Perguntas e respostas na reunião de câmara de Mértola de 6/10:
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Vamos falar de
segunda-feira, 10 de outubro de 2022
UNIDOS POR MÉRTOLA -Perguntas e respostas na reunião de câmara de Mértola de 6/10:
domingo, 9 de outubro de 2022
O Tempo da Incerteza
Habitamos tempos de incerteza. Há cinquenta anos, os homens tinham talvez um futuro mais sombrio, mas a estabilidade das suas condições de vida – por muito mal que vivessem – permitia-lhes concluir que o futuro não lhes traria grandes surpresas. Hoje, o medo do futuro é uma das principais características das sociedades modernas. E esse receio, moderado ou ansiogénico, deve-se ao facto que o horizonte do possível se abriu tanto, que as nossas contas podem revelar-se especialmente incertas.
Hoje - e pode ser apenas impressão minha - o mundo é
marcado principalmente pela nitidez que existe entre os que perdem e os que
ganham, entre o remediado e a elite, entre quem determina e quem não lhe resta
mais remédio que resignar-se.
Este clima, aliado à pesada carga fiscal, à ambição
das instituições financeiras e à pouca regulação por parte do estado, está a
extinguir a classe média. E o mais engraçado é que o crescimento económico,
obrigatório e visto como o remédio milagroso para todos os males, raramente
beneficia os que mais necessitam – os idosos, os desempregados e os
trabalhadores de baixos rendimentos.
Todos estes sentimentos vão inevitavelmente moldar o
panorama político e social. E vão porque o normal cidadão, armado de uma
deceção generalizada que já não consegue materializar, está a chegar ao limite.
Todos sabemos que a insatisfação, quando adquire uma
natureza difusa, provoca perplexidade. Irrita-nos viver numa sociedade que
nunca conta com a nossa aprovação. Mas o que nos irrita ainda mais é não saber
a quem confiar a mudança desta situação.
O perigo, o verdadeiro perigo deste panorama, é que
num mundo de incertezas e de esperanças desesperadas, o discurso mais manhoso é
sempre recompensado nas urnas.
Júlio Silva
quinta-feira, 6 de outubro de 2022
Infelizmente, tenho que reconhecer!
Custa-me muito ouvir dizer e ter que reconhecer que apesar de todas as coisas boas, dos atractivos e das potencialidades que tem, Mértola é, actualmente, um concelho hostil e repulsivo para quem tenha pensado aqui se fixar e viver.
A começar pela habitação (inexistente)com preços proibitivos quer
para arrendamento quer para aquisição ou construção
Os transportes escassos e as acessibilidades sem as mínimas
condições, até de segurança .As comunicações deficientes ou inexistentes. A
energia intermitente e oscilante
Os serviços públicos: a saúde sem respostas e sem médico de
família, a educação sem ofertasuficiente, a justiça, a conservatória e as
finanças a caminho da extinção no curto prazo-
O comércio caro e deficitário em termos de oferta de produtos e
serviços e de horários de funcionamento.
O nível de vida cada vez mais elevado e muito acima das reais
possibilidades económicas da maioria da população de reformados.
O ambiente socio político agressivo, divisionista e castigador dos
não-alinhados A Câmara paralisada, sem capacidade de intervenção e de resposta
perante os problemas que se avolumam.
E finalmente, o clima que se agrava em cada verão que passa,
tornando a vida insuportável para quem não disponha de recursos financeiros e
técnicos para amenizar as temperaturas nas habitações.
A Câmara com um mais que confortável orçamento de 37 milhões de
euros poderia ter um papel determinante na alteração desta situação e do
cenário de agravamento que se perspectiva no curto prazo, mas o executivo da
câmara ainda não percebeu qual é que deverá ser o seu papel num concelho como
este, pelo que limita-se a gerir, sem eficácia mas com muita aparente simpatia
e boas palavras, o dia a dia, preocupado sobretudo com a popularidade e os
interesses politico partidários e da respectiva clientela, que garantam a perpetuação
no poder e pouco ou nada com o futuro do concelho e das suas gentes.
