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segunda-feira, outubro 28, 2024

"O Ginjal, Porta a Porta (Referências e Memórias)" de Luís Bayó Veiga


Durante a semana vou deixar aqui algumas palavras, sobre um livro escrito por um amigo, que será apresentado no próximo sábado.

Isso acontece por duas ou três razões, para lá da amizade com o autor. Uma delas é este blogue chamar-se "Casario do Ginjal"...


quinta-feira, julho 18, 2024

A Visita ao Castelo de Almada...


Gostei de passar hoje pelo Castelo de Almada e de ver as escavações arqueológicas levadas a cabo pelo Município e pela Universidade Nova, e claro, as vistas, sempre deslumbrantes deste lugar altaneiro (como acontece com todos os castelos).

Gostei desta iniciativa da Autarquia, de mostrar o que se está a fazer, a todos os interessados, por estas coisas da história.

E espero que esta equipa de trabalho consiga descobrir alguns vestígios, pelo menos da ocupação muçulmana, desta nossa Margem Sul, embora de certeza que também os romanos, tenham estado num lugar tão importante, em termos estratégicos, pela visão que nos oferece do Tejo, de Lisboa e até do Oceano.


Felizmente nem tudo é mau no Município de Almada. O desleixo das ruas (é geral, se excluirmos o eixo principal...) tem sido disfarçado por iniciativas como esta e outras das Culturas (tenho ficado feliz por alguns amigos continuarem a ter ideias e a conseguirem colocar algumas em prática, pelo menos nos Museus e Bibliotecas, lutando contra o desinteresse crescente das pessoas por coisas que nos elevam como seres humanos e contra a burocracia institucional...).

(Fotografias de Luís Eme - Almada)


terça-feira, julho 16, 2024

Fernão Mendes Pinto: cada vez mais respeitado e "menos mentiroso"


Um dos livros que levei para ler nas férias foi "Na Senda de Fernão Mendes Pinto", de Joaquim Magalhães de Castro.

O autor não só desmonta muitas das falsidades que se foram escrevendo sobre este grande aventureiro, que felizmente se tornou escritor de viagens, quando estes ainda não existiam, como prova a passagem desta figura histórica pela China, Japão e muitos outros orientes. É importante recordar que Fernão viveu os últimos anos da sua vida no Pragal, em Almada, onde escreveu a "Peregrinação".

Neste caso particular, o tempo tem sido amigo do escritor português, pois, ano após ano, o seu registo histórico vai-se valorizando, pela quantidade de informação - cada vez mais respeitada e enaltecida - que nos ofereceu e também pela forma como conta as suas peculiares epopeias, positivas e negativas. Ou seja, afinal não é o "mentiroso" que muitos pensavam e difundiam.

Publico esta fotografia especial, de um amigo que já não está por cá, porque neste ano de 2024, se comemora o centenário do seu nascimento: o também almadense Fernando Barão. Fotografia tirada numa tertúlia histórica de Almada ("As Tertúlias do Dragão", organizadas pela SCALA no Café Dragão Vermelho...), com o Fernando a encarnar com graça e história, o extraordinário Fernão Mendes Pinto.

Nota: texto publicado inicialmente no "Largo da Memória".

(Fotografia de Luís Eme - Almada)

terça-feira, maio 12, 2020

As Chuvas de Maio e a "Rua 26"...


Quando chove, custa menos ficar em casa.

Já lá vai o tempo que nos divertíamos a pisar poças de água (até a minha já está suficientemente crescida, para não me obrigar a esconder o sorriso... quando não resistia à tentação de passar por dentro de um "pequeno lago" de água).

Embora eu na minha meninice, além de meter o "pé na poça", também adorasse ficar na janela da sala da velha casa da "rua 26" (pois é, as ruas do bairro da minha infância eram numeradas, queriam lá saber de pessoas...), a a ver a chuva a cair e as pessoas a passarem, a fazerem uma ginástica enorme para fugir das poças de lama, num tempo em que o alcatrão ainda não chegara ao bairro, nos finais dos anos sessenta do século passado...

