Mostrar mensagens com a etiqueta coerência. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta coerência. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 12 de abril de 2013

CAPUCHO DEFENDE REMODELAÇÃO URGENTE


António Capucho, homem grado do principal partido da coligação, defende remodelação urgente que inclua Vítor Gaspar. Não é a primeira vez que emite esta sugestão (ou aviso) nem é a única pessoa de grande visibilidade da sua área que alerta para esta necessidade. Mas a urgência não pode resultar apenas em mudar as «caveiras» que preenchem o organograma, mas sim em reformas estruturais indispensáveis (já prometidas há quase dois anos) para que o País seja devidamente podado e mondado de excessos e de ervas daninhas, a fim de poder ser viável e se lançar no desenvolvimento, no crescimento.

A tónica colocada em Vítor Gaspar é lógica e consonante com o receio de Manuela Ferreira de Leite de por este caminho o país ficar em cinzas, com o alerta de Christine Lagarde para a conveniência de a austeridade não atingir níveis «brutais» e com o temor do FMI de advirem tensões sociais.

Por outro lado, na remodelação está a sair detrás da camuflagem um aspecto das promessas iniciais do Governo que pretendia ser menos numeroso do que o anterior e, agora na substituição de Relvas foram nomeados dois (aumento de 100 por vento). Parece que nas promessas iniciais houve irrealismo, fantasia ou infantilidade. Ficamos alerta para ver quantos ministros irão substituir Álvaro Santos Pereira, se for demitido, pois foi sobrecarregado com variadas pastas, ou com a de Assunção Cristas, com quem aconteceu o mesmo.

A conclusão é que não podemos acreditar em promessas, por mais «garantidas» e «asseguradas» que digam ser. E essa falta de confiança e de credibilidade, bem poderia levar Capucho a ser mais franco na sua sugestão e juntar ao nome de Gaspar, outro ou outros.

Imagem de arquivo

Ler mais...

terça-feira, 19 de março de 2013

Eurogrupo desnorteado


Perante as notícias de Chipre, Eduardo Catroga, antigo ministro das Finanças, teve o seguinte desabafo à agência Lusa:

"A nave do Eurogrupo vai louca. É a primeira reacção que tenho. Atacar a confiança no sistema bancário quando precisamente toda a filosofia das medidas tomadas a nível da União Europeia foi criar condições de fortalecimento do sistema bancário e criação de condições de confiança dos depositantes, esta medida é incrível. Está ao arrepio daquilo que tem sido a filosofia da União Europeia".

Vem ao encontro daquilo que disse o professor Diogo Freitas do Amaral. É realmente necessário, imperioso, agir enquanto é tempo, para não prolongar a agonia e, se possível, para a evitar.


Imagem de arquivo

Ler mais...

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Governo «anda desorientado»

Transcrição de notícia (de onde foi transcrito o título deste post) seguida de Nota:

Marques Mendes: Governo fez “ataque à mão armada” aos portugueses
04.10.2012 - 23:34 Por PÚBLICO

"Isto é um ataque sem precedentes à classe média”.

Luís Marques Mendes, antigo presidente do PSD, fez na noite desta quinta-feira um cerrado ataque ao Governo, acusando-o de ter feito “um assalto à mão armada” aos portugueses e de estar “desorientado”. Com vídeo.

No seu habitual comentário no jornal Política Mesmo da TVI24, o Conselheiro de Estado de Cavaco Silva, considerou excessivo o aumento de impostos. E deu como exemplo o facto de os contribuintes que ganham 80 mil euros por ano irem pagar um total de 65% de impostos.

“É um bom ordenado, mas não são milionários, são classe média. (…) Vão dar dois terços para o Estado e só ficam com um terço do ordenado. Vão trabalhar oito meses para o Estado e apenas quatro para si. Isto é uma espécie de assalto à mão armada ao contribuinte. (...) É matar a classe média.”

Outro exemplo deste “assalto”, segundo Marques Mendes, é o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). O social-democrata lembrou a cláusula de salvaguarda deste imposto, decretada por este Governo, que estipulava um tecto máximo de aumento de 75 euros, em vigor nos anos de 2013 e 2014.

“O mesmo Governo que criou esta cláusula, retirou-a agora. Isto é um ataque sem precedentes à classe média”, acrescentou.

O conselheiro de Estado sublinhou ainda que o Orçamento do Estado vai ter dois terços em cobrança de impostos e um terço no corte da despesa, “exactamente o contrário do que o Governo disse que ia fazer”. “Mais impostos vão dar mais recessão” afirmou, acrescentando que este era a receita do Partido Socialista.

Marques Mendes concluiu que o Governo “anda desorientado”, dando como exemplos os casos da privatização da RTP, a Taxa Social Única, as divisões na coligação e as críticas dos ministros aos empresários.

NOTA: Porém, Pedro Passos Promete, como se vê nas notícias seguintes:

- Em 25 de Julho de 2012: Passos Coelho garante que ainda este ano vai cortar nas PPP e Fundações
- Em 14 de Agosto de 2012: Passos anuncia o fim da recessão em 2013
- Em 4 de Outubro de 2012: Passos Coelho responde ao CDS e promete cortar mais despesa
E convém dar atenção ao artigo de Manuel Jacinto Nunes
A caminho do ultraliberalismo, em 4 de Outubro de 2012

Imagem de arquivo

Ler mais...

quinta-feira, 31 de maio de 2012

10 de Junho será estímulo ao crescimento ???