Sem liderança, visão, planeamento, organização e equipa técnica
devidamente estruturada e gerida, os serviços da câmara vão perdendo
colaboradores experientes, motivação e capacidade de intervenção e,
simultaneamente o executivo vai sendo cada vez mais impotente para dar resposta
às solicitações dos munícipes.
Os problemas agravam-se e a autarquia, como o executivo camarário
reconheceu já publicamente, embora com significativas disponibilidades
financeiras, está sem capacidade de resposta em todas as áreas e sem poder de
intervenção junto dos ministérios ou dos serviços da administração central,
apesar de ser da mesma cor política do governo
As consequências nefastas desta incapacidade e incompetência para
gerir os destinos deste concelho traduzem-se já por um lado nas baixíssimas
taxas de execução física e financeira das Grandes Opções do Plano e Orçamento
para 2022 e, por outro, no adiamento ou abandono de projectos e obras e na
consequente perda de financiamentos comunitários para as mesmas.
Jorge Pulido Valente
quinta-feira, 15 de setembro de 2022
Assessoria, opacidade ou transparência?
domingo, 19 de dezembro de 2021
Nota de imprensa do Fórum Mértola Participação e Cidadania -
Fórum Mértola Participação e Cidadania apresenta contributos para a revisão do Plano Director Municipal
Dada a extensão do documento enviado apenas salientaremos
aqui alguns dos pontos mais importantes, a saber:
1 - Refere o relatório, logo na
sua introdução, “uma gestão territorial sustentável passa pelo envolvimento
direto dos interessados e pela co-responsabilização dos atores-chave” e ainda
“o princípio da participação procedimental, está consagrado no artigo 267 da
Constituição, sendo obrigação da
Administração Pública ”aproximar os serviços das populações e assegurar a
participação dos interessados na sua gestão efectiva”.
Deveria, por isso, a autarquia
promover iniciativas que informassem e capacitassem a população e dinamizassem
a participação dos cidadãos e cidadãs e das suas organizações neste processo de
revisão do PDM.
Dado que tal não aconteceu
durante o curto período (optou-se pelo prazo mínimo de 15 dias e sem se
proceder a uma divulgação mais intensiva e sem qualquer destaque no site da
autarquia) fixado pela câmara e que o arquiteto Carlos Marques, coordenador do
processo, foi impedido pelo executivo de participar na única sessão realizada
sobre o tema (organizada pelo Forum), propõe-se
que o período de participação pública seja prolongado por mais 15 dias e que o
município, durante esse tempo, realize pelo menos uma sessão pública de
esclarecimento.
2 - O documento apresentado é
manifestamente superficial, insuficiente e incompleto, apresentando omissões e
lacunas graves e muito significativas no que respeita à avaliação realizada às
diversas áreas, sectores e temas específicos. A avaliação quantitativa apenas é
feita ao nível demográfico e nem sequer se fundamentam as várias análises e
conclusões em dados e indicadores numéricos
3 - Este documento deixa de fora
processos de transformação do território que foram marcantes, como por exemplo,
o agro-pecuário, o florestal, o cinegético, o de conservação e regeneração de
habitats (v.g. reintrodução do lince ibérico), o do parque habitacional e o da
rede urbano rural e de serviços de interesse geral.
Também não se aborda, ainda que
fosse sucintamente, a alteração verificada ao nível do emprego, em que se
passou de uma situação de elevado desemprego para a de carência de mão de obra
em todos os sectores.
4 - Não se compreende a ausência
a qualquer referência à nova Zona Empresarial e Logística (Coitos/Bernardinos),
anteriormente assinalada no PU e que agora desaparece dos IGT (na sequência da
revisão do PU de Mértola), e desprovida de adequada justificação em contradição
clara, com a procura existente e potencial e, nomeadamente, com o consensualmente
proposto nos programas eleitorais de todas as candidaturas autárquicas nas
recentes eleições autárquicas de setembro de 2021.
