Mostrar mensagens com a etiqueta guerra. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta guerra. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 10 de julho de 2020

OS «DONOS» DO MUNDO PREFEREM A GUERRA

Os “donos” do mundo preferem a guerra
(Public em O DIABO nº 2271 de 10-07-2020, pág 16. Por António João Soares)

Apesar de muitos pensadores insistirem que a Humanidade precisa de paz social assente em entendimento harmonioso com prioridade ao diálogo e às negociações e com exclusão da ideia de guerras, continuam a aparecer casos de provocação violenta e de incitamento a propagandas baseadas em exagero (de um polícia contra um marginal que não obedeceu a exigência) que estão a agitar muitas populações a atitudes colectivas destrutivas da História, das tradições, da ética social.

Há quem se mostre receoso de que surja uma grave mudança da vida social, que possa conduzir ao termo da vida no Planeta em termos que fazem pensar no Apocalipse previsto na Bíblia. E também a Natureza se mostra orientada para grandes alterações, como esta pandemia do Covid-19 que há quem ligue a uma reacção do Cinturão de Van Allen, ao aumento muito rápido e excessivo da infestação do espaço cósmico envolvente da Terra por radiações electro-magnéticas. Segundo cientistas, em pouco mais de um século têm ocorrido epidemias de gravidade crescente, mas nenhuma tão intensa como a actual pandemia que relacionam com aumentos de radiação electro-magnética.

Mas a minha introdução a este texto refere-se a sinais de aumento de recurso a violência nas relações entre Estados, quando se esperava um apaziguamento entre eles, com recurso a mais conversações e negociações que conduzam a acordos obtidos sem violência. Por acaso, há poucos minutos vi a notícia de que Israel atacou posições militares do Hamas em resposta a dois mísseis lançados a partir da Faixa de Gaza contra o seu território.

Tinha ocorrido um ataque contra o Estado hebraico no início de Maio e agora este novo lançamento de mísseis aumenta o receio de uma escalada da tensão e da violência nesta região, com a intenção de evitar que Israel implemente o plano desenvolvido pelos Estados Unidos para resolver o conflito israelo-palestiniano. Não parece próprio que os EUA tenham imposto uma solução, em vez de aconselharem as partes interessadas a chegar a um acordo amigável.

A intromissão de terceiros impondo soluções favoráveis a uma das partes sem aceitação pela outra não é construtiva de uma paz duradoura. Não é por acaso o que consta sobre a Rússia estar a oferecer dinheiro a talibãs, para matarem tropas da coligação internacional que combate no Afeganistão. Isso também afecta o nosso país, pois temos lá 154 militares, número que pode subir para 187 ainda este ano. Durante 2020, já foram ali mortos em combate 20 militares norte-americanos. Mas a ajuda externa não pode visar a defesa dos próprios interesses de quem se presta a ajudar.

É lamentável que as grandes potências queiram impor os seus interesses nos problemas internos de pequenos Estados, quer com envio de tropas quer com recompensas a combatentes ilegais. Os Estados perante pequenos conflitos devem ser mentalizados para não agirem de forma precipitada e ponderarem bem a procura das melhores soluções internas no sentido dos mais significativos interesses nacionais e na defesa dos mais altos valores para bem de todos os cidadãos e procurando solução que corresponda à vontade da maioria destes. Essa procura deve ser feita em diálogo entre as partes interessadas. Se a outra parte não se prestar ao diálogo, deve ser pedida a ajuda a alguém que não tenha partido na contenda, e seja independente e sensato. Mas deve ser evitada ajuda de alguém que possa ter interesse pessoal no assunto e nunca aceitar pressões por forma a satisfazer interesses alheios ou que são inconciliáveis com os essencialmente nacionais.

É impressionante que, perante os variados sacrifícios da pandemia, haja pessoas que deviam ser responsáveis e se prestam a gastos com armamento e causem danos materiais e humanos consideráveis. ■

Ler mais...

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

A GUERRA ESTARÁ IMINENTE!

A guerra estará iminente?
(Publicada no Semanário O DIABO em 26 de Dezembro de 2018)

Li, há dias. O artigo “Fukuyama enganou-se redondamente”, do Major-General Carlos Branco, no ‘Jornal Económico’. Gostei da análise elaborada, mas acho que o título é demasiado duro para o filósofo que deixou à Humanidade uma possibilidade desejável, uma sugestão e uma proposta às grandes potências, para orientarem todos os seus projectos e planos no sentido da Paz e da Harmonia universal.

Mas, infelizmente, os destinos dos Estados não estão em mãos de competentes e com boa formação ética, e nada as levou à rejeição dos maus instintos primários da vaidade e da ambição de poder financeiro e de imagem social de ostentação e arrogância sobre os mais fracos.

O maior obstáculo surgiu logo após a II Guerra Mundial quando, com a aparência de uma estranha interpretação de democracia, foi criada a ONU, com um Conselho de Segurança em que, entre 193 parceiros, foi dado poder ditatorial a 5 (cinco), que se consideraram vencedores da II GM, a quem é permitida a arrogância de serem membros permanentes do CS, com direito a veto. Isto significa que nada poderá ser decidido para bem da paz mundial sem a concordância destes cinco imperadores.

Uma decisão tomada sem que a maioria dos restantes membros se tivesse oposto, foi a imposição da “desnuclearização” a todos os Estados, excepto aos cinco. Não se pode pôr em dúvida o enorme perigo do emprego de armas nucleares, principalmente após as modernizações e aumentos de potência que têm recebido. Mas, como qualquer lei, esta decisão devia ter sido geral e obrigatória, devendo os cinco dar o exemplo, destruindo as que tinham, de forma bem testemunhada por grupos de cientistas nomeados pelo conjunto dos restantes estados membros da ONU, com liberdade ilimitada para observação de todos os possíveis esconderijos e com a máxima segurança, para dar credibilidade ao assunto. Mas os cinco não caem nessa e, daí, a conclusão do artigo atrás referido de que a próxima guerra mundial pode ocorrer dentro em pouco, dada a agressividade já em curso entre os poderosos, quer com ofensas verbais quer com ostentação de poderio militar.