Estamos muito próximos do 10 de Junho, dia em que serão distribuídas comendas e outras benesses honoríficas. A tal propósito, recordo o post Palavras e actos desavindos e outro Coerência entre palavras e actos. Será bom que se medite num e noutro para que deixe de haver desavença entre as palavras e os actos e que estes passem a fazer o mesmo jogo, em plena coerência, para se conseguirem os objectivos do «crescimento » de que tanto se tem vindo a falar. Será desejável ver em cada condecorado o resultado visível de esforço no sentido do crescimento da economia nacional, do emprego, das exportações, etc. Sua Exª o PR tem dito palavras muito sensatas acerca destes objectivos e será uma oportunidade de as condecorações que irá conceder serem coerentes com tais conceitos, para que acreditemos na sua fé e na sua esperança na ultrapassagem da crise e servirem de forte estímulo para um futuro mais «garantido» para os portugueses.

Deixa-se aqui o convite a cada leitor deste espaço para que empregue algum do seu tempo a procurar listar os feitos de cada condecorado para os altos objectivos nacionais, em termos de bom investimento, de criação de postos de trabalho, de aumento de exportações, de impostos pagos, de média salarial justa e elevada, de apoio à sociedade local e regional em regime de mecenato, etc. Se forem conseguidas boas listas, então terá havido coerência entre as palavras e os actos…

Imagem do Google

Ler mais...

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Tenho 74 anos e estou cansado

Texto de William Henry "Bill" Cosby, Jr. (nascido em 12 de Julho de 1937) Humorista americano, actor, autor, produtor de televisão, educador, músico e activista.


Este deveria ser leitura obrigatória para cada homem, mulher e criança na Jamaica, Reino Unido, Estados Unidos da América, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Portugal… de todo o mundo...

"Tenho 74 anos e estou cansado"

Tenho 74 anos. Excepto num breve período na década de 50 quando fiz o meu serviço militar, tenho trabalhado duro desde que eu tinha 17 anos, excepto por alguns graves desafios de saúde. Tinha 50 horas por semana e não caí de doente em quase 40 anos. Tinha um salário razoável, mas eu não herdei o meu trabalho ou o meu rendimento, e trabalhei para chegar onde estou. Dado o estado da economia, parece que a reforma foi uma má ideia. E estou cansado. Muito cansado.

Estou cansado de que me digam que eu tenho que "espalhar a riqueza" para as pessoas que não tenham a minha ética de trabalho. Estou cansado de que me digam que o governo fica com o dinheiro que eu ganho, pela força se necessário, para dá-lo a pessoas com preguiça para ganhá-lo.

Estou cansado de que digam que o Islão é uma "religião da paz", quando todos os dias eu leio dezenas de histórias de homens muçulmanos matar as suas irmãs, esposas e filhas para "honra" da família; de tumultos de muçulmanos sobre alguma ligeira infracção; de muçulmanos a assassinar cristãos e judeus porque não são "crentes"; de muçulmanos queimando escolas para meninas; de muçulmanos apedrejando adolescentes vítimas de estupro, até a morte, por "adultério"; de muçulmanos a mutilar o genital das meninas, tudo em nome de Alá, porque o Alcorão e a lei Shari diz para eles o fazerem.

Estou cansado de que me digam que em nome da "tolerância para com outras culturas" devemos deixar a Arábia Saudita e outros países árabes usarem o nosso dinheiro do petróleo para financiar mesquitas e escolas 'madrassa' islâmicas para pregar o ódio na Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, enquanto que ninguém desses países está autorizado a fundar uma sinagoga, igreja ou escola religiosa na Arábia Saudita ou qualquer outro país árabe, para ensinar amor e tolerância...

Estou cansado de que me digam para eu baixar o meu padrão de vida para lutar contra o aquecimento global, o qual não é sequer permitido debater...

Estou cansado de que me digam que os toxicodependentes têm uma doença, e eu tenho que ajudar no apoio e tratá-los, pagar pelos danos que eles fazem. Acaso foi um germe gigante, a sair correndo de um beco escuro, agarrá-los, e enchê-los de pó branco pelo seu nariz ou enfiar uma agulha em seu braço enquanto eles tentavam combatê-lo?!

Estou cansado de ouvir ricos atletas, artistas e políticos de todas os partidos falarem sobre os seus erros inocentes, erros estúpidos ou erros da juventude, quando todos sabemos que o que eles pensam é que os seus únicos erros foi terem sido apanhados.

Estou realmente cansado de pessoas que não assumem a responsabilidade pelas suas vidas e acções. Estou cansado de ouvi-los culpar o governo, a discriminação, a economia e a falta de equidade social - de facto, eles não durariam muito mais numa sociedade de verdadeira equidade social...

Eu também estou cansado e farto de ver homens e mulheres jovens e adolescentes serem "doca" de tatuagens e pregos na face, tornando-se não-empregáveis e reivindicando dinheiro do governo, como se de um direito se tratasse.

Sim, estou muito cansado. Mas também estou feliz por ter 74 anos .. Porque não vou ter de ver o mundo nojento que essas pessoas estão preparando. Eu só estou triste por minha neta e os seus filhos.

Graças a Deus, estou no caminho de saída e não no caminho de entrada...

Imagem do Google

Ler mais...

