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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

O CAMINHO É PARA A FRENTE


Uma viagem, ou uma estratégia, desenvolve-se com O PENSAMENTO E OS OLHOS VOLTADOS PARA O LOCAL DE DESTINO PREVIAMENTE DEFINIDO, ou para as etapas intermédias, sem nunca fixar os olhos no retrovisor. O PASSADO JÁ PASSOU E SÓ DEVE SER RELEMBRADO PARA EVITAR OS ERROS OCORRIDOS.

Ora, de um conjunto de títulos de jornal vislumbra-se uma tendência para imitar erros do Governo que nos deu austeridade, «custe o que custar, até ao fim, não se cansando de atribuir as culpas ao Governo anterior. Agora surgem títulos como «Costa acusa Passos de ter enganado Bruxelas», «Carlos César acusa Maria Luís de “fraude propagandística”», Jerónimo. “Ficou claro que PSD e CDS enganaram os portugueses”. etc.

Será preferível saber que o Governo está interessado, mais do que em atacar o anterior, em melhorar as condições de trabalho, emprego, educação, saúde, justiça segurança pública, etc, com o mínimo de rompimento com o esquema existente mas com as alterações indispensáveis para os portugueses serem tratados como pessoas, acima dos recursos materiais e serem mais incentivados a agir para um PORTUGAL melhor, em que haja harmonia, paz, trabalho, justiça social e equidade perante o interesse nacional.

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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

DINHEIRO É DROGA DIABÓLOICA




O dinheiro é o pior demónio da humanidade actual.

Infelizmente, A SUBSERVIÊNCIA AO DINHEIRO está demasiado fanatizada por todo o mundo que se deixou submeter ao vil metal, o qual faz desprezar a cultura da história, das tradições e da ética que muito bem foi definida por Cristo. Os valores que conseguiriam unir as pessoas, em cooperação, em harmonia social, para um desenvolvimento sustentável, equitativo, em paz, pelo diálogo e pelas conversações, dependem muito de um entendimento à margem dos interesses materiais.

Não rejeito a hipótese de uma amizade com o Irão, agora que o seu Presidente visita a Europa, recusando o consumo de álcool e outros pormenores, possa contribuir para que a Humanidade inicie um processo de reabilitação. Já está provado que esta não pode surgir por movimento surgindo de dentro, dadas as fraquezas dos dirigentes políticos mais afeitos aos vícios fiduciários com corrupção, lavagem de dinheiro, negociatas sonhadas mas nunca concretizadas que arrasam os ingénuos que nelas acreditaram, e todas as habilidades para aumentar a posse de dinheiro mesmo que já estejam num nível em que este não lhes falta para qualquer loucura ostensiva de financeirismo.

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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

O TRABALHO DEVE DIGNIFICAR A PESSOA

Transcrição de artigo:

“A crise é mais complexa do que aquilo que se vê e se entende”
 Por Jornal i com Agência Lusa publicado em 18 Fev 2015 - 23:18

O cardeal-patriarca de Lisboa disse hoje que “a crise é mais complexa do que aquilo que se vê e se entende”, sublinhando que “todos têm de pensar numa reorganização geral da sociedade e do trabalho”.

Manuel Clemente falava à agência Lusa no final da missa das cinzas, que celebrou hoje ao final da tarde, tendo afirmado que “o trabalho será em outras condições, para que efetivamente, as pessoas possam andar para a frente coma sua vida e dos seus”.

O eclesiástico referiu que “há um problema demográfico”, questionando: “se as pessoas não tiverem condições para terem família, para sustentar uma família, como é que isto vai acontecer”.

Face às dificuldades atuais, o patriarca afirmou que é necessário "pensar no imediato e responder às necessidades”, e citou as organizações que estão no terreno, entre elas as da Igreja, assim como as estatais e camarárias, “onde os cristãos estão na linha da frente”.

“Mas temos que pensar mais largo, em termos nacionais e europeus, estamos muito dependentes decisões que não são tomadas aqui, para a reorganização geral da sociedade, concretamente do trabalho”, declarou.

O cardeal-patriarca questionou “como vai ser o trabalho no futuro, com esta concentração empresarial e tecnológica que tantas vezes dispensa as pessoas que dantes trabalhavam? "Há aqui um montão de interrogações”.

“O trabalho tem de ser encarado numa amplitude muito maior”, afirmou.