Perante esta aberração, em ambiente que pretende ser democrático, a Coreia do Norte quis evidenciar tal erro e mostrou ter direito a ter uma arma nuclear. Por esta denúncia da anormalidade atrás referida, feita por este pequeno país sem grande poder financeiro, bem merecia o Prémio Nobel, não pelo fabrico da bomba mas pela atitude de evidenciar a caricata decisão do Conselho de Segurança com discriminação entre os cinco e os restantes, Se a arma é perigosa nas mãos dos outros, não o é menos na mão de cada um dos cinco.

Não esqueçamos as ameaças à Coreia do Norte, com exercícios militares de grande poderio nos mares seus vizinhos. Não devemos esquecer: a “bomba mãe de todas as bombas”, recentemente explodida pelos EUA no Afeganistão, sem depois serem referidos quaisquer efeitos benéficos de tal arrogância; a Guerra contra o Iraque e a Líbia, com efeitos altamente nocivos para ambos estes Estado que ainda não recuperaram; os bombardeamentos à Síria com apoio da Grã-Bretanha e da França a pretexto de pretenso uso de gases tóxicos; as saídas ostensivas da América dos acordos de Paris, do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA), do acordo comercial com a China, do acordo nuclear com o Irão, etc. E, pelo outro lado, não esqueçamos o recente agravamento entre a Rússia e a Ucrânia, e a criação de uma completa base aérea russa na Venezuela, na proximidade dos EUA. Qualquer guerra pode eclodir devido a qualquer erro de interpretação e pequeno incidente.

As convulsões sociais que estão a ocorrer no Ocidente, consequentes da “ideologia de género” e completa e artificial igualdade de todas as pessoas, podem complicar todas as análises e vir em apoio da conclusão retirada no referido artigo. ■

António João Soares
11 de Dezembro de 2018

Ler mais...

terça-feira, 15 de maio de 2018

PASSOS PARA ELIMINAR A VIOLÊNCIA

Passos para a eliminação da violência
(Publicado no semanário O DIABO em 15-05-18)

Na última Páscoa fui presenteado com motivos de felicidade. Não posso dizer que foi um prémio, mas foi um estímulo para perseverar na utopia que teimei em expor em 8 artigos entre 01Nov20116 e 06Fev2018, de que irei escrevendo os títulos sublinhados. Comecei por afirmar que a paz é o bem maior e cheguei ao ponto de sentir que há perspectivas de a violência diminuir. De repente, chegaram notícias que me provam não estar errado, como a de que a China considera que o diálogo facilita a convergência e, para isso, «comprometeu-se com o Vietname a manter a paz no mar do Sul da China». E também defende que deve haver negociação em vez de guerra e, para isso, «propõe cedências à Coreia do Norte e ao EUA para amortecer a crise».

Também a Coreia do Norte se mostra consciente de que bom entendimento gera harmonia e paz e, nessa ordem de ideias, «Kim Jong-un deu passos decisivos para estabelecer a paz com o vizinho do Sul. E, por seu lado, a Coreia do Sul, aceitando que a paz é um bem apreciável, «propõe a contenção nos jogos de guerra anuais dos EUA e da Coreia do Sul», para terminar com provocações, ameaças de violência, e troca de ofensas pessoais entre Trump e Kim Jong-un e os riscos que daí poderiam advir.

Foi importante para as duas Coreias a realização dos Jogos Olímpicos de Inverno na Coreia do Sul, que proporcionaram a participação do Norte e criaram um ambiente de apaziguamento entre as duas. No dia 27 de abril, houve o encontro histórico entre o líderes norte-coreano, Kim Jong-un, e sul-coreano, Moon Jae-in o primeiro em 11 anos, em que foi declarada a desnuclearização da península coreana.

Está previsto para breve o encontro entre o Presidente dos EUA e da Coreia do Norte. Este momento histórico será um grande passo em frente dadas as decisões já tomadas por este Estado.

E do Médio Oriente, onde a guerra tem sido persistente, veio a notícia de que a Síria, por acordo entre o Governo e uma fação islamita, tornou possível que «Mais de mil pessoas abandonassem Ghouta oriental nas últimas horas» poupando-as aos efeitos das operações seguintes. Foi um sinal de que a Síria consciente de que a violência gera mais violência, ódios e vinganças, procurou dar segurança a pessoas inocentes e criar condições mais adequadas a uma vida mais segura e salutar.

Estas referências a notícias recentes, não significam que são efeito dos meus artigos. Longe disso. Poucas pessoas os lerão e, quanto a políticos, não querem perder tempo que precisam para preparar a propaganda para as eleições seguintes. Mas a minha utopia pretende apenas contribuir para os cidadãos normais se convencerem de que a guerra e a violência devem ser evitadas, e a Humanidade (eu e os meus leitores) deve reagir a tais tentações mefistofélicas.

Um exemplo maravilhoso e encorajador veio há dias da América em que jovens estudantes reagiram, de forma muito ordeira, visível e convincente, contra a violência brutal sofrida nas escolas e vinda de pessoas mal-formadas portadoras de armas que usam de forma irracional. Dessas manifestações surgiu a iniciativa para a alteração da legislação de uso e porte de armas e já há notícias de que casas fornecedoras de tais meios de violência iam fechar por baixa do negócio. Será desejável que os detentores de cargos com funções ligadas à segurança dos cidadãos assumam a sua responsabilidade de acabar com tudo o que constitua perigo para as pessoas pacatas e sossegadas.

Gostava de ver mais «lunáticos» a defender esta ideia e a difundi-la à semelhança dos jovens estudantes americanos e do próprio Papa Francisco.

António João Soares
8 de Maio de 2018

Ler mais...

quarta-feira, 9 de maio de 2018

REGIME AUTORITÁRIO É PROPICIADOR DE GUERRA

Regime autoritário é propiciador de guerra
(Publicado no semanário O DIABO em 08-05-18)

O espaço aéreo israelita foi violado por um drone iraniano, o que provocou uma resposta contra alvos sírios e iranianos do outro lado da fronteira. No regresso, foi abatido um caça israelita e Israel alertou dizendo que «os sírios estão a brincar com o fogo quando permitem aos iranianos atacar Israel». A queda deste caça após a ofensiva, na Síria, contra alvos iranianos marca uma nova fase no envolvimento de Israel na guerra que, desde 2011, abalava o país vizinho.

