. Disque saúde: 136". A resolução determina que a mensagem seja escrita de forma legível e destacada, com letras brancas, em negrito, caixa alta, fonte Arial 8, espaçamento simples, sobre fundo de cor preta, conforme modelo disponível no portal eletrônico da Anvisa.

Prazo
O parágrafo 6º, artigo 3º, da Lei 12.546/2011 estabelece o dia 1 de janeiro de 2016 como data para inicio de comercialização dos produtos com a nova advertência. A Regulamentação passou por uma Consulta Pública em que a sociedade e os fabricantes tiveram 10 dias para enviar as contribuições. No total foram recebidas 38 contribuições de diversos setores.

Fonte - Com informações da Anvisa

Austrália conclui que dois em cada três fumantes podem morrer devido ao tabagismo

Austrália conclui que dois em cada três fumantes podem morrer devido ao tabagismo
Um estudo australiano com mais de 200 mil pessoas mostrou que até dois em cada três fumantes morrerão por causa da dependência, caso continuem fumando. A pesquisa, publicada em fevereiro na revista “BMC Medicine”, é a primeira realizada com uma grande amostragem a mostrar que o número de mortes relacionadas com o tabagismo pode chegar a dois terços do total de fumantes.

A coordenadora do estudo e pesquisadora da universidade australiana, Emily Banks, disse que os dados mostram que os fumantes têm um risco três vezes maior de morte prematura e que eles morrerão aproximadamente 10 anos antes dos não fumantes.

O estudo apontou que quem fuma apenas 10 cigarros por dia, em comparação aos não fumantes, tem o dobro do risco de morte, enquanto as pessoas que fumam um maço por dia tem um aumento de quatro a cinco vezes nesse risco. A pesquisa, desenvolvida por uma equipe internacional, teve apoio da Fundação Nacional do Coração, da Austrália, em colaboração com o Conselho do Câncer de New South Wales.

As conclusões foram resultados de uma análise de quatro anos de informações sobre a saúde de mais de 200 mil homens e mulheres que fizeram parte do estudo "45 and Up", do Instituto Sax, da Austrália - considerada a maior pesquisa sobre saúde e envelhecimento realizada no Hemisfério Sul.

Fonte - CONICQ

Cigarro eletrônico pode ser até 15 vezes mais cancerígeno, revela pesquisa

Cigarro eletrônico pode ser até 15 vezes mais cancerígeno, revela pesquisa
Aquecido ao máximo e aspirado profundamente, o vapor com nicotina dos cigarros eletrônicos pode produzir formaldeído, uma substância que o torna de cinco a quinze vezes mais cancerígeno que o cigarro comum. A informação é um estudo publicado nessa semana pela Universidade de Portland, no estado de Oregon, no New England Journal of Medicine (NEJM).


Os pesquisadores utilizaram uma máquina para "inalar" o vapor dos cigarros eletrônicos de baixa e alta tensão a fim determinar como se forma o formaldeído, uma conhecida substância cancerígena, a partir do líquido utilizado pelo dispositivo.

Durante a experiência, os pesquisadores constataram que, quando o cigarro eletrônico aquece o líquido, a alta tensão (5 volts) produz uma taxa de formaldeído mais elevada que a do cigarro comum.

Desta maneira, o usuário de cigarro eletrônico que inala diariamente o equivalente a três mililitros deste líquido vaporizado e aquecido ao máximo absorve cerca de 14 mg de formaldeído, contra 3 mg para quem fuma um maço de cigarro comum.

A longo prazo, a inalação de 14 mg desta substância nociva por dia pode aumentar de 5 a 15 vezes o risco de câncer, destaca o estudo.


Fonte - O Globo.com

Estudo: teste de sangue poderá ajudar fumantes a largar o tabaco

Fumantes que desejam parar com o vício poderão ter mais um instrumento à disposição. Estudo publicado na revista científica "Lancet" sugere que testes de sangue podem ajudá-los a optar pela melhor estratégia para largar o cigarro.


A chave para isso seria medir a rapidez com que cada metabolismo quebra moléculas de nicotina. A substância é uma das maiores responsáveis pelo vício em cigarro. Quando alguém para de fumar, os níveis de nicotina no seu sangue caem, levando o corpo da pessoa a "pedir" mais doses dessa substância.

Porém, cada pessoa quebra as moléculas de nicotina em velocidades diferentes. Cientistas acreditam que aqueles com metabolismo mais rápido tendem a armazenar menor quantidade da substância, tornando mais difícil a missão de parar, porque o organismo sente mais a falta do cigarro.

No novo estudo, pesquisadores da Universidade da Pensilvânia analisaram 1.240 pessoas em diferentes programas de interrupção do tabagismo. Eles checaram o sangue de cada voluntário para ver se nicotina foi quebrada em uma taxa normal ou lenta.

A cada um dos pacientes foi dado um adesivo de nicotina, uma droga chamada vareniclina ou um tratamento com pílulas.

A vareniclina é uma droga sem nicotina que está disponível ao público por prescrição médica. Médicos hesitam em receitá-la devido a seus potenciais efeitos colaterais, como risco de depressão. Ao longo desse estudo, todos os voluntários tiveram acesso a acompanhamento psicológico.

O resultado mostrou que pessoas que quebram nicotina em uma velocidade normal apresentaram mais chances de parar de fumar durante a utilização de vareniclina do que aqueles que se valeram de adesivos de reposição de nicotina.

Por outro lado, embora voluntários com metabolismo mais lento tenham tido índices semelhantes de sucesso em qualquer tratamento, eles apresentaram maior índice de efeitos colaterais com vareniclina. Diante do resultado, os autores do estudo exaltaram que os testes preventivos de sangue poderão indicar no futuro qual o melhor caminho para fumantes largarem seus cigarros.

Fonte - O Globo.com

Fumar mata 35% das bactérias da boca, aponta estudo

Fumar mata 35% das bactérias da boca, aponta estudo
O consumo regular de álcool e tabaco pode levar a uma ampla gama de problemas de saúde bastante conhecidos, como câncer e cirrose, mas pesquisadores brasileiros mostraram que essas drogas também vitimam centenas de espécies de bactérias da boca. Quem é fumante perde cerca de 35% da biodiversidade bacteriana bucal (que pode chegar a 700 espécies diferentes de micróbios).


Já quem consome bebidas alcoólicas e fuma fica sem 20% das espécies da "flora" da boca, mostra a análise feita por especialistas do A.C. Camargo Cancer Center e da USP. (A análise não incluiu pessoas que apenas bebem, mas não fumam.)

Esse cenário pode se revelar preocupante porque, assim como ocorre no intestino, a presença de uma comunidade saudável de bactérias na boca provavelmente ajuda a proteger essa parte do corpo.

Bactérias "do bem", por exemplo, ajudariam a manter sob controle micróbios daninhos ou produziriam substâncias benéficas para a boca. Com o desequilíbrio causado pelo consumo constante de álcool e tabaco, a biodiversidade alterada de bactérias poderia acelerar os problemas de saúde ligados a essas drogas, favorecendo o aparecimento de tumores bucais, por exemplo.

Para chegar aos resultados, a equipe obteve amostras da boca e da língua de 22 voluntários, com a ajuda de uma espécie de cotonete. A partir das amostras, os cientistas usaram uma técnica que "pesca" pequenos trechos de DNA bacteriano, que são úteis para identificar a espécie de micróbio à qual esses pedaços de DNA pertencem. O estudo foi publicado na revista científica "BMC Microbiology".