5 - A
referência à candidatura Património Mundial é superficial. Caso esta avance, ou
não, mas como Mértola está na Lista Indicativa deve reger-se pela normativa
relativa aos bens em via de classificação pelo que a área do Bem e da Zona
Tampão deve estar bem definida no Plano no PDM já que inclui não só o Centro Histórico
mas também todo o arrabalde (até à rotunda), o Além Rio e a zona do Convento
O Fórum teve acesso a um outro
contributo enviado à CMM por um particular que aponta as insuficiências
apontadas e outras igualmente graves, esperando-se, agora, que a autarquia
tenha em consideração estas pertinentes observações e sugestões e que proceda
às indispensáveis correcções e ao suprimento das lacunas e omissões detectadas.
Todo este processo e a forma como
tem vindo a ser conduzido revelam da parte do executivo camarário uma
incapacidade e inoperância no que respeita ao planeamento estratégico, o que
resulta em grande prejuízo para o desenvolvimento do concelho
sábado, 4 de dezembro de 2021
quinta-feira, 19 de agosto de 2021
Há 35 "concelhos em risco". Na limitação de mandatos 40% das câmaras muda de partido (In Diário de Noticias)
Lei já obrigou quase 220 autarcas a abandonar o poder. Sucessão é preparada com candidatos fortes. A mudança é a grande oportunidade para a oposição. Partidos reeleitos têm menos votos e a abstenção aumenta. Em 2025, 60% dos presidentes de câmara vão ser obrigados a sair.
"Aqui [nas
autarquias onde a lei impede a continuação do presidente de câmara] fazem-se as
maiores maiores apostas, candidatos fortes para que não se perca a autarquia.
São sempre considerados concelhos em risco. Se não o fizermos caímos na lógica
das mudanças e isso pode afastar o partido, num cenário de derrota, da
liderança de uma câmara por quatro, oito ou mesmo 12 anos", afirma o
secretário-geral do PSD.
A explicação do
social-democrata José Silvano encontra respaldo no estudo mais recente sobre os
últimos ciclos eleitorais autárquicos, em particular o que foi 'afetado' pela
introdução da lei de limitação de mandatos.
Em 2013, dos 160
municípios cujos autarcas "foram impedidos de procurar a reeleição no
cargo", pela imposição da lei de limitação de mandatos, em "107
verificou-se a continuidade" do partido político com "54,2% dos
presidentes a serem eleitos pelo PCP, BE e PS". Em 53 autarquias
manteve-se a "dinâmica bipartidária" entre "os dois partidos com
maior expressão eleitoral (PS e PSD)".
Nesse ano, apenas 33,4% dos presidentes de câmara conseguiu a
reeleição.
Há um traço comum identificado nestes municípios. "66% da
população caracterizava-se demograficamente pelo envelhecimento populacional,
nos restantes, situados no litoral e cuja população é essencialmente jovem e
adulta, sublinha-se uma forte ligação ao partido político pelo que os seus
eleitores votam, maioritariamente, no partido, independentemente do candidato
que é apresentado".
Em 2017, a lei de limitação de mandatos autárquicos, que apenas abrange
o presidente da câmara, travou 41 recandidaturas, mais de 63% no Norte e Centro
do país. A imposição legal "provocou mudanças" em 17 autarquias: sete
do PSD, cinco do PS, quatro do PCP e uma com liderança de independentes.
Nas restantes,
naquelas em que se registou a "continuidade do poder estabelecido",
houve uma quebra generalizada - menos votos - no apoio ao partido vencedor.
"Quanto mais
densos os municípios se apresentam (nomeadamente os localizados no litoral de
Portugal e os que se caracterizam por serem áreas urbanizadas) menor será a
probabilidade de reeleição dos seus incumbentes locais. Contrariamente, os
municípios com reduzida densidade populacional (nomeadamente, os localizados no
interior do país e que se caracterizam por serem áreas rurais) tendem a optar
pela continuidade do incumbente [presidente de câmara]", refere o estudo.
