22.7.08
21.7.08
Chamando todos os viajantes!
Gente, o Felipe, filho da Angela Scott Bueno, teve a sorte de ser contratado como iluminador por um daqueles navios de cruzeiro. E ela tem um pedido:
Olhei por alto a rota e, de cara, dou duas dicas: esquecer as filas para ver as maiores atrações de Veneza, como o Palácio Ducal ou a Basílica de San Marco, e perder-se pelas ruazinhas mais escondidas.
Não há nada melhor do que descobrir as ruazinhas de Veneza, as suas igrejas pequenas mas deslumbrantes, e sempre ouvindo o schelf schlef da água nos canais. Também comer um doce ou um sorvete na Rosa Salva, que é a mehor confeitaria da cidade.
Na volta, parar em plena Piazza San Marco e tomar um café, com calma -- pelo preço, aliás, não dá para fazer muito mais que isso! -- no Florian, admirar as construções e o mundo passando por ali. Não é à toa que o Florian é um point turístico desde 1700 e lá vai fumaça.
Em Istambul há um outro café que eu adoro, o Pierre Lotti. Passa-se pelo velho cemitério e, lá de cima, tem-se uma vista espetacular do Bósforo e da cidade. Ir ao entardecer é a melhor pedida.
Aliás, em Istambul tem um maluco que tem um taxi e faz tours pela cidade. Fala pelos cotovelos mas conhece tudo e é muito simpático. E tem até página na web!
Queria pedir a você e a galera daqui, dicas de passeios e lugares para não deixar de ir, sabe?
Aqueles pulos do gato dos lugares, esses que só quem conhece a cidade é que sabe, pois ele pode descer em cada porto e tem em torno de seis horas para conhecer arredores em cada dia, e dá pena -- tipo o post da Letícia -- ele estar em lugares tão maravilhosos e não poder aproveitar. A verdade é que seis horas é um tempo bacana para quem conhece e vai na certa, mas pouco tempo para quem ainda tem que descobrir.
Agora ele está em Villefranche e amanhã em Florença, na verdade em Livorno, que é o porto.
Aqui a rota dele: http://spreadsheets.google.com/pub?key=pEp_yOjq6lOKYmSvUfyP-Zw
É isso. Se você e o pessoal aqui puderem dar uma força, vai ser uma experiência tipo aquele comercial de cartão de crédito: nâo tem preço!"
Olhei por alto a rota e, de cara, dou duas dicas: esquecer as filas para ver as maiores atrações de Veneza, como o Palácio Ducal ou a Basílica de San Marco, e perder-se pelas ruazinhas mais escondidas.
Não há nada melhor do que descobrir as ruazinhas de Veneza, as suas igrejas pequenas mas deslumbrantes, e sempre ouvindo o schelf schlef da água nos canais. Também comer um doce ou um sorvete na Rosa Salva, que é a mehor confeitaria da cidade.
Na volta, parar em plena Piazza San Marco e tomar um café, com calma -- pelo preço, aliás, não dá para fazer muito mais que isso! -- no Florian, admirar as construções e o mundo passando por ali. Não é à toa que o Florian é um point turístico desde 1700 e lá vai fumaça.
Em Istambul há um outro café que eu adoro, o Pierre Lotti. Passa-se pelo velho cemitério e, lá de cima, tem-se uma vista espetacular do Bósforo e da cidade. Ir ao entardecer é a melhor pedida.
Aliás, em Istambul tem um maluco que tem um taxi e faz tours pela cidade. Fala pelos cotovelos mas conhece tudo e é muito simpático. E tem até página na web!
Dos comentários
A Leticia, aka Paca Manca, mais uma vez manda bem que só ela. Gosto DEMAIS dessa garota!
"Eu adoro história mas infelizmente não dá pra estudar tudo e a gente acaba se concentrando nas coisas das quais gosta mais. No meu caso, agora de volta à faculdade depois de velha estou estudando história contemporânea, que apesar de muito útil pra entender muitas coisas eu acho muito chatinho (minha paixão é pelo mundo pré-pólvera). Mais ou menos tudo o que foi falado em aula são coisas que a gente estudou na escola, então nem encuquei muito. Até que uma colega romena, da minha idade e portanto crescida na época do Ceausescu, disse estar desesperada com a chegada da prova porque nunca tinha estudado nada daquilo e não tinha a menor idéia de por onde começar. Tipo, ela hoje é cidadã européia e não sabe NADA da história do seu próprio país que não tenha sido fortemente "photoshopado", e menos ainda sobre a história da Europa. Eu não consigo nem imaginar.