Fonte - Folha de S. Paulo

Risco de dependência por cigarro é maior que por cocaína, diz estudo

Risco de dependência por cigarro é maior que por cocaína, diz estudo
Relatório preparado pela organização de controle do tabagismo Campanha Crianças Livres do Tabaco (CTFK) lançado nesta terça-feira, 02, no Brasil, mostra que cigarros estão com mais poder de dependência e perigosos. Feito a partir da análise de pesquisas científicas e de documentos fornecidos pela indústria do tabaco, o trabalho afirma ser mais fácil tornar-se dependente de cigarro do que de cocaína e de heroína. A mudança, afirma o documento, é resultado de estratégia adotada pelas companhias.

Ao longo dos últimos 50 anos, assegura o relatório, os produtos passaram a apresentar um teor maior de nicotina, tiveram a inclusão em sua fórmula de amônia e açúcares, que aumentam seu efeito e tornam a fumaça mais fácil de ser inalada.O próprio formato do cigarro mudou: produtos passaram a trazer filtros com pequenos orifícios, muitas vezes imperceptíveis, que levam o fumante a aumentar o volume e a velocidade de aspiração.

Alta engenharia, avalia o relatório, para aumentar a atratividade, facilitar o consumo e a dependência.Nicotina e heroína apresentam mecanismos semelhantes para o desenvolvimento da dependência, afirmou à reportagem um dos autores do relatório.Ele observou, no entanto, que o número de experimentadores de cigarro que se tornam dependentes é maior do que os que entram em contato com a heroína pela primeira vez.Documentos reunidos no relatório mostram que os teores de nicotina dos cigarros aumentaram 14,5% entre 1999 e 2011.Substância encontrada naturalmente na planta do tabaco, a nicotina, quando chega aos pulmões, é absorvida pela corrente sanguínea e em segundos é transportada para o cérebro.

Os sintomas de abstinência surgem logo nas primeiras horas depois de parar de fumar.Pesquisadores afirmam no trabalho que a amônia acrescentada ao tabaco aumenta a velocidade com que a nicotina chega ao cérebro e a sua absorção, o que torna a sensação de prazer mais rápida e mais intensa. A amônia também torna a fumaça do cigarro mais suave, o que facilita a sua inalação pelos pulmões. Além da maior capacidade de desenvolver dependência, as mudanças ampliaram o risco de câncer de pulmão.As misturas do tabaco e os aditivos tornaram a fumaça do cigarro mais fácil de ser inalada, aumentando os níveis de nicotina no sangue e no cérebro.

Outros agentes potencializaram o impacto da nicotina, como o acetaldeído produzido com a queima do açúcar adicionado ao cigarro. Tudo isso aumenta o risco de dependência.O pesquisador, que é da Universidade da Califórnia, ressaltou que, principalmente nos Estados Unidos, cigarros passaram a ter uma concentração maior de nitrosaminas específicas do tabaco, uma substância carcinogênica. Essa última mudança, associada com a adoção de filtros ventilados - que levam a inalações mais profundas - torna o fumante mais vulnerável e exposto a substâncias, aumentando o risco de câncer provocado pelo consumo do cigarro.

De acordo com o trabalho, apesar de fumarem menos, tanto homens quanto mulheres têm um risco muito maior de desenvolver câncer de pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica do que em 1964, quando foi divulgado o primeiro relatório produzido pelo governo americano sobre o impacto do tabagismo na saúde.O pesquisador americano ainda criticou a suspensão no Brasil da resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proibia a adição de produtos que conferissem sabor para os cigarros.

Fonte - EXAME

Mais de um quarto de milhão de jovens que nunca tinham fumado um cigarro usaram e-cigarros em 2013

Mais de um quarto de milhão de jovens que nunca tinham fumado um cigarro usaram e-cigarros em 2013
Mais de um quarto de um milhão de jovens que nunca tinham fumado um cigarro usaram cigarros eletrônicos em 2013, de acordo com um estudo do CDC publicado na revista Nicotine e Pesquisa do Tabaco. Esse número reflete um aumento de três vezes, passando de cerca de 79 mil em 2011, para mais de 263.000 em 2013.

Os dados, que vem de 2011, 2012, 2013 e dos levantamentos do National Youth Tobacco de alunos do ensino fundamental e médio, mostram que os jovens que nunca fumaram cigarros convencionais, mas que usaram e-cigarros, eram quase duas vezes mais propensos na intenção de fumar cigarros convencionais do que aqueles que nunca haviam usado os e-cigarros. Entre os jovens não-fumantes que já tinham usado os e-cigarros, 43,9 % disseram que possuem a intenção de fumar cigarros convencionais, no próximo ano, em comparação com 21,5% dos que nunca tinham usado os e-cigarros.
Existe uma preocupação, por parte dos pesquisadores do CDC, com o uso de nicotina entre os jovens, independentemente do fato de provir de cigarros convencionais, e-cigarros ou outros produtos do tabaco. Não só é altamente viciante de nicotina, mas pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro do adolescente

Há evidências de que os efeitos adversos da nicotina sobre o desenvolvimento do cérebro do adolescente pode resultar em défices duradouros na função cognitiva. A nicotina é altamente viciante. Cerca de três em cada quatro fumantes adolescentes se tornarem adultos fumantes, mesmo que eles pretendam deixar a dependência em poucos anos. O aumento do número de jovens que usam e-cigarros deve ser uma preocupação para os pais e para a comunidade de saúde pública, especialmente porque os usuários jovens de e-cigarros eram quase duas vezes mais propensos a terem a intenção de fumar cigarros convencionais em comparação com jovens que nunca tinha experimentado e-cigarros.

O estudo também analisou a associação entre a publicidade ao tabaco e intenções do tabagismo entre estudantes de ensino fundamental e médio. Os alunos foram questionados sobre se já haviam visto os anúncios de tabaco na internet, em revistas e jornais, em lojas de varejo, e em programas de televisão e filmes. Consistente com estudos anteriores, este estudo constatou que os jovens que relataram exposição a anúncios de cigarros tiveram maiores taxas de intenções de fumar do que aqueles que não foram expostos a esses anúncios.

Os pesquisadores também descobriram que quanto maior o número de fontes de exposição de publicidade para os jovens expostos, maior a sua taxa de intenção de fumar cigarros. 13% dos estudantes que disseram que não tinha a exposição a esses anúncios tinham intenção de fumar, em comparação com 20,4% entre aqueles que relataram exposição de uma a duas fontes de anúncios e de 25,6% entre aqueles que relataram exposição de três para quatro das fontes.
Mais de 50 anos desde que o Relatório do Surgeon Genera, marco ligando o cigarro ao câncer de pulmão, o tabagismo continua a ser a principal causa de morte e de doenças evitáveis ​​nos Estados Unidos. Fumar mata quase meio milhão de americanos a cada ano. Mais de 16 milhões de americanos vivem com uma doença relacionada ao tabagismo.

Doenças relacionadas ao fumo custam 132 bilhões de dólares americanos por ano em despesas com cuidados diretos de saúde , muito disso vem em pagamentos suportados pelos contribuintes. A cada dia, mais de 3.200 jovens americanos fumam seu primeiro cigarro. O Surgeon General concluiu que a menos que a taxa de tabagismo seja rapidamente reduzida, 5,6 milhões de crianças norte-americanas vivas hoje - cerca de um em cada 13 - irá morrer prematuramente de uma doença relacionada ao tabagismo.

Fonte - MedicalNewsToday (Adaptado)

Vareniclina combinada com adesivos de nicotina melhoram as taxas de cessação do tabagismo, diz estudo realizado na África do Sul

Tabaco
Vareniclina combinada com adesivos de nicotina melhoram as taxas de cessação do tabagismo.Combinando a medicação para cessar o tabagismo – Vareniclina com a terapia de reposição de nicotina, foi mais eficaz que a vareniclina sozinha para alcançar a abstinência do tabaco em 6 meses, de acordo com um estudo no JAMA.