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Crescimento e exportações

Vítor Gaspar disse em Washington que o Estado pode estimular o crescimento através do “financiamento regular” de pequenas e médias empresas, “em particular as que estão activas no sector das exportações”. Esta focalização das exportações como vector fundamental do desenvolvimento da economia tem sido referido com insistência.

 Será de esperar, atendendo à conveniência de «lealdade institucional», de coordenação e de convergência de esforços que a distribuição de prémios no próximo dia 10 de Junho, coloque em realce estimule os sectores mais marcantes nos aspectos mais significativos para se vencer a crise, como recentemente foi referido no post Coerência entre palavras e actos.

 Imagem de arquivo

Ler mais...

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Coerência não deve ser fossilização

Deparei esta manhã com a notícia Carnaval de 2013 também não terá tolerância de ponto, o que não estranhei nem me afecta grandemente, porque há dias, apesar de não ter havido tal tolerância, as pessoas divertiram-se colocando um hiato nas suas angústias provocadas pela austeridade. É preciso, pelo menos de vez em quando, respirar fundo, sem colete de forças, enquanto tal nos for permitido, mesmo que condicionadamente.

O que achei «interessante» foi a argumentação do entrevistado «“não passa pela cabeça de ninguém que um Governo, que é um Governo que tem coerência, que tem uma linha orientadora e um denominador comum andasse a saltitar de ano para ano. Naturalmente que a decisão deste ano se repetirá”.»

É que coerência e linha orientadora deve ser definida em relação à finalidade da acção governativa (que deve ser a criação de um futuro melhor para todos os portugueses), à estratégia para a atingir com economia de recursos, em que se inclui o tempo, e deve ser referida para defender a teimosia arrogante (com o propósito do ‘custe o que custar’) de repetir actos que podem ter sido inúteis ou até incorrectos. Nada na vida é imutável e viver não significa tornar-se fóssil ou cristalizar no sistema ortorrômbico. A coerência e a linha orientadora não podem nem devem excluir os ajustamentos da condução, como aqui foi recordado.

E o propósito de não querer saltitar de ano para ano não tem significado quando se tem visto que por vezes se saltita de dia para dia, ou até de pessoa para pessoa, anulando qualquer propósito de «denominador comum» que definisse o trabalho da equipa.

Mais uma vez se verifica que o excesso de palavras anula os efeitos dos poucos sinais de resultados positivos, e é destes que os portugueses precisam.

Imagem de arquivo

Ler mais...

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Como podemos confiar ???



Faz falta um código de conduta que aconselhe a verdade e a coerência.
Em tão curto intervalo de tempo esquecem um documento que assinaram e que é tão importante para a vida nacional.

Ler mais...

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Vítor Gaspar garante ...

O verbo garantir tem sido muito mal utilizado, ficando o seu significado, na prática, apenas ao nível de desejar ou pretender. Por exemplo, no título da notícia Vítor Gaspar garante que não há excepções aos cortes de subsídios, não será fácil concretizar tal garantia. Será que vai anular o despacho n.º 15296/2011 do SEAF, abaixo transcrito? Será que demite o o SEAF pela leviandade de criar uma excepção que mina a coesão e coerência que deve existir, numa equipa governamental, principalmente quando se vive numa crise grave?

Os jovens governantes precisam de uns colóquios em que aprendam as regras de trabalho de equipa, no que talvez o José Mourinho possa dar uma ajuda.

Além dos 14 meses de salário, há o acréscimo de 2000 euros mensais, segundo parece por ter diploma de mestrado, e não pela complexidade das tarefas que lhe são confiadas. Não é remunerado pelo mérito ou pelas tarefas mas pelo diploma que, como tem vindo a público, poder ser obtido por métodos diversos, nem sempre defensáveis.

Eis o documento

Diário da República, 2.ª série — N.º 217 — 11 de Novembro de 2011
Gabinete do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
Despacho n.º 15296/2011
<
Nos termos e ao abrigo do artigo 11.º do Decreto -Lei n.º 262/88, de 23 de Julho, nomeio o mestre João Pedro Martins Santos, do Centro de Estudos Fiscais, para exercer funções de assessoria no meu Gabinete, em regime de comissão de serviço, através do acordo de cedência de interesse público, auferindo como remuneração mensal, pelo serviço de origem, a que lhe é devida em razão da categoria que detém, acrescida de dois mil euros por mês, diferença essa a suportar pelo orçamento do meu Gabinete, com direito à percepção dos subsídios de férias e de Natal.


O presente despacho produz efeitos a partir de 1 de Setembro de 2011.


9 de Setembro de 2011. — O Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais,


Paulo de Faria Lince Núncio.

Ler mais...

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Preciso da candeia de Diógenes

A cada passo encontramos uma armadilha, uma mina, um buraco, uma cilada. Haja quem mereça confiança!!! Parece que nem com a candeia de Diógenes se consegue encontrar um homem verdadeiro. Principalmente na política ou sua área de interesse.

Se os políticos agissem por dedicação ao País, certamente teriam objectivos muito idênticos embora pudesse haver nuances algo diferentes nas linhas estratégicas a seguir para os atingir. Não haveria decisões opostas nem guerras desgastantes e cada político ou cada partido usaria como propaganda e chamariz para os votos as suas melhores soluções para atingir os objectivos nacionais, com verdade e honradez.

Por seu lado, dos jornalistas e comentadores, em tal quadro ideal, seria esperada isenção na análise, nas críticas e nas sugestões.

