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quinta-feira, julho 19, 2007

QUANDO É QUE ALCOBAÇA DESPERTA?

Sensatamente QUERO e tudo farei para que os Munícipes de Alcobaça saibam que há minúsculas opiniões” Gonçalves Sapinho in Editorial da Revista Municipal Abril 2004.

As circunstancias especificas de Alcobaça são actualmente negativas (...) . Teve um centro de prestigio, mas que hoje está vazio – e é esse vazio que funciona como factor de repulsão, na medida em que ele é a demonstração, pratica e objectiva, DE QUE A CIDADE DE ALCOBAÇA NÃO REVELA CAPACIDADE PARA GERAR UM PROJECTO CONFIGURANTE PARA SI PROPRIA, PELO QUE NÃO CONSEGUIRÁ PARA O CONCELHO. (...) É de esperar que Alcobaça revele uma crise de identidade quanto ao seu futuro (que é uma crise de continuidade com o seu passado) e essa crise de identidade se repercute numa indeterminação quanto à sua referenciação espacial, tendo como consequência que não saberá que ligações privilegiar - se com Leiria ou com Caldas da Rainha, se com Lisboa ou com Coimbra, se com a região Oeste ou com a região Centro.

(...) se o Mosteiro, como antigo centro de prestigio, é repulsivo, as actividades nos sectores de capilaridades ou são estritamente locais (e não permitem assegurar a continuidade dos actuais níveis de rendimento) ou são centrifugas (e tendem a transferir-se para fora do concelho, podendo mesmo assumir manifestações de segmentação desta divisão administrativa na expectativa de conseguirem maior relevância se estiverem integradas noutro concelho).

Sem iniciativas que alterem estas tendências fortes – e que já tem mais de um século, (...) o futuro de Alcobaça é menos favorável do que o presente, porque mesmo o que existe tenderá a degradar-se por falta de estímulo para a sua renovação. Essa previsão desfavorável acentua-se se também no quadro nacional tiver uma evolução marcada pelos sinais de crise, pois a resultante última destes processos locais e nacionais será a de que não se conseguirá, aproveitar o efeito da mudança que é gerado pela integração do espaço europeu: Por outras palavras, Alcobaça será um ponto isolado no interior de uma periferia, sem atractividade e sem qualificação
” In Avaliação Estratégica das Condições de Desenvolvimento do Concelho de Alcobaça. Saer Lda. Edição Câmara Municipal de Alcobaça. Alcobaça 2004. pag. 99 e 100. O estudo foi dirigido pelo antigo ministro da Economia Prof. Hernâni Lopes.

Como Alcobacense perturbam-me os sérios problemas que Alcobaça e a região afrontam mais aqueles que se avizinham e que os partidos (alguns) e os Alcobacenses ( alguns) se deixem narcotizar por (ir)responsáveis e, adoradores de "bezerros de ouro" que andam entre Alcobaça e Lisboa ou vice versa, a brincar com um telemóvel como as crianças irresponsáveis e deslumbradas com o primeiro brinquedo que mexe e toca. Será a brincar que os problemas sérios de Alcobaça se afrontam ? Quando é que Alcobaça desperta e deixa de andar narcotizada com tanto desgoverno bruto?

quinta-feira, junho 21, 2007

MITOS MODERNOS para MENTIRAS ANTIGAS













A primeira imagem de cima é uma montagem com o pequeno templo da Igreja da Conceição em Alcobaça. E foi feita a partir de um quadro do período romântico de um pintor inglês. O quadro representa aquilo que era muito normal até ao sec. XIX em toda a Europa cristã e católica: inumar nos adros e em torno das igrejas. Umas vezes devido à falta de espaço no interior das igrejas e noutros casos pelos fracos recursos do falecido e familiares como se pode ler num destes textos que exponho. Em Portugal só uma proibição em 1836 retirou esta pratica da vida urbana e o monopólio da morte à Igreja católica, motivando uma contestação popular designada por revolta da Maria da Fonte.

Na Baixa e Alta Idade Media a aristocracia e burguesia rica, pagavam fortunas à igreja, para ficarem neste ou naquele templo fundando capelas no interior. Os grandes monumentos nacionais fizeram-se por imperativos de morte (inumação) e para perpetuar dinastias, ao contrario do que se afirma que foram para agradecer a Deus vitórias em guerra. Ficava bem ao rei e na actualidade à historiografia de matriz cristã dizer semelhantes coisas perpetuando um tipo de ideias proprias de espíritos nacionalista radicais. Mas numa era do global ou da fraternidade global cimentado também pelo espírito europeísta estas ideias são no mínimo atávicas. Todos ouvimos na escola e fora dela que o mosteiro da Batalha edificou-se para comemorar a vitória de Aljubarrota mas em verdade o que se vê é apenas o mausoléu da família de Avis. O mesmo se passou com Alcobaça com a antiga galilé, onde se perpetuava a disnatia de Borgonha. Resta disso algumas monumentos funerarios, num pavilhão do sec. XVIII, mal concebido e inacabado além de descontextualizado do edifico do mosteiro .
Perpetuam ou não as pretensas mitologias modernas mentiras antigas?
A questão que ponho é contrastar pelo registo do obitos (sec. XVIII e XIX) a noticia saida nos jornais Alcoa e Região de Cister em 1995 que se reproduz .
Algumas ossadas dos primeiros monges sepultados em Alcobaça e encontradas, quase a descoberto nas traseiras da nova residência paroquial, foram ontem, dia 4, trasladadas para junto do Altar Mor da Igreja de Nossa Senhora da Conceição. As ossadas foram encontradas por Gérard Leroux e pelo pároco de Alcobaça, Padre Siopa, que entenderam por bem dar conhecimento