A combinação da farmacoterapia e abordagens comportamentais são de benefício comprovado para ajudar os fumantes a parar. A combinação da terapia de reposição de nicotina (TRN) com vareniclina foi para melhorar o tratamento sugerido para a abstinência tabágica, mas a sua eficácia é incerta, de acordo com a informação em segundo plano no artigo.Coenraad FN Koegelenberg, Médio e Ph.D., da Universidade de Stellenbosch, Cidade do Cabo, África do Sul, e colaboradores , distriburam aleatoriamente 446 fumantes geralmente saudáveis à nicotina ou a um ciclo de tratamento placebo de 2 semanas, realizado antes da data de parar do observado e continuou por mais 12 semanas. A vareniclina foi iniciada uma semana antes de TQD, continuou por mais 12 semanas, e diminuida gradativamente na semana 13.

O estudo foi realizado em sete centros na África do Sul a partir de abril de 2011 a outubro de 2012.; 435 participantes foram incluídos nas análises de eficácia e segurança.Os pesquisadores descobriram que os participantes que receberam o TRN e vareniclina foram mais propensos a alcançar abstinência contínua do fumo (confirmado por medições de monóxido de carbono expirado) em 12 semanas (55,4% contra 40,9 %) e 24 semanas (49,0% contra 32,6%) e prevalência do ponto de abstinência (uma medida de abstinência com base no comportamento em um ponto especial no tempo) em seis meses (65,1% contra 46,7%) do que aqueles que receberam o placebo do TRN e vareniclina.

No grupo de tratamento combinado, havia mais náuseas, distúrbios do sono, reações de pele, prisão de ventre, depressão, com apenas as reações cultâneas atingindo significância estatística (14,4% 7,8% ); o grupo de vareniclina sozinha fora experimentado mais dores de cabeça e sonhos anormais."Neste estudo, de nosso conhecimento, o maior estudo para examinar a eficácia e a segurança do tratamento de vareniclina completando com TRN, encontramos informações que o tratamento de combinação para ser associado com uma taxa estatisticamente significativa e clinicamente importante, com abstinência contínua superior em 12 e 24 semanas , bem como uma prevalência maior da taxa de abstinência no ponto seis meses ", escrevem os autores.Eles acrescentam que mais estudos são necessários para avaliar a eficácia e segurança a longo prazo.

Fonte - Medical news Today

Relatório conclui que o tabaco é mais mortal hoje do que há 50 anos

Cinquenta anos atrás, a Academia de Cirurgia dos Estados Unidos conseguiu vincular o tabaco ao câncer de pulmão pela primeira vez. Desde então, as pesquisas associam tabagismo a uma série de outros problemas de saúde, e os esforços para divulgar os efeitos nocivos ajudou a impulsionar um declínio histórico no número de americanos que fumam regularmente.


No entanto, mais de 42 milhões de adultos permanecem dependentes de cigarros, e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) diz que o tabaco ainda é o maior desafio de saúde pública. Por que é que o tabaco continua no topo da lista do CDC? Por que não ultrapassamos esta etapa? Em grande parte porque os fabricantes de cigarros têm trabalhado para manter seus produtos relevantes, mesmo no meio de campanhas de saúde pública agressivas para combater o tabagismo, de acordo com novo relatório divulgado pela Campanha para Crianças Livres do Tabaco dos Estados Unidos.

Os cigarros de hoje são muito diferentes dos cigarros que estavam no mercado há cinco décadas, de acordo com o novo relatório, e isso é porque as empresas de tabaco têm realizado pesquisas para descobrir como fazer com que o tabagismo se mantenha atraente para novos consumidores.

Eles aumentaram o grau de dependência em seus produtos aumentando os níveis de nicotina - a química viciante do cigarro - e usando novos aditivos para ajudar a melhorar o impacto da substância. Eles também adicionaram aromatizantes, açúcares e mentol para mascarar o efeito da fumaça, e, em última análise, na esperança de que isso iria tornar os cigarros mais agradáveis de serem usados.

"A maioria das pessoas poderia pensar que, 50 anos depois de termos descoberto que o cigarro causa câncer de pulmão, o cigarro seria mais seguro. O mais impactante no relatório foi que, hoje, descobrimos que um fumante tem mais de duas vezes mais chances de desenvolver câncer de pulmão do que um fumante de cinquenta anos atrás, sendo este um resultado direto de alterações de design feitas pela indústria", informou Matt Myers, Presidente da Campanha para Crianças Livres do Tabaco.

Em cima disso, a organização de Myers observa que essas empresas têm feito movimentos calculados para criar a próxima geração de fumantes, de acordo com documentos internos de marketing de empresas de tabaco que foram tornados públicos, como resultado de processos judiciais contra eles.
 
Fonte - Thinkprogress

Número de fumantes cai 28% nos últimos oito anos no Brasil

Número de fumantes cai 28% nos últimos oito anos no Brasil
A pesquisa Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) revelou que 28% dos fumantes largaram o cigarro nos últimos oito anos.
O levantamento registrou, ainda, que 11,3% da população brasileira fuma, enquanto que em 2006 o índice era de 15,7%. A frequência maior é entre os homens (14,4%), que fumam mais que as mulheres (8,6%).

Menos de 20 cigarros por dia

Além da queda no número de fumantes, outro motivo para comemorar é a redução no número de pessoas que fumam 20 ou mais cigarros por dia. Eram 4,6% dos brasileiros em 2006 e passou para 3,4% em 2013. O Vigitel 2013 também revelou a redução de fumantes passivos no domicílio, que passou de 12,7% em 2009 para 10,2% em 2013.

No local de trabalho, embora não seja uma redução expressiva, o índice de fumantes passivos saiu de 12,1% e foi para 9,8%.

Ações de combate

Atualmente, há 23 mil equipes de saúde do Sistema Único de Saúde em 4 mil municípios, no âmbito da atenção básica, preparadas para ofertar o tratamento para largar o vício de fumar no SUS. São oferecidas consultas de avaliação individual ou em grupo de apoio, além de medicamentos em forma de adesivos e gomas de mascar com nicotina.

Fonte - Adaptado do Portal Brasil

Parar de fumar deixa mais feliz, diz estudo

Parar de fumar deixa mais feliz, diz estudo
Deixar o cigarro contribui para o bem-estar mental, tendo o mesmo efeito que o uso de antidepressivos, aponta um estudo publicado no periódico médico British Medical Journal (BMJ), na edição disponível a partir desta sexta-feira (14).


De acordo com os pesquisadores britânicos, que revisaram 26 estudos sobre o tema, o efeito de parar de fumar pode ser "equivalente, ou superior, ao de antidepressivos utilizados no tratamento da ansiedade, ou de transtornos de humor".
Os fumantes incluídos nos trabalhos eram "medianamente dependentes", com idade média de 44 anos, e fumavam de 10 a 40 cigarros por dia. Do total, 48% eram homens.

Eles foram entrevistados antes de sua tentativa de parar de fumar e, novamente, depois de conseguirem largar o hábito, em uma janela que variou de seis semanas a seis meses.
Os que conseguiram deixar o cigarro estavam menos deprimidos, menos ansiosos, menos estressados e com uma visão positiva da vida do que os que não conseguiram abandonar o vício. A melhora foi perceptível nas pessoas afetadas por transtornos mentais logo que pararam de fumar.

Nenhuma avaliação de acompanhamento do estado mental voltou a ser feita, porém, em especial nos casos dos ex-fumantes que tiveram recaídas.
A coordenadora do estudo, Genma Taylor, da Universidade de Birmingham, disse esperar que os resultados permitam dissipar falsas ideias, como a que atribui ao cigarro qualidades antiestressantes, ou relaxantes.

