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segunda-feira, abril 7

Subprime: o pior já passou?

Temos o fim da crise ao virar da esquina? O gráfico do Nasdaq pode levar alguns a querer acreditar que sim. O novo livro de George Soros, The New Paradigm for Financial Markets: The Credit Crisis of 2008 and What It Means, apresenta-nos um cenário um pouco diferente. Ver também o seu artigo no Financial Times.
Ao que parecem existem várias bombas semelhantes ao Subprime Lending prontas a rebentar a qualquer momento. Duas delas são os Credit Default Swaps e os Rising Foreclosures.
Os SL são revendas de hipotecas feitas a pessoas cuja capacidade de as pagar não é propriamente solida. Os CDS são revendas de créditos de todos os tipos. Estas revendas são feitas várias vezes. Um inocente investidor português que comprou um produto supostamente de risco muito baixo pode na prática estar a comprar também CDS's. O valor dos CDS em circulação equivale a metade do valor do mercado imobiliário dos EUA. Se este mercado rebenta, a bolsa vai por aí a baixo e muitos bancos irão à falência. O problema vai ser essencialmente nos EUA, mas algo sobrará para nós. Não tive pachorra para perceber o que são os RF. Se alguém se quiser dar a esse trabalho, explique-me. Estes derivados do crédito foram feitos para não serem percebidos. Devem ser suficientemente obscuros para poderem ser vendidos aos orfãos e às viuvas como algo tão seguro como um fundo de obrigações. O único ponto positivo destes produtos é darem tranbalho aos alunos dos mestrados de Matemática Financeira.
GS acha que o risco de rebentamento dos CDS teve algo a ver com a ajuda do Fed ao Bear Stearns, que de outra forma teria falido, iniciando a queda de um castelo de cartas. Entretanto os reguladores continuam a pretender que acreditam na tese da capacidade auto-reguladora dos mercados, limitando-se a reagir aos acontecimentos. O próximo presidente dos EUA que apague depois os fogos.

Um comentário final sobre o livro do Soros. Só se encontra à venda numa versão pdf que não pode ser copiada nem impressa. A versão hardcover só vai sair daqui por uns tempos. É claro que neste caso ele tem a faca e o queijo na mão. Não podemos é deixar que a moda pegue.

sábado, novembro 10

A era da Turbulência

Quem diria que o cinzento sr. Greenspan ganhava a vida como músico de Jazz antes de lhe passar pela cabeça transformar-se num economista? A sua autobiografia é muito mais interessante do que alguma vez pensei que pudesse ser. Um livro indispensável para alguém interessado em compreender como é que funcionam realmente a economia em geral e os mercados em particular.

Observador insuspeito, Greenspan confirma quais eram os presidentes dos EUA que realmente sabiam o que andavam por lá a fazer: Richard Nixon e Bill Clinton.

terça-feira, agosto 21

O cisne negro

Como medir a probabilidade de um acontecimento que nunca aconteceu? David Hume deixou como herança à Sofia alguns motivos para insónias. Por mais que todos os cisnes encontrados sejam brancos, poderá existir um negro? E qual será a probabilidade deste acontecimento?
Ou será que pura e simplesmente um cisne é por definição, branco? Esta pergunta teria certamente sido muito popular na Idade Média. No tempo de Hume, já estava ultrapassada. Afinal, a filosofia por vezes progride.
Uma das maravilhas da descoberta da Austrália foi precisamente a descoberta de cisnes pintados de negro. Como medir a probabilidade destes acontecimento acontecer? Será que a Sofia anda a ler Hume sem saber? Não me parece.
Será que a motivação da Sofia foi a recente instabilidade dos mercados financeiros?
O grande pesadelo de um investidor é o cisne negro, o acontecimento raro que lhe come todo o dinheiro investido e o reduz a um não investidor.
Pensando bem, não deve ser esta a motivação da Sofia.
Então?
Anda a passar demasiado tempo com os pés bem assentes no chão?

Un gran finale?