Em 2017, segundo a
tese de Mariana Bravo Madeira, Mestre em Administração e Gestão Pública,
orientada por Teresa Ruel, atualmente professora de Ciência Política no
ISCSP-UL, "os resultados das eleições traduzem que os eleitores utilizaram
a sua perceção da performance económica na responsabilização dos incumbentes
[presidentes de câmara]. Mas, não é efeito de ciclo eleitoral imediato, isto é,
verifica-se um gap eleitoral de um ciclo político [período da troika] na
avaliação económica por parte dos eleitores portugueses em eleições
autárquicas".
Outro sinal de
alerta nos partidos, a perda de câmaras com a saída do presidente por limitação
de mandato cresceu de 2013 (33%) para 2017 (41%). A alteração "do jogo
político" já deixa antever cuidados redobrados nas autárquicas de 2025.
"Dos 233 presidentes de câmara reeleitos em 2017, 145 deles (62,7%),
cumpriram no presente ciclo político (2018-2021) o segundo mandato
autárquico". Em 2025, estarão de saída.
Agora em 2021, há
18 câmaras socialistas nesse "patamar de risco" (Castelo de Paiva,
Aljustrel, Mértola, Odemira,
Barcelos, Miranda do Corvo, Góis, Oliveira do Hospital, Penacova, Reguengos de
Monsaraz, Viana do Alentejo, Seia, Alcanena, Viana do Castelo, Mesão frio,
Moimenta da Beira, Santa Cruz da Graciosa e Lajes do Pico - eram 34, mas apenas
18 autarcas estão em exercício de funções); 13 do PSD (Espinho, Celorico de Basto,
Vila Verde, Sertã, Pampilhosa da Serra, Monchique, Sabugal, Vila Nova de Foz
Côa, Alcobaça, Arronches, Ferreira do Zêzere, Penedono e Vila do Porto) ; três
do PCP (Mora, Alpiarça e Setúbal); e uma do CDS (Ponte de Lima).
O secretário-geral
do PSD explica que nestes casos "fazemos estudos de opinião, recolhe-se
informação das estruturas locais, concelhias e distritais, para preparar a
substituição do presidente que sai".
"Normalmente,
estas questões começam a ser analisadas um ou dois anos antes, mas é aqui que
surgem os conflitos internos, as divisões. Quase sempre os conflitos com a
direção nacional encontram-se aqui, neste momento. As estruturas locais
contestam, dizem que "não acreditam nas sondagens, que estão mal feitas,
que eles no terreno é que sabem, que há um candidato da terra melhor
colocado", revela.
José Silvano diz
encarar estas questões com normalidade por "perceber que há aqui também
uma perda do poder local instalado, muito importante para quem lá está e não
quer que haja mudanças".
Há também um
"traço conservador, masculino, um traço inicial do partido, uma tradição
que demora a mudar, que faz com que, por exemplo, seja mais fácil ao PS, que
começou mais cedo esse caminho, levar mulheres para as lideranças de
autarquias", afirma.
José Luís Carneiro,
secretário-geral adjunto socialista, considera que nestes 'concelhos de risco'
o "desafio é mais exigente" e que são precisas "pessoas com
provas dadas. Na vida profissional, na vida cívica e na vida vida política.
Pessoas com percurso feito no serviço às populações, com liderança e provas de
integridade".
Como se escolhe?
"São utilizados diversas metodologias e usados diversos instrumentos. Os
estudos de opinião são um importante instrumento. A avaliação interna, cruzada
com a opinião de pessoas e de instituições com prestígio na sociedade (...) com
um projeto credível e sustentado de desenvolvimento, construído em diálogo e
validado com as pessoas é possível garantir com tranquilidade essa
mudança".
Para o
secretário-geral adjunto do PS, a definição de concelho de risco, mesmo nestes
casos, depende de vários fatores. "Do perfil sociopolítico do município.