"Comparando não fumantes e fumantes, encontramos uma associação entre uma pior saúde mental nos fumantes", acrescentou.

Segundo números divulgados em julho passado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o cigarro seria responsável pela morte de pelo menos 6 milhões a cada ano, número que pode atingir 8 milhões até 2030.

Fonte - AFP

Risco do tipo mais comum de câncer de mama elevado pelo cigarro

Risco do tipo mais comum de câncer de mama elevado pelo cigarro
O tabagismo é um conhecido fator de risco para o câncer de pulmão e também pode desencadear outros tumores, como os de boca, de estômago, de laringe e de pâncreas. Agora, uma nova pesquisa concluiu que o cigarro pode elevar as chances do tipo mais comum de câncer de mama em mulheres de até 44 anos.


Segundo o estudo, pacientes que fumam mais do que um maço de cigarro por dia há pelo menos dez anos têm um risco 60% maior de desenvolver a doença em comparação com aquelas quem fumam menos ou que não são fumantes.

Subtipos — O câncer de mama associado ao cigarro pela pesquisa é do tipo receptor de estrogênio positivo, cujo crescimento depende desse hormônio. O estudo não encontrou, porém, relação entre o tabagismo e um maior risco de câncer de mama triplo negativo, que é uma forma menos comum, porém mais agressiva da doença.

“Há cada vez mais evidências de que o câncer de mama é outro perigo associado ao cigarro”, diz Christopher Li, pesquisador do Centro para Pesquisa em Câncer Fred Hutchinson em Seattle, Estados Unidos, e coordenador do estudo. Segundo Li, porém, muitos trabalhos feitos com mulheres mais jovens tiveram resultados conflitantes ou então não especificaram quais tipos de tumores podem ser causados pelo tabagismo.

A pesquisa foi divulgada na edição deste mês do periódico Cancer, uma publicação da Sociedade Americana do Cancer. Os autores avaliaram dados de mulheres de 20 a 44 anos que haviam sido diagnosticadas com câncer de mama entre 2004 e 2010. Entre elas, 778 apresentaram tumores do tipo receptor de estrogênio positivo e 182 tiveram o câncer triplo negativo. A equipe comparou essas participantes com outras 938 livres da doença.

Os resultados também mostraram que as mulheres que fumavam há pelo menos 15 anos tiveram um risco 50% maior de desenvolver o câncer de mama do tipo receptor de estrogênio positivo em comparação com as que fumavam há menos tempo. “Há muitos compostos químicos no cigarro, e eles podem provocar diferentes efeitos capazes de levar à doença”, diz Christopher Li.

Fonte - Veja

Pesquisa dos Estados Unidos adverte para riscos ainda maiores do tabagismo


Pesquisa dos Estados Unidos adverte para riscos ainda maiores do tabagismo
Altos dirigentes de saúde dos Estados Unidos se reuniram na Casa Branca para anunciar as mais recentes descobertas do Surgeon General (autoridade máxima de saúde pública no país) sobre as consequências de fumar para a saúde, cinco décadas depois de o primeiro relatório do tipo alertar ao público que fumar provoca câncer de pulmão.


O tabagismo se mantém como a principal causa evitável de morte prematura nos Estados Unidos e mata cerca de meio milhão de americanos anualmente. "Surpreendentemente, 50 anos depois ainda estamos descobrindo novas formas em que o tabaco mutila e mata pessoas", afirmou o diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Thomas Frieden. "O tabaco é inclusive pior do que sabíamos que era", acrescentou.


Segundo o relatório, agora se sabe que o fumo ativo é a causa de 13 diferentes tipos de câncer, assim como de diabetes e degeneração macular relacionada com a idade. Fumar também causa tuberculose, disfunção erétil, fissuras faciais em bebês, gravidez ectópica, artrite reumatoide, inflamação, comprometimento da função imunológica e piora a perspectiva para pacientes e sobreviventes de câncer. As pessoas que não fumam, mas são expostas à fumaça do tabaco sofrem um risco maior de sofrer derrame, acrescentou o informe.


Mais de 20 milhões de pessoas nos Estados Unidos morreram vítimas de doenças relacionadas ao tabagismo e de doenças causadas pelo fumo passivo. Outras 16 milhões de pessoas sofrem de problemas de saúde vinculados ao tabagismo. "Já é o bastante", disse o diretor dos CDC, Boris Lushniak, alertando que os cigarros modernos estão mais potentes e mais perigosos do que nunca.

"Os fumantes de hoje correm um risco maior de desenvolver câncer de pulmão do que corriam quando o primeiro relatório do Surgeon General foi publicado, em 1964, ainda que fumem menos cigarros", disse Lushniak. "Como os cigarros são feitos e os produtos químicos que contêm mudaram com o passar dos anos, algumas dessas mudanças devem ser um fator no risco maior de desenvolvimento de câncer de pulmão", acrescentou.


As taxas de tabagismo estão caindo nos Estados Unidos. O país tem 18% de fumantes contra 42% há cinco décadas. Mas, segundo o informe, se a taxa atual de tabagismo não cair ainda mais, uma em cada 13 crianças vivas hoje sofrerá de alguma doença relacionada com o tabagismo.


"Fizemos muitos avanços", disse a secretária de Saúde e Serviços Humanos, Kathleen Sebelius. "Mas ainda somos um país muito dependente do tabaco", acrescentou. O tabagismo custa aos Estados Unidos mais de US$ 289 bilhões ao ano em cuidados médicos diretos e outras perdas econômicas, destacou o relatório.

O documento apontou como responsável pela epidemia "as estratégias agressivas da indústria do tabaco, que deliberadamente enganou o público sobre os riscos de fumar cigarros". Relatórios anteriores do Surgeon Generals revelaram que a nicotina causa dependência, que os impactos do tabagismo afetam quase todos os órgãos do corpo e que não há nível livre de riscos de exposição dos fumantes passivos. No geral, o tabagismo é a causa de mais de 13 diferentes tipos de câncer e de um número maior de doenças crônicas.

Um estudo americano publicado na semana passada demonstrou que, apesar de uma redução na taxa global de tabagismo, o número de fumantes no mundo subiu de 721 milhões em 1980 para 967 milhões em 2012, devido ao crescimento populacional e à popularidade crescente dos cigarros no mundo em desenvolvimento.

Para receber informações sobre drogas e orientações acerca de locais para tratamento, ligue 132 e entre em contato com o VivaVoz, serviço de atendimento telefônico gratuito, exclusivo e especializado. Para mais informações, clique aqui.

Para encontrar instituições governamentais e não-governamentais relacionadas ao consumo de álcool e outras drogas no Brasil, acesse o mapeamento desenvolvido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD) em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), com o apoio do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Comissão Interamericana do Controle de Abuso de Drogas, da Organização dos Estados Americanos (Cicad/OEA), clicando aqui.


Fonte - AFP

Lições australianas

Jairo Bouer - O Estado de S.Paulo
Quando você compra um maço de cigarros no Brasil você se incomoda com as imagens que trazem informações sobre os riscos que fumar pode trazer para sua saúde? Já pensou se o maço todo fosse uma advertência sobre os perigos do tabagismo, tivesse uma cor pouco atraente, marca discretamente exposta e sem logotipo? A embalagem toda como uma espécie de campanha contra aquilo que você está adquirindo? Além disso, ela estaria escondida nos pontos de venda, longe do alcance dos olhos, e um pacote custaria algo como R$ 40,00.