Depois de o Jebb lhe dar uma ajuda a ganhar a Florida, de ter mentido a propósito da existência de provas de armas de destruição maciça no Iraque, do Katrina e de ter tornado legal a violação de correspondência de qualquer cidadão americano sem necessidade da autorização de um juíz, o Jorge conseguiu agora juntar um novo feito ao seu invejavel curriculum: violar a independência do Federal Reserve Board. O Fed baixou a taxa de juro num momento em que as pressões inflaccionárias se mantém. A médio prazo, alguém vai pagar mais esta factura. Veremos se o credor bate à porta durante o mandato do Bush, ou se sobra para o próximo.

sábado, agosto 18

Stock Market Wisdom (2)

Quando um blog generalista cita uma entrevista onde se fala da maior crise financeira dos últimos tempos, talvez seja altura de comprar, comprar....

quinta-feira, julho 26

O Rei Lear

O BCP continua a promover uma nova interpretação da obra prima de Shakespeare. O papel principal vai ser desempenhado pelo próprio Jardim Gonçalves, Chairman do banco. O próximo acto decorre na sede do BCP dia 6 de Agosto.

segunda-feira, julho 16

A economia mais pujante da Europa

é a portuguesa. Pelo menos é a que tem o fundo mais rentável. O Santander Acções Portugal valorizou 61,13% durante o último ano, como podem ver aqui. Foi o fundo em euros a valorizar mais durante os últimos doze meses. Em segundo vem o Invesco Greater China. Devia isto significar que os chineses andam preocupados com as mercadorias portuguesas que andam a invadir a China? Parece que não. Explicações para este fenómeno?

sábado, julho 14

Qual é o único país europeu que tem uma economia tão pujante a ponto de fundos de acções desse país baterem todos os outros em rentabilidade?
Incluindos os Chineses.

sexta-feira, julho 13

Seja DONO do seu BANCO?

Deixar o dinheiro no banco dos outros é quase equivalente a deixá-lo debaixo do colchão. Nos tempos que correm, as reformas e os postos de trabalho tornaram-se algo incertos.
O mais arriscado, é não arriscar.
Que fazer? Tendo em conta aquilo a que me propus quando comecei este blog, já devia ter falado no assunto há mais tempo.

terça-feira, julho 10

REN dispara 21,82% na estreia em bolsa













Fecharam com uma valorização de 27,27%.

segunda-feira, julho 9

Mais cheques sem cobertura

Se há um fenómeno económico que nos é familiar e é dificil de entender, esse fenómeno é a inflação. O dinheiro é a régua que mede o valor dos bens. E essa régua está sempre a encolher.
A inflação está relacionada com a quantidade de dinheiro existente. Se o Banco Central imprimir mais notas, a lei da oferta e da procura leva a que que consiga comprar menos bens com uma nota.
Se eu colocar mil euros dentro do colchão durante um ano, é como se eles não existissem. O que conta realmente é a quantidade de dinheiro a circular.
Mas ainda é um pouco mais complicado. Se metade das notas estiverem debaixo do colchão e as outras mudarem de mão duas vezes no mesmo dia, isso é equivalente a todas as notas terem mudado de mão uma vez. A inflação está directamente relacionada com o produto da massa monetária pela sua velocidade de transação. Trocando por miudos: quanto mais dinheiro circular, maior a inflação.
Também podemos ler a coisa ao reverso: se o dinheiro circular mais depressa, é como se houvesse mais dinheiro. Se circular mais devagar, é com se houvesse menos.

A inflação rouba-nos a todos qualquer coisinha. Redistribui a riqueza, que viaja lenta mas inexoravelmente das zonas onde o dinheiro circula mais devagar (os meus bolsos) para as zonas onde estes circula mais depressa (os bancos e a bolsa).
Que posso eu fazer para manter esta nota de cem euros inteirinha no meu bolso?
O que é que este post tem a ver com cheques sem cobertura?

quarta-feira, junho 20

A terceira Opa de Joe Berardo

Dia 30 de Maio Pinto da Costa vendeu o passe de Anderson ao Manchester United. A compra e venda de Anderson proporcionou uma rentabilidade de capitais de 400% ao ano. Nem na Bolsa se fazem negócios destes. No dia 1 de Junho Joe Berardo descobriu o seu amor pelo Glorioso. Quer constituir um fundo de investimento para ajudar o Benfica a ser campeão.
Nos tempos que correm a grande fonte de receitas dos três grandes é a compra e venda dos passes de jogadores. Que tal ficar com o sector mais suculento do negócio futebol, sem ter de pagar os deficits dos outros sectores? A SAD do Benfica perderá o seu único património, os passes dos jogadores. Mas pode ser que o Benfica ganhe um ou dois títulos entretanto. O resto não interessa.
Os sócios do Benfica podem estar descansados: Vale de Azevedo iniciou há uma década o caminho que levará o seu clube de volta ao domínio do futebol nacional. Dentro de dez anos a única possibilidade de sobrevivência do Benfica será vender-se por um euro ao investidor que aceitar pagar as suas dívidas. No dia em que os sócios deixarem de ter uma palavra a dizer sobre o futuro do clube, este terá finalmente a hipótese de voltar ao seu antigo esplendor.