O flagelo continua nas nossas estradas e podia ser reduzido ou mesmo evitado se os condutores fossem mais cuidadosos e respeitassem a própria vida, a dos acompanhantes e a dos outros utilizadores das vias públicas. Transcreve-se parte da notícia:
Onze mortos em acidentes de viação no fim-de-semana
Público. 10.10.2011 - 08:15 Por Lusa
Onze pessoas morreram e 154 pessoas sofreram ferimentos em 378 acidentes de viação ocorridos no sábado e no domingo na área de jurisdição da GNR.
Nos 169 acidentes registados no sábado morreram seis pessoas e seis ficaram feridas com gravidade. Os acidentes com mortos ocorreram nos distritos de Braga (1), Coimbra (2), Leiria (1), Santarém (1) e Viseu (1).
No domingo morreram cinco pessoas nos 190 acidentes que ainda fizeram sete feridos graves. Os desastres com vítimas mortais sucederam em Braga (1), Faro (1), Porto (1) e Santarém (2).
Imagem de arquivo
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Acidentes de viação
Publicada por
A. João Soares
à(s)
10:21
1 comentários
Etiquetas: acidentes
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Acidente dramático por negligência
Acerca da derrocada da falésia na praia Maria Luísa em Albufeira, uma visitante do blogue do Miradouro deixou o seguinte comentário no post «segurança dos cidadãos inexistente!!!» Um título de post que vem mesmo a propósito! Estou revoltadíssima, amigo João Soares. Arrepio-me só de falar dum tema tão a propósito hoje. Como pode este governo que nem chega ao valor de "pataca e meia", dar a cara ao País quando negligenciou coisas que eu, simples cidadã Portuguesa, venho vendo há tantos anos?
Desde sempre me preocupava não colocar a minha família sob a ameaça de queda de falésias no Algarve, quando íamos para as praias lindíssimas daquele recanto do nosso País. Desde sempre pensava porque seria que proibiam os peões de pisar as bermas no topo das mesmas e não vedavam a passagem das pessoas cá em baixo, na praia, mesmo por debaixo desses blocos de terreno? Não compreendo, amigo João Soares, não compreendo. Sinto-me de luto pela notícia que hoje ouvi e que nos envergonha. Se eu, como simples cidadã, repito, via estas coisas, porque é que o Governo não viu que isto podia acontecer e não alertou o presidente da câmara de Albufeira?
É motivo para eu perguntar, gritar bem alto: WHY??????? As minhas lágrimas caem pelo sofrimento das vítimas (não sei quantas e se houve mais do que uma) e das suas famílias. Pobre País, o nosso. Faltava só mais esta!
Maria Letra
Respondi da seguinte maneira:
Minha querida Amiga,
Foi por este seu comentário recebido por e-mail que tive conhecimento da derrocada da falésia. Pelos vistos, o perigo era iminente há muito tempo, o que leva a interrogar as autoridades:
- da protecção civil desde o governo até ao serviço municipal;
- da Câmara Municipal;
- da Autoridade Marítima.
Que medidas deviam ter sido tomadas e não foram para evitar o acidente ou, se ele ocorresse, para reduzir os seus efeitos nefastos.
Porque não foi feito um gradeamento por forma a evitar a passagem e a paragem de pessoas na área de perigo?
Falta de responsabilidade generalizada. As pessoas candidatam-se aos cargos a pensar nos seus interesses pessoais e cientes de que gozam de imunidade e de impunidade.
É de lamentar. E será bom que os eleitores não se esqueçam disto no momento de votarem.
Sobre este acidente, além de outras notícias podem ser lidos os artigos:
- Duas pessoas soterradas na derrocada de falésia em praia de Albufeira
- "Viu-se uma nuvem de poeira e as pessoas começaram a gritar"
Publicada por
A. João Soares
à(s)
17:57
2
comentários
Etiquetas: acidentes, ambiente, competência
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
A estrada continua um meio de morte
Nos períodos mais festivos, são inúmeras as famílias que sofrem a perda de entes queridos e ficam com outros a seu cargo, deficientes dependentes para o resto da vida, em consequência de acidentes rodoviários.