Manuel Clemente destacou a Doutrina Social da Igreja, que “considera essencial o trabalho pela dignificação da pessoa”.

Por outro lado, o cardeal-patriarca defendeu “a animação cristã da ordem temporal” pelos leigos, e realçou que são os “cristãos que estão na linha da frente no mundo do trabalho, das empresas, da escola, da política, [e] da saúde”

“Nós que temos este trabalho apostólico na Igreja, estamos ao lado deles para os apoiar, para os manter nesta tradição viva que vem do Evangelho”, disse.

“O cristianismo é encarnação, é Deus na carme do mundo”, disse o clérigo, para rematar: “não chegamos ao céu senão pela Terra”.

Aos jornalistas, fazendo eco do que afirmou na sua homília, que é a mensagem da Quaresma para a diocese lisboeta, o cardeal patriarca afirmou que os sinais de recuperação económica tardam a chegar, pois “há muita gente que se interroga sobre o futuro e sobre a perda de trabalho a meio da vida”.

O cardeal patriarca revelou na missa que a receita da renúncia quaresmal do ano passado foi de 300 mil euros, que foram entregues à associação não-governamental Ajuda de Berço, para a construção de uma unidade de cuidados pediátricos.

A renúncia quaresmal (entrega de donativos dos católicos no período da quaresma, os 40 dias entre o carnaval e a páscoa) deste ano destinar-se-á a apoiar associações de jovens, como a Casa do Gaiato, e de sem abrigo, como a Comunidade Vida e Paz.

Cerca de 400 pessoas, entre elas o secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, e os duques de Bragança, Duarte e Isabel, assistiram hoje à eucaristia, na qual participam cerca de 20 sacerdotes e os bispos auxiliares da diocese.

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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

AS PESSOAS SÃO O PAÌS




Ver o post PÁÍS É O CONJUNTO DAS PESSOAS E O TERRITÓRIO

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PÁÍS É O CONJUNTO DAS PESSOAS E O TERRITÓRIO


O deputado teve a ousadia de dizer, com a sua habitual arrogância, que «A vida das pessoas não está melhor mas o país está muito melhor». Não se pode esperar melhor de brincalhões acriançados que pensam em enriquecer muito, depressa e por qualquer forma. Seria bom que meditasse que o País é a nação (conjunto das pessoas) e o território, que passa a ter categoria de Estado depois de ser politicamente organizado. Portanto este monte... devia saber que o principal factor constitutivo do país são as pessoas. Tudo deve ser feito em função dos interesses colectivos delas... e não dos políticos abelhudos. Se as pessoas não estão melhor não se pode dizer que o conjunto delas esá «muito melhor» a não ser que ele confunda país com a pequena elite de exploradores que se considera dona do país. A propósito recordo mais uma vez o que é a CarreiraPolítica, isto é, como a maior parte dos políticos, sobem na vida.

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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

PROBLEMAS ESTRUTURAIS


José António Saraiva no artigo de opinião Duas maneiras de ver critica a forma como as pessoas geralmente analisam a vida nacional focando ou as dificuldades pelo lado das pessoas ou os problemas pelo lado do Estado, cada uma de forma que exclui a outra. Mas há um aspecto que merece também ser focado de forma a olhar para aqueles dois lados, o dos PROBLEMAS ESTRUTURAIS que têm sido alvo de pouca atenção dos sábios do Governo, embora tenham sido várias vezes referidos. Parece haver pessoas e entidades que não estão interessados em tal saneamento e às quais os governantes prestam veneração e obediência:

Há fundações com objectivos pouco claros que levam observadores a dizer que apenas pretendem fugir ao fisco, receber apoios do Estado e enriquecer os seus quadros superiores, sem benefício para o País;

Há Instituições do Estado e de autarquias a quem se podem aplicar os argumentos anteriores;

Há instituições públicas em que salários e benefícios são decididos em estatuto próprio ficando os beneficiados em contraste visível com os outros servidores do Estado e que criam situações aberrantes de grande injustiça social;

Há políticos com esquema de salários e regalias extremamente diferentes dos cidadãos em geral (ministérios, AR, T Constitucional, Justiça, etc);

Não há tecto para as pensões de reforma, havendo casos escandalosos, se atendermos a que as necessidades de um reformado são pouco diferentes entre o contínuo e o Director-Geral ou o ex-ministro;

Falta legislação contra corrupção e outros crimes que conduzem ao enriquecimento ilícito e ao incorrecto funcionamento dos negócios do Estado;

Falta a Reforme estrutural do Estado, reduzindo a burocracia ao indispensável, pois a actual constitui um entrave à vida económica e dos cidadãos que pode traduzir-se em custos elevados e é um incentivo à corrupção e ao tráfico de influências que foge à acção da Justiça;

Portanto a defesa dos interesses do Estado pode ser conjugada com a das pessoas. Aliás, por definição, o Estado é constituído pelas pessoas, pelo território e pela estrutura administrativa (ou política).

