Mostrar mensagens com a etiqueta o meu ninho. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta o meu ninho. Mostrar todas as mensagens

29/06/2013

Unmerciful me

Atingiu-me, qual raio epifânico (será que existe esta palavra? Epifânico...)... Enfim, um raio que traz uma epifania, a ideia de que tenho tralhas lá nos meus domínios, aka meu quarto, nas quais não mexo há mais de dez anos, salvo para lhes limpar o pó, de meio em meio ano... Coisas que guardei "para um dia, mais tarde, quando tiver tempo, ler/vasculhar/recordar...".
Mas o dito raio chegou e, com ele, a ideia de que voltar a mexer naquelas coisas significaria que a minha vida estagnou e que eu, em vez de ocupadíssima a viver, estarei ociosa e com vagar para recordar, quiçá soltar uma lagrimazita saudosa.
Portantos, e dado que recuso a ideia de que voltarei ao marasmo e que há tantos sítios onde ir e livros para ler e caminho para andar, atirei 40kg de livros e cadernos escolares do tempo do secundário para o papelão. Levei toda uma tarde a tirá-los do quarto, espanejar e preencher com outras coisas o espaço que eles ocupavam, debaixo da minha cama. E estou decidida a, nas próximas folgas, continuar com esta onda implacável de asseio e desprendimento do que é peça de museu.
Gosto. Gosto disto.

22/11/2012

O quadro de cortiça

Tenho-o há anos... uma daquelas reivindicações inofensivas da adolescência. Para pôr fotos minhas... muitas... e algumas com amigos...
Há anos que está ali, na parede aos pés da cama. Já perdi a conta às vezes que lhe limpei o pó... Já lhe alterei a disposição tantas vezes que, em alguns sítios, os pioneses já ficam soltos.
Hoje, enquanto me calçava, os meus olhos foram lá parar e, pela primeira vez reparei que a maior parte das fotos está parcialmente coberta por... coisas. Bilhetes de cinema, de entrada em Museus, em Teatros, da Queima, escritos por amigos, duas folhas secas de plátano de dois Invernos diferentes, o enfeite que vinha na taça de gelado gigante que comi na Suíça...
Papeladas, velharias que, à medida que chegam a casa são ali postas, sem outro citério que não seja terem um espaço adequado à sua dimensão e um pionés de uma cor que combine bem.
Tralhas, a taparem fotos... Surpreendentemente, não me escandalizei.
Retratos imaculados onde sou só eu seriam uma visão bonita, digna de catálogo de casas modelo. Mas, na vida, o que preenche são as coisas que vimos, que tocámos e saboreámos. Essas coisas são o que somos.
 
 

31/08/2012

Quotidiano...

...a repetição do mesmo milagre.
A minha mãe está a cozer batatinhas, cenoura e a assar uma postinha de bacalhau... a televisão vai regurgitando as mesmas caras e as mesmas crises. Estou a jogar joguinhos da treta no pc e ouço por cima da música a voz da minha irmã que está na cozinha, a observar a minha mãe, a ajudá-la, supostamente, e a fazer comentários disparatados a tudo e mais alguma coisa... a rirem, as duas...
O cheiro que me chega aqui (dos cozidos e do bacalhau assado) faz-me lembrar o Natal. As vozes delas são leves e livres; está tudo sossegado, à excepção do burburinho na cozinha e da televisão que lá vai agitando os seus braços assustadores, mas que nós ignoramos... Fala para aí...

Eu interrompi o meu joguinho da treta porque me dei conta da maravilha que está a acontecer neste momento, deste equilíbrio despreocupado, e tive que vir descrevê-lo... Não preciso de muito mais. Há dias diferentes, em que eu própria sou diferente e exigente, mas esses são raros. Gosto mais destes dias assim...

28/05/2012

Condomínio meu, condomínio meu...