As autoridades esforçam-se a contar e recontar a quantidade de mortos e feridos e comparam com os valores do ano anterior, como se as pessoas, com os seus sofrimentos e sentimentos, fossem coisas banais e não seres humanos com laços de afectividade e de responsabilidade em relação à família, a colegas e amigos. Cada caso é um problema grave e não apenas um número, mas os responsáveis não têm sensibilidade para assim pensarem.
No blogue Mentira, o bloguista «Mentiroso», tal como tem feito noutras épocas de previsível aumento da sinistralidade, mais uma vez se debruçou sobre o tema, no post Estradas Assassinas. Do seu texto ressalta que a obsessão dos políticos contra a velocidade e o álcool é uma confissão de incapacidade para analisar o problema na sua totalidade, focando apenas dois aspectos que nem são essenciais, pois são resultantes de causas mais complexas e abrangentes. E são estas que devem se atacadas com eficácia.
O «denominado excesso de velocidade», tal como é na realidade, não passa de ferramenta para a caça à multa. Tal excesso representa a ultrapassagem de limites estabelecidos por sinais colocados, muitas vezes, por mero capricho, como se pode verificar, por exemplo com sinais de 30 onde, se a preocupação fosse realmente a segurança de automobilistas e peões, não necessitava ser inferior a 60 ou, quando muito, 50. Este dislate já aqui foi referido várias vezes.
Na origem dos acidentes está, em muitos casos, o mau traçado e construção das estradas, a sinalização sem fiabilidade, desadequada que, estimulando o desrespeito e criando maus hábitos, pode originar acidentes quando eventualmente o sinal for correcto e deva ser respeitado. Hoje na maior parte dos casos o automobilista pensa «se ali está 30, posso ir a 100! A velocidade causadora de acidente é a «velocidade excessiva» isto é, aquela em que o condutor já dificilmente pode controlar o veículo. O excesso de velocidade deveria referir-se a esta, com um pequena margem de segurança para baixo.
Como os números revelam, as sucessivas alterações ao Código não têm contribuído para aumentar a segurança, diminuindo a sinistralidade, podendo deduzir-se que essa não teria sido a intenção do legislador, que parece ter-se apenas preocupado em agravar as penalizações em valores das multas e das coimas.
Teria sido mais eficaz uma campanha de sensibilização, bem preparada a levar a cabo de forma abrangente, começando nas escolas e nos clubes e outras organizações sociais. Haveria que evitar cartazes caríssimos e sem mensagem clara inteligível que apenas interessam à empresa contratada e , eventualmente, ao funcionário amigo que assinou o contrato. Há soluções mais eficazes e menos custosas.
Uma campanha de educação cívica através de todos os meios, que sensibilize para o respeito à vida própria e à dos outros, o cálculo do risco a ser controlado, o bom senso, etc., reduziria os erros que frequentemente se praticam. O uso do álcool passaria a ser comedido, dentro do razoável e, quando sob o efeito do seu abuso, o condutor consciente da sua debilidade, praticaria uma condução mais cuidada ou estacionaria o carro e seguiria ao destino noutro meio. Isto seria conseguido com uma sensibilização bem assimilada.
Publicada por
A. João Soares
à(s)
18:29
4
comentários
Etiquetas: acidentes, estradas, segurança rodoviária
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Acidentes de trabalho. Pirotecnia
Mais uma explosão em fábricas de pirotecnia. Desta vez, foi em Ponde Lima e fez oito feridos tendo dois sofrido queimaduras graves. Ficaram destruídos três paióis e resultou um cenário de verdadeira catástrofe. Este tipo de acidentes é, infelizmente, frequente por todo o País, por vezes com perdas de vidas.
Tal como no sector da construção civil, impõe-se que haja uma actividade de aconselhamento (não gosto do termo inspecção), com sanções adequadas para as situações graves, e campanhas de aconselhamento, ou formação profissional, de todo o pessoal a fim de serem tomados os devidos cuidados com o armazenamento e o manuseamento das matérias perigosas.
