Uma criança brincava no parque com sua mãe, quando avistou próximo dali um lindo jardim. Flores coloridas, brancas, vermelhas, rosas e amarelas a convidavam a brincar. A criança, sem pensar, olhou para aquelas belas flores e saiu correndo pelo parque em busca do jardim. Só que, no caminho, tropeçou em uma pedra e caiu, e ao cair chorou, e ao chorar teve socorro. Um senhor que estava ali, vendo a criança em desespero, aproximou-se e sentou-se carinhosamente ao seu lado. - Você está bem? - disse o homem. - Eu caí quando tentava chegar ao jardim. Caí e estou triste, acho que vou desistir de ir para lá. - Disse a criança chorando. O homem olhou penalizado e com doçura disse: - Meu bem, um dia, há muito tempo, eu também caí ao buscar o jardim. Caí, e não mais me levantei, eu desisti. Desisti do motivo maior que me impulsionava. A chama que havia em meu peito gritava: "Vá, acredite!" Mas eu não fui. Caí e desisti. Abandonei o que minha alma tanto buscava. Sofri e aprendi. Ouça: Ali na frente, você vê um jardim. Você sente que é lá que você prefere estar. Uma voz dentro de você diz: "Seja, vá, acredite!" Mas, lembre-se filho, sempre haverá pedras em seu caminho. A criança, mais calma, olhou para o homem e perguntou: - Porque as pedras? O caminho não poderia estar livre? O homem olhou nos olhos da criança, um olhar tão sincero e sereno que a criança sentiu-se amparada e protegida, então o homem falou: - Todos podem chegar ao jardim... Todos. Mas as flores são sensíveis e delicadas. Por isso precisam ser protegidas de pessoas despreparadas que poderiam destruí-las. A natureza colocou pedras no caminho para permitir que só aqueles que tiverem a sensibilidade de entender que as pedras não foram feitas para impedir a chegada, mas para serem contornadas, cheguem até lá! A criança enxugou as lágrimas, levantou-se e continuou em busca do jardim.
(Autoria por mim desconhecida)