Essas medidas completaram um ano em dezembro na Austrália e fazem parte de um plano do governo para reduzir o número de fumantes e os efeitos nocivos do cigarro. Os impostos sobre o valor do cigarro aumentaram 25%, legislação foi criada para impedir anúncios na internet e dinheiro foi investido em campanhas contra o cigarro - boa parte desse valor foi dirigido para alertar grupos mais vulneráveis, mais difíceis de serem alcançados pelas campanhas tradicionais.

As pesquisas indicam que o novo empacotamento aumentou a percepção e a lembrança da população sobre as mensagens de risco, reduziu os riscos de o consumidor acreditar que um produto é menos perigoso do que outro e diminuiu a atração que os maços de cigarro podem ter sobre adultos, jovens e crianças.

Andando pelas ruas de Sydney há uma semana, noto, de fato, um número muito menor de fumantes do que em grandes cidades da Europa ou do Brasil, mesmo em áreas abertas, onde o fumo é permitido. As leis antitabagistas variam de uma região para outra no país. Em Queensland (no leste), onde estão a cidade de Brisbane e as praias famosas da "Golden Coast", não se pode fumar em espaços públicos abertos e a exposição do cigarro nos pontos de venda é ainda mais restritiva.

Muitos australianos que viajam para essa parte do país chegam a levar acessórios de reposição de nicotina (adesivos, cigarro) para segurar a vontade de fumar em praias e ruas. Os especialistas acreditam que essas dificuldades levam cada vez mais fumantes a buscar ajuda para parar de fumar ou, ainda, são um desestímulo à experimentação.

No Brasil, a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estuda implementar um modelo de embalagem semelhante ao australiano. Quando o atual modelo de imagens de advertência foi autorizado no País, em 2002, a iniciativa ainda era relativa novidade no mundo e foi bastante elogiada pelos especialistas e autoridades. A medida, junto com o maior esclarecimento sobre os riscos de fumar, além das leis que vetaram a publicidade de cigarro e o fumo em locais fechados, entre outras, foram responsáveis por diminuir drasticamente o número de fumantes nas duas últimas décadas.

A Nova Zelândia também avalia introduzir embalagens semelhantes e, no Reino Unido, os novos maços podem ser implementados em 2015. Em julho, a União Europeia esboçou considerações sobre o tema e sugeriu proibir as embalagens com menos de 20 cigarros, que podem facilitar o consumo dos jovens.

Para terminar, uma outra lição dessa parte do mundo. Na semana em que o governador Sergio Cabral, do Rio, sancionou a lei que proíbe o consumo de bebida no interior de transporte público em todo o Estado, por aqui o álcool é proibido em boa parte das áreas públicas, como parques, praias e ruas. Em teoria, as pessoas não podem beber nesses espaços, devendo consumir as bebidas alcoólicas em bares, baladas, restaurantes ou em suas casas. Alguns países europeus adotam posição semelhante. A medida parece ser interessante, embora esteja longe de resolver as complexas dinâmicas que envolvem o abuso do álcool. Muito ainda há para se pensar e fazer no Brasil em relação às duas substâncias que mais causam impactos para a saúde pública do País.


*Jairo Bouer é psiquiatra.

Jairo Bouer - O Estado de S.Paulo

Voce tem sugestões, ou críticas ? Colabore com este blog clicando aqui...Envie sua mensagem, ou sugestão de assunto. Será um prazer lhe responder. Obrigado, Mais 24 Hrs.

Parar de fumar sem ajuda de especialista é mais difícil, indica pesquisa

Parar de fumar sem ajuda de especialista é mais difícil, indica pesquisa
Estudo realizado na Inglaterra indica que aqueles que querem parar de fumar têm três vezes mais chances de conseguirem se procurarem a ajuda de um profissional treinado do que se tentaram sozinhos. Essa constatação foi publicada no jornal médico Addiction. Preocupantemente, a mera compra de adesivos de nicotina, chiclete ou outros produtos licenciados de lojas não parece melhorar as chances de parar de fumar.

Este é o primeiro estudo que utilizou dados de pesquisa populacionais amplos o suficiente para revelar a efetividade real de usar os serviços de combate ao tabagismo do Serviço Nacional de Saúde (NHS, do original, em Inglês) comparados com o abandono do hábito de fumar sem ajuda.

O estudo usa dados de um amplo programa de pesquisa do Reino Unido (o Kit de estudos do fumo – veja http://www.smokinginengland.info/) que tem observado fumantes e recentes ex-fumantes desde 2007. A pesquisa publicou no Addiction análises de respostas de questionários de mais de 10 mil pessoas na Inglaterra que tentaram parar de fumar nos doze meses anteriores, para descobrir quais métodos de parar tiveram as maiores taxas de sucesso.

A pesquisa mostra que não somente os serviços para parar de fumar são a melhor aposta dos fumantes para atingir resultados, mas também que fumantes podem não estar sabendo utilizar da melhor maneira substitutos terapêuticos da nicotina vendidos em balcões de farmácia. Os pesquisadores estimam que fumantes que juntam apoio de especialistas comportamentais e remédios que ajudam a parar de fumar ou produtos de nicotina em suas tentativas de parar têm aproximadamente três vezes mais chances de terem sucesso do que aqueles que param de fumar sem nenhuma ajuda. 


Mas, por outro lado, fumantes que compram substitutos terapêuticos de nicotina sem a ajuda de um profissional de saúde têm chances similares de sucesso com relação àqueles que param sem nenhuma ajuda. Isso é particularmente relevante num momento em que o número de pessoas que usam serviços para parar de fumar está caindo, e milhões de fumantes vêm comprando substitutos terapêuticos de nicotina de balcão de farmácia a cada ano.

O professor Robert West, da Universidade College London, que liderou o time de pesquisadores, disse: “Quando você pensa que parar de fumar salva seis horas de vida para cada dia que não se fuma, investir uma hora ou duas em um período de seis semanas para consultar um especialista em parar de fumar do NHS parece um bom investimento. Eles podem fornecer remédios mais baratos do que os disponíveis nas farmácias e aconselhar sobre como usá-los da maneira correta. É impressionante que nem todos os fumantes que querem parar de fumar o façam. Com relação aos produtos de nicotina comprados em lojas, há uma necessidade urgente de entender o que está acontecendo, porque nós sabemos que se esses produtos forem usados da maneira correta, eles podem trazer resultados”.

Fonte - OBID - Traduzido e adaptado de Medical News Today

Voce tem sugestões, ou críticas ? Colabore com este blog clicando aqui...Envie sua mensagem, ou sugestão de assunto. Será um prazer lhe responder. Obrigado, Mais 24 Hrs.

ANVISA defende embalagens genéricas para cigarros

Às voltas para implementar a decisão de banir os sabores artificiais do tabaco, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) promete entrar em nova polêmica: vai defender embalagens genéricas para os cigarros. Por esse modelo, os maços não têm cores, símbolos ou marcas que diferenciem um produto do outro – em formato-padrão, carregam apenas os nomes do fabricante e do produto e grandes imagens com advertências à saúde.
Com tal política, pretende-se reduzir a atratividade e eliminar o caráter de publicidade que os maços possam ter .Essa padronização foi instituída pela Austrália há um ano de forma inédita e sob aplausos da OMS (Organização Mundial da Saúde) e já é estudada por outros governos, sobretudo europeus. "Esse é o próximo passo que o Brasil precisa dar. A Anvisa vai mover esforços técnicos para demonstrar o benefício de uma medida como essa e esforços políticos para que o país faça a discussão", afirmou em entrevista à Folha Dirceu Barbano, diretor-presidente da agência. Segundo ele, a ideia é defender a proposta em fóruns nacionais e internacionais de que a Anvisa participa, realizar estudos que mostrem a eficácia dos maços genéricos e mobilizar forças no Congresso Nacional, onde a mudança da lei para instituir as novas embalagens deveria ser aprovada.Barbano argumenta que, como o país teve uma queda significativa no percentual de fumantes –quase 50% em 20 anos–, as próximas medidas no combate ao tabagismo precisam ser mais ousadas.