É imperioso que cada um tenha a noção do perigo que corre e da maneira de evitar acidentes. Há a tendência para ir ignorando os cuidados, até que um dia a lassidão dá muito mau resultado. A PSP e/ou a ASAE têm ali um papel importante, não apenas na burocracia, mas principalmente em acções de aconselhamento e de esclarecimento.
Publicada por
A. João Soares
à(s)
21:53
2
comentários
Etiquetas: acidentes
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
Segurança rodoviária. Mais do mesmo
Há quase uma dezena de anos que iniciei a escrita de cartas para os jornais, com intenção de sensibilizar os automobilistas a conduzirem com mais segurança e prudência, respeitando as suas vidas e as dos outros.
Tem sido ponto assente que, de entre todos os factores intervenientes nos acidentes na estrada, o mais importante é o comportamento do automobilista, o seu respeito por si próprio, pelos seus passageiros e pelos outros utentes da estrada. Enfim, civismo.
Mas não deixei de apontar o dedo a restrições de velocidade incompreensíveis e injustificadas, algumas completamente idiotas, e a uma sinalização muitas vezes inútil por incompleta, ou demasiado profusa, e confusa. Muito há a fazer nestes equipamentos da estrada.
Mas, hoje a notícia diz que o Conselho de Ministros aprovou ontem uma proposta de revisão do Código da Estrada, que terá agora de ser submetida à Assembleia da República e que se destina «exclusivamente a agilizar e centralizar o processo contra-ordenacional na Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR)».
Portanto, deste magno problema que se traduziu por, entre os dias 21 de Dezembro (em que se iniciou a operação Natal) e 2 deste mês, terem morrido «apenas» 33 pessoas nas estradas, a preocupação do legislador, continua os erros de óptica dos anos anteriores, apontando todas as espingardas para a repressão, para as multas. Dá a impressão que os políticos portugueses consideram as estradas e os automóveis como fontes de receitas através das multas e não como ferramentas essenciais para a vida económica e o bem-estar e felicidade das pessoas. A falta de humanidade transparece logo quando se diz que este ano morreram menos 4 pessoas do que no ano passado, como se o número de mortes ocorridas não fosse já tragicamente grande!
Como interpretar a capacidade de visão e de análise dos nossos eleitos?
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
A estrada espelha o «civismo» dos portugueses
Tragédia cultural
Por: Alexandre Pais, Director do Record e director editorial da TV Guia, em Destak de 07Nov07
A semana tem sido trágica em acidentes rodoviários, com muitas vítimas mortais e um denominador comum: a inépcia ou a negligência dos automobilistas na origem dos sinistros.
Não tem havido mau tempo, não há pisos escorregadios, e não tem sido por mau estado das estradas ou deficiente sinalização que a desgraça tem batido à porta de tantas famílias. Este acréscimo brutal de vítimas é também a confirmação da falência de três décadas de políticas erradas na área da prevenção rodoviária. Sucessivos governos apostaram na repressão dos condutores em vez de o terem feito na mudança de mentalidades, na indispensável revolução dos hábitos assassinos ao volante que distingue os portugueses como dos piores automobilistas da União Europeia.
De que adianta, por exemplo, duplicar as multas por excesso de velocidade se, quem prevarica, pode pagar e voltar a carregar no acelerador? Temos a mania de entregar à Divina Providência a vida e o futuro da nossa gente. Mas até a Senhora discorda dessa irresponsabilidade. É o segundo autocarro que regressa de Fátima que vai pela ravina abaixo.
NOTA: Hoje no jornal «Meia Hora» aparece um artigo extenso com o título «Estradas nacionais mataram 66 mil pessoas nos últimos trinta anos». Em subtítulo diz: Os dados da Direcção-Geral de Viação revelam números equivalentes a uma guerra».