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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

BÚSSOLA AVARIADA OU FALTA DELA???


Transcrição de artigo que deve ser lido com atenção e espírito crítico, para se tentar descortinar o rumo que deveria ser seguido:

Manuela Ferreira Leite: "Estamos a andar ao contrário"
Jornal de Negócios. 10 Outubro 2013, 11:37 por António Larguesa | alarguesa@negocios.pt

Ex-ministra das Finanças considera que a incompreensão da estratégia governativa, a elevada carga fiscal e falta de confiança no Estado minam o equilíbrio das contas públicas e a recuperação da economia.

Manuela Ferreira Leite disse esta quinta-feira que "o caminho que temos de percorrer é muito longo e, em questões essenciais, estamos a andar ao contrário". Lembrando que "o êxito assenta na compreensão da necessidade [do ajustamento], na clareza dos meios utilizados e nos seus objectivos", pois "só assim os cidadãos estarão empolgados neste processo de mudança", a ex-ministra referiu "não perceber a estratégia nem o que se espera no fim dela ser aplicada" pelo Executivo.

Durante as jornadas AEP/Serralves, que decorrem esta quinta-feira na fundação portuense, Ferreira Leite notou que "não augura nada de bom" ter uma "classe média em regressão acelerada com políticas que a enfraquecem" e frisou que "não há crescimento económico com elevadas cargas fiscais". Nem que "a prática esteja a ser dar-lhes outros nomes, como contribuições", criticou.

"Um Estado que não mereça a confiança dos cidadãos é um entrave a que se tomem decisões de longo prazo. Todos os sinais dados no sentido de não criar confiança no Estado são muito prejudiciais", acrescentou a antecessora de Pedro Passos Coelho na presidência do PSD.

"Empresas desabam ao primeiro abalo"

Sublinhando que "é impossível executar um plano de desenvolvimento se ele for incompreendido pelas pessoas", Manuela Ferreira Leite denunciou igualmente as falhas na receita de austeridade aplicada a Portugal, que "tomou todas essas medidas [apontadas como] necessárias para que em 2013 estivesse anulado o défice orçamental", mas onde "essa correcção está muito longe de ser conseguida".

"A receita que nos foi imposta não se aplica à nossa estrutura produtiva nem tomou em conta os níveis de endividamento das pessoas e das empresas. Tentar corrigir o desequilíbrio das contas públicas sem ter em conta a nossa estrutura produtiva e o nível de endividamento provocou efeitos recessivos. Com uma receita simultânea de aumento de impostos e redução de salários a sectores endividados, o impacto no consumo é elevado e violento", resumiu a ex-ministra das Finanças.

Por outro lado, detalhou que a estrutura produtiva nacional é composta por micro, pequenas e médias empresas. "E quando estão endividadas, quando têm dificuldades no acesso ao crédito, quando há uma quebra na procura interna e um aumento de impostos, elas são pequenas para suportar este abalo. E por isso desabam ao primeiro abano. Por isso esta receita teve efeitos perniciosos porque foi aplicada a uma realidade que não foi considerada", concluiu Ferreira Leite.

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domingo, 5 de maio de 2013

PARA COMPREENDER MELHOR ONDE ESTAMOS


Recebi por e-mail de António d'Almeida dois textos que ajudam a olhar em redor com mais clareza. Por serem extensos, limito-me a colocar os links, em que basta fazer clic para eles se abrirem nas respectivas publicações:

De novo o corte e a costura, por António Tavares Teles

 Estragar por convicção, remendar por desespero, por José Pacheco Pereira

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terça-feira, 2 de abril de 2013

MOEDAS, ECONOMISTAS E ESTADO SOCIAL


Notícia diz que o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, se reúne com o economista chefe Pier Carlo Padoan e outros altos responsáveis da OCDE para discutir as reformas sobre as funções sociais do Estado.