Embora o Daesh que causou um número dramático de mortos e destruições, tenha sido vencido, a Síria continuou em guerra contra a oposição.

Na madrugada do dia 8 de Fevereiro forças norte-americanas na Síria atacaram uma grande formação de 500 homens ligados ao regime de Bashar al-Assad que, segundo Washington, atacava sem provocação, posições das milícias apoiadas pelos Estados Unidos, onde também se encontravam militares americanos. Depois houve o ataque com armas químicas a que se seguiu novo ataque por EUA, GB e França.

Porquê tanta violência neste país? A Síria é uma manta e retalhos com sete grupos étnicos e cinco religiões diferentes, sendo os árabes sunitas que constituem o maior grupo populacional do país. Tal situação exigia uma democracia dotada de capacidade diplomática adequada ao diálogo e à negociação, por forma a manter bom entendimento, harmonia e paz. Mas o actual presidente é mais orientado para o autoritarismo e a força.

Durante a actuação do Daesh houve o apoio da vizinha Turquia, do Irão e da Rússia para apoiar o seu aliado que lhe concede a passagem do gasoduto para a Europa, e a resistência dos Estados Unidos por não ter sido dada a passagem ao gasoduto de um seu aliado. Os interesses em jogo são complexos e pesados.

A Síria viveu sob uma lei de emergência entre 1963 e 2011, o que suspendeu a maioria das protecções constitucionais de seus cidadãos, sendo presidente Hafez al-Assad, que faleceu, em 10 de Julho de 2000, depois de ter governado a Síria desde 1970.

Bashar Al-Assad formou-se na Universidade de Damasco em 1988 e, quatro anos depois, iniciou estudos de pós-graduação do Hospital Ocidental Eye, em Londres, especializando-se em oftalmologia. Tinha poucas aspirações políticas porque seu pai educara seu irmão mais velho, Bassel al-Assad, para ser o futuro presidente. Mas, em 1994, este morreu num acidente de carro, pelo que Bashar foi chamado à Síria para assumir o papel de herdeiro. Sem vocação especial, entrou na academia militar e, em 1998, assumiu o comando da ocupação da Síria no Líbano.

Após a morte do pai, Bashar al-Assad tornou-se General e Chefe Supremo das Forças Armadas Sírias. Nomeado candidato pelo Partido Árabe Socialista Baath (único partido do regime) para a Presidência da República, foi eleito mediante referendo em 10 de julho de 2000, tomando posse em 17 de julho.

No começo de seu mandato, houve esperança de mudanças democráticas, a qual foi frustrada com a continuidade da política de seu antecessor. Ante a instabilidade do Líbano, e as constantes tensões com Israel, Bashar al-Assad procurou manter um discurso reformista que poderia satisfazer os anseios da União Europeia e dos EUA mas, na prática, não produziu nenhuma concessão aos movimentos da oposição.

Em Março de 2011, a forte repressão em massa e cercos militares contra manifestantes pró-rebeldes que se levantaram contra Assad e o governo baathista, originaram uma grave guerra civil, que tem criado grande perturbação. E, pelos vistos, ainda não há sinais credíveis de pacificação.

O autoritarismo provoca ou facilita a guerra.

António João Soares
1 de Maio de 2018

Ler mais...

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

PERSPECTIVAS DE A VIOLÊNCIA DIMINUIR !!!

Perspectivas de a violência diminuir!
(Publicado no semanário O DIABO em 6 de Fevereiro de 2018)

Eisenhower, em Janeiro de 1961, alertou para o perigo que o complexo industrial militar representaria como elemento de pressão sobre governantes, por forma a manter as suas fábricas de armamento a funcionar. Ele, com a sua vasta experiência dos altos cargos que desempenhou, tinha a noção de que o negócio de armas pode conduzir a situações dramáticas. Mas os governantes em geral e os altos cargos militares comungam a debilidade de considerar as armas como a solução eficaz e definitiva para os grandes problemas internacionais, de que é muito citado o caso da segunda invasão do Iraque, em 20 de março de 2003, realizada com o pretexto de eliminar as armas nucleares que ali existiam e que depois não foram encontradas, mas que causou dramáticos resultados na população e no património histórico de importância incalculável e deu início a um conflito que ainda continua a fazer trágicos estragos.

Além de muitos casos, entre os quais, a controvérsia entre a Coreia do Norte e os EUA, a propósito de armas nucleares, o chefe do Estado-Maior da Defesa da Grã-Bretanha, Sir Nick Carter, pressiona o gabinete das Finanças para investir mais meios no departamento de Defesa, para evitar que o Reino Unido não venha a ser ultrapassado pela Rússia, que se está a tornar um inimigo muito poderoso.

Entretanto, surgem indícios de que os conflitos internacionais poderão passar a ser resolvidos com meios electomagnéticos, cibernéticos, que podem produzir efeitos nocivos na vida das pessoas mas não causam o pavor das armas de destruição maciça. Em 10 de Abril de 2016 um bombardeiro da frente russo Su-24 equipado com um o sistema de neutralização radioelectrónica de última geração paralisou no mar Negro, sem qualquer tiro convencional, o mais sofisticado sistema americano de combate Aegis instalado a bordo do destroier americano Donald Cook, armado com mísseis cruzeiro Tomahawk.

O destroier participava em manobras americano-romenas com missão de intimidar e de demonstrar força aos russos que estavam em acção na Ucrânia e na Crimeia.

O Donald Cook entrara em águas neutras do mar Negro, onde a entrada de navios militares americanos contraria a convenção sobre o caráter e os prazos de permanência no mar Negro de vasos de guerra dos países não banhados por este mar.