No Blog Mentira Têm sido publicados alertas para este problema preocupante, tendo o último sido intitulado «Assassinos da estrada». Devemos felicitar o seu autor por este cuidado. Ao mesmo tempo, devemos lamentar os autores da «falência de três décadas de políticas erradas na área da prevenção rodoviária» pela decadência do civismo que esta tragédia representa e que resulta, principalmente, da falência do ensino, da educação, do funcionamento das escolas e do serviço público da RTP. Mas será estultícia esperar que os políticos mais em evidência sejam capazes de resolver esta crise de valores e de respeito pelos outros.
Publicada por
A. João Soares
à(s)
21:38
2
comentários
Etiquetas: acidentes, mentalização, segurança
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Mortes na estrada continuam
O bloguista «Mentiroso» deve estar muito pesaroso por, depois do seu alerta no blog Mentira a favor de uma condução segura na férias, ter de enfrentar a estupidez e insensatez dos condutores que originam as notícias trágicas de acidentes.
As mais recentes dizem que os acidentes de viação nas estradas de Portugal continental provocaram 14 mortos, 54 feridos graves e 702 feridos ligeiros na semana passada, segundo dados revelados esta terça-feira pela Direcção-Geral de Viação (DGV).
A PSP registou 13 mortos, 40 feridos graves e 500 feridos leves.
A GNR, contabilizou um morto, 14 feridos graves e 202 feridos ligeiros.
Esta foi uma semana atípica, uma vez que a GNR costuma registar maior número de vítimas.
Desde o início do ano, os acidentes de viação provocaram 551 mortos, tantos como em igual período do ano passado. O número de feridos graves e ligeiros registaram quebras de 311 e 876, para 2.070 e 28.167, respectivamente.
Podem cobrir a cara de vergonha os governantes e os legisladores que há décadas, a pretexto de acabar com esta tragédia, têm feito sucessivas alterações ao Código das Estradas, como se a causa e o remédio desta desgraça que enluta tantas famílias, por vezes em momentos festivos que era esperado serem de felicidade, estivesse na legislação e no valor de multas e cóimas, numa atitude sadicamente restritiva e repressiva.
Ninguém lê o código, nem ele é acessível à maioria da população. Talvez valesse a pena os responsáveis procurarem pensar analisar outros factores da tragédia, como a sinalização irreal das estradas, que serve mais para enganar e fazer caça à multa do que para ajudar a segurança dos utentes e olhar para a forma mais eficaz de suprir a ignorância, insensatez e falta de civismo dos condutores, através de um policiamento mais frequente e rigoroso. A eficácia do policiamento passa fundamentalmente pelas atitudes posteriores dos tribunais que não punem de forma «educativa» os homicidas por negligência que abundam nas estradas. A acção conjunta do sistema polícia-tribunal tem que ser rápida e eficiente quanto a resultados dissuasores a longo prazo.
Quanto a sinalização, já aqui dissemos que sinais incoerentes e exageradamente restritivos são convite a ser desrespeitados eles e todos os outros. Mas, se um dia surgir um sinal verdadeiro, haverá aí acidentes porque o condutor, ao ver 30 pensa, baseado na experiência, que pode circular a 60 ou mais e despista-se. Quem coloca os sinais deve ter maior sentido das responsabilidades. Já aqui referi a existência de um de 30 num troço que pode ser percorrido a 70 sem qualquer perigo.
Publicada por
A. João Soares
à(s)
09:54
2
comentários
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
Tragédia nas estradas
Introdução: Transcrição do texto do artigo publicado no blog Mentira pelo colega bloguista «Mentiroso», excluindo as fotografias por dificuldades técnicas e fazendo pequenas adaptações com a intenção de suprir a falta delas. Este tema devia ser tratado com a maior visibilidade em toda a Comunicação Social, a fim de reduzir a gravidade desta situação. Hoje o JN traz notícia de que têm morrido em média mais de dois mortos por dia nas estradas.
Férias. Aproveite Para se Suicidar
O cão é o mais antigo companheiro do homem, com quem vive há mais de 114.000 anos. Com ele aprendeu muitas manhas e se habituou a viver, caçar, comer, ajudar no que lhe exigiu, ensinou, e treinou. Obedece e cumpre sem reclamar.