Mas políticos, jornalistas e outros oportunistas, esquecem os interesses do País, esquecem os direitos das pessoas e concentram a sua capacidade (quando existe) de pensamento nos seus próprios interesses e ambições, ou nos do seu partido de momento ou dos seus amigos. Esta reflexão ressalta do seguinte texto recebido por e-mail do amigo FR que se segue:

CRESPO AO FRESCO

Mário Crespo, 64 anos, jornalista da SICN e colunista do Expresso, foi convidado por Miguel Relvas, ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, para o lugar de correspondente da RTP em Washington, vago há seis meses. Deste modo, Crespo voltará a desempenhar as funções que exerceu entre 1992-98. O convite está a gerar forte turbulência na RTP, uma vez que a estação estava a organizar um concurso interno para preenchimento da vaga, de acordo com os critérios estatutários:
1) É dada primazia a jornalistas do quadro da RTP interessados em trabalhar no estrangeiro.
2) A direcção de informação selecciona os candidatos.
3) Um júri avalia.
4) A administração avaliza a escolha final.

Crespo nem sequer é do quadro: foi despedido da RTP há doze anos. Chama-se a isto, em linguagem plano inclinado, dar o pote aos boys. Este assessor de Relvas é que os topa.

Lembram-se do que Mário Crespo disse do Governo de Sócrates? Do que ele afirmou sobre as perseguições, intimidações, censuras e tentativas de interferência do poder político no jornalismo? Da t-shirt que levou à Assembleia da República para denunciar as malévolas intenções governamentais? Pois bem: o ministro Miguel Relvas atropelou a administração e a direcção de informação da RTP e convidou Mário Crespo para correspondente da estação pública em Washington. A RTP, não sei se estão recordados, é aquela estação que estava para ser privatizada, perdão, reavaliada.

Sobre o convite, Crespo, cândido e enternecido, declarou: «É um lugar que me honraria muito nesta fase da minha carreira e para o qual me sinto habilitado».

Curioso. Pensei que ia recusar com base numa alegada interferência do poder político no jornalismo, mas não. E na RTP, já agora, ninguém se demite?

Confesso: cada vez tenho mais respeito por algumas meretrizes.


Comentário contido no e-mail:
Toda aquela cena das perseguições que inventou do Governo do Sócrates, com alguma esquizofrenia, já dava a entender que este Crespo era próximo do PSD... Não me lixem com a independência dos Jornalistas porque é uma grande mentira...!.....

Isto são os grandes honestos, defensores acérrimos da justiça e da liberdade, em PORTUGAL, os que são contra os "boys", etc... etc...


NOTA: Preciso de ter confiança em alguém. Como encontrar? Como o reconhecer? O post anterior foi também um balde de água fria que me atingiu.

Imagem de arquivo

Ler mais...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A crise exige convergência de esforços

As pessoas sensatas e patrióticas defendem que neste momento difícil para Portugal seria conveniente que todos os partidos colocassem os interesses nacionais acima das suas ambições de poder, a fim de se fazerem convergir todos os esforços para resolver a crise a bem de todos os portugueses.

Mas aquilo que se vê mostra que tal desiderato é utópico e impossível, pois dentro da própria coligação do Governo não há um entendimento perfeito a bem de Portugal, mas sim questiúnculas de interesses pessoais e de amiguismos que desviam as energias do objectivo fundamental que devia ser a resolução da crise. É o que ressalta da notícia que mostra o ressentimento de Portas pelo facto de Passos ter escolhido Braga de Macedo um dileto partidário do PSD para um cargo que Portas gostava de controlar ao pormenor.

Existindo estas tricas entre os principais elementos da coligação, não admira que os restantes dirigentes partidários apontem o dedo para as faltas de coerência entre as intenções anunciadas e as medidas decididas, como sobre a nomeação de pessoas por “favores” em vez de o fazer por competências, em particular no caso da Caixa Geral de Depósitos e a acusação de que o Governo quer “tratar os jovens como jovens a dias”.
Imagem do Google

Ler mais...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

De Viçoso Caetano - Ser Militar



Ser Militar

É ser nobre, é ser valente,
Filho de rico ou de pobre
Não interessa que gente!
Interessa a chama ardente,
Que arde no peito heróico,
Que, à bravura dá guarida,
No sacrifício da vida,
Se a tal chega o gesto heróico.

É ser respeito, Aprumo,
Disciplina, Coerência,
Decisão, Inteligência,
É saber traçar o rumo.

Ser militar, afinal,
É ser orgulho, é ser raça,
Quando se veste uma farda
E a Pátria é Portugal.

Viçoso Caetano
O Poeta de Fornos de Algodres


NOTA: Este poema devia ter sido publicado no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades mas, por lapso, só agora o pode ser, do que me penitencio perante o autor.

Este poeta, autor de cerca de duas dezenas de poemas aqui publicados é um patriota de pura gema que coloca o amor a Portugal acima de tudo, o que tem sido notório desde tenra idade passada no coração da Beira Alta onde se beneficia da sombra de Viriato. Não é militar mas, como afirmou num programa da RTP em que foi estrela, cumpriu com prazer o Serviço Militar Obrigatório, como oficial miliciano, em Moçambique.
Este poema, tal como outros já nossos conhecidos, é uma emanação daquilo que cultiva e alimenta na sua alma de português apaixonado pelo seu país natal.

Ler mais...

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Equipa ou multidão heterogénea e desconexa?