Ainda continuo a gostar de olhar para a janela, embora na minha rua (quase escondida), passem muito menos pessoas que na "rua do meio" (sim, além dos carteiros, ninguém lhe chamava "rua 26"...).

(Óleo de Denis Ichitovkin)

terça-feira, setembro 24, 2019

O Comércio no Largo de Cacilhas


Há meia-dúzia de dias quando saía do cacilheiro, vi mais bancas de venda que o costume, logo ali rente ao cais, quando as pessoas aceleram o passo para apanharem os transportes que as levam de volta a casa.

A diversidade de venda de produtos (frutas, legumes, queijos, roupas, malas...) fez com que pensasse pela primeira vez, na possibilidade de se criar um "mercadito de venda", com mais espaço para os vendedores e consumidores, ali naquele mesmo sítio...

(Fotografia de Luís Eme)

quarta-feira, junho 05, 2019

Explorar a Maré Baixa no Ginjal...


Na manhã de ontem fiz uma coisa que nunca tinha feito.

Vim de Almada para Cacilhas pelo caminho mais distante, ou seja, pelo Ginjal.

Já à beira rio descubro que há muito tempo que não encontrava o Tejo "tão vazio". 

Foi por isso que desci à praia das Lavadeiras e me aventurei por caminhos "ainda não navegados". 

Caminhos que normalmente estão cobertos de água...

(Fotografia de Luís Eme)

quinta-feira, janeiro 03, 2019

Névoa e Frio no Ginjal

Apesar do tempo não estar nada convidativo, como precisava de ir a Almada, resolvi ir pelo caminho mais longo: descer por Cacilhas, passar rente ao Tejo no Ginjal, para depois subir para Almada, pelas escadas que nos levam à Boca do Vento...

(Fotografia de Luís Eme - uma das primeiras tiradas no Ginjal)

quinta-feira, novembro 15, 2018

Encontro de Leitores de Saramago


A Biblioteca José Saramago, no Feijó,  Almada, homenageia o seu patrono com um fim de semana cheio de actividades, no "3º Encontro Ibérico de Leitores de Saramago".

sábado, junho 09, 2018

O Bonito Dia (Internacional) do Arquivos


O que seria de nós, investigadores, sem os arquivos...


E nem tenho medo do excesso de informação. Quando ela rareava era bem pior...

sábado, abril 14, 2018

A "Ciclovia" do Ginjal...


O paredão do Ginjal (ou um longo cais...) presta-se a tudo, felizmente.

Se de segunda a sexta é parque de estacionamento para aqueles que se levantam cedo e não se assustam com as placas que ameaçam derrocadas há quase uma década, de domingo a domingo têm muitas mais funções:

É o espaço de entretém de múltiplos pescadores de água já pouco doce;
É lugar de passagem para os frequentadores dos dois restaurantes mais concorridos pelos turistas das europas;
É "passeio dos tristes", para muitos almadenses que gostam de passear à beira rio;
Mas não é tudo, é também uma ciclovia, para quem gosta de pedalar e fintar a gente que acredita que o "paraíso" fica lá para a frente, quando o rio abraça o mar...

(Fotografia de Luís Eme)

sábado, outubro 28, 2017

Um Livro Diferente...


Não só sinto como sei que  este "Passeio Mágico com Romeu Correia" é mesmo um livro diferente. 

Já perdi a conta aos livros e opúsculos que escrevi sobre Almada (são mais de duas dezenas... mas tinha de os ir contar e não me apetece, pelo menos agora), e sei que eles têm sido a "desculpa" para a minha não aposta a sério na ficção. 

É também por isso que  gostava de nos próximos tempos ter mais espaço para mim e para as minhas estórias.

Não sei se é uma despedida, acho que não. Penso que é só um até já...

É também por isso que este livro tem duas dedicatórias, e uma delas é dedicada:  "aos Meus Queridos Amigos (todos...) que me ensinaram, quase sem darem por isso... a Amar esta nossa Almada."

Sei que sem uma boa mão cheia de amigos, que, entre outras coisas, me foram contando episódios das gentes e dos lugares desta Terra, teria andado por outros lugares e feito outras coisas...

A vida é cheia de acasos...

