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ESCAPAR

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Estou perdida no tempo No teu tempo Do meu... Há muito que nada sei Não sei como o esqueci Como o deixei escapar E o sinta tão distante de mim Num dia em que tudo é sombrio Eu própria estou sombria E as palavras... … .....recuam.... FOTO DE KATIA CHAUSCHEVA

TARDES DE OUTONO II

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Invade-me a casa o Vento. Traz a chuva e o frio, esquece-se que gosto de luz e apaga-ma. Fico na escuridão, só com os pensamentos. Tudo o que escuto, além do Vento. Hoje, não vens. Hoje, não sei onde estás. Hoje, só tenho memórias de beijos e de palavras descoloridas. O autor desta foto é desconhecido

VOZ DA NOITE

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Não tenho a certeza de nada... Apenas da sombra da noite e da música clássica, a tocar baixinho na sala.... Que deixei às escuras.... Para escrever nessa sombra, que assombra a própria noite, uma história de encantar.... Em que escute a minha voz, e não a sinta perder-se em ti.... Num poema sem rima, num lamento solitário, que a música abafa, pois hoje só ela tem voz.... Foto de Ben Heyes, "Almost Hidden"

NOITE ANGUSTIADA

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Caminho por entre os meus sonhos, pesados como esta noite angustiada. Destroça a minha alma, o frio que volta a entrar pela frincha. Não estou a sorrir, pois já nem sei como escrever..... Perdi a vontade, o desejo, o interesse pela vida com que quebrava a monotonia dos dias.... Nem mesmo o voo altivo das gaivotas me faz sonhar.... Deixo que a solidão me embrulhe novamente.... Volto a ter medo.... Até do frio..... Foto de Nadezda Koldyshew

VONTADE DE VIVER

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Desço à praia, quando muda a maré. Procuro, no vaivém tranquilo das ondas, aquilo que só o olhar vê e sente. Essa chama, essa vontade de viver que, por vezes, em mim se apaga. Não me perguntes porquê; nem eu própria sei....       Foto de R de Rien, "Nobody knows" (Olhares)

MAIS UM

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Deveria estar contente por sentir, finalmente os aromas da Primavera. O cheiro da terra, a profusão de flores, ter luz do Sol até mais tarde. Mas não estou.... Posso ficar no jardim mais tempo, - gosto de me sentar naquele cantinho ao pé do lago, sabem qual é? - mas continuo a falar sozinho. Em casa, já não posso ler os meus livros e apaixonar-me pelas palavras. Olho para a televisão e não compreendo nada. E as memórias não me afastam da tristeza desta vida, deste passar do tempo. Sou apenas mais um, sentado à beira do lago. Foto de André Domingos, "Lost Soul" (Olhares)

CONTRASTE

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Não sei por que hoje não sonho. Que intruso tomou conta de mim e deixou os meus poemas em fragmentos? Talvez porque a casa ainda não me conhece. O meu nome é ainda um segredo, um sussurro. Talvez lho diga amanhã, quando escancarar as portas e as janelas, e estiver descalça, na sombra da varanda. Porque, nisso, não mudei; gosto do contraste das sombras e do contacto da pele com o chão. Foto de Paulo Dias, Olhares "Encontra o teu caminho" (Continua)

INTRUSA

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Ouço os gritos vindos do cais. Sei que estás de volta. Mas, desta vez, não partilharei da alegria do teu regresso. Não te procurarei na praia, nem em qualquer outro lugar. Não direi que te amo, não te amarei na proa do barco encalhado. Escapar-me-ei da tua memória, silenciosa, clandestina. Uma intrusa, novamente.... (Continua) Foto de Graça Loureiro "Breakable" (Olhares)

SEM BRILHO

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Sei que falta alguma coisa. Brilho, glamour, paixão. Nada disso há na solidão em que o meu mundo se fechou. Nunca me tinha apercebido até que ponto a noite pode ser solitária. Como qualquer ruído é ainda mais intenso. Lamento-me, eu sei. E, as lágrimas? São sinal de fraqueza.... Quem o diz, nunca sentiu a dor que nos arranca a pele, nos sufoca lentamente. Sem glamour, sem paixão, sem brilho. Foto de Phatpuppy "What holds me here" (DeviantArt)

ENGANO

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Já não sei quem sou. Tornei-me num solitário, num aventureiro. No dia em que me deixaste. No dia em que tudo se tornou um engano. Sofro por ti, com a mesma paixão com que te amei. Mas agora nada é calmo, nada é límpido. E ao recordar os teus gestos, o teu olhar, fica a dúvida. Não seria já o fim e não o li? Não sei mais quem sou. Não sei o que procurar. Não sei o que acontecerá. Foto "Rocking in Dreams" de FLOOWX3 (DeviantArt)

POR MIM

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Ninguém precisa de saber .... Como estou desiludida... e chorei a noite inteira... Adormeci, finalmente, mas agarrada ainda a memórias saudosistas ... Que memórias? E porquê saudades? Não posso.... Não quero falar dessas memórias ... Gelam-me, esvaziam-me de quaisquer sentimentos . Sinto-me abandonada, traída.... Não por ti.... Por mim..... Foto de Graça Loureiro, "Só" (Olhares)