Esta notícia conduz a dúvidas e incertezas preocupantes. A economia foi criada para benefício das pessoas, para facilitar a gestão dos seus interesses, como seres vivos, em sociedade. Constitui, por isso, uma actividade que ultrapassa as capacidades dos economistas tradicionais que não resistem à tentação de se escravizarem ao jogo dos números, de modelos matemáticos, sem sensibilidade nem propensão para descer ao campo das realidades onde, por vezes, a aplicação dos cálculos matemáticos, dos modelos sofisticados, produz efeitos dramáticos. A economia é uma ciência demasiado complexa para ser deixada exclusivamente aos economistas.

A austeridade que tem estado a destruir a actividade económica, depois de retirar quanto pôde às famílias, constitui um exemplo muito claro do fracasso dos economistas, que lesaram a economia em benefício de interesses da alta finança.

Se o interesse de Carlos Moedas é realmente obter opiniões, conselhos, e sugestões para a Reforma do Estado Social, não deve deixar de ouvir sociólogos, psicólogos e pessoas generosas com experiência de contactos com cidadãos mais carenciados que procuraram apoiar como, por exemplo, da direcção da Cáritas e os altos elementos da Igreja.

Se olhar apenas para os números e os utilizar nas gélidas calculadoras, corre o risco de aplicar a eutanásia a todos os cidadãos que não trabalham e aí correria o risco de não deixar de olhar para os seus ascendentes, familiares e amigos e pensar na sua própria vida dentro de poucos anos. A dignidade humana deve ser respeitada e, por outro lado, como político que é, não esqueça que a maioria dos votos é proveniente dos não activos, daqueles a quem um seu «brilhante» camarada de partido chamou «peste grisalha». Procure temperar o seu entusiasmo jovem com a maturidade e a experiência amontoada durante muitos anos pelos mais «grisalhos».

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Passos estará a enterrar o País ???



Pelo sim, pelo não, devia parar para pensar, para fazer uma auto-análise, pensando nas pessoas.

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domingo, 18 de março de 2012

Estado deve investir nas pessoas

Já aqui deixei claro que não defendo posições partidárias e procuro ser isento e colocar acima de tudo os interesses nacionais. Por isso, não hesito em realçar palavras que considero patrióticas, sem olhar às cabeças de onde vieram as ideias. Se tais palavras não forem coerentes com as acções de quem as disse, isso não é da minha responsabilidade e só posso lastimar hipocrisias e aldrabices quer sejam enunciadas em campanha eleitoral ou fora dela.

O Estado,deve dar prioridade ao investimento nas pessoas, isto é à educação, à saúde, à justiça, à segurança, ao apoio aos idosos que acabam a vida abandonados, sem um carinho justificado por muitos anos de trabalho.

Nesta ordem de ideias destaco aqui a notícia Líder do PS acusa Governo de “olhar para a saúde como uma despesa”, por vir inserir-se em sintonia com muitos posts aqui colocados. Da notícia extraio as frases:

«António José Seguro, acusou neste sábado o Governo de encarar a saúde “meramente como uma despesa”, alertando para o risco de as medidas levadas a cabo pelo actual Executivo estarem a deixar de fora do Serviço Nacional de Saúde (SNS) os que mais dele necessitam.»

«E acabou por se aproximar de algumas afirmações do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva. “Há uma coisa para a qual não pode faltar dinheiro: é prestar cuidados de saúde aos portugueses que mais necessitam”, disse no encerramento do Fórum, recorrendo a uma expressão já utilizada pelo chefe de Estado.»

«a equipa [governamental] com “uma única preocupação, de reduzir a despesa”, uma opção política que na sua opinião estava a atirar “para fora dos cuidados de saúde pessoas que não têm dinheiro e que vivem com maiores dificuldades”.»