O que não foi um acaso, foi este livro. Foi pensado e construído a pensar no centenário no nascimento do Romeu, com um objectivo bem definido (como conto na apresentação): "ensaiar um auto-retrato de Romeu, dentro de uma conversa..."

Também gosto muito da capa, feita pelo Mártio, um amigo que nos colocou (a mim e ao Romeu) a passearmos por um dos lugar que nos é mais querido, o sempre belo e único, Ginjal.

quarta-feira, outubro 25, 2017

O Meu Próximo Livro...

A partir de hoje irei falar do meu próximo livro, que será apresentado no dia 4 de Novembro, pelo meu amigo Fernando Barão.

Chama-se "Passeio Mágico com Romeu Correia", porque foi construído como se fosse uma conversa (ou entrevista...), entre dois amigos, sobre a história de vida de um deles.

Foi escrito intencionalmente para ser editado neste ano de 2017, em que se comemora o Centenário do nascimento de Romeu Correia.

Posso acrescentar que todas as palavras ditas pelo Romeu, são mesmo dele (extraídas de entrevistas, crónicas e ensaios publicados na imprensa nacional e local). Eu limitei-me a "perguntar" e a "organizar" (tentar dar uma ordem cronológica e algum sentido literário).

Há ainda uma segunda parte do livro, mas a explicação fica para outra "posta"... 

sexta-feira, outubro 20, 2017

A Bonita Aguarela de Mártio...


Esta é a bonita aguarela que o meu amigo Mártio pintou para a capa do meu livro, que está quase a nascer ("Passeio Mágico com Romeu Correia"), e que será apresentado no dia 4 de Novembro, às 16 horas, na Sala Pablo Neruda do Fórum Romeu Correia, por outro grande amigo, Fernando Barão, escritor e associativista almadense.

Esta aguarela está cheia de simbolismo, pois os dois vultos que estão a passear pelo Ginjal (com a casa onde Romeu viveu parte da infância e adolescência à sua frente), estão  a fazer, nada mais nada menos, que o tal passeio mágico, pela vida do grande escritor de Almada, que este ano faz a bonita idade de cem anos.

segunda-feira, março 27, 2017

O Melhor do Teatro...


Enquanto escritor, o melhor que o Teatro me oferece é a possibilidade de escrever sobre a vida, de uma forma bem mais simples e directa, que qualquer outro estilo ou técnica literária.

Quando escrevo não penso numa, mas sim em várias pessoas. São elas que acabam por dar vida às personagens e que um dia poderão ser gente nos palcos...

E isso é o melhor que pode acontecer a quem escreve teatro, ver os "bonecos" que desenhámos com palavras ganharem um rosto, um corpo, serem gente e transformarem o palco numa festa.

quinta-feira, janeiro 19, 2017

Adeus Gena


Vou recordar-me sempre do teu sorriso e da tua alegria contagiante, e claro, do teu companheirismo, e da capacidade, cada vez menos comum, de fazer coisas e de as partilhar com os outros.

Eu sei que só és mesmo insubstituível para o Américo, mas também sei que nos vais fazer muita falta.

Adeus Gena.

(Fotografia de Luís Eme)

quinta-feira, novembro 24, 2016

Romeu no Centro Cultural de Belém

A exposição de retratos de Fernando Lemos que está patente numa das salas do Centro Cultural de Belém, merece ser visitada por todos os amantes de fotografia e também por quem gosta de ver pessoas famosas retratadas.

Claro que nos anos quarenta e cinquenta ser-se famoso era uma coisa muito diferente dos nossos dias, não havia televisão e muito menos programas de "fama instantânea"...


Romeu Correia está muito bem acompanhado nesta excelente mostra de retratos de Fernando Lemos, que foi um "renascentista" da cultura, pois também se dedicou às letras e às artes plásticas e fez parte do movimento surrealista português, antes de emigrar e se fixar no Brasil.

(fotografias de Luís Eme)

quinta-feira, novembro 17, 2016

Uma Carta Para o Romeu...