Um governo é suposto ser uma equipa conexa com convergência de esforços tendo por finalidade a realizaçã0 de um programa comum, objectivos bem definidos, tudo em benefício de interesses nacionais bem claros.

Mas, segundo a notícia «Lacão tem «todo o direito» de defender redução de deputados, diz Sócrates», há notáveis dissidências dentro da equipa que não procuram conciliar. Assim:

«O primeiro-ministro considerou, esta sexta-feira, que o ministro dos Assuntos Parlamentares tem «todo o direito» de defender a redução do número de deputados, se bem que o Governo não tenha «qualquer intenção» de avançar com uma proposta neste sentido.

«O ministro Jorge Lacão tem essa ideia há muitos anos, defende esse ponto de vista há muitos anos e tem todo o direito a defendê-lo», acrescentou José Sócrates, à margem da cimeira de chefes de Estado e Governo da União Europeia, a decorrer em Bruxelas.»


Perante isto fica-se perplexo e sem saber se, afinal, o Governo é uma entidade, uma equipa, com objectivos definidos ou é um grupo de adversários, incoerente, desconexo ? Porque é que o líder da equipa não coloca esta a jogar para o mesmo objectivo? O que o obriga a ter ministros com objectivos opostos aos do conjunto? A união faz a força, mas o PM parece querer um Governo fraco, esfrangalhado com ministros a puxar para um lado e outros para o outro.

Em «pensar antes de decidir » é referido que no estudo de um tema, antes de ser tomada a decisão, devem ser avaliadas todas as hipóteses para, de entre elas, se escolher a melhor, mas manda a decência, a ética e a lógica que o que sai dessa equipa de estudo e de trabalho é apenas a decisão final e não a luta interna dos que estão mais inclinados para uma ou outra das hipóteses de solução. Haja decência e autoridade competente do treinador, porque a «equipa é espelho do valor do treinador».

Ler mais...

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Carta aberta para Chico Buarque

Recebi este texto por e-mail, mas estava indeciso em colocá-lo aqui, embora se aplique aos muitos chicos que, por cá, têm mudado de camisola ou, simplesmente, de opinião e desprezado a coerência de pensamento. Mas decidi depois de ver os artigos «A suprema hipocrisia», «Gnomos e fadas» e «João Salgueiro: "Precisamos de investir em actividades directamente produtivas"», por o julgar propício a uma meditação positiva para melhores comportamentos no Ano que vai começar.

 Carta aberta para Chico Buarque do seu vizinho do lado.

Chico,

Confesso que fiquei chocado ao vê-lo desfilar na passarela da Dilma, cantarolando como se estivesse a defender uma causa justa, honesta e patriótica.

Logo você, Chico, que ganhou tanto dinheiro encantando a juventude da década de 1970 com parolas em prosa e verso sobre liberdade e moralidade. Percebo que aquilo que você chamava de ditadura foi, na verdade, o grande negócio da sua vida. Afinal, você estava à toa na vida. Você deveria agradecer aos militares por tudo o que te fizeram, porque poucos, muito poucos, ganharam tanto dinheiro vendendo ilusões em forma de música e poesia como você.

Estou agora fazendo essa regressão, após vê-lo claudicante como A Mulher de Aníbal no palanque do Lula e da Dilma. Claro que deu para perceber o seu constrangimento, a sua voz trêmula e pusilânime, certamente sendo acusado pela sua consciência de que estava naquele momento avalizando, endossando todas as condutas deste governo trêfego e corrupto.

Nunca, jamais imaginei, Chico, que você pudesse se prestar a isso algum dia. Mas é possível antever que apesar de todos vocês, amanhã há de ser outro dia. Quando chegar o momento, esse nosso sofrimento, vamos cobrar com juros. Juro ! Você, como avalista, vai acabar tendo que pagar dobrado cada lágrima rolada. Você vai se amargar, Chico, e esse dia há de vir antes do que você pensa. Não sei como você vai se explicar vendo o céu clarear, de repente, impunemente. Não sei como você vai abafar o nosso coro a cantar, na sua frente. Apesar de vocês, Chico, amanhã há de ser outro dia.

Estamos sofrendo por ter que beber essa bebida amarga, dura de tragar. Temos pedido ao Pai que afaste de nós esse cálice, mas quando vemos você, logo você, brindando e festejando com todos eles, só nos resta ficar cantando coisas de amor e olhando essa banda passar. E pedir que passe logo, porque apesar de vocês amanhã há de ser outro dia.

Estamos todos cada qual no seu canto, e em cada canto há uma dor, por conta daquela cachaça de graça que a gente tem que engolir (lembra ?), ou a fumaça e a desgraça que a gente tem que tossir.

Só espero, Chico, que as músicas que você venha a compor em parceria com os seus amigos prosélitos de palanque não falem mais de amor, liberdade, moralidade e ética - essas coisas que você embutia disfarçadamente nas suas letras agora mortas de tristeza e dor.

Não fale mais disso - não ficará bem no seu figurino agora desnudo. Componha, iluda, dance e se alegre com todos eles, ganhe lá o seu dinheiro, entre na roda e coloque tudo na sua cueca - ou onde preferir - mas não iluda mais os nossos jovens com suas músicas, simbolizadas hoje apenas na sua gloriosa A Volta do Malandro.

(assinado) Seu Vizinho ao Lado.....