...haverá vizinha melhor do que eu??!
Passo a explicar... As raras vezes que falta algo cá em casa, em que sou forçada a ir pedir às vizinhas, a resposta que recebo costuma ser uma das três:
- Um pacote de natas? Não... Não tenho... Nós cá em casa não gastamos muito disso...
- Um Kg de açúcar? Olhe, só tenho este restinho no açucareiro, também preciso ir às compras...
- Uma cebola? Olhe, gastei a última ao almoço...

Se acontece o inverso, a vizinha bate à porta a pedir uma garrafinha de polpa de tomate e a resposta que recebe é:
- Quer uma grande ou das pequenas? Por acaso, tenho das duas...

Enfim... tenho estupidificado um bocadinho mais que o costume nos últimos dias... Preciso arejar... Talvez amanhã me meta no comboio e vá aí pelas linhas de portugal sair ainda não sei bem onde... Mas eu volto...

28/04/2012

A batedeira

Hoje já nada se fabrica para durar muito tempo... se o guarda-chuva tem uma vareta partida, vai para o lixo, mas eu ainda tenho memória da infinidade de guarda-chuvas que o meu avô arranjava nos tempos livres... Os sapatos! "Recauchutavam-se" e duravam mais um ano. Hoje, não. Duram uma estação e depois desfazem-se, descolam-se, perdem forma e cor. Nada a fazer...
Cá em casa as coisas até tiveram sempre um período de vida relativamente longo. Tivemos sorte. E também tratávamos as coisas com jeito. A minha mãe mantém tudo limpo e arrumado; nunca desliga as fichas puxando pelo fio e segura sempre a tomada, para que não se solte. Limpa muitas vezes os filtros do exaustor e do aspirador; frigorífico e congelador são limpos a fundo pelo menos duas vezes ao ano. Nunca ficam migalhas do pão na torradeira e não se aquece nada no micro-ondas sem estar tapado.
Mas houve um acontecimento, ou coincidência, engraçado... No ano em que a minha mãe finalmente decidiu pedir o divórcio do meu pai, tudo... repito: tudo cá em casa começou a avariar fatalmente. Ele foi a máquina de lavar a roupa, a máquina do café, o grelhador eléctrico, a torradeira, a picadora, a varinha mágica, o aspirador... Nem sei o quê mais... Num curto espaço de tempo, as coisas foram, uma a uma, dando o berro... Na altura, a brincar, até dizíamos que era praga lançado por ele, por termos ficado com a casa.... "Ficado", é como quem diz. A minha mãe teve que lhe dar em dinheiro metade do valor do apartamento e recheio...
Enfim... foi tudo pró catano... Excepto a batedeira. Hoje olhei para ela de forma consciente, enquanto lavava as varetas pela milionésima vez, depois de ter ajudado a minha mãe a fazer uma mousse de ananás.
A batedeira, que tem escrito na caixa, a caneta azul,

data venda
19/03/88

E a assinatura do vendedor. Esta batedeira chegou à minha casa antes de eu ter um ano e meio. E foi com mãozinhas pequeninas que a segurei pela primeira vez... nem tenho memória disso. Sei que ficava a ajudar a minha mãe a bater os ovos, na esperança que no fim ela me deixasse rapar os restos com o salazar. "Chama-se salazar porque rapa tudo, e o Salazar também era um homem muito poupado... Bate bem no fundo, não levantes a batedeira...", dizia-me ela. Hoje já não preciso de ouvir esses conselhos. Sei-os de cor. Bato claras em castelo bem firme em três tempos. E continuo a chamar o salazar de salazar, embora nas cozinhas fora de casa ouça chamá-lo "rapa". "Passa-me aí o rapa"... Tem alguma graça...?

Esta batedeira é um achado, em tesourinho. Feito para durar uma vida. Ou boa parte dela. Já não se fazem assim...

02/02/2012

Na terra onde moro...