Por seu lado, Rússia enviou um avião Su-24 desarmado, mas equipado com um sistema russo de luta radioeletrónica de última geração para sobrevoar o destroier americano… O Aegis do destroier, ainda de longe, teria interceptado a aproximação do avião dando alerta de combate. Tudo decorria normalmente, tendo os radares destroier calculado a distância até o alvo. Mas, de repente todos os telas se apagaram, o Aegis deixou de funcionar e os mísseis não receberam a indicação do alvo. Entretanto, o SU-24 sobrevoou a coberta do destroier, fez uma viragem de combate e imitou um ataque de mísseis. Depois fez uma volta e repetiu a manobra 12 vezes consecutivos. Perante a inacção do sistema, o navio teve de se deslocar em direcção à costa e depois à vista seguir para o porto mais próximo.

Isto é um sinal muito significativo de que a Rússia está a levar a cabo "uma guerra não convencional", desenvolvendo a possibilidade de danificar as ligações electromagnéticas. Quanto a guerras, este caso mostra que será vantajoso procurar solucionar conflitos com negociação, em vez de guerra e o mundo passar a ser mais harmonioso e pacífico. Mas, por outro lado, os meios da cibernética levantam outros perigos que exigem prevenção e formas de defesa adequadas, não só em guerra como na própria vida diária. E para essa evolução ou inovação, justifica-se o desejo de a Defesa britânica investir em novos equipamentos e formação de técnicos para não perder pontos na concorrência internacional.

António João Soares
30 de Janeiro de 2018

Ler mais...

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

NEGOCIAÇÂO EM VEZ DE GUERRA

(Foi publicado em O DIABO de 20-12-2016)

Quem costuma ler aquilo que escrevo em e-mails, em blogs, no facebook, no Google+, em O DIABO, etc, sabe que esta notícia de diálogo entre a Rússia e os EUA, focada na situação que está sendo vivida na Síria, me traz muito prazer por vir ao encontro do meu grande desejo de harmonia e paz no Mundo substituindo a guerra pela conversação, a luta armada pela diplomacia.

Este encontro, se correr bem, como é desejado, será uma lição de sensatez, de humanidade e solidariedade mundial que deverá ir ao ponto de pressionar, politicamente, os aliados dos terroristas que estão a Massacrar o Médio Oriente para cessarem a destruição dos Estados constituídos e evitar que, depois, alastrem pelo Norte de África e Europa, numa hecatombe irremediável.

O ruído das armas militares nada traz de benéfico para as pessoas e os bens materiais. Tem sido repetidamente afirmado que "o problema da Síria não tem uma solução militar e deve ser resolvido com métodos políticos". Aliás, se toda a guerra acaba com os contendores sentados a uma mesa a assinar o tratado de paz, porque razão não o fazem antes e em vez de matarem milhares de pessoas e destruírem património, algum com significado mundial, ligado à história do Império Meda e de outras civilizações históricas?

Já que nenhum dos sábios da UE teve tão genial ideia, e não aceitaram a sugestão de conversações apresentadas em meados de Outubro pelo Presidente iraniano, ao menos agora não hesitem em apoiar o diálogo proposto pela Rússia e incentivar a troca de sugestões e ensinamentos a fim de obterem a melhor solução para parar a guerra e efectuar uma campanha diplomática adequada para obter a paz e harmonia, a fim de dar à Humanidade uma melhor qualidade de vida. Tenham esperança, coragem e perseverança para obter pela diplomacia aquilo que não tem sido possível pelas armas. As gerações futuras agradecerão estes passos se forem dados com plena intenção de PAZ e se forem dados de forma eficaz com perseverança e tenacidade para obter os resultados que a humanidade deseja.

Depois de ter dado como pronto este texto, veio a notícia da tentativa de recuperação de Palmira pelos rebeldes na Síria e a de um acto terrorista na Turquia por grupo radical curdo que causou cerca de 30 mortos e perto de 200 feridos. Não terá isto resultado de os Governantes terem feito «braço de ferro» com utilização abusiva das armas em vez de negociações e diálogo, como fez o Presidente da Colômbia, justamente galardoado com o Prémio Nobel da Paz? Quando aumentará o número de Governantes dedicados ao bem-estar do seu povo, usando uma «política de afecto»?

A João Soares
Em 13 de Dezembro de 2016

Ler mais...

sábado, 20 de fevereiro de 2016

TERRORISMO PORQUÊ E PARA QUÊ?



TERRORISMO PORQUÊ E PARA QUÊ? É muito frequente ouvir dizer que a violência, a guerra, o terrorismo são atitudes desnecessárias e próprias de mentes tresloucadas. O certo é que a História está marcada por guerras. A violência já era referida na Bíblia, entre Caim e Abel, os atentados e actos de terrorismo têm-se tornado frequentes e mais violentos. Como as muitas pessoas inseridas em tais movimentos são seres humanos racionais, como em muitos casos gerem avultadas quantias e meios materiais de alto custo, em vez de as criticarmos friamente como se fossem anormais, será preferível procurar compreender qual é o seu móbil, PORQUÊ E PARA QUÊ levam a cabo actos tão lesivos de pessoas inocentes e tão destruidores de património.

Está provado que o diálogo pacífico e assente em boa argumentação resolve muitos diferendos e evita as condições exageradas que possam conduzir à violência, como se viu agora entre o Reino Unido e os Poderes da União Europeia, em que foram melhoradas as regras desta, acabando por todos ficarem satisfeitos com os resultados obtidos. Pergunta-se: O que deve fazer a ONU e outras instituições internacionais para ajudar o Mundo a resolver os seus atritos, pelo diálogo, e evitar os danos dos actos violentos? Porque não têm seguido os métodos mais adequados a soluções pacíficas? Porque não têm procurado inspirar confiança em grupos que se consideram prejudicados e pretendem recuperar posições mais notáveis e respeitadas? O que tem sido feito para tornar a diplomacia mais eficaz na detecção de descontentamentos e na procura de medicação preventiva para eliminar as razões que possam vir a tornar-se explosivas?

Este esforço deve ser levado muito a sério, quer internamente nos Estados quer internacionalmente. Quanto maiores forem as desigualdades na repartição de benefícios e de sacrifícios mais probabilidade surge para violência. É bom que os governantes de países mais poderosos deixem de se considerar donos do Mundo a quem todos os exageros são permitidos e procurem ter sensibilidade para os mais desfavorecidos, para as suas necessidades e para o seu direito a verem a sua situação melhorar da melhor forma possível. Não é convincente falar-se em DEMOCRACIA em ambientes em que o que é praticado é feudalismo e ditadura, por vezes em grau extremo.