Imagem do Google

Ler mais...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Fragilidades dos políticos

Várias pessoas que vemos, lemos ou ouvimos pela Comunicação Social, dizem que é necessário prestigiar a política. Entre os que assim opinam contam-se, p0r exemplo, o ex-PR Sampaio e o actual PR Cavaco Silva.

Realmente é imperioso que se recupere tal prestígio porque ele anda muito por baixo. Em tempos mais ou menos calmos em que governar é quase como conduzir em auto-estrada plana sem curvas e sem trânsito, os responsáveis brilham com palavras devidamente preparadas pelo marketing, com muito optimismo e fantasia, do que resulta uma imagem brilhante para os olhos da maioria do nosso povo. Mas logo que surge uma dificuldade, mesmo que ligeira, as atitudes desajustadas e pouco sensatas mostram as reais fragilidades de tais personalidades. Estala o verniz e fica à vista a madeira carcomida.

Do Governo estão na memória de todos as palavras pouco urbanas do PM a procurar achincalhar os deputados da oposição, as suas reacções perante os diversos «casos» em que foi apontado como suspeito, as suas contradições com o ministro das Finanças, das Obras Públicas e outros. De Belém, houve as ‘solenes’ comunicações ao País sobre o estatuto dos Açores, sobre as escutas dos telefones de Belém, sobre os casamentos de pessoas do mesmo sexo e as palavras sensatas mas triviais acerca da situação insustentável do País .

E neste momento, as debilidades dos eleitos mais salientes na estrutura do Estado evidenciaram-se na sequência de o Governo Regional dos Açores ter decidido subsidiar os funcionários públicos compensando-os dos cortes decretados pelo Governo Nacional para todos os funcionários públicos do País. O PR e o PM disseram que a «decisão regional poderá ser inconstitucional». Ao ouvir-se esta confissão de ignorância ou de hesitação por parte de tão altas figuras, fica-se chocado. Há situações em que o silêncio é de ouro e em tais cargos não se podem manifestar dúvidas de tal género. Ou é ou não é. Mas isso só deve ser afirmado depois de cuidado estudo e de se esboçarem as conclusões. Durante esse estudo pode haver ignorância, dúvidas ou hesitações, que não são desprimor para ninguém, mas não são divulgadas, pois só a conclusão o deve ser.

E no meio de tudo isto, não é de estranhar o esbracejar de Carlos César a desrespeitar o poder central, alegando legalidade mas esquecendo moralidade, ética, equidade e respeito pelo escalão superior da República.

Para os mais interessados neste tema, coloco os links de alguns artigos da CS de hoje:

- Por que não fala Cavaco quando deve?
- César vs Sócrates
- Carlos César afasta inconstitucionalidade do apoio aos funcionários públicos regionais
- Carlos César: Cavaco Silva "não hesita em lançar uns portugueses contra os outros"
- O complexo de Cassandra

Imagem da Net

Ler mais...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

palavras sem «palavra»

Ler mais...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Coerência estratégica gera confiança e credibilidade

O abuso de alterações debilita a confiança e a credibilidade cria instabilidae no sistema e enfraquece o poder.

Segundo o artigo Défice na Justiça, o PR promulgou o pacote anti-corrupção, tendo sido efectuadas várias alterações no Código Penal, bem como noutros diplomas legais. Também estão a aguardar promulgação as alterações ao Código de Processo Penal (CPP) para corrigir alguns dos erros cometidos na reforma de 2007.

A versão original do Código Penal data de 23 de Setembro de 1982, isto é, há 28 anos. Com a recente alteração atingiu-se a 25ª alteração a este diploma legal, conseguindo a média de 13 meses de intervalo entre alterações!

Quanto ao CPP, o panorama é semelhante, pois a sua versão inicial data de 17 de Fevereiro de 1987, há 23 anos e a a alteração aguardada é a 19ª alteração, conseguindo-se a média de 14 meses de intervalo entre alterações!

Com tal instabilidade, diz o autor «existe um claro défice de segurança jurídica, facto que também contribui decisivamente para a pouca qualidade da nossa justiça.»

Isto recorda o já referido livro Tempos Difíceis - Decisões Urgentes de que se transcreve uma passagem de pág. 53-54:

«Os 30 anos de democracia em que temos vivido caracterizam-se por uma relativa instabilidade de políticas governativas, decorrentes das mudanças de governo e da correlação de forças políticas incapazes de formar plataformas de acordo. As reformas dos programas de ensino excedem os dedos de uma mão. O sistema fiscal tem tido alterações quase anuais, com uma constante na complicação cada vez maior do cumprimento das obrigações fiscais por parte do cidadão. Aqui as estratégias não tiveram tempo de se afirmar. Mas não estamos perante o fenómeno de inovação estratégica que se poderia opor à estratégia imobilista. Estamos, infelizmente, perante uma alteração de planos antes do tempo mínimo necessário à recolha dos benefícios da sua experiência. Por vezes, o erro provoca a emenda. Mas creio que têm sido feitas mudanças antes de se identificarem completamente os erros e, assim, projectar devidamente as suas correcções. Esta situação ocorre em momentos de insegurança sobre as políticas em prática. (…)

A falta de confiança ou de credibilidade na estratégia é geradora de instabilidade. Por sua vez, a instabilidade e o poder variam em sentido inverso, no ‘jogo das relações de poder’ nos sistemas, como se sabe: quanto mais instabilidade, menor o poder.»