Na terra onde moro não há semáforos. Há casas centenárias, degradadas como assombrações, e há prédios medonhos que vão surgindo para lhes fazer sombra. Há ruas de paralelo irregular que nos massacram os pés e a suspensão do carro, e onde escorregamos nos dias de chuva. Há pessoas iguais na rua. Todos os dias iguais. Todos os dias vestidas com a mesma cor. Pessoas que cumprimento e a quem dou os bons-dias sem saber, às vezes, como se chamam. Há senhoras idosas que ficam encostadas à porta, a ver quem passa... e eu sinto-me, às vezes, envergonhada por passar, em passo rápido, jovem e tresloucada, e fingir que não as vejo. Há homens idosos que caminham curvados e devagar. Há um senhor muito velhinho, que caminha lentamente, costuma andar de sobretudo, mãos atrás das costas e um cachimbo entalado entre os dentes, a soltar nuvens de fumo perfumado, que incomodam quem passa por ele. Eu acho-lhe graça.
Na terra onde moro, as ruas ainda ficam silenciosas e desertas nas noites de Inverno, e ruidosas e lotadas nas noites de Verão. Os cães vadios são alimentados por donas de casa aborrecidas ou por homens do talho simpáticos.
É uma terra rodeada de aldeias, de onde descem pessoas castiças nos dias de feira e mercado. Aldeias que são manchas coloridas no meio das encostas, com chaminés altas de onde se desprendem fios de fumo branco nos dias frios ou nos dias Santos, quando se faz carne assada nos fornos ancestrais.
Na terra onde moro, as estações têm a sua própria cor. A Primavera é verde. Verde-vivo, verde-luxuriante, verde tão verde que até cansa. O Verão é abafado, com o verde convertido numa tonalidade mais seca que se confunde com os amarelos crestados das ervas rasteiras. O Outono é castanho e dourado e vermelho e cor-de-rosa! O Inverno tem o negro da terra devastada e húmida, o castanho lamacento do rio na cheia e o amarelo das mimosas que começam a sorrir quando a Primavera está próxima.
A terra onde moro é a terra onde vivo. E acho que não saberia viver noutro sítio!

15/01/2012

Operação OBRAS

Detalhes:
Localização - na minha casinha
Duração - de 6 a 13 do corrente
Descrição - remoção da tijoleira do hall, sala, cozinha e despensa. Área: ± 45 m2. Substituição da canalização podre; substituição do mobiliário de cozinha do tempo dos Afonsinhos.

Situação actual: ao terceiro dia de limpeza de pó, serrim, lixo e afins, colocação de mobiliário de volta à localização original, limpeza/lavagem de todos os tarecos, estou cansada, dorida, com os joelhos negros (em parte porque fico pisada com facilidade, em parte porque andei a limpar o chão todo, de uma ponta à outra à boa velha maneira de andar de quatro. Esfregonas é para as mulheres dos anúncios de tv.), o pé massacrado porque levei com o baú cheio de roupa e toalhas em cima... Culpa minha, admito. Pó. No cabelo, na pele de cara... sim, já esfoliei mas o esfoliante não faz milagres... Ah! e os meus óculos! Os meus óculos atestam a veracidade da minha descrição:
Pó. Muito pó mesmo.

04/12/2011

Imaginei...