«Não sei se ainda andas por aqui, como o Chico nos costuma contar (sim ele diz que não vamos logo embora, ficamos por cá uns tempos a ver como param as modas...), Romeu.
Se andas, talvez estejas um pouco espantado por teres ganho tantos amigos novos, especialmente agora que te aproximas dos cem anos (hoje ainda são só noventa e nove...), essa idade sempre memorável.
Mas ainda bem que é assim, é sinal que não te vão esquecer, pelo menos nos tempos mais próximos. E tem ainda outra vantagem, todos aqueles que nunca souberam da tua existência, talvez sintam alguma curiosidade em conhecer-te melhor e peguem num dos teus livros, que tanto pode ser um romance, uma peça de teatro ou uma colectânea de contos (os ensaios e biografias não recomendo tanto, porque não têm a tua magia de extraordinário contador de histórias), e vão de viagem contigo.
Claro que há quem não tenha esquecido a tua "vaidade", e até me fale do tempo em que usaste laço em vez de gravata e andavas nas ruas de Almada de nariz empinado. Outros continuam a insistir na tese de que não devias ter aceitado dar o teu nome a uma rua, por estarmos em plena ditadura. Não te preocupes, eu "desarmo-os" sempre com a mesma "arma" que gostam de usar: a tua "vaidade". Se eras vaidoso como te pintavam, por que carga de água não ias aceitar a atribuição de uma rua? Ainda por cima quando normalmente este privilégio só era concedido depois de se partir...
Claro que tenho de ter cuidado com os argumentos que uso, não posso falar da tua simplicidade, e até insegurança, a espaços, que notava nas nossas conversas, ainda dizem que estou a inventar um "Romeu novo"...
E antes que me esqueça, parabéns Romeu.
Mas festa festa, vai ser a do ano que vem. Por isso vê lá se ficas por cá, pelo menos mais um ano. Até por saber que te vais emocionar e divertir bastante, nesta caminhada festiva.»

(Fotografia de Fernando Lemos)

quinta-feira, maio 05, 2016

Francisco Bronze, um Construtor de Sonhos

Há poucas horas assisti à projecção do filme, "Um Construtor de Sonhos", realizado por Quintino Bastos, que depois foi complementado com uma conversa aberta entre o protagonista, o artista plástico Francisco Bronze, o homem que fez as perguntas no documentário, Gabriel Silva e a plateia interessada que apareceu na sede da Imargem.

A "fita" está muito bem realizada, oferecendo-nos um retrato fiel - de alguma forma intimista - do pintor que vive em Almada desde o final dos anos 1950 e está ligado aos mais importantes movimentos artísticos da Cidade, que culminaram com a fundação da Imargem em 1982, organizadora da "Arte em Festa", que decorre entre 2 de Maio e 15 de Junho.


A conversa também foi boa, com algumas perguntas pertinentes sobre o percurso artístico e a temática dos quadros do Xico Bronze, uma das figuras mais emblemáticas de Almada no campo das artes, pela sua sabedoria e simplicidade.

(Fotografias de Luís Eme)

sábado, abril 09, 2016

Uma Balada Especial...

O "Casario do Ginjal" dá as boas vindas a Luís Filipe Maçarico, poeta e associativista, que se mudou recentemente de Lisboa para Almada, com a publicação deste poema de José do Carmo Francisco, que também homenageia o nosso blogue e o autor, e claro, o Associativismo Almadense.

Balada para Luís Filipe Maçarico

Adeus Lisboa, cidade
Tenho a vida em partilhas
Caldeirada de saudade
Entre Almada e Cacilhas.
Eu digo adeus às matilhas
Em tuque-tuque infectado
Cidade das maravilhas
Está perdida no passado.
Se a Poesia é verdade
No fim tem sempre razão
Na Cova da Piedade
Tive prémio e ovação.
Por Incrível que pareça
Há sempre uma Academia
À espera de nova peça
Na mais teimosa alegria.
E um Céu que tem Maria
A captar em cada imagem
O preto e branco do dia
Povoamento e paisagem.
Na proa dum cacilheiro
O Mundo tem outra escala
Com Luís Alves Milheiro
Saltam poemas da mala.
Casario do Ginjal
Conservas e tanoeiros
Aqui em frente à Capital
Cantam versos derradeiros.

José do Carmo Francisco        

(Fotografia de Luís Eme)