Se for feito esforço diário para REFORÇAR A HARMONIA E A PAZ, deixaremos um MUNDO MELHOR aos vindouros.

Ler mais...

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

RÚSSIA E O ACESSO A ÁGUAS QUENTES


Os interesses estratégicos não se compadecem com decisões rápidas e sonantes. Ontem de manhã, foi muito agradável deparar com a notícia de que Putin e Poroshenko acordam cessar-fogo permanente na Ucrânia, mas o balde água fria não tardou muitas horas, com outra notícia Ucrânia dá dito por não dito após versão dissonante do Kremlin.

Convém olhar para os aspectos de geoestratégia aplicáveis. A Rússia, desde o tempo dos czares, sentiu necessidade de contornar o cerco de mar gelado na sua costa norte que a impedia de poder dispor de uma marinha proporcional ao seu espaço e com capacidade de poder chegar a todos os pontos dos oceanos, em qualquer data do ano. Por tal motivo, era para ela de capital interesse o acesso ao Mediterrâneo e ao Índico, o primeiro ficava para lá do Mar Morto e do estreito dos Dardanelos, o segundo estava para lá do Afeganistão e dos seus vizinhos.

Estes objectivos têm estado presentes em várias decisões estratégicas soviéticas e russas e do seu grande adversário os EUA.

Não foi por acaso que a Turquia foi convidada para fazer parte da NATO e que esta, agora, se tenha interessado pela Ucrânia. Também não pode esquecer-se que a Rússia invadiu o Afeganistão e sempre mostrou interesse pelos estados do seu flanco sul.

O actual caso da Ucrânia e da Crimeia pode potenciar um conflito armado, totalmente indesejável pelo perigo de escalada e, por isso, se impõe uma solução negociada que não é fácil de efectuar directamente entre Putin e Poroshenko como fora anunciado. Haverá que, com o beneplácito da NATO e da UE, encontrar forma de a Rússia poder dispor de uma base Naval segura e espaçosa na Crimeia para poder, sem conflito, aceder ao Mediterrâneo. Não seria caso único, pois os EUA dispõem da base de Guantânamo, na ilha de Cuba.

A diplomacia tem possibilidades para evitar a Guerra e esta acaba por ser forçada a encerrar com a assinatura de acordo diplomático (acordo de paz). É, por isso, ilógico que em vez de acções militares, não se recorra apenas à força da diplomacia, com ou sem o apoio de terceiros intermediários e mediadores. Passados tantos séculos depois das guerras da antiguidade e da Idade Media, vai sento tempo de os Estados se poderem entender por forma a evitar os elevados danos de uma guerra.

A João Soares

Imagem de arquivo

Ler mais...

sábado, 28 de setembro de 2013

O PODER NÃO CRESCE ESPONTANEAMENTE


Há poucos anos, surgiram notícias de teorias proféticas com previsões de que em 2030 o poder mundial estaria nas mãos dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e South Africa), países emergentes que iriam destronar os EUA. Hoje, há dúvidas acerca da evolução que está a ter a África do Sul, com a economia a ser dominada pela China, assim como o seu relacionamento com os países africanos do hemisfério Sul. Por outro lado o Brasil está numa rampa descendente que não recuperará com os jogos olímpicos ou outras competições desportivas. Também a Índia não tem conseguido anular a desvantagem que lhe advém da desigualdade social e de áreas de pobreza muito aguda, apesar da exemplaridade da sua tecnologia informática, sem equivalente no resto do mundo.

Cada país deve governar-se à custa dos seus recursos e os EUA, não querendo perder a supremacia internacional, que têm conseguido à custa do seu «complexo industrial militar» continuam a desenvolver a sua influência no mundo, de braço armado.

Na próxima segunda-feira o Secretário da Defesa dos EUA viaja para Seul e Tóquio para reforçar alianças militares. Chuck Hagel, inicia, a visita à Coreia do Sul e ao Japão, durante a qual medirá a consistência das relações com os dois parceiros chave na estratégia do Pentágono na região da Ásia-Pacífico. Isto será uma demonstração do compromisso existente e da importância que Washington atribui à sua relação com a Coreia do Sul.

Para uma grande potência é importante poder dispor de um forte Poder Militar, embora, cada vez mais se procure valorizar a diplomacia do diálogo e da negociação para evitar a guerra. Quando há relativamente poucos meses se agudizou a hostilidade entre as duas Coreias, verificou-se o confronto das duas estratégias - das armas e da diplomacia. Os EUA enviaram porta-aviões e outros meios militares para fazerem manobras dissuasoras com os militares da Coreia do Sul, enquanto a China enviou um embaixador à Coreia do Norte , outro á do Sul e outro aos EUA a fim de serenar os ânimos e evitar a eclosão de mais um conflito armado.

A existência de Forças Armadas poderosas pode constituir uma ameaça de retaliação que ajude as negociações, mas há que ter pulso muito forte para evitar o seu emprego desnecessário e desproporcional, gerador de tragédias humanas como acontece desde há mais de 10 anos no Iraque.

Oxalá a viagem do secretário da Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, traga benefícios para a população do Extremo Oriente, cpm qualidade de vida em paz e segurança, como preconiza a carta das Nações Unidas.

Imagem do Google

Ler mais...

CS DA ONU «MERECE FINALMENTE O SEU NOME»


Apesar de se manter a mania de resolver os conflitos internacionais, e mesmo internos, pelo uso de armas, cada vez mais potentes e destruidoras, houve estadias com elevados dotes de humanidade que procuraram a resolução dos conflitos através de diálogo e negociação, por forma a evitar os efeitos catastróficos e dramáticos de uma guerra.

Com essa ideia, após a I Guerra Mundial, em 28 de Junho de 1919, foi criada a Sociedade das Nações ou Liga das Nações que, por não ter conseguido evitar a II Guerra Mundial, foi extinta em 20 de Abril de 1946, depois de a Organização das Nações Unidas ter entrado em vigorem 24 de Outubro de 1945, após a ratificação da «Carta das Nações Unidas». 

