Hoje foi um dia difĂcil para mim, digo foi porque, entretanto, jĂ¡ me passou, valha-me isso, as neuras como veem tambĂ©m vĂ£o.
HĂ¡ dias difĂceis por aqui, e hoje foi um deles. Passar o dia sozinha em casa agarrada a uma cama/sofĂ¡ nĂ£o Ă© fĂ¡cil. Se estĂ¡ sol, olhamos pela janela e desejamos estar la fora a aproveitar a bela da primavera. Se estĂ¡ chuva ficamos com uma neura tremenda. Estar agarrada a uma cama/sofĂ¡ Ă© uma valente porcaria.
Se podia ser pior? claro que podia. Podia ser tĂ£aao pior. Podia correr tudo mal, podia estar numa cama de hospital e sei lĂ¡ eu o quĂª, ainda assim, Ă© mau. Alias nĂ£o Ă© mau, Ă© difĂcil!
Tenho dias em que estou bem e nem dou pelas horas passarem, quando dou conta jĂ¡ passou o dia, jĂ¡ Ă© noite e jĂ¡ tenho com quem conversar. Tenho outros dias em que os segundos parecem horas a passar. DĂ³i-me o corpo, as pernas parecem balões de tĂ£o inchadas que estĂ¡ e a alma dĂ³i-me. Sim, mais que o corpo, as vezes dĂ³i-me a alma.
Estou a cumprir a risca o que a medica me disse, de tal forma que estou ansiosa pela prĂ³xima consulta e com uma pinguinha de esperança que isto melhore, que melhore nĂ£o para andar feita dondoca pela rua, mas que melhore, sei la, o suficiente para por exemplo fazer as refeições a mesa como uma pessoa normal, em vez de deita envolta em nĂ£o sei quantas almofadas.
Tem dias que sĂ£o difĂceis, mas depois penso no bem maior, penso tambĂ©m nas tantas mulheres que passam por situações bem piores que a minha, tĂ£o piores. Deixo umas lagrimas cair, limpo-as, engulo outras, faço festinhas na barriga e falo para ele e assim num rapidinho parece que tudo melhora.