Conhecendo o velho ditado dos países desenvolvidos e civilizados, que diz que pelo comportamento das crianças e dos cães se conhece a mentalidade dos adultos, chegamos à óbvia conclusão de que difícil seria aos portugueses terem sentimentos e comportamentos mais atrasados e selvagens.
Costuma ensinar o seu cão a ser agressivo e a morder às pessoas de que não gosta. Acha giro? Se não o fizer ele não morderá. Só o cão dum selvagem morde nas outras pessoas: o cão copia o comportamento e os sentimentos do seu dono, não apenas o que o dono diz, mas muito mais o comportamento e, sobretudo, o que o cão sabe que ele sente. Quando diz ao seu rebento para não fazer uma certa coisa porque não está bem, mas você a faz, o que vai ele aprender, o que lhe disse ou o que lhe ensinou com o seu exemplo? O ditado é certo e é pouco conhecido em Portugal porque todos têm vergonha do que ele revela. Desmascara totalmente.
Costuma abandonar o seu cão quando vai de férias? Adquiriu um cão para o seu filho pequeno ter alguma coisa em que bater? É o método mais eficiente e altamente psicológico para formar o carácter duma futura besta humana, que de humano terá tudo menos a mentalidade.
Se está num destes casos, não se esqueça de aproveitar a oportunidade magnífica que tantos aproveitam para nestas férias se suicidar na estrada. Será um contributo patriota para acabar com o mau nome que os portugueses angariaram por todo o mundo para onde forem desde há umas décadas.
Pelo caminho, faça uma paragem para assar um frango numa pequena fogueira. Sabe muito melhor que em casa. Se após ter terminado o repasto já não tiver nenhum líquido para apagar, é simples, urine em cima e espalhe o restante com os pés. Mais adiante, ao atravessar uma propriedade bem arborizada, se tiver terminado o seu cigarro, atire a beata acesa para as ervas secas da orla.
Agora que já contribuiu para os bombeiros justificarem a sua existência, só lhe falta mostrar o que tem entre as pernas para poder consumar tranquilamente o acto essencial. Tente aproveitar estradas vazias para não matar mais ninguém, acelere a fundo e atire-se contra qualquer coisa dura ou para debaixo dum pesado bem grande, se possível pela frente. As mulheres têm a sorte de não possuírem nada semelhante entre as pernas, por isso que raramente têm coragem para se suicidarem deste modo.
Aqueles que se virem livres de si agradecerão com reconhecimento, contentamento e alívio. Saudades? Duas ou três semanas. O mundo será um pouco melhor.
Quando o seu espírito pairar sobre o asfalto e olhar para o corpo donde acabou de sair, verá qualquer coisa como o que se vê em imagens que pela sua agressividade não são publicadas.
São imagens geralmente não publicadas a fim de evitar que os suicidas percam a coragem no momento crucial.
Publicada por
A. João Soares
à(s)
09:31
1 comentários
Etiquetas: acidentes, estradas, rodoviária, segurança
quarta-feira, 20 de junho de 2007
Acabar com mortes na estrada
Todos os anos grande inúmeros portugueses perdem a vida nas estradas, principalmente em momentos em que se dirigem para lugares de prazer em família ou em grupo ou deles regressam, no fins de semana e nas férias. Em lugar da alegria vem o luto e o sofrimento de todos os géneros. Pessoas que sobreviveram mas ficaram deficientes profundos na dependência da família enquanto esta puder apoiar. Situações só compreendidas por quem com elas convive.
As sucessivas medidas dos governos, devido ao desconhecimento das causas primárias do problema e à ganância do dinheiro, resultam apenas em maiores coimas e multas, mas deixam intacta a tragédia que continua incólume, apesar de muitas sugestões piedosas para a melhoria do civismo cuja ausência está na base da maior parte dos acidentes.
No Jornal de Notícias de hoje, 7 de Junho, vem a notícia de que o Vaticano quer que esta tragédia acabe, dado que ela tem persistido por todo o mundo. Oxalá esta posição seja orquestrada em todas as paróquias, com persistência, e que obtenha o efeito desejado.