Nessas horas você é forçado a pensar no tamanho da manipulação e da crueldade que é a ausência de liberdade de expressão e comunicação, que toda censura é o horror, o horror, que não é possível chegar a lugar nenhum sem saber de onde a gente veio, que tentar aprender sem conhecer os erros do passado é bater a cabeça na parede inutilmente, que a ignorância é a doença mais grave que existe nesse mundo. Lembro que quando ela comentou, na maior naturalidade, que nunca tinha estudado nada sobre Napoleão, eu fiquei parada olhando pra cara dela, completamente pasma. Imagina visitar o Louvre e não entender nada, nada, nada do que se passa nos quadros, do porquê foram pintados, de eventuais episódios da vida do pintor, da importância da obra, sei lá. Até esses pequenos grandes prazeres passam a ser negados. Again, não consigo nem imaginar." (Leticia)
Privacidade
Tudo, sempre,
sobre todo mundo
Tudo começou de forma inocente, quando reencontrei os ímãs que a Bia, então adolescente, confiscara da geladeira. Eram ímãs de viagem, com os nomes das cidades por onde eu passara; e a Bia achava aquilo cafonérrimo. Um dia, aproveitando-se justamente de uma viagem minha, sumiu com os tais ímãs. Armei um belo auê na volta, vocês podem imaginar, mas lá ficou a geladeira pelada, e lá fiquei eu desanimada e sem gosto para recomeçar do zero. Continuei viajando, mas deixei de comprar ímãs. Agora, porém, que os antigos estão de volta, ando triste pelas “figurinhas” que faltam. Fiz um post a respeito disso no blog, com uma lista das cidades “desmagnetizadas”, e pedi aos leitores que moram nelas, ou que por acaso estejam de passagem, que me mandem, por favor, um ímã de geladeira de presente. E dei o endereço lá de casa.
Para quê? Foi um tal de torpedos, telefonemas, emails:
-- Como é que você põe o endereço de casa na internet, sua louca?
De modo que, a pedido de amigos mais ou menos paranóicos -- no bom sentido, e com todo o respeito! -- tirei o endereço do post. Não por mim, mas por eles; quando tanta gente fica intranqüila por uma coisa tão simples de resolver, resolve-se a coisa e pronto, todos ficam sossegados.
Mas que ninguém se iluda. Já disse e repito mil vezes: a privacidade, que de resto é invenção relativamente moderna, acabou há muito. A pobre da internet leva o grosso da culpa, mas num país onde o governo já perdeu o controle do número de telefones grampeados, a rede certamente não é a maior vilã da parada. Nossos dados estão soltos por aí, numa mala direta que muda de mãos aqui, num cadastro que é transferido acolá, num currículo que percorre meia dúzia de empresas. Achar que se pode proteger um endereço nessas circunstâncias é mais ou menos como tentar esvaziar uma canoa furada.
Há tempos tenho a mais firme convicção de que, quem quer de verdade, consegue obter toda e qualquer espécie de informação a respeito dos outros. Lembram dos antigos catálogos telefônicos? Eles existiam beeeeeeeeem antes da internet, e já forneciam telefone e endereço do usuário. Continuam fornecendo.
Volta e meia recebo emails de pessoas preocupadas que, suponho, gostariam que eu fosse mais alarmista, e que me apontam os "riscos" da internet enviando mapinhas do Google com meu prédio em destaque. Lamento, amigos, mas assim é a vida.Se,ainda hoje, alguém chegar a qualquer cidade pequena e perguntar onde é a casa de Fulano ou Beltrano, todos saberão dizer. E sem consultar a internet.
(O Globo, Revista Digital, 21.7.2008)
20.7.08
19.7.08
Teste bacaninha
O Tom (quem mais?) descobriu um teste de datilografia legalzinho aqui. O único defeito é que está em inglês, e portanto fica um pouco mais difícil para quem não conhece a língua. Isso não foi problema para mim; problema para mim é que cato milho e, portanto, não sei digitar sem olhar para o teclado.
Fiz 43,67 palavras, ou 205,59 caracteres, por minuto, sem erros; e 40,66 palavras e 165,6 caracteres com um erro.
Os textos são trechos do discurso de Gettysburg, de Lincoln, uma das famosas peças de oratória do mundo ocidental. E o trecho que eu peguei, particularmente, me deu o que pensar a respeito do poder das palavras: diz que o mundo não notará e em breve não se se lembrará mais do que lá foi dito, mas nunca se esquecerá dos feitos no campo de batalha.
("The world will little note, nor long remember what we say here, but it can never forget what they did here.")
O que aconteceu, porém, foi exatamente o contrário. Não sei se muita gente saberia, hoje, que houve uma batalha em Gettysburg, se não fosse por esse belo discurso, tão merecidamente lembrado e conhecido.
Fiz 43,67 palavras, ou 205,59 caracteres, por minuto, sem erros; e 40,66 palavras e 165,6 caracteres com um erro.
Os textos são trechos do discurso de Gettysburg, de Lincoln, uma das famosas peças de oratória do mundo ocidental. E o trecho que eu peguei, particularmente, me deu o que pensar a respeito do poder das palavras: diz que o mundo não notará e em breve não se se lembrará mais do que lá foi dito, mas nunca se esquecerá dos feitos no campo de batalha.
("The world will little note, nor long remember what we say here, but it can never forget what they did here.")
O que aconteceu, porém, foi exatamente o contrário. Não sei se muita gente saberia, hoje, que houve uma batalha em Gettysburg, se não fosse por esse belo discurso, tão merecidamente lembrado e conhecido.
18.7.08
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