Antes de mais nada: três vivas para o Owen Wilson que é um tipo extraordinário, admirável, com uma figura super amável, uma carreira muito coerente e constante... e pronto. Gosto do gajo. Até do nariz...
Owen, ma good fellow: "Hip-hip-hip...hurrey" para ti!
Agora acerca do filme... É maravilhoso! Adorável... muito tocante, profundo e comovente, ao contrário do que o título do filme possa sugerir.
Não sei criticar filmes tão fluentemente como o faço com os livros, mas este tocou-me imenso e poderia revê-lo uma e outra vez porque tenho a certeza que encontraria sempre algo de novo: algum pormenor, uma frase, uma lição, um detalhe deliciosamente insignificante que enche de riqueza este filme tão simples e belo, mas de uma simplicidade e beleza enganadoras, cheias de carga simbólica.
Como lado negativo, que não o é verdadeiramente, está o facto de exigir uma certa "bagagem cultural", nomeadamente no que diz respeito a pintores e escritores dos anos 20. Adolescentes como a minha mana, que nunca ouviram falar em Hemingway, Cole Porter, T.S. Eliot ou Dalí, vão passar o filme sem entender peva... Portantos, o meu humilde conselho é: dêem uma ensaboadela na vossa cultura dos anos 20 porque vai ajudar a desfrutar muito mais do filme.
E é um belo filme! Um tesourinho, deveras!