Da natureza do candidato. Se vem da equipa autárquica em funções ou se vem da
sociedade civil, sem ligações ao projeto político em curso. Da qualidade das
oposições. Por isso, é feita uma avaliação de cariz local e distrital. E há
casos em que a avaliação é também nacional".
Jorge Cordeiro,
membro da Comissão Política e do Secretariado do PCP, resume a questão numa
frase, na crítica a uma lei que o PCP sempre contestou: "A limitação de
mandatos, imposição desproporcionada e atentatória de direitos fundamentais,
tem expressão em três municípios de gestão CDU (Mora, Setúbal e Alpiarça).
Nestes concelhos, como noutros no mandato anterior, serão asseguradas
candidaturas que dão garantia de prosseguir o trabalho e a obra da CDU que tem
sido confirmado com o apoio da população".
"Os direitos
políticos podem e devem ser exercidos, independentemente das restrições
impostas por limitação de mandatos. Assim foi com candidatos da CDU em 2013 e
agora em 2021", assegura.
Francisco Tavares,
secretário-geral do CDS, partido que tem somente uma câmara nesta situação,
admite que se "cria um problema ao partido no poder porque é uma
oportunidade para a oposição apostar no enfraquecimento de quem está".
"Se a proposta
aos eleitores não for a da continuidade cria-se um problema sério. Daí a
sucessão ter de ser preparada com tempo, pelo menos um ano. Mas há sempre uma
vantagem, a de a população estar satisfeita com o trabalho do partido e desejar
a continuidade", afirma.
E Ponte de Lima?
"Se me pergunta se o Victor Fernandes continuaria a ser um excelente
presidente? Claro que sim. Tem feito um ótimo trabalho. Mas vamos perder o
rumo, ficar sem destino? Claro que não. O Vasco Ferraz [candidato que era
vereador na câmara] é um homem conhecido e reconhecido. A nossa aposta é
claramente no prosseguimento do trabalho feito".
"É uma questão
com duas faces, como se fosse uma moeda, temos sempre que olhar para esta
questão de dois prismas: a de estar na oposição e no poder. E o resultado? Os
eleitores decidem, é a democracia a funcionar", afirma.
Teresa Ruel,
professora de Ciência Política no ISCSP-UL, considera que "intuitivamente
faz sentido este alerta - o dos concelhos em risco - do ponto de vista
eleitoral dos partidos, até porque com leituras próximas, estudos de opinião,
acabam por ter uma visão mais fina da realidade local".
Filipe Teles,
professor de Ciência Política na Universidade de Aveiro, percebe a
"expressão feliz, mas interna dos partidos" porque a lei veio travar
os "fenómenos de resiliência partidária centrados na figura do presidente
de câmara, travar os mecanismos de apoio, as redes de influência que tornavam
as eleições seguintes mais fáceis. No fundo, beneficiar do histórico".
"E
repare", diz o investigador, "no final do terceiro mandato, e isto
está estudado, as obras e inaugurações... diminuíam".
"A principal
virtude da lei foi o de impedir o domínio de um só homem. Portugal mantinha,
até 2013, uma estabilidade de partidos e eleitos no poder local. Cá foi preciso
uma lei que não existe em muitos países europeus, não há muitos com essa
limitação porque existe uma rotatividade mais natural. Os sistemas eleitorais
diferentes, menos executivos, mais deliberativos, mais geradores de coligações
e até uma cultura democrática diferente permitem uma alternância natural",
afirma.
E o que mudou
nestes anos? Teresa Ruel considera "prematuro fazer um balanço em termos
de governação, ou qualidade da governação local pela introdução de uma barreira
legal de limitação de mandato do presidente de câmara. Sabemos que em 2013, 160
presidentes de câmara no exercício do poder, ficaram impedidos de concorrer a
novo mandato. Nestes 160 municípios [foram 41 em 2017], outros atores políticos
ganharam a posição cimeira autárquica, mas isto per se não nos diz que são
efetivamente "novos políticos" (podem ser vice-presidentes,
vereadores ou pessoal partidário das estruturas locais), que deram continuidade
à governação existente, pela substituição do presidente de câmara".