E para meditação sobre a necessidade de os governantes pensarem mais nas pessoas, porque as condições de vida das pessoas devem ser consideradas o principal objectivo da governação, para isso tendo de tomar medidas para ser criada riqueza através de uma economia desenvolvida, sugere-se uma visita aos seguintes posts:

Governar com as pessoas, para as pessoas
Recado a jovens economistas e a governantes
Austeridade prejudica os mais pobres
Resolver a crise, pensando nas pessoas
Quem não controla a saúde ???
O pobre consumidor é escravizado
Utentes são os eternos sacrificados
Óptima lição para os governantes
Gestão Pública precisa de profunda reforma
Má gestão. Esbanjamento
Mário Soares alerta para a sensatez
Alerta para risco de «indignação» violenta
Classe média em risco de «implosão»

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domingo, 26 de fevereiro de 2012

O País mais difuso do euro

O economista Paul Krugman que, segunda-feira, vai receber na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, o grau de Doutor Honoris Causa atribuído, pela primeira vez, juntamente por três universidades portuguesas (Universidade de Lisboa, Universidade Técnica de Lisboa e a Universidade Nova de Lisboa) diz que vê Portugal como o país mais difuso do euro e não se atreve a diagnosticar um futuro risonho para o nosso País.

Acerca de "incidentes" da sua carreira, o economista esclarece: "O que aprendi dessa experiência foi o poder de ideias económicas muito simples e, simultaneamente, a inutilidade de teorias que não podem ter conteúdo operacional. Em particular, a minha experiência num país onde era um enorme desafio até decidir se a produção estava a aumentar ou a cair deu-me uma alergia crónica a modelos que dizem que uma política potencialmente útil existe sem darem uma única forma de determinar que política é essa".

No mesmo sentido de alergia aos modelos matemáticos na política económica pronunciou-se a economista e professora universitária brasileira Maria da Conceição Tavares, no vídeo publicado em Recado a jovens economistas e a governantes onde explica que a economia é uma ciência social, nascida com o nome de economia política que se apoia na história e se dirige ao povo, à vida da sociedade, e para ela «o modelo matemático não serve para nada». E cita vários exemplos da inutilidade ou até inconveniente por inspirar esperanças que depois ficam goradas.

No entanto o nosso Governo está a deixar escravizar-se pelos números, embora, quando interessa para bons efeitos de falso marketing, o PM diga que despreza os números referentes a uma quebra de receitas fiscais e à revisão em baixa de -3 para -3,3% da recessão prevista pela Comissão Europeia para a economia portuguesa em 2012, e se mostre hoje moderadamente optimista”quanto ao cenário macroeconómico, considerando que é cedo para avaliar a evolução das receitas fiscais. Mas, cuidado, já governa há mais de oito meses e, se deixa passar muito tempo, depois poderá já ser tarde.

Mas se os números, quando olhados com demasiada fé e utilizados como base para previsões, projecções e planeamento, podem sem ilusórios e nefastos, o mesmo não acontece para analisar a situação real no respeitante às pessoas e, como diz Maria da Conceição Tavares, a economia deve servir as pessoas.
Assim, é preocupante que haja cada vez mais desempregados a esgotar os tempos máximos de atribuição dos subsídios de desemprego (inicial, subsequente e social). Em Janeiro, o número de pessoas sem trabalho e sem direito a estes apoios ascendia já a 303.478, o que traduz uma realidade nunca antes registada. Em apenas um mês, a fileira dos desempregados sem direito a receber subsídio de desemprego ficou com mais 15.500, segundo indicam os mais recentes dados da Segurança social e do Instituto do Emprego e da Formação Profissional.

Não é por acaso que o líder da oposição mais uma vez, desafia o PM para que, “em vez da paixão pela austeridade, da obsessão pela austeridade”, coloque “também o emprego e o crescimento económico como a sua principal prioridade”.

Oxalá os nossos governantes analisem com o maior realismo a situação actual, façam uma lista das hipóteses possíveis de solução para a crise e, depois de avaliarem as vantagens e os inconvenientes de cada uma, escolham sensatamente a mais ajustada ao nosso caso concreto tendo como objectivo as melhores condições de vida dos portugueses, principalmente dos mais desfavorecidos, que estão já a lutar com enormes dificuldades.

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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A crise não tem melhorado

Depara-se hoje com a notícia de que a Dívida pública passa 110% do PIB e é a terceira maior da UE, São dados referentes ao fim de Setembro, mas não há notícia de melhoras, antes pelo contrário, como dizem as agências de ‘rating’ e o crescimento dos juros da dívida.

Por isso surge outra notícia, Zorrinho diz que “receita” do Governo “não está a dar resultado”, e que estamos num «processo de espiral recessiva em que as políticas, como temos vindo a dizer, sem crescimento, sem criação de riqueza, sem emprego, sem aposta na mobilização das pessoas” são apenas “de flagelação permanente”.

