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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A autodestruição do meio urbano

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"O momento presente é já o da autodestruição do meio urbano. O rebentar das cidades sobre os campos, cobertos de «massas informes de resíduos urbanos» (Lewis Mumford) é, de um modo imediato, presidido pelos imperativos do consumo. A ditadura do automóvel, produto-piloto da primeira fase de abundância mercantil, inscreveu-se no terreno com a dominação da auto-estrada, que desloca os antigos centros e exige uma dispersão cada vez maior. Ao mesmo tempo, os momentos de reorganização incompleta do tecido urbano polarizam-se passageiramente em torno das «fábricas de distribuição» que são os hipermercados edificados em terreno aberto com um parking por pedestal; e estes templos do consumo precipitado estão eles próprios em fuga no movimento centrífugo, que os repele à medida que eles se tornam por sua vez centros secundários sobrecarregados, porque trouxeram uma recomposição parcial da aglomeração. Mas a organização técnica do consumo não é mais do que o primeiro plano de dissolução geral que conduziu a cidade a consumir-se a si própria desta maneira."

Guy Debord
in "A Sociedade do Espectáculo", Antígona.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Processo de Banalização em Curso

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"A produção capitalista unificou o espaço, que não é mais limitado pelas sociedades exteriores. Esta unificação é, ao mesmo tempo, um processo extensivo e intensivo de banalização. A acumulação das mercadorias produzidas em série para o espaço abstracto do mercado, do mesmo modo que devia quebrar todas as barreiras regionais e legais, e todas as restrições corporativas da Idade Média que mantinham a qualidade da produção artesanal, devia também dissolver a autonomia e a qualidade dos lugares. Este poder de homogeneização é a artilharia pesada que fez cair todas as muralhas da China."

Guy Debord
in "A Sociedade do Espectáculo" (1967). 

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A necessidade contra a vida

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"O espectáculo é a ideologia por excelência, porque expõe e manifesta na sua plenitude a essência de qualquer sistema ideológico: o empobrecimento, a submissão e a negação da vida real. O espectáculo é, materialmente, «a expressão da separação e do afastamento entre o homem e o homem». O «novo poderio do embuste» que se concentrou aí tem a sua base nesta produção pela qual «com a massa dos objectos cresce... o novo domínio dos seres estranhos aos quais o homem está submetido». É o estádio supremo duma expansão que virou a necessidade contra a vida."

Guy Debord
in "A Sociedade do Espectáculo" (1967).

terça-feira, 15 de março de 2011

A Sociedade do Espectáculo

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«O espectáculo apresenta-se ao mesmo tempo como a própria sociedade, como uma parte da sociedade, e como instrumento de unificação. Enquanto parte da sociedade, ele é expressamente o sector que concentra todo o olhar e toda a consciência. Pelo próprio facto de este sector ser separado, ele é o lugar do olhar iludido e da falsa consciência; e a unificação que realiza não é outra coisa senão uma linguagem oficial da separação generalizada.»

Guy Debord
in "A Sociedade do Espectáculo" (1967).

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A Sociedade do Espectáculo

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"O espectáculo, compreendido na sua totalidade, é ao mesmo tempo o resultado e o projecto do modo de produção existente. Ele não é um suplemento ao mundo real, a sua decoração readicionada. É o coração da irrealidade da sociedade real. Sob todas as suas formas particulares, informação ou propaganda, publicidade ou consumo directo de divertimentos, o espectáculo constitui o modelo presente da vida socialmente dominante. Ele é a afirmação omnipresente da escolha já feita na produção, e o seu corolário o consumo. Forma e conteúdo do espectáculo são identicamente a justificação total das condições e dos fins do sistema existente. O espectáculo é também a presença permanente desta justificação, enquanto ocupação da parte principal do tempo vivido fora da produção moderna."

Guy Debord
in "A Sociedade do Espectáculo" (1967).

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Espectaculista

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"A sociedade que repousa sobre a indústria moderna não é fortuitamente ou superficialmente espectacular, ela é fundamentalmente espectaculista. No espectáculo, imagem da economia reinante, o fim não é nada, o desenvolvimento é tudo. O espectáculo não quer chegar a outra coisa senão a si próprio."

Guy Debord
in "A Sociedade do Espectáculo" (1967).
 
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