Além do Conselho de Segurança com a tarefa de «Manutenção da paz e da segurança», a ONU dispõe de organismos dedicados aos «Direitos humanos e assistência humanitária» e ao «Desenvolvimento social e económico». De todos os organismos, o que tem sido alvo de maiores reparos é o CS cuja menor eficiência é vulgarmente atribuída ao facto de nele terem assento 5 membro permanentes com direito a veto.

Recordam-se estes breves tópicos para compreender a notícia que diz: «O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Laurent Fabius, defendeu, esta sexta-feira, que o Conselho de Segurança da ONU "merece finalmente o seu nome", depois da adopção de uma resolução que força Damasco a destruir o seu arsenal químico.»

E digo mais: até que enfim alguém qualificado afirma isto no lugar próprio, pois têm aqui sido publicados alguns alertas sobre a necessidade de a ONU, pelo seu Conselho de Segurança, prestar mais atenção à «manutenção da paz e da segurança». Eis alguns títulos:

Inoperância do CS da Onu
ONU observa a Síria da bancada
ONU sem estratégia de acção
ONU perde credibilidade...
ONU. Qual o seu papel nas Coreias?
Portugal no Conselho de Segurança
ONU Paz e Justiça Social global
Justiça Social ou vida privada?

Imagem de arquivo

Ler mais...

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

10 FORÇAS ARMADAS MAIS PODEROSAS


Ler mais...

NEGOCIAÇÃO E DIÁLOGO EM VEZ DE GUERRA



Passaram 78 anos após o lançamento da primeira arma nuclear, sobre Hiroxima.

Olhando agora para o passado, embora lamentando a trágica morte de tantos milhares de pessoas durante a guerra e neste acto final, a forma brutal como ela terminou, verifica-se que o bom-senso dos homens fez que fosse extraída uma lição, embora ainda imperfeita, da catástrofe. E quando um desastre serve de lição pode dizer-se que ele não foi inútil, pois ainda não voltou a haver uma guerra tão mortífera como a II Guerra Mundial que tinha sido precedida por outra também muito dura. O que é lamentável é que ela não tivesse sido evitada.

Há males que trazem o benefício de melhorar a mente humana e oxalá esta lição perdure e evite que apareça outra guerra, agora com armas mais letais e, portanto mais trágicas. Mas, infelizmente, embora com incidência geográfica mais limitada, o mundo ainda não pode gabar-se de viver em paz.

Como seria bom que as pessoas, principalmente os governantes, se habituassem a resolver os pequenos conflitos pelo diálogo e a negociação em vez de usarem a selvajaria da guerra. E para isso a prevenção deve agir ao menor desentendimento antes que ele inche e ecluda. Se a negociação directa entre os implicados nem sempre é possível, deve recorrer-se a mediadores e, para isso nada mais apropriado do que as Nações Unidas Estou esperançado que o Papa Francisco consiga dar uma volta à humanidade através de uma Revolução Social Global, que desperte as consciências das pessoas com mais poder na Humanidade.

Sobre este tema sugiro a leitura de:

- Dia Internacional da Paz
- Ausência de autoridade internacional. ONU ineficaz
- A crise deve ser estímulo para nova etapa de civilização
- ONU. Qual o seu papel nas Coreias?
- Médio Oriente e ajuda humanitária !!! 
- Qualquer guerra é uma tragédia evitável
- Pela paz, todo o esforço é útil
- O Quarto Reich. A guerra pode ter já recomeçado
- A paz do mundo sujeita a irresponsáveis
- EUA preferem a diplomacia à guerra com o Irão
- ONU Paz e Justiça Social global
- A guerra do futuro ???
- Vulnerabilidades da ONU 
- Paz. Ocidente. Continentes. Futuro
- Negociação em vez de guerra
- Conflitos evitáveis
- Terceira Guerra Mundial? A quem interessa?
- A hipótese de guerra nuclear não desapareceu
- A Paz pelas conversações
- A Paz como valor supremo
- Guerra a pior forma de resolver conflitos
- Relações internacionais mais pacíficas?
- Diálogo em vez de guerra
- O Mundo pela Paz
- A Paz é possível
- A guerra do futuro ???
- Coreia pode ser detonador
- Próxima Guerra Mundial. Sinais de perigo
- Excesso de confiança pode matar
- Eliminação das armas nucleares
- Qualquer guerra é uma tragédia evitável
- ONU, crise e paz internacional
- A Paz no Mundo será possível?
- Paz pela negociação
- Conversações em vez de Confronto

Imagem de arquivo

Ler mais...

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Coreia pode ser detonador


Onde está o homem está o perigo. Sem dúvida, mas a imprudência aumenta o risco. Brincar com objectos perigosos exige prudência. Mas, mesmo assim, pode acontecer ultrapassar o «ponto de não retorno». Toda a guerra é precedida de actos de ameaça, de «bluff», destinados a levar o adversário a um jogo de cedências e benefícios, para chegar a um acordo em que ambos fiquem satisfeitos, sem necessidade de recorrer ao conflito armado.

Neste jogo de sinais e das suas interpretações é indispensável eficiência e prudência, porque um erro pode desencadear o drama bélico, com as piores consequências. Será que os interessados na resolução da situação na província coreana possuem a serenidade, a maturidade, que os leve a obter o máximo benefício com menores cedências sem caírem na desgraça da perda de muitas vidas e património?

Ao meditar neste tema, recordo que a guerra do Iraque iniciada em 20 de Março de 2003 foi desencadeada devido a um sinal perturbador, provavelmente inconsciente, que levou Saddam Hussein a excesso de optimismo e a alterar a sua postura de cedências. Perante a volumosa esquadra americana, nas suas vizinhanças, Saddam estava disposto a abandonar o poder e a ser exilado em palácio luxuoso com capacidade para a sua corte de mais duas centenas de amigos e colaboradores, e a escolha estava já limitada à República Árabe Unida ou à Líbia.