IMPACTO

Pesquisa feita na Austrália, poucos meses após a implementação dos maços genéricos, aponta para a redução na atratividade do cigarro e o aumento no desejo de deixar o vício. Não foram divulgados até aqui, porém, estudos que revelem os impactos concretos dessa medida.

A indústria do tabaco, que tentou barrar as embalagens genéricas australianas na Justiça e em fóruns internacionais, sustenta que a medida não terá os impactos esperados, mas pode ampliar a presença de cigarros do mercado negro no país. No Brasil, a proposta vinha sendo discutida só entre especialistas. Um projeto de lei a favor das embalagens genéricas chegou a ser proposto no Congresso em 2012, mas não avançou e foi retirado.


Fonte - Folha.com


Voce tem sugestões, ou críticas ? Colabore com este blog clicando aqui...Envie sua mensagem, ou sugestão de assunto. Será um prazer lhe responder. Obrigado, Mais 24 Hrs.

Parar de fumar é mais fácil do que se imagina

por Nuno Cobra

Parar de fumar é mais fácil do que se imagina
Na minha carreira, sempre me deparei com pessoas que possuíam o hábito de fumar, adquirido durante a fase inexperiente da juventude.
Como o meu trabalho não se aplica aos fumantes. Tive a oportunidade de ver várias pessoas abandonarem o cigarro. Pois para melhorar a circulação sangüínea, é preciso abandonar o cigarro, porque este diminui o calibre das artérias.
Pela minha experiência, posso afirmar que parar de fumar não é algo impossível ou muito difícil como muitos pensam. Depende da programação destrutiva, fixada no inconsciente, durante a formação da personalidade.

De um modo geral, fomos anulados por uma educação castradora. Uns mais e outros menos. A dificuldade em parar de fumar está justamente no tamanho desta agressão, que a sociedade fez nas crianças e nos jovens.
A dificuldade em largar o cigarro, reside na idéia que cada um faz especificamente sobre essa dificuldade e não pela dificuldade em si. Percebi que as pessoas mentalizam e teorizam muito sobre como abandoná-lo.
Como fomos anulados quando crianças, temos dificuldade em acreditar nas nossas reais capacidades. Então é preciso partir para a prática.

É fundamental ressaltar que a prática é um milhão de vezes mais fácil do que a teoria. Justamente devido a essa anulação, possuímos uma enorme dificuldade de nos ver conseguindo ultrapassar obstáculos e alcançar nossos objetivos.
Por isso, se você realmente quer parar de fumar não pense. Pare! Porque se você pensar, estará inconscientemente pensando contra você.
O seu maior adversário não é o cigarro, mas você mesmo em não perceber suas extraordinárias possibilidades.
Se partir para a prática e deixar a teoria de lado, verá que parar de fumar será um mero detalhe em sua vida. Você irá fortalecer seu corpo emocional, preparando-se para novas conquistas bastantes significativas.
Sempre ouvi o seguinte de quem parou de fumar:
"Não entendo porque demorei tanto anos para tomar esta iniciativa"!
Muitos chagaram a dizer que pensavam muito e isso dificultou para tomar a iniciativa.

Cinco dicas para largar o cigarro
1º) Não pense, pare de fumar, a prática é muito mais fácil do que a teoria. Parar de fumar é uma questão mental (emocional) e orgânica. 

2º) A mais recente descoberta para largar o cigarro já está no Brasil: são os comprimidos de vareniclina, vendido por aqui com o nome de Champix. O comprimido atua nos mecanismos cerebrais de dependência, bloqueando a sensação de prazer provocada pela nicotina. 

3º) Quando o seu organismo se dá conta de que não tem essa droga, ele reage violentamente, provocando uma química de desejo incontrolável. Mas fique tranqüilo, essa vontade tão forte é muito rápida, dura mais ou menos um minuto. Este desejo virá novamente, mas com o passar do tempo, o numero dessas solicitações, orgânicas e mentais, irão diminuir.

4º) O hábito do fumar traz consigo outros hábitos, como a necessidade de movimento com a boca e com as mãos em mexer no cigarro, acendê-lo, bater as cinzas... Portanto, tenha alguma coisa para levar à boca, como balas por exemplo. E para manter as mãos em movimento, você poderá manusear uma caneta ou um lápis. 

5º) Os primeiros dez, quinze dias, serão os mais difíceis. Então, evite situações que chamem o cigarro: cafés, bebidas alcoólicas ou qualquer outro fator que você tenha vinculado ao ato de fumar.
Parece estranho, mas percebo que antigos fumantes com o tempo passam a detestar o cigarro. A longa abstinência provoca um processo de reversão no organismo e o cigarro passa a ser agressivo.
As pessoas que conseguem parar de fumar por alguns dias, passam a se sentir tão felizes e recebem estímulos tão gratificantes, que nunca mais levam o cigarro à boca.

Fonte - UOL - Vya Estelar

Voce tem sugestões, ou críticas ? Colabore com este blog clicando aqui...Envie sua mensagem, ou sugestão de assunto. Será um prazer lhe responder. Obrigado, Mais 24 Hrs.

A crise de abstinência de nicotina Drauzio Varella

Tinha até esquecido o quanto sofre o fumante para largar do cigarro. Parei há 23 anos e já não me lembrava das agruras pelas quais passei até ficar livre da dependência de nicotina que me escravizou durante 19 anos. 

 
Ao gravar uma série para a TV com seis personagens que pararam de fumar num mesmo dia, no entanto, revivi meu sofrimento e pude observar as dificuldades dos dependentes diante da crise de abstinência de nicotina.

O cigarro nada mais é do que um dispositivo para administrar droga. A nicotina inalada com a fumaça é rapidamente absorvida pelos alvéolos pulmonares, cai na circulação e chega ao cérebro num intervalo de seis a dez segundos. Inalada, chega mais depressa do que se tivesse sido injetada na veia, porque não perde tempo na circulação venosa. A velocidade com que a droga chega ao sistema nervoso central explica por que a primeira tragada traz alívio imediato ao fumante aflito.

No tecido cerebral, a nicotina se liga a receptores localizados nas membranas dos neurônios localizados em vários centros cerebrais. A integração desses circuitos é responsável pela sensação de prazer que os dependentes referem sentir ao fumar – e que os não-fumantes são incapazes de entender.

A droga é de excreção rápida. Sua meia-vida é curta: duas horas, em média. Isto é, metade da dose fumada é eliminada da circulação em duas horas. Por razões genéticas, essa velocidade de excreção varia de um fumante para outro; os que eliminam a droga mais depressa tendem a fumar mais. Grande parte dos que fumam dois ou três maços por dia é constituída por metabolizadores rápidos de nicotina.

A presença de outras drogas na circulação pode alterar a velocidade de excreção. É o caso do álcool, substância na qual a nicotina se dissolve com muita facilidade. Como o álcool é diurético, ao beber, o fumante excreta rapidamente na urina a nicotina nele dissolvida. A queda da concentração da droga no sangue desencadeia o desejo irresistível de fumar.

Viciados em nicotina, os neurônios do centro que integra as sensações de prazer, ao sentirem seus receptores vazios dela, estimulam outros circuitos de neurônios, que convergem para o chamado centro da busca. Esse centro é responsável por induzir alterações comportamentais com a intenção de nos obrigar a repetir ações que anteriormente nos trouxeram prazer: sexo, comida, temperatura agradável para o corpo, etc.

