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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

A guerrilha na política

Transcrição de post que nos mostra as malhas que a política tece para defesa de interesses pessoais, raramente subordinados aos interesses do País, isto é, dos cidadãos colectivamente, como seria suposto em verdadeira democracia:

Um adeus a Belém

Confirmadíssimo. Marcelo Rebelo de Sousa não será candidato a Belém. Miguel Relvas "nomeou" José Arantes (um homem que uns dias é jornalistas, outros assessor de imprensa e outros, ainda, membro de governo) para director da RTP Internacional.

Ora José Arantes é amigo fidelíssimo de Durão Barroso, o que significa que o Zé Manel será o candidato do PSD a Belém e Arantes vai para a RTP Internacional promover a candidatura do amigo.

Assim se esvai a última oportunidade de Marcelo se candidatar à presidência. Um sonho de vida que se esfumou.

Mas nem tudo se perde...talvez a partir de agora o professor passe a ser mais crítico do governo e de Passos, pois já não precisa de o amanteigar. É até bem provável que MRS comece, em breve, a praticar as vingançazinhas, com a mestria que lhe é conhecida.

Por Carlos Barbosa de Oliveira em 16-01-2013

Imagem de arquivo

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domingo, 4 de janeiro de 2009

As guerras não clássicas são difíceis para os militares

A guerra clássica obedecia a regras respeitadas por ambas as partes, era uma contenda nobre, com cortesia. Não esqueço um texto num livro escolar de Francês dos anos 40 em que o general francês em frente do inimigo inglês, tirou o chapéu, fez uma vénia e disse «Monsieurs les anglais tirer les primiers».

Pelo contrário, as guerras de guerrilhas, nada tendo de regras respeitadas e respeitáveis, nem de cortesia, antes se servindo de truques e habilidades, não são fáceis de vencer por exércitos clássicos, como as invasões francesas verificaram em Portugal, e, recentemente, como os EUA tiveram o desgosto de constatar no Vietname, na Somália e agora no Iraque e no Afeganistão. O regime do Nepal reformou-se antes de as perdas se tornarem incomportáveis e no Sri Lanka o afundamento do País é notório, com prejuízos graves para a economia e os cingaleses em geral.

Vêm estas considerações a propósito da invasão de Gaza por «Uma entrada esperada mas de fim muito incerto», com a declarada intenção de fazer parar os disparos de rockets e mísseis, cerca de 70 por dia, do território palestiniano para Israel. O desenrolar não será fácil e o fim pode ser decepcionante, para a parte tecnicamente melhor preparada.

A população israelita, com vontade de sobreviver aos propósitos do Hamas, apoia a invasão, mas com um misto de manifestação de força voluntariosas e de receio do fracasso inerente a esse tipo de guerras, acredita que «Operação em Gaza vai durar vários dias»

Israel iniciou a sua operação militar terrestre na Faixa de Gaza, como era esperado, uma vez que os ataques aéreos que vinham fazendo não travaram o lançamento de mísseis. Criticada por muitos, sobretudo nas ruas árabes, e recebida em silêncio por muitas das potências mundiais, esta operação é, na óptica de Israel, uma tentativa de esmagar o Hamas e as suas infra-estruturas militares. Do outro lado, o Hamas, que tem declarado querer eliminar completamente Israel, segundo o seu porta-voz avisa que «Gaza será um cemitério para Israel».

Com as intenções repetidamente declaradas de os palestinianos pretenderem a destruição total do Estado de Israel, este tem-se preparado para resistir a tal ameaça, e reage de forma forte, com uma dureza talvez exagerada, mas que considera inserir-se no conceito de legítima defesa, porque actua em resposta a actos bárbaros e desumanos de massacres de população indefesa, em locais de concentração, como festas de casamento, momentos de oração, paragens de transportes, etc., com bombistas suicidas ou com mísseis e rockets.

Com estas motivações aparentemente inflexíveis, o desfecho do conflito não se apresenta fácil. Trata-se de um caso em que, como tenho aqui referido em variados posts, a solução deve ser procurada por meio de conversações, com o apoio de entidades estrangeiras aceites por ambas as partes. A ONU, de quem tudo devia ser esperado em casos semelhantes, mostra-se mais uma vez incapaz de encontrar uma solução adequada e em curto prazo, porque há vidas em perigo, em grande quantidade.

A conflitualidade entre as duas partes, assenta em causas muito complexas a que não são alheias ambições e interesses de Países da região, como a Síria e o Irão.

Localmente, dado que os israelitas são organizados, inovadores e produtivos tendo transformado o deserto em terrenos produtivos em agricultura e férteis pomares, além de uma indústria moderna que lhes torna fácil a defesa, e, ao contrário, os palestinianos e continuam a viver como antes da criação do Estado de Israel, sem sinais de modernização da sua economia e da sua capacidade de sobrevivência, parece que um dos factores de hostilidade é o mesmo da lenda contada no post «O vagalume e a serpente». Um problema de inveja, de detestar um vizinho com quem a comparação não é favorável.

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