Mas, de repente, apesar de o espaço aéreo estar encerrado, chegaram de avião empresários franceses de explorações petrolíferas para firmar negócios, o que levou Saddam a concluir que a atitude americana não passaria de apenas «buff», pois, se o não fosse, os franceses não estariam interessados em consolidar negócios para os anos seguintes. Entretanto, o prazo de espera dos americanos esgotou-se e a guerra eclodiu. Será que na actual situação coreana, o arrogante e inexperiente líder norte-coreano que não ouve ninguém, nem de dentro nem do estrangeiro, terá a sensatez e a sensibilidade necessárias para não esticar demasiado a corda e para evitar chegar ao ponto crítico?

Perante isto, é legítimo recear que ocorra o pior e estar atento aos sinais dos poderes mundiais e regionais, aos seus interesses e às trocas de cedências e benefícios de uns em relação aos outros e aos possíveis resultados do desfecho, para prever o desenrolar desta situação explosiva quer seja com o esvaziamento das tensões e da consolidação de acordos, quer dê início ao uso de armas de destruição massiva. A dar-se a pior hipótese, com as poderosas armas disponíveis e em sobreposição à crise económica e financeira já em curso, os resultados finais poderão ser demasiado dramáticos, em todos os aspectos e para toda a humanidade.

Imagem de arquivo

Ler mais...

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Próxima Guerra Mundial. Sinais de perigo

A situação na Síria, além do grande número de vítimas e do elevado grau de destruições e das condições de vida de muita gente – Três milhões de sírios precisam de ajuda alimentar imediata - está a assumir proporções internacionais que podem configurar um conflito de notáveis alterações no equilíbrio de poderes ao mais alto nível da estratégia mundial. No ponto em que se encontram as discordâncias entre os membros do Conselho de Segurança da ONU – Assembleia Geral da ONU condena impotência do Conselho de Segurança - e as notícias das posições explícitas e as dúvidas quanto a outras ainda ocultas, fica-se com a noção de que tudo pode acontecer, bastando uma centelha que «faça arder a seara».

A gravidade da situação interna levou a Cruz Vermelha Internacional a dizer que Síria está em guerra civil.

Embora o regime tenha o apoio confessado de grandes potências – Rússia e China vetam resolução sobre a Síria na ONU, Rússia garante que não discute planos para Síria pós-Assad - e o vizinho relativamente próximo Teerão diz que não deixa cair Assad, os rebeldes continuam a levar a cabo acções de grande efeito como a quantidade de militares sírios mortos num só dia e o ataque que em meados de Julho visou a célula de comando de crise de Assad e abateu várias figuras gradas da equipa de Assad.

Por outro lado, há figuras sírias proeminentes que estão a desertar, o que contribui para colocar mais esperanças de vitória do lado dos revoltosos - Primeiro-ministro sírio desertou para ser "um soldado da oposição", Mais um general e outros oficiais sírios desertaram para a Turquia, Primeiro cosmonauta sírio refugia-se na Turquia – e Diplomata sírio desertor diz que Assad não hesitará em usar armas químicas.

Tendo sido declarados os apoios ao regime por Rússia, China e Irão, estão por esclarecer os apoios aos rebeldes. Qual será a posição dos Estados Unidos, e de Israel? Qualquer Governo, para não criar antecedentes indesejados, é tentado a defender as entidades que estão legitimamente no poder e, portanto, não é cómodo confessar o apoio a revoltosos a não ser em casos demasiado escandalosos em termos de interesses internacionais, da estratégia de poderes mundiais.

Mas mesmo ocultos, tais poderes não estão distraídos e quando surgir um sinal mais significativo será ultrapassado o ponto de não retorno. E, então, será mais uma Guerra Mundial, com mais crise, mais sacrifícios em vidas e património e, a seguir, surgirá uma nova estrutura e hierarquia do poder mundial. Incógnitas, dúvidas, incertezas, angústias, que seriam evitadas se o Conselho de Segurança conseguisse funcionar pelo diálogo, pelas conversações e negociações entre os que fazem parte de mal entendidos, de atritos, que podem levar a conflito mais musculado.

E, neste caso actual, não pode ser negligenciado o facto de esta ebulição estar a ocorrer no Médio Oriente, próximo do Golfo Pérsico, a área geográfica de maior produção de petróleo, produto que tem estado, desde há muitas décadas, ligado aos maiores problemas mundiais.

O que é dramático e desumano é que o sofrimento da população síria não constitui grande preocupação para as potências mundiais. Nenhum jogador de futebol pensa na dor da relva que por ele é pisada, mas sim na vitória desejada.

Imagem do Google

Ler mais...

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O Mundo irá ter menos guerras???

Segundo uma notícia que pode ser prenúncio de mais sensatez nas relações internacionais, EUA destroem a B-53, a bomba nuclear mais poderosa, 600 vezes mais potente do que a bomba lançada sobre Hiroxima, em 1945.


Oxalá, este gesto de desarmamento seja um regresso à racionalidade. Vem demonstrar que foi reconhecida a estupidez da indústria militar e dos políticos que, mesmo depois de verem a destruição em Hiroshima, acharam cretinamente que isso era pouco e criaram armas mais destrutivas. 600 vezes mais letal do que a de Hidroshima, só pode demonstrar a insanidade mental dos governantes que decidiram a sua construção, mostrando a intenção de a utilizar, apesar dos seus efeitos catastróficos para a humanidade.

Mas agora, para destruir a humanidade, há armas não menos poderosas mas menos espectaculares e mais infalíveis como se está a ver com a austeridade que o OE 2012 está a oferecer aos portugueses. E parece que os decisores, totalmente absorvidos por números frios e abstractos, não se apercebem que, eliminando a classe mais desprovida de meios e tornando mais pobre a classe média a caminho da extinção, os que sobram, os ricos, deixarão de beneficiar daqueles que trabalham e que pagam impostos para lhes alimentar o cancro do vício da ambição insaciável.

Que futuro estão a preparar? Com as armas da economia, da finança e da injustiça social, não serão necessárias armas nucleares, para exterminar a espécie humana.

Imagem de arquivo

Ler mais...

sábado, 6 de agosto de 2011

NATO sofre 40 mortos no Afeganistão

Segundo notícia do Público, um helicóptero da NATO foi abatido no Afeganistão causando cerca de 40 mortos.