Uma vez que os centros do prazer ativam o centro da busca, este não pode ser mais desativado. O centro da busca permanecerá ativado mesmo que o prazer responsável por sua ativação deixe de existir. Por isso o fumante se surpreende ao acender um cigarro no toco do outro, o usuário de cocaína continua cheirando apesar do delírio persecutório que experimenta toda vez que usa a droga, e o jogador compulsivo é capaz de perder a casa da família em cima do pano verde.

Informados da falta de nicotina, os neurônios do centro da busca lançam mão de sua mais poderosa arma de persuasão comportamental: a ansiedade crescente. Tomado pela vontade de fumar, o fumante perde a tranqüilidade, fica agitado, nervoso e não consegue se concentrar em mais nada. Para ele, não existe felicidade possível sem o cigarro.

Como a nicotina é droga de excreção rápida, essas crises de ansiedade se repetem muitas vezes por dia. Para evitá-las, o fumante vive com o maço ao alcance da mão para acender um cigarro assim que surgirem os primeiros sinais, porque sabe que a intensidade dos sintomas da crise é crescente, insuportável. O cérebro aprende, então, que ansiedade e nicotina estão indissoluvelmente ligadas. Daí em diante, todo acontecimento que provocar ansiedade será interpretado por ele como resultante da ausência de nicotina. Por isso os fumantes levam imediatamente um cigarro à boca ao menor sinal de ansiedade ou diante da emoção mais rotineira. Por isso dizem que o cigarro os acalma.

O curto-circuito de prazer que a nicotina arma entre os neurônios provoca uma dependência química de forte intensidade, enfermidade cerebral crônica e recidivante. Para tratá-la, é preciso ensinar o cérebro novamente a funcionar como fazia antes de entrar em contato com a droga. Tal empreitada significa enfrentar a abstinência de nicotina, que se manifesta em crises repetitivas, muito mais intensas, desagradáveis e difíceis de suportar do que aquelas provocadas por drogas como cocaína, crack, maconha, ou álcool.

Os primeiros dois dias sem fumar são os piores. As crises se sucedem uma atrás da outra até atingirem freqüência e duração máximas em 48 horas. Nesse período, as manifestações incluem irritação, ansiedade, tremores, sudorese fria nas mãos, fome compulsiva, modificação do hábito intestinal, alterações da arquitetura do sono (insônia ou hipersônia), dificuldade extrema de concentração e alternância de episódios de apatia com outros de agressividade comportamental.

A partir do terceiro dia, a frequência das crises e a intensidade dos sintomas começam a diminuir gradativamente, dia após dia. À medida que as semanas se sucedem, o desejo de fumar continua a manifestar-se, mas vai embora cada vez mais depressa.

Em média, seis meses depois de parar de fumar, a maioria dos ex-fumantes já consegue passar um ou outro dia sem se lembrar da existência do cigarro. Os neurônios começam a ficar livres da dependência que os sucessivos impactos diários de nicotina causaram em seus circuitos. É a liberdade do cérebro, que, para ser mantida, exige o preço da eterna vigilância, porque a doença é traiçoeira, crônica e recidivante.
 
Fonte - Drauzio Varella

Voce tem sugestões, ou críticas ? Colabore com este blog clicando aqui...Envie sua mensagem, ou sugestão de assunto. Será um prazer lhe responder. Obrigado, Mais 24 Hrs.

Tabaco vai matar mais mulheres, diz especialista

Tabaco vai matar mais mulheres, diz especialista
As mulheres são mais sensíveis ao tabaco e porque aumentou o número de fumantes, os casos de câncer do pulmão também vão subir, alerta o coordenador do Programa Nacional de Doenças Oncológicas.

Nuno Miranda diz também que se nos homens se espera que a mortalidade e ocorrência de câncer do pulmão se mantenha estável, nas mulheres "é uma ilusão" pensar que não vai haver uma subida, pelo que é preciso "tomar medidas".

Numa altura em que se assinala o Dia do Não Fumante (tradicionalmente a 17 de Novembro) em Portugal as notícias não são tão más, dando conta de que há uma tendência para aumentar as pessoas que deixam de fumar, centrada especialmente nos homens, embora tenha aumentado o número de mulheres fumantes e também o número de jovens.

Dentro de três dias o Governo vai apresentar os números mais recentes sobre o tabagismo e está moderadamente satisfeito. É verdade que há um grupo de jovens (15 a 19 anos) com uma elevada taxa de prevalência (rondando os 30 por cento) mas a taxa nacional global está abaixo dos 20 por cento, pelo que diz o Governo, "uma estrondosa maioria dos portugueses não fuma".

No próximo ano será publicada nova legislação, mais restritiva mas que deixa de lado propostas como a proibição de fumar dentro de carros particulares quando transportando crianças, ou de fumar perto de restaurantes ou parques infantis, porque "há que ter bom senso", como disse o secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa.

Se os dados indicam que em Portugal se fuma menos do que na média da União Europeia, é também verdade que há estudos que falam que a partir dos 13 anos um terço dos jovens indicou ter fumado nos últimos 30 dias, segundo números citados pela directora do Programa Nacional de Prevenção do Tabagismo, Emília Nunes.

Olhando para os gráficos da última década, há em termos gerais uma diminuição de consumo, mas entre 2006 e 2011 o consumo de tabaco aumentou entre os jovens. Em declarações à Lusa Emília Nunes pede no entanto cautela com as estatísticas, porque são diferentes consoante as variáveis utilizadas.

José Calheiros, do Instituto Ricardo Jorge, também pede "cuidado" com as taxas sobre o consumo de tabaco e prefere salientar as "tendências": nos homens há uma diminuição de fumantes e o número de mulheres que fumam é idêntico ao dos homens (tradicionalmente era menor).

Ana Maria Figueiredo, coordenadora da comissão do tabagismo na Sociedade Portuguesa de Pneumologia, acrescenta, em declarações à Lusa: "o grande problema é a prevenção, porque há muitos jovens a começar a fumar, embora não hajam dados concretos".

Para a responsável "a única hipótese é campanhas de prevenção maciças", porque a idade média de início do hábito é os 14-15 anos e tem de haver campanhas governamentais.

E não são nunca ataques aos fumantes mas sim protecção aos não fumantes, a esmagadora maioria, diz a especialista. Acrescenta Nuno Miranda: o tabaco não pode ser visto como um elemento de moda ou de afirmação social mas considerado aquilo que ele é, uma toxicodependência.

Numa conferência internacional sobre prevenção do tabagismo, que terminou em Lisboa na sexta-feira, o responsável deixou avisos sérios: vai haver um aumento significativo da mortalidade nas mulheres; o peso do câncer no sistema de saúde é crescente e significativo; 11,6 por cento das internações hospitalares são devidas a doenças oncológicas; nos próximos anos a história do câncer do pulmão é assustadora; 87 por cento das mortes por câncer de pulmão são provocadas por tabaco.

Segundo a OMS morrem por dia 10 mil pessoas devido ao tabaco. São 416 por hora, o que equivale a dizer que no tempo que se levou a ler este texto (dois minutos) morreram 14 pessoas por causa do tabaco.

E Portugal tem as suas culpas. No seminário, Nuno Miranda contou aos congressistas que na segunda metade do século XVI, veio a Portugal o embaixador francês Jean Nicot, para negociar o casamento de D. Sebastião. As negociações falharam mas Jean Nicot conheceu o historiador Damião de Góis, que lhe apresentou o tabaco. Fascinado, convencido de que tinha propriedades curativas, Nicot enviou-o à rainha Catarina de Médici.

Mais de 450 anos depois é objectivo do Governo português, a médio prazo, reduzir em dois por cento o uso do tabaco a partir dos 15 anos.