Uma coisa é o
objetivo da lei, outra é o resultado da sua aplicação. "A ideia da lei é
efetivamente desfossilizar o exercício de cargos públicos, permitir a renovação
das elites políticas locais, e a partir daí garantir um refrescar de equipas,
projetos, visões e perspetivas para os territórios e respetivas populações,
independentemente dos partidos políticos", mas não é sequer
"evidente" que a lei tenha permitido, de facto, criar uma alternância
significativa de cores partidárias. Ir para o concelho vizinho ou mudar de
partido são escapatórias comuns.
"Existiram
algumas dinâmicas no território, por exemplo, titulares do poder político num
determinado município em limitação de mandatos, que concorreram no município ao
lado (porque a lei limita apenas o mandato no município em que exercício o
poder à data de 2013), ou municípios onde o candidato alterou o partido pelo o
qual concorria", recorda.
domingo, 25 de abril de 2021
Luís Morais Costa é a aposta da CDU à Câmara de Mértola (In OATUAL)
Em nota enviada à imprensa, a CDU diz que “depois de um ponderado
processo de auscultação a muitas pessoas em todo o concelho, a estrutura local
da CDU no Concelho de Mértola, decidiu, por unanimidade, escolher o empresário
Luís Miguel Bráz Morais Costa, para cabeça de lista à Câmara Municipal”.
Luís Morais Costa tem uma vida dedicada ao mundo empresarial,
nomeadamente nas áreas da Construção e ultimamente do Alojamento Turístico,
tendo, nos últimos anos, criado em Além Rio uma unidade turística de
excelência, a Quinta do Vau, uma das mais emblemáticas da região.
Na escolha, diz a coligação liderada pelos comunistas, foi
considerada a postura serena, de respeito para com todas as pessoas que Luís
Morais Costa apresenta nas mais diversas situações. No plano político, integrou
a lista de candidatos ao município em 2013, e em 2017, encabeçou a lista da CDU
à Freguesia de Mértola, tendo vindo a desempenhar o atual mandato na Assembleia
de Freguesia de uma forma bastante assertiva e ponderada.
A Comissão Coordenadora da CDU manifesta, na nota enviada à imprensa,
“total e inequívoco apoio ao candidato agora anunciado, na certeza de que a sua
inteligência, serenidade e capacidade de relacionamento com todas as pessoas,
empresas e forças vivas do concelho de Mértola, serão elementos determinantes
para que o concelho encontre um novo e necessário rumo, onde o município possa
ser fator de união e congregador das diversas vontades de todos os
mertolenses”.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2021
Pulido Valente em Entrevista noje 16/02 na Rádio Mértola sobre o Fórum Mértola
Passará hoje dia 16 na Rádio Mértola 95.2 FM, por duas vezes no programa da manhã. uma na segunda hora entre as 10 e as 11, outra na terceira hora entre as 11 e as 12. Serão também usados depois registos editados da entrevista nos noticiários.
sábado, 13 de fevereiro de 2021
1 º Encontro/Debate do Forum Mertola Participação e Cidadania (Nota de Imprensa)
Decorreu hoje, dia 13, o primeiro encontro/debate do Fórum Mértola Participação e Cidadania, precisamente sobre o tema: participação e cidadania para a construção de um futuro melhor para as pessoas.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2021
terça-feira, 30 de maio de 2017
Santiago Macias não é candidato em Moura
Está confirmado: Santiago Macias não se recandidata pela CDU à presidência da Câmara Municipal de Moura nas eleições Autárquicas agendadas para o próximo dia 1 de Outubro, tal como o "CA" tinha avançado em Janeiro.
terça-feira, 1 de julho de 2014
António Costa em Beja
Esta sessão, aberta a todos os interessados, permitirá a António Costa apresentar a sua visão e algumas das propostas-chave para o futuro de Portugal, assim como para o mesmo ouvir, no terreno, as opiniões dos Baixo Alentejanos.
domingo, 29 de junho de 2014
Para mim é “galão”!