Será desejável que a esta observação não surja uma reacção como a que é referida na notícia Governo não aceita lições de moral da esquerda onde sobressaía arrogância e vaidade injustificada, porque não fica mal a ninguém aprender com a experiência própria e alheia, bem como com qualquer reparo ou sugestão.

E, para recuperar da crise, não basta proibir a tolerância de ponto do Carnaval no dia de Entrudo, sendo preferível acabar com o «carnaval» permanente na gestão pública, nos serviços e empresas públicas, incluindo autarquias, a fim de desenvolver o País, em vez de o atrofiar com a crescente austeridade aritmética, asfixiante.

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sábado, 4 de fevereiro de 2012

Mário Soares alerta para a sensatez

Pedro Passos Coelho, manifestando-se consciente da "situação de grande dificuldade" que Portugal atravessa, disse hoje, no debate quinzenal no Parlamento com a presença do Governo, que o país cumprirá as suas obrigações "custe o que custar".

A propósito, o antigo presidente da República Mário Soares disse:"Custe o que custar são palavras fortíssimas", porque "acima de tudo estão as pessoas e o bem-estar das pessoas e não penso que a austeridade, só a austeridade, leve a nenhum lugar".

Alertou "se ele [Pedro Passos Coelho] acha que só é preciso a 'troika', é a posição do primeiro-ministro, mas é uma posição que vai sair mal, porque toda a Europa já está a pensar que não é só por aí que vamos".

Defendeu que, "além da austeridade, que é necessária, precisamos de ter crescimento económico, sem isso não se vai a lado nenhum, e de diminuir o desemprego", considerando estas necessidades como algo "fundamental".

Alertou para que "há uma ideologia que está em força que é o neoliberalismo. E os neoliberais pensam não nas pessoas, mas no dinheiro".

Frisou que se trata-se "de uma situação dificílima que se vai repercutir politicamente e não pode durar muito tempo porque as pessoas começam, realmente, a ficar desesperadas".

Referiu que "agora estão a dizer 'vão para fora, emigrem'", ou seja, "estamos a gastar dinheiro para dar às pessoas um certo bem-estar e eles [Governo] dizem 'emigrem'". Dessa forma, as pessoas "vão servir outros países, quando podiam e gostariam de servir o nosso?" e rematou: "Acho que isto é uma política de doidos".

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domingo, 1 de janeiro de 2012

Resolver a crise, pensando nas pessoas

No início de novo ano, é bom reiterar que neste espaço se continuará a defender a isenção e o apartidarismo, apreciando as ideias positivas, independentemente de quem as cite, como tem sido visto em posts que referem Paulo PortasAntónio José Seguro, Francisco Louçã ou Jerónimo de Sousa, além de governantes actuais e anteriores.

Neste momento, é oportuno realçar frases do Papa e do Bispo do Porto:

Do Papa:

Os jovens desejam receber «formação que os prepare de uma forma mais profunda para enfrentarem a realidade».
Os mais altos responsáveis políticos devem criarem condições no sentido que os jovens, os principais atingidos pela actual crise mundial por não terem perspectivas de um futuro melhor, não percam a esperança.
Há «necessidade e urgência de oferecer às novas gerações adequada formação educativa, formação integral da pessoa, incluindo a dimensão moral e espiritual», «em particular a importância de educar para os valores da Justiça e da Paz».
Os jovens enfrentam sérios problemas como a «dificuldade de formar família e de encontrar um trabalho estável e a efectiva capacidade de contribuir no mundo da política, da cultura e da economia pela construção de uma sociedade de rosto mais humano e solidário».

Do Bispo do Porto:

Voltar atrás nos progressos na dignificação da mulher, pais, filhos e idosos seria dramático.
A crise não pode pôr em causa a instituição família sob pena de tal significar uma tremenda tragédia para os valores alcançados nos últimos séculos.
É preciso que a sociedade e o trabalho se organizem em função das famílias e da unidade, não pensando apenas no individual.
A crise só pode ser ultrapassada se houver um empenho ao máximo na educação e na transmissão de valores.