Um dia deixei o trabalho. Sentia-me embrutecer todos os dias desde há semanas, há séculos. O tão falado trabalho intelectual, mais apreciado, reputado, considerado, que o trabalho físico deixara-me esgotada e burra. Um caldeirão de intelectualóides, pseudo-geniais, cheios de si, que se acham o centro do universo nunca constou das minhas aspirações profissionais...
As folgas, há quem as passe de papo pró ar, a coçar micoses, mas eu tinha necessidade de polir, esfregar, reparar, abrilhantar tudo o que havia lá por casa. Não sou nenhuma fanática das limpezas, apenas da ordem harmoniosa que vem delas. Limpei toda a casa e absorvi a sensação apaziguadora que veio daí. No final dos trabalhos, ainda descontente, ofereci-me para passar umas peças de roupa à vizinha e fui tratar daquelas juntas da tijoleira da casa da minha irmã, que eram brancas e hoje são castanhas... De passagem, fui ainda ver se a minha mãezinha precisava que lhe lavasse a louça do almoço.
E, numa espiral vertiginosa de limpezas e desinfestações, fui alargando a minha esfera de actividade doméstica aos lares de todos os vizinhos e conhecidos.
Um dia, deixei o trabalho. Fiz-me empregada de limpeza e todos os dias as minhas mãos purificam ou reabilitam algo, todos os dias os milagre da transformação da mácula em asseio passa diante dos meus olhos. Limpar é catártico e tem até uma certa justiça poética, porque não há nódoa que não saia, se lhe aplicarmos toda a nossa energia e determinação.

01/09/2011

Bicho do Mato

Sou.
Eu sei. Eu já sabia, só que não me lembrava.
Ninguém merece viver comigo porque eu também não sei viver com ninguém.
Chegar a casa a pensar que vou comer deliciosos Redon* e descobrir que já foram comidos deixa-me mal disposta para o resto do dia, quiçá da semana? Não estou a ser mesquinha. O jantar foi para dois, a dose dava para quatro, eu comi pouco, e não haver nada no dia seguinte... é de me atirar ao ar!
Chegar a casa e ver que aquela velinha cheirosa que comprei já foi encetada enquanto eu nem estava em casa, põe em desatino os meus instintos possessivos mais básicos.
Já para não falar de chegar a casa e ter uma chave enfiada no lado de dentro da porta... quando a ocupante da casa está de fones... (será que é phones?)
Acabou o sossego, acabou a previsibilidade das coisas, acabou eu deixar algo à mão de semear porque, quando voltar, já terá passado um furacão que mudou tudo de sítio e espalhou meias e sapatilhas e elásticos de cabelo em todas as divisões da casa.
Coisas inúteis como pastilhas elásticas e bandoletes estão em cima da mesinha da sala, quando o que eu queria lá era o meu livro, para lhe pegar quando me sento no sofá... onde é que ela pôs o meu livro?
Sou Bicho do Mato, pronto... Começa a chegar a hora de arranjar a minha própria toca.

* Redon: Forma erudita de dizer "restos d'ontem".

09/07/2010

Sexta à noite...

...e eu sabia que estava difícil para sair... Porque umas pessoas não estão, outras não podem, outras têm um programinha com os respectivos, e outras não sei porque não tenho que saber a vida de toda a gente.
Se eu já fosse a pessoa que quero ser quando for grande, saía assim mesmo, abancava num sítio qualquer e não haveria de tardar muito até aparecer alguém conhecido. Mas ainda não cheguei lá...
Fui-me ficando por casa; jantei, tomei um bom banho, um bocadinho de TV, um bocado de PC... E já passa das 11h e eu cá continuo porque não recebi nenhum convite e os meus não foram (ainda) aceites.
Ao início da noite pensei, assustada, que talvez não fosse sair hoje. E sou tão nova e estou sozinha... Mas agora o serão já vai a meio e eu estou bem, porque me mantive ocupada comigo, confortável, na minha casinha... E estou bem disposta, apesar de tudo.
Ainda não tirei as lentes porque há sempre a possibilidade de aparecer um convite... Mas mesmo que não apareça, é na boa... A sério. Mesmo.

...Além disso, hoje pus um vestido e disseram-me que estava bonita...

12/04/2010

Balanço da folga

Missão cumprida. Levantei cedo. Fiz compras. Passei a manhã na rua. Preparei almoço. Fiz os brigadeiros. Arrumei a cozinha. Pus máquina da roupa a lavar e estendi.
E à tarde, a Gi convidou-me para ir tomar um chazito... Adorável Gi!!!
E depois ginásio... E depois a mana que prepare o jantar, que estou cansada. =)
Mas foi um dia bom.