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Deputado do PSD iniciou roteiro agrícola em Mértola
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Marcelo desiste de candidatura a presidente
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
Luís Ameixa considera “inadmissível” que Governo "ignore" imigrantes
terça-feira, 23 de julho de 2013
Alberto Fernandes candidato independente em Mértola
“O objectivo é sermos abrangentes e mostrar que é possível trabalhar em conjunto”, vinca o candidato ao “CA”.
Na opinião de Alberto Fernandes, é possível ao MIM intrometer-se na luta entre PS e CDU no concelho, até porque, diz, estas candidaturas têm falado “mais mal uns dos outros do que propriamente daquilo que fizeram”.
Além de Alberto Fernandes à presidência da Câmara de Mértola, o MIM já anunciou também as candidaturas de Ana Filipa Gonçalves à Assembleia Municipal e de Maria Helena Fonseca à Junta de Freguesia de Mértola.
O radialista e jornalista José Eugénio Costa é o mandatário da candidatura do MIM, enquanto que o mandatário da candidatura independente para a juventude é o estudante João Brás, de 19 anos.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
António José Brito candidato do PS à Câmara de Castro Verde
Com 42 anos, António José Brito dirigiu até à última quarta-feira o jornal “Correio Alentejo”. O candidato explicou que aceitou o convite do PS para liderar o projecto socialista para a Câmara de Castro Verde com o objectivo de "contribuir para o surgimento de um tempo político diferente" no concelho e disse estar "consciente das dificuldades e da exigência do desafio" de se candidatar à Câmara de Castro Verde, um baluarte comunista, que, desde 1976, quando se realizaram as primeiras eleições autárquicas depois do 25 Abril de 1974, sempre foi liderada pela CDU ou outras coligações encabeçadas pelo PCP.
“Muito motivado com este novo capítulo da sua cidadania”, António José Brito pretende “contribuir para o surgimento de um tempo político diferente no concelho de Castro Verde”.
“Com este desafio, assumo que é necessário fazer renascer o alento num município onde as políticas da autarquia perderam toda a dinâmica nos últimos cinco anos”, disse.
António José Brito disse que a sua actividade profissional como jornalista, que "é incompatível com a candidatura à Câmara de Castro Verde", terminou na quarta-feira, quando foi fechada a próxima edição do Correio Alentejo, que sai na sexta-feira e será a última dirigida por si, e, a partir de sábado, o jornalista Carlos Pinto será o novo diretor do jornal.
Natural de Entradas, concelho de Castro Verde, António José Brito, jornalista há cerca de duas décadas, tem formação em jornalismo pelo Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas (CENJOR) e frequenta a licenciatura em Educação e Comunicação Multimédia na Escola Superior de Educação de Beja.
Proprietário da empresa Jota CBS - Comunicação e Imagem, que detém o “Correio Alentejo”, actualmente com edição mensal, António José Brito já foi director da Rádio Castrense e do jornal semanário "Diário do Alentejo". E dirigia o “Correio Alentejo” desde 2006, já colaborou com a Rádio Renascença e o jornal "Diário de Notícias" e criou os dois únicos jornais que existiram no concelho de Castro Verde: o "Topo Sul" e "O Campo".
Para as eleições autárquicas deste ano, António José Brito é o único candidato conhecido, até hoje, à presidência da Câmara de Castro Verde, liderada por Francisco Duarte, independente eleito pela CDU e que dispõe de maioria absoluta, num executivo composto por três eleitos pela CDU e dois pelo PS.
Francisco Duarte foi eleito presidente da Câmara de Castro Verde em 2009, mas já presidia ao município desde 4 de Julho de 2008, um dia após o anterior presidente, Fernando Caeiros, que liderava o executivo desde as primeiras eleições autárquicas, em 1976, ter suspendido o mandato.