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sábado, 17 de dezembro de 2011

Poder local e as pessoas

O Poder Local, como praticamente todos os sectores da vida nacional, precisa de uma «excelentíssima e reverendíssima reforma, «no sentido de servir melhor a população e possibilitar o seu desenvolvimento» mas, como muito bem diz António José Seguro, não deve ser feita num gabinete lisboeta, em frente de uma prancheta com o mapa de Portugal, fazendo sobre ele riscos a régua esquadro.

Também não pode assentar rigidamente em frios números estatísticos que relacionam dois factores - população e área - sem ter em conta as especificidades de cada região. Há que ponderar bem os variados factores de forma a construir uma fórmula que estabeleça o resultado ideal e os limites dos desvios aceitáveis. Se tivermos em conta apenas a população, ficarão as grandes cidades retalhadas por inúmeras freguesias enquanto no interior, haverá uns pares delas em toda a Beira Interior ou no Nordeste Trasmontano. Mas, se a obsessão for para a área, Lisboa terá apenas uma freguesia que abrangerá também parte suburbana. Estes dois extremos obrigam a pensar numa fórmula em que tem que se atender a vários factores, como população, área, PIB, quantidade de empresas e outros aspectos económicos, vias de comunicação, distância dos pontos mais remotos á sede da autarquia, serviços públicos e de apoio social, tradições, etc, etc.

A análise de tais factores exige um conhecimento obtido no local, em contacto com autarcas e populações, num diálogo aberto e construtivo, mas sem cair na moleza do choradinho que tente conduzir a soluções temporárias e pouco duradouras. A decisão final deverá ser bem preparada por forma a ser eficaz durante muitas décadas, para não se andar a brincar frequentemente com a estrutura administrativa.

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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Saúde. Ironia ou profecia ???!!!

Notícias diversas realçam as dívidas de hospitais que originam dificuldades de aquisição de medicamentos. Por outro lado, muitas pessoas decidem não comprar todos os medicamentos que lhes são receitados, outras evitam ir a consultas e urgências, por falta de capacidade para fazer face às despesas inadiáveis. Também os apoios de saúde se tornaram mais reduzidos.

Isto é preocupante e faz recordar aquilo que foi escrito com ironia há perto de dois anos e que agora parece que foi uma profecia de Nostradamus que se vai aproximando da concretização.

«E há quem ouse fazer futurologia, com o seguinte prognóstico. Quando um reformado, for pela primeira vez ao médico, mesmo que tenha uma doença grave, ouvirá do médico dizer: leve esta aspirina e tome com um copinho de água, e se não passar volte cá. Claro que isso não o cura e ele volta e, então, o médico diz: Não esteja preocupado, antes de se deitar tome este comprimido com um pouco de água tépida e vai ver que amanhã estará bom e nada lhe doerá. E ele no dia seguinte não sente mais dores nem nada! Está já do outro lado. Com isso, o Estado poupa na pensão de reforma, nos serviços de saúde e noutros eventuais apoios a idosos. Os herdeiros tomam posse da herança mais cedo. O crime compensa, o amor ao dinheiro e a falta de ética e de sentimentos dão resultados desse género.

Hoje, a generalidade dos médicos não colaboraria nisto mas os estatutos de ética da Ordem virão a ser actualizados e os funcionários do Estado têm que cumprir as ordens superiores. O caso atrás referido dá força a esta hipótese, aparentemente macabra. Isto parece duro, mas talvez seja uma profecia de um futuro mais ou menos próximo. E a dureza será amaciada com palavras de humanitarismo alegando o alívio de sofrimento incurável.

Os cidadãos deviam estar atentos a tais sinais e reclamar antes que seja tarde. Mas a apatia e o desinteresse leva a aceitar os primeiros casos e a deixar consolidar os procedimentos de que depois seremos vitimas.»


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domingo, 18 de setembro de 2011

Recado a jovens economistas e a governantes



Este vídeo foi sugerido por um comentador. Tem o título de Recado da Professora Maria da Conceição Tavares para os jovens economistas, mas o recado também se aplica aos nossos «sábios» economistas que, ao longo de décadas, deixaram crescer a crise e ainda não descobriram a porta de saída, por se prenderem mais com números e matemática do que com as pessoas.
Há centenas de modelos matemátios mas nunca acertam em nada. O que é preciso é talento para fazer política humanitária, social. Não basta ser economista, é preciso ocupar-se com as pessoas, com os cidadãos, para melhorar a sociedade e tornar o País mais homogéneo, mais justo, mais igualitário.

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