ABERTA

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Deixei o meu poema inacabado... Que a chuva me distraísse e me confundisse.... Com o cinzento escuro do dia, com a tristeza espantada no olhar das gaivotas.... Á espera de uma aberta.... Para voar em direcção ao mar , em rimas improvisadas e desejos inflamados..... " Beleza violenta" , foto de Carlos Pereira (Olhares)

HERÓIS ESQUECIDOS

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O corpo, tenso, desobedece-me. Enrosca-se-me e suspira palavras que não conheço. Fica alheio às palavras sobre o Vento, sobre as Sereias, e sobre a agonia dos pobres marinheiros. Na verdade, o que me apetece fazer é deambular pelo Vento, escorregar pela vela erguida de sabre na mão, perseguir sem dó nem piedade quem apenas procura a fama e a fortuna. Espanto-me, pois não falo de uma coisa nem doutra. Somente pequenas histórias sobre heróis esquecidos - sereias, piratas, marinheiros.... Mais do que isso, as palavras enrolam-se, porque o meu corpo não deixa. CONTINUA Foto de Graça Loureiro "Sing me a lullaby" (Olhares)

TURBULÊNCIA

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Esta noite, fiquei confusa com regras, que não são regras, com pecados que existem apenas na turbulência do tempo. Nem sei porque penso nisso quando já é noite e os fantasmas do passado há muito que desapareceram. Está uma noite de temporal. Chuva forte, relâmpagos, vento. Uma noite que poderia ser mágica, cheia de fantasia. Se estivesses cá e eu não tivesse aberto a porta a essa turbulência dorida. Foto de Carlos Resende "Lost" (Olhares)

DESCONFIADA

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Hoje não me sinto erótica. Disfarço-me na sombra e deixo que o Vento me varra do teu caminho. Hoje, o Mundo só me contraria e arrasto os pés, solitária, desconfiada. Hoje, estou incapaz de te sorrir, de te seguir, mas quero amar-te. Foto de Mcpial `"À flor da pele" (Olhares)

ÚNICA NOTA

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Perdoa-me. Se fiz orelhas moucas às tuas palavras encantadas, se virei as costas ao desejo mudo do teu beijo, se me isolei algures numa torre de marfim. Nem eu própria sei onde quero ir, o que quero fazer. Não quero sonhar - tenho medo "deles". "De quem, querida? Quem são "eles"?" Perguntas-me, e a única nota que retenho, na minha mente, tão cansada, tão só, é o abraço em que me deixas adormecer. Foto de Graça Loureiro, "Reaching Out" (Olhares) Textos protegidos pelo IGAC - Cópias, totais e/ou parciais, proibidas

JANELA

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Só mais uma coisa. Prometo que não peço mais nada. Nem falarei mais da saudade. - terei que aprender a viver com ela. Porque esta porta fechou-se. Sabem??? Apesar dos altos e dos baixos da minha vida, consegui, sempre, encontrar uma janela aberta. Não sei se ouvi, se li esta citação, - para mim, é um mantra. Esta noite, vou gritar, deitar cá para fora toda essa dor, toda essa raiva que me perfuram a alma. Depois, vou procurar a janela. Foto de Rattus, "Lá em cima, a luz" (Olhares) Textos protegidos pelo IGAC - Cópias, totais e/ou parciais proibidas

AMARELO

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A minha Mãe não terá uma lápide. Uma rosa, uma rosa amarela assinalará o sítio onde repousa. Num jardim... Cheio de nomes, de histórias e de memórias. E, se , por acaso, o Vento malvado, num acesso de fúria, arrancar a rosa, lá estarei no jardim, para plantar outra. Sempre amarela, sempre com o nome da minha Mãe, Ana A todos, obrigada por estarem aí.... Foto cedida por Carlos Fragata (muito obrigada por ter acedido ao meu pedido) Textos protegidos pelo IGAC - Cópias, totais e/ou parciais proibidas

ETERNO

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O que vou escrever não é uma obra prima... Nem pretendo que o seja... É apenas um desabafo... É vestir-me de preto e fazer o luto.. Não vou esconder as lágrimas, nem o desejo secreto de que, esteja onde estiver, esteja feliz. Que se lembre de, como me transformava em bobo da corte, só para a fazer rir... Quando ela ainda sabia rir... Quando ela ainda sabia o meu nome e que eu era a sua filha querida.... Em memória da minha Mãe 26/2/1924 - 23/5/2010 Foto de Jorge Nelson Alves, "Eterno" (Olhares) Textos protegidos pelo IGAC - Cópias, totais e/ou parciais proibidas

PAPEL PRINCIPAL

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Tentei escrever qualquer coisa diferente. E, quando tudo falhou, tentei escrever sobre a chuva. Porque está uma noite de chuva e estou sozinha. Neste palco, só existo eu, a luz do candeeiro e a chuva, que disseram, desaparecia esta noite. Entreteria outra gente noutro local que não a minha janela. Chamei-lhe, uma vez impiedosa; noutra, agradeci-lhe por ter ocultado as minhas lágrimas. Hoje não sei o que lhe chamaria ou o que lhe agradeceria. Hoje, estou cansada e doente e nem de ti quero falar. Por isso, hoje vou fechar a luz mais cedo e se a chuva resmungar, deixa. Nem sempre temos o papel principal. Foto de José Ramos, "À procura de almas" (Olhares) Textos protegidos pelo IGAC - Cópias, totais ou parciais, proibidas