Esta notícia suscita reflexão sobre esta guerra que, tal como outras recentes, surgiu há quase uma década, sem se perceber bem o seu motivo. Seria bom que fosse explicado, com verdade e lealdade, a verdadeira razão da ida da NATO para o Afeganistão; que fossem listadas as baixas sofridas de ambos os lados e outros «custos» de tal intervenção; que fossem listados os benefícios desta guerra, aparentemente sem sentido.
Será interessante ver atentamente o seguinte vídeo

Ler mais...

domingo, 19 de junho de 2011

NATO erra alvo na Líbia

Depois do artigo ONU criou na Líbia um precedente grave, houve mais sinais acerca da decisão de duvidosa legalidade e coerência de actuar militarmente num país soberano, sob pretexto que não passava de ingerência nos seus assuntos internos. Outros casos semelhantes têm ocorrido noutros estados que ou foram ignorados ou deram lugar a acções diplomáticas discretas.

Para cúmulo do azar da ONU e da NATO, esta acaba por admitir ter havido ataque acidental na Líbia. Pelas estatísticas e cálculos de probabilidade seria de recear que ao fim de tantas acções pudessem ocorrer actos falhados, erros de alvo ou efeitos laterais, hipótese que quem ordenou as acções militares não devia ter menosprezado ao preparar a decisão. Isto é grave porque o argumento mais agitado foi o da Defesa dos Direitos Humanos. E o que é que foi interpretado como Direitos Humanos? Será dar prioridade a matar a fome ou a matar o faminto?

Afinal qual a principal finalidade que levou à decidida agressão à Líbia? Qual a real razão desta ingerência nos assuntos internos de um Estado soberano? E, quando se pensa nisto, as reflexões mostram que não devemos esquecer o alerta de Dwight David "Ike" Eisenhower acerca do perigo do «complexo industrial militar» criado para a II Guerra Mundial e que, depois de terminada esta, iria pressionar os governos a não pararem com as guerras a fim de as fábricas de armamento não terem de ser encerradas. No Afeganistão têm sido aperfeiçoados os drones, aviões sem piloto comandados dum deserto nos EUA (a guerra tende a deixar de ser actividade de heróis), e quais serão os novos equipamentos que estão a ser criados e melhorados neste treino operacional a decorrer na Líbia, escolhida como campo de experiência e treinos para novas armas? E porquê a Líbia e não outro Estado?

Imagem do Google

Ler mais...

sábado, 18 de junho de 2011

Sem guerra, sem violência




A simbiose é um bom negócio de convivência pacífica, em que ambas as partes obtêm vantagens, sem conflito. Os 15 leões famintos caçam a rês. Os 3 homens deixem que os leões matem a fome e, depois, avançam para colher o seu naco e levar alimento para a família. Os leões respeitam a necessidade dos homens, não usam a força, afastam-se e não os perseguem. Mas não deixam de aproveitar as sobras.
Esta é uma boa lição para a ONU e os agressores que mandou destruir a Líbia e os Libios, como já tinha sido feito no Iraque e no Afeganistão.
Os animais são nossos amigos e dão-nos boas lições.

Ler mais...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O mundo na mão de incapazes

As relações internacionais dependem da actividade diplomática. Mas a diplomacia precisa de uma excelentíssima reforma, para aprender a confirmar as notícias e recortá-las com base em dados de várias origens, a fim de as transformar em informações credíveis, e não se deixar iludir por um «simpático»(?) amigo de copos e croquetes e, depois, induzir o chefe de Estado em erro grave. E há quem critique o WikiLeaks!!!

Sabe-se agora que o «Espião iraquiano «Curveball» confessa ter inventado programa de armas químicas» do Iraque. Isto significa nada menos que, com a mentira de um vigarista, talvez pago pelo «complexo industrial militar» de que Eisenhower temia o perigo, e a imbecilidade de diplomatas e políticos, foi desencadeada a guerra do Iraque e destruiu-se um país rico em arqueologia histórica, uma população numerosa e sacrificada, riquezas de vária ordem, e a paz no mundo, além dos gastos dos países que caíram na asneira de colaborar em tais massacres.

Se realmente há justiça internacional, devem ser rigorosamente julgados todos os culpados, sem deixar de fora o George W Bush e os ingénuos (ou incapazes) que o acompanharam nesta senda de crimes contra a humanidade.

Imagem da Net

Ler mais...

sábado, 19 de junho de 2010

Médio Oriente e ajuda humanitária !!!

É preocupante ver a facilidade com que muita gente toma partido por uma ou outra parte no conflito latente no Médio Oriente, desde há muitas décadas. Há certamente razões defensáveis de um e do outro lado. Tem havido várias tentativas para chegar a entendimento, com ajuda de intermediários credíveis e com vontade de conseguir a paz duradoura. Mas forças ocultas exteriores, exploram ingenuidades e nada de bom tem sido conseguido, sendo as populações locais as mais sacrificadas.

Recebi um e-mail com um link de vídeo que merece ser visto, seja qualquer a interpretação que possa dar-se-lhe.

«Vejam o que continham os contentores de "ajuda humanitária" à Faixa de Gaza.
Por que não se mostra isso para o mundo??? Porque será que a comunicação social não entra a fundo no problema e esclarece com imparcialidade e intenção de colaborar para a procura da verdade e da paz?

Contentores de "ajuda humanitária" !!!! Com tal conteúdo?

O que fazia uma Brasileira no meio desta frota, será que foi enganada ?

Será que seria caso de Israel dar a outra face e fazer-se de imbecil, quando
tinha a certeza que por detrás do "humanitário" se escondia a maldade e
desejo de elimina-la do mapa?

Entrem aqui, e logo após uns segundos de propaganda (os sacos de farinha), verão no vídeo a abertura de um dos contentores que vinham no tal barco turco o seu conteúdo "humanitário".

A comunidade internacional é incrivelmente rápida a julgar e, com isso, m´não contribui para a Paz...ONDE ESTÁ A JUSTIÇA??.

Abrir o Link:


http://www.flix.co.il/tapuz/showVideo.asp?m=3423928»

Imagem da Internet.

Ler mais...