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terça-feira, 5 de abril de 2011

Alegria sertaneja

(Segue o seco - Letra: Carlinhos Brown - Canta: Circuladô de Fulô)




Pingo d’água,
chuva no sertão,
trovão, trovão!
Lá vem a chuva,
gota a gota.
É chuva fina,
é terra molhada,
é passarinho a se banhar,
por Deus abençoar
com suas lágrimas o sertão.
É sertanejo alegre a cantar,
porque não vai mais para o Sul.
Ele canta a canção da vida,
canção tal que só ele entende:
ao Pai Eterno,
obrigado por eu não mais partir do meu sertão!

Por: Amandio Sales

Achei esse rapaz meio perdido no TT. Vi que tinha talento e, de quebra,
ele é o  seguidor #100 do PddD. Como coisa boa é  pra ser imitada, e a
Única&Exclusiva é  boa D+, resolvi  adotar a idéia desta e convidar esse
rapaz  lá de Arcoverde, PE, a escritar algo para o PddD. O cabra parece
que é bom! Espero tenham apreciado e possam dar agora sua opinião.
The Well.

sábado, 6 de março de 2010

Dadá



Sérgia Ribeiro da Silva, mais conhecida como Dadá nasceu em Belém de São Francisco, em 25/04/1915 em Salvador, foi uma cangaceira - única mulher a pegar em armas no bando de Lampião. Aos treze anos, é raptada por Corisco (Cristino Gomes da Silva Cleto) - o "Diabo Loiro", de quem seria prima.
Cabocla bonita, esbelta, conheceu o homem da sua vida de forma violenta, em meio a caatinga árida por onde vivia errante o bando de cangaceiros. Consta que seu defloramento provocara-lhe tanta hemorragia que por pouco não faleceu. A relação, que começara instintiva, transforma-se com o tempo. A vida nômade, seguindo o companheiro, que era o segundo homem, na hierarquia do bando, a chegada dos filhos, fez com que mais que uma amante Dadá se tornasse a companheira de Corisco com quem veio a se casar. Tiveram sete filhos, que eram ocultamente deixados em casas de parentes para serem criados. Destes, apenas três sobreviveram.
Num dos ataques feitos pelas
volantes (em outubro de 1939, na fazenda Lagoa da Serra em Sergipe), o Diabo Louro é ferido em ambas as mãos, perdendo a capacidade para atirar. Dadá, então, torna-se a primeira e única mulher a tomar parte ativa - e não meramente defensiva - nas lutas do cangaço.
Se o marido era temido como um dos mais violentos bandoleiros, consta que muitas pessoas tiveram sua vida poupada graças à intervenção de sua companheira. Dadá também era chamada "
Sussuarana do Cangaço".
Por sua luta e representatividade feminina, Dadá foi, na
década de 80, homenageada pela Câmara Municipal de Salvador. Na Bahia, que tivera Gláuber Rocha e tantos outros a retratar o cangaço nas artes, Dadá era a última prova viva a testemunhar o cotidiano de lutas, dificuldades e, também, de alegrias e divertimentos. Deu muitas entrevistas, demonstrando sua inteligência e desenvoltura. Morreu, na capital baiana, em 1994.

Maria Bonita


A primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros. Assim foi Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria Bonita. Nascida em 08/03/1911 (não por acaso o Dia Internacional da Mulher!!) numa fazenda em Santa Brígida, Bahia. Filha de Maria Joaquina Conceição Oliveira e José Gomes de Oliveira, Maria Bonita casou-se aos 15 anos. Seu casamento desde o início foi muito conturbado. José Miguel da Silva, sapateiro e conhecido como Zé Neném vivia às turras com Maria. O casal não teve filhos. Zé era estéril.

A cada briga do casal, Maria Bonita refugiava-se na casa dos pais. E numa dessas “fugas domésticas” ela reencontrou Virgulino, o Lampião, em 1929. Ele e seu grupo estavam passando pela fazenda da família. Virgulino era antigo conhecido da família Oliveira. Esse trajeto era feito com freqüência por ele, uma espécie de parada obrigatória do cangaceiro.

Os pais de Maria Bonita gostavam muito do “Rei do Cangaço”. Sem querer a mãe da moça serviu de cupido entre ela e Lampião. Como? Contando ao rapaz a admiração da filha por ele. Dias depois, Lampião estava passando pela fazenda e viu Maria. Foi amor à primeira vista. Com um tipo físico bem brasileiro: baixinha, rechonchuda, olhos e cabelos castanhos Maria Bonita era considerada uma mulher interessante. A atração foi recíproca. A partir daí, começou uma grande história de companheirismo e (por que não!) amor.

Um ano depois de conhecer Maria, Lampião a chamou para integrar o bando. Nesse momento, Maria Bonita entrou para a história. Ela foi a primeira mulher a fazer parte de um grupo do Cangaço. Depois dela, outras mulheres passaram a integrar os bandos.
Maria Bonita conviveu durante oito anos com Lampião. Teve uma filha, Expedita, e três abortos. Como seguidora do bando, Maria foi ferida apenas uma vez. No dia 28 de julho de 1938, durante um ataque ao bando um dos casais mais famosos do País foi brutalmente assassinado. Segundo depoimento dos médicos que fizeram a autópsia do casal, Maria Bonita foi degolada viva.

Por Raquel Silveira (http://www.experta.com.br/tariqexperta/nos/elas_ousaram.html)