Fonte - Sapo.pt

Voce tem sugestões, ou críticas ? Colabore com este blog clicando aqui...Envie sua mensagem, ou sugestão de assunto. Será um prazer lhe responder. Obrigado, Mais 24 Hrs.

Efeitos do cigarro são mais pronunciados na mulher e largar o vício também é mais difícil para elas

Ângela estava perdendo a voz por causa do fumo. Tomou a decisão de parar e comemora as duas semanas sem dar uma tragada. 


Não tocou nem sequer em mais uma unidade das duas dezenas que fumava diariamente. Fica feliz ao contar que recusou a oferta de uma amiga que lhe ofereceu um cigarro sem saber de sua nova meta. Agora, Ângela quer recuperar a saúde, a voz, e sonha em fazer parte do coral da igreja.

 
Efeitos do cigarro são mais pronunciados na mulher e largar o vício também é mais difícil para elas
Teresa ouve a história. Começa a contar a sua. Estava sentindo falta de ar e temeu pela própria vida. Decidiu parar. Os olhos enchem de água ao dizer que fumou um cigarro no período em que começou a deixar de lado o vício. Foi consolada pela filha, que dia desses dormiu feliz na cama da mãe, que deixou de levar na pele e nos cabelos o cheiro incômodo da fumaça. Júlia fumou muito mais que um. Cedeu aos encantos de uns oito durante o processo de largar o tabaco. Justifica o estresse em casa, o peso de cuidar da mãe e da família sozinha. O cigarro é a âncora que a acompanha há anos e, agora, acha difícil deixar totalmente de lado essa má companhia que a acalma.

Outras que buscam o mesmo objetivo já veem o benefício de não fumar na pele e no cabelo. Estão se sentindo mais bonitas e há quem deseje inclusive cuidar dos dentes maltratados por tantos anos em contato com a química amarelada. O que muitas não sabem é que a distância do cigarro pode poupá-las de doenças mais graves, como o câncer e a DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), que tira, literalmente, o ar de quem, por anos, respirou fumaça.

Os depoimentos de Ângela, Teresa, Júlia revelam certas especificidades do uso de tabaco pelas mulheres. As motivações para começar não são as mesmas dos homens, assim como a dificuldade enfrentada na hora de parar. Em alguns aspectos, elas estão mais vulneráveis e podem ter a saúde mais seriamente comprometida. As três fazem parte do Programa de Controle do Câncer e Tabagismo da Secretaria de Saúde do DF, que ajuda todos aqueles que querem deixar o vício. O grupo feminino corresponde a cerca de 80% dos frequentadores. “As mulheres são mais presentes, cuidam-se mais que os homens. Além disso, pelo instinto protetor, os filhos e os netos são motivações que as levam a parar de fumar”, afirma a assistente social do programa, Lucivane Nishimura.

Segundo o médico pneumologista e coordenador do programa, Celso Antônio Rodrigues da Silva, as mulheres estão adquirindo o hábito de fumar muito cedo, por volta de 14 anos. A pouca idade para começar é inversamente proporcional à dificuldade de parar. Essa jovem que acredita que as tragadas são sinônimo de ousadia, modernidade e até uma forma de espantar a solidão vai sofrer mais quando quiser abandonar o vício. “A mulher que começa a fumar na adolescência tem mais chance de ter câncer de pulmão e de mama do que aquela que começou a fumar depois dos 20”, alerta o médico. Entre o primeiro grupo, a possibilidade de desenvolver um tumor mamário aumenta de15% a 40%.

A relação entre o uso do cigarro ao longo da vida e a incidência de tumores na mama são cada vez mais evidentes. O oncologista Alessando Leal, médico do hospital Sírio Libanês de Brasília, explica que pacientes fumantes enfrentam diagnósticos de câncer de mama mais agressivos do que aquelas que não fumam. “Uma explicação provável é que haja substâncias carcinogênicas no cigarro que agem no epitélio da glândula mamária, o que geraria maior número de mutações e, consequentemente, um tumor mais agressivo”, explica o médico. Se o cigarro não causa a doença, no mínimo, dificulta tratá-la. Sabe-se, por exemplo, que o tratamento do câncer de colo de útero é menos eficaz entre as fumantes.

Companhia perigosa

O estudo Impacto do tabagismo na saúde feminina — divulgado em 2013 pela Aliança de Controle do Tabagismo (ACT) — traz uma compilação de dados do mundo inteiro sobre os prejuízos provocados nas mulheres por causa do hábito de fumar. Entre as constatações, está a de que, na Europa, os casos de câncer de pulmão vão ultrapassar os de câncer de mama até 2015. Uma estimativa que reflete o aumento do número de fumantes do sexo feminino nos anos 1960 e 1970 — uma geração que, só agora, sente as consequências.

Descobriu-se nos últimos três anos que as mulheres são mais sensíveis aos efeitos do tabaco. Na prática, elas metabolizam as substâncias psicoativas do cigarro mais rapidamente. Assim, para sentir os efeitos dessas toxinas, elas precisam fumar quantidades maiores. “Há uma suspeita de que o estrogênio estaria relacionado a essa diferença de resposta metabólica. Estudos que comparam as mulheres que fazem reposição desse hormônio na menopausa mostram que elas fumam mais para ter as mesmas sensações”, explica a ginecologista Edina de Araújo, especialista em promoção da saúde pelo Hospital das Clínicas e consultora da ACT.

Edina afirma que os casos de mulheres que morrem em consequência da DPOC triplicou nas últimas duas décadas, enquanto, entre os homens, a mortalidade aumentou 60% no mesmo período. O pulmão feminino também é menor e, por isso, os sintomas respiratórios são mais agudos. Para as que sonham em ser mãe, não há maior vilão. “Fumar aumenta as chances de abortar, de ter o bebê prematuro ou abaixo do peso. Além disso, a fumante tem mais dificuldade de engravidar e seu filho está mais sujeito à morte súbita”, acrescenta a médica.

Não foi a preocupação com a saúde que fez a professora Mohara Melo, 35 anos, parar de fumar. Ela decidiu abandonar o hábito porque era o maior prazer do qual poderia abrir mão quando pensou em fazer uma promessa para recuperar o carro roubado da irmã, que estava sob os cuidados dela. O veículo foi encontrado e o acordo, cumprido. A bela moça, que começou a fumar aos 17 anos, abandonou de vez o péssimo hábito há cinco anos. “Troquei toda a carga emocional que depositava no cigarro pela natação”, comenta. Virou atleta, nada 10km em águas abertas e coleciona troféus. “Descobri uma outra vida. Meu corpo mudou, economizei dinheiro, fui viajar. Ganhei mais saúde. Foi a melhor escolha que fiz”, diz.

Mohara admite que não foi nada fácil, porém. Tinha medo de engordar e, até três anos depois, sentia vontade de dar uma tragada. Hormônios, tensão pré-menstrual, obrigações familiares e profissionais dificultam essa separação da química tão poderosa. “As mulheres apresentam uma possibilidade maior para quadros de depressão e ansiedade, o que dificulta parar de fumar. Também não se deve dissociar a abordagem do tabagismo feminino da compreensão dos contexto de vida delas, geralmente acumulando funções”, avalia a pesquisadora Márcia Trotta, que em 2008 conduziu um estudo de gênero que investigava o tabagismo entre as mulheres da Maré, do Rio de Janeiro. “Elas representam o cigarro, subjetiva e simbolicamente, como um ‘companheiro’, que as ajuda a suportarem seus difíceis e sobrecarregados cotidianos de vida”, acrescenta. Na verdade, um grande inimigo.

Fonte - Portal UAI

Voce tem sugestões, ou críticas ? Colabore com este blog clicando aqui...Envie sua mensagem, ou sugestão de assunto. Será um prazer lhe responder. Obrigado, Mais 24 Hrs.