Numa altura em que os acidentes causam anualmente 1,2 milhões de mortos em todo o Mundo, o Vaticano apresentou, ontem, os "10 Mandamentos da Estrada", o "Decálogo dos Condutores", que pretende promover a segurança rodoviária através da "virtude cristã". Este documento foi elaborado pelo Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes (CPPMI), cujo presidente, cardeal Renato Martino, afirmou que a actual situação de insegurança nas estradas é "um grande desafio para a sociedade e para a Igreja". Segundo o CPPMI, ao longo do século passado, morreram 35 milhões de pessoas em acidentes rodoviários, de que resultaram, ainda, mais de mil milhões de feridos.
Deste decálogo, o jornal cita os seguintes «mandamentos:
"Não matarás",
"A estrada seja para ti um instrumento de comunhão, não de danos mortais" ,
"Cortesia, correcção e prudência ajudar-te-ão"
"Sê caridoso e ajuda o próximo em necessidade, especialmente se for vítima de um acidente",
"O automóvel não seja para ti expressão de poder, de domínio e ocasião de pecado",
"Convence os jovens e os menos jovens a não conduzir quando não estão em condições de o fazer",
"Apoia as famílias das vítimas dos acidentes",
"Procura conciliar a vítima e o automobilista agressor, para que possam viver a experiência libertadora do perdão".
Todos os esforços para parar esta tragédia são bem vindos. Sigamos estes conselhos com a convicção de que estamos a contribuir para que a segurança nas estradas melhorará em benefício de todos nós.
quarta-feira, 13 de junho de 2007
As mortes na estrada continuam
Como noticia o Diário Digital, na semana passada, os acidentes rodoviários nas estradas de Portugal continental provocaram 16 mortos, 52 feridos graves e 443 feridos leves, segundo indicam os dados divulgados esta terça-feira pela Direcção-Geral de Viação (DGV).
Nas áreas patrulhadas pela GNR foram contabilizados 15 óbitos, 40 feridos graves e 600 feridos ligeiros.
A PSP, por seu turno, registou uma vítima mortal, 12 feridos graves e 243 feridos leves nas áreas sob sua jurisdição.
Desde o início do ano, os acidentes de viação resultaram em 347 mortos, 1.283 feridos graves e 17.249 feridos leves. Estes valores comparam-se com os 344 mortos, 1.483 feridos graves e 17.856 feridos ligeiros registados em igual período de 2006.
NOTA: Apesar dos retoques que o legislador faz insistentemente no Código da Estrada, o problema mantém-se, embora com pequenas variações de ano para ano. Porquê? Porque as alterações são feitas por palpite e sempre para aumentar os valores das coimas e tornar a vida mais difícil aos condutores que não sejam políticos. Parece lógico que qualquer alteração legislativa deve ser devidamente ponderada quanto à sua necessidade, e quanto à eficiência desejada e viável.
Seria desejável que uma lei não fosse alterada antes de fazer cumprir a que vigora. Por exemplo, já há muitos anos é obrigatório colar no pára-brisas, o comprovativo do seguro, da inspecção, do imposto municipal. Penso que essa obrigação serviria para facilitar a inspecção dos carros estacionados ao longo dos passeios e nos parques de estacionamento. Então como se compreende que circulem tantos carros sem seguro? Como se compreende que haja tantas pessoas a conduzir sem carta durante anos? Como se compreende que haja tanto carro com falta de faróis a circular durante a noite? Porque é que não são feitas mais operações stop, para fiscalizar a documentação e os órgãos de segurança do carro?
Seria mais proveitoso não modificar a lei, mas tomar medidas para que a vigente seja rigorosamente cumprida. Sem uma fiscalização eficiente e penalizações aplicadas sem demora, que sirvam de dissuasão, nada melhora, porque a base máxima de uma boa segurança reside no civismo, na consciência da necessidade de um comportamento de respeito pelos outros e pela própria segurança mas nada disso existe. E, na falta de civismo, é indispensável inspecção, repressão e penalização que sirva de ensino e crie reflexos cívicos.