Plano de folgas

Vou ter duas folgas seguidas... Yupiiii!!! =)
A partir do momento em que acordar amanhã, vou estar convertida na verdadeira fada do lar novamente, que me possuirá até ao final do dia de terça-feira.
NÃO VOU passar o dia de pijama; comer restos aquecidos; fazer um apanhado de cabelo esquisito só para não ter que me pentear; falar sozinha pela casa fora;... e outras coisitas que amanhã me vou lembrar quando me vir na situação...
VOU fazer brigadeiros. E compras. E aula de combat e step no gym. E alface para acompanhar o almoço.
Parece-me que são boas resoluções para os meus dois dias de folga maravilhosos.

Mas aceitam-se sugestões.

05/04/2010

Alegria Pascal

Uma semana de imenso trabalho e trabalhos fora do trabalho, as actividades ligadas à Páscoa, a partida da mãe, família para passar a Páscoa cá em casa... E eu aguentei tudo muito bem, diga-se... Gosto da Páscoa. Gosto da alegria, dos Aleluias, da Missa da Ressurreição, longa mas soleníssima... Enfim... Tudo isto terminou hoje. Foram dias frenéticos e, depois, em menos de 2h já toda a gente tinha ido embora.
Precisava ficar só. Precisava de um tudo-nada de egoísmo. Por isso, aproveitando ter ficado sozinha em casa porque a mana foi dormir a casa da avó, fiz duas aulas seguidas no ginásio, cheguei a casa feita num 8, jantei sentada no sofá, tomei um duche ultra demorado, besuntei-me de creme, vesti o pijama e deitei-me no sofá com o computador...
É óptimo assim.
Não o estar sozinha. Não o estar cansada. Mas o não me sentir mal... ou melhor, sentir-me bem por estar assim.
Em dias como hoje, eu sinto-me grande. Sinto-me capaz.

01/04/2010

Fada do lar...

Folga. Passei parte da manhã a dormir... Tomei o pequeno almocito, apanhei roupa lavada e estendida ontem (é bom... às vezes ela fica lá dias seguidos e apanho-a mais seca que um bacalhau), cozinhei 30 almôndegas...
Não. Não vem cá o batalhão de infantaria almoçar. Eu é que não tenho todos os dias pachorra para cozinhar, por isso, cozinho quantidades astronómicas que são depois cuidadosamente dispostas em tupperwares (tamparueres, como eu dizia quando era pita) pequenos e congeladas...
As almôndegas são óptimas porque não se nota mesmo a diferença entre as frescas e as congeladas. Aprendi por experiência própria que nem toda a comida é assim.
E agora vou preparar uns peitinhos d frango pra mim e prá mana... E estou bem-disposta. Há dias em que cozinhar tem um efeito terapêutico. Outros, principalmente quando estou ansiosa, é um suplício porque só o cheiro me dá náuseas...
Está a ser um dia bom...

07/11/2009

Orquídea (vulgo lilás) =D

...é desta cor que está o quarto da minha mana...QUE FUI EU QUE PINTEI!!! =)
Não estava fácil convencer a minha mãe a deixar-me embarcar nesta empreitada mas, um dia lembrou-se que eu sempre tive (mais do que jeito) paciência para estas paneleirices, então lá comprámos a tinta, um tabuleiro, rolo e trincha...
E ficou tão giro! Ora aqui está uma coisa que parece muito complicada mas que só requer um tudo-nada de boa-vontade e uma pitadinha de paciência... E são coisas que mudam o aspecto do nosso ninho, o tornam mais acolhedor e, ainda por cima, pelas nossas próprias mãos!
Estou contente... Talvez pinte o meu quarto de laranja...Dizem que atrai a fortuna...