Imagem da Net

Ler mais...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Falta de estratégia impede o desenvolvimento

Transcrição do artigo


Portugal e o futuro
Diário de Notícias. 20100621. João César das Neves

Acaba de ser divulgado o último relatório da Fundação Richard Zwentzerg, instituto internacional dedicado aos estudos lusitanos. Como sempre, o texto só é acessível através do DN e não deve ser procurado por outros meios. Desta vez, o tema é o grau de sustentabilidade do desenvolvimento português. Seguem-se extractos relevantes do texto.

"Uma questão inicial que alguns espíritos mesquinhos colocam é a de saber como pode analisar-se o grau de sustentabilidade do desenvolvimento de um país que não está em desenvolvimento. A maioria dos analistas não liga a este pormenor, mas em nome do rigor devemos então dizer que o relatório considera a sustentabilidade do desenvolvimento que Portugal teria se estivesse em desenvolvimento.

"Uma outra questão prévia tem a ver com o facto de, dado o número de óbitos ser maior que o de nascimentos, o país não só não está em desenvolvimento como se encontra em vias de extinção. Durante uns anos, isto foi disfarçado pela forte imigração, mas ultimamente o fenómeno inverteu-se, e não só a atracção de estrangeiros se esfumou como começou uma intensa e acelerada emigração. Dado a taxa de fertilidade ser a mais baixa da Europa Ocidental e das mais baixas do mundo, um dos nossos especialistas afirmou mesmo que, em vez de um relatório de sustentabilidade, o que Portugal precisa é de uma comissão liquidatária.

"Isto seria suficiente para criar enorme preocupação, ou até depressão e pânico na maior parte dos países civilizados. O mais curioso é que a sociedade portuguesa se mantém alheia a estas questões decisivas, que não preocupam minimamente os indígenas. Estes encontram-se envolvidos em enormes debates acerca de comboios, escutas, futebol e homossexuais. Pode dizer-se que o melhor factor de sustentabilidade em Portugal é a inconsciência.

"Passando à análise concretas das políticas de sustentabilidade, os nossos peritos constataram com surpresa e prazer a profusão, profundidade e qualidade dessas intervenções em Portugal. O país tem regulamentos, portarias, decretos e requisitos que condicionam, promovem e orientam todas as dimensões de sustentabilidade que constam dos nossos manuais do tema, e até algumas em que nem tínhamos pensado. Além disso, cada um desses articulados dispõe de um pequeno exército de fiscais que inspecciona, espiolha, julga e pune os cidadãos, com vigor e exuberância. Pode não haver desenvolvimento, mas há uma imposição esmagadora das regras de sustentabilidade.

"Claro que, no meio de tanta actividade, não pode pedir-se coerência entre essas medidas. É verdade que as exigências de equilíbrio ambiental chocam com os direitos dos trabalhadores, a defesa do consumidor impede a emancipação da mulher e a biodiversidade, a eficiência energética perturba a promoção da produtividade e da justiça social, o desenvolvimento da cultura e a defesa do património bloqueiam o combate à obesidade, tabagismo, desertificação e absentismo. Com tantas restrições e exigências, é fácil de ver que a única hipótese que a sustentabilidade permite é o desenvolvimento nulo. E tem sido precisamente no sentido desse vácuo que a política nacional se tem orientado nos últimos anos.

"Os sinais de contradição são miríade.

- Portugal é campeão de energias renováveis mas os custos, mesmos disfarçados, mostram porque é que mais ninguém quer tê-las. Multa-se o corte de sobreiros, mas subsidiam-se os abortos.
- Dificultam-se os despedimentos e facilita-se o divórcio.
- Perseguem--se fumadores e excesso de velocidade, mas promove-se pornografia e promiscuidade.
- Profissionais, com formação que custou milhões e ainda mais 20 anos de vida útil, reformam-se no pleno das capacidades.
- Os portugueses têm muito cuidado com o que metem nos pulmões e no estômago, mas não ligam ao que metem no cérebro.

"Este relatório dá nota máxima a Portugal em todos os requisitos de sustentabilidade. Não pode exigir-se mais de um país que até dá lições a outros mais ricos. Seguindo este caminho, Portugal não tem futuro. Mas, enquanto existir, é exemplo para o mundo."

Imagem da Internet

Ler mais...

sexta-feira, 12 de março de 2010

Bússolas de boa qualidade precisam-se

Transcrição

Notícias do século XXI
Jornal de Notícias. 12-03-2010. Por Manuel António Pina

Há dias em que (como as greves, na opinião do presidente da TAP, homem do século XXI com um salário do século XXII e uma gestão do século XIX) me sinto "do século passado ou do anterior". Nesses dias, enquanto não sou apanhado com a boca do século passado na botija do século XXI, estranho que a Privado Holding, dona do privadíssimo BPP, queira que os contribuintes a indemnizem por o Estado não lhe ter "recuperado" o "seu" banco.

Acho "rasca, absurdo e estúpido" que a mulher de Saramago ache "rasca, absurda e estúpida" a contestação aos 2,2 milhões que a Câmara de Lisboa gastará na Fundação autocelebratória do marido (no Porto, a Fundação Eugénio de Andrade recebe do Estado e Câmara 0 euros). Devo, contudo, ter uma costela do século XXI. Percebo que a deputada socialista Maria de Belém ache a comissão de inquérito ao negócio PT/TVI um porta-aviões, quando, para resolver o caso, bastava "um mero submarino" (que, como o mero Rui Pedro Soares, se move debaixo de água). E concordo com o ministro das Finanças que financiar autarquias é "money for the boys" e financiar "boys" é "money for the people".

NOTA: O autor do artigo, no seu habitual estilo sintético, consegue, em poucas linhas definir a complexidade do desnorte que constitui uma endemia das mentes das pessoas públicas. Tão grave desnorte com consequências que podem ser dramáticas para o futuro do País, precisa de ser já tratado com uma boa terapia. Para começar é preciso nortear os responsáveis, dotando-os de bússolas de boa qualidade. Vejam lá se conseguem orientar-se e levar o navio a bom porto. Não me refiro ao significado popular
do termo «orientar-se» porque disso sabem demais, para mal dos portugueses.

Ler mais...

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Sócrates e a descriminação sexual

Sócrates quer evitar cometer erros graves que possam afectar a sua continuidade no Governo e se possível não afectar os interesses nacionais e, como não há muita coisa a inventar, segue os exemplos do estrangeiro. Não é novidade nem criticável. Para quê estar a inventar o que já está comprovado pela experiência. Mas, para esse procedimento produzir bons efeitos, deve haver um são critério nos exemplos escolhidos para seguir. Lá fora há bons e maus exemplos e há os que se adaptam melhor às tradições e idiossincrasia do nosso povo.

Tem sido bem visível o exemplo de Hugo Chávez no governo musculado e arrogante e no controlo da comunicação social, agora o artigo que se transcreve mostra a simpatia pelo exemplo de Muammar Kadafi, curiosamente, ambos militares. Vejamos o que Zita Seabra escreveu

Almoço de género ou género de almoço?
Jornal de Notícias 7 de Fevereiro de 2020. Por Zita Seabra

Em festa (parece), o primeiro-ministro decidiu comemorar os 100 dias do seu Governo com um gesto inédito de que certamente se lembrou um dos génios da propaganda governamental. Decidiu oferecer um almoço às ministras do seu Governo. Logo aí começa o incómodo: às senhoras ministras. Não, como são socialistas, às mulheres ministras. As meninas secretárias de Estado também foram convidadas. Como fica bem nestas coisas, convidaram - e, como se faz em casa, juntaram mais uma - senhoras para perfazer 12. Doze à mesa como os apóstolos. Um almoço oficial em que critério é serem mulheres ministras ou mulheres secretárias de Estado.

Oficialmente, andam os governos PS há anos a combater divisões por sexo e a substituí-las pelo conceito moderno e progressista de género. Mudam nomes de comissões que foram da condição feminina e passaram a ser de igualdade de género, mudam diplomas, editam revistas, fazem leis, criam ONG para garantir a igualdade de género, para afinal o primeiro-ministro almoçar com mulheres.

O ano passado esteve cá o presidente da Líbia e eu recebi (era deputada) um convite para um cocktail numa tenda em Belém. Muammar Khadafi convidava mulheres, só mulheres portuguesas, 500 para a luxuosa tenda. Eu achei o convite de mau gosto e que certamente só ocorreria a um rei ou a um presidente vindo do deserto da Líbia, e recusei ir.

Agora, subitamente, o primeiro-ministro decide comemorar os 100 dias de Governo dividindo governantes em função do sexo. Discriminação positiva dirão alguns, logo aceitável, progressista, dentro dos mais modernos padrões de modernidade, uma vez que as mulheres ministras almoçaram e os homens ministros não. Almoço de género (dirão outros) que não discrimina, porque nos 200 dias certamente haverá almoço para o género homens e nos 300 e 400 para os restantes géneros aceites oficialmente.

Esta ideologia "progressista", "moderna", que oscila entre banir as mulheres em nome da igualdade de género e remetê-las para o fim das listas eleitorais para fazer a quota, conduz direitinho a estes almoços de senhoras/meninas ministras e secretárias de Estado - e, como não chegam para compor a mesa, convidam-se outras para fazer número e ficarem honradas com o convite.

Para evitar essa situação, sugiro uma alteração de critérios do convite de almoço nos 200 dias do Governo: o primeiro-ministro pode almoçar com os melhores ministros do seu Governo e teria certamente alguma mulher no almoço. E se, depois almoçar com os piores ministros, também terá de certeza algumas. Outra hipótese será dividir os ministros pela raça ou pela cor da pele, o que é pior ainda, até porque não tem nenhum ministro preto, negro, amarelo ou cigano. Pode então dividi-los por altos e baixos, o que será certamente um critério mais igualitário, apenas com o problema de ter que decidir como contabilizar os tacões das senhoras ministras. É melhor não seguir por aí, tanto mais que medir os convidados não é bonito.

Pode-se então seguir a tradicional divisão tão típica das nossas portuguesas aldeias: em vez da discriminação mulheres/homens, organizar a divisão do almoço por casados primeiro e solteiros depois. Um clássico: casados contra solteiros. No entanto, o que parece ser a tradicional solução também levanta problemas, porque apareceriam as questões das união de facto, dos registados, dos e das juntos. Não era afinal fácil.

E se fossem divididos por ministros oriundos do Norte do país e ministros do Sul? Evitava-se, assim, completamente a questão da divisão por sexo, ou por raça, ou por género. Tudo se resolveria convidando os do Mondego para cima para um almoço, e os do Mondego para baixo, para outro. Esta parece-me a melhor e mais equilibrada solução. Claro que os do Sul serão sempre vistos como sulistas e elitistas, paciência… Como escreve o João César das Neves, não há mesmo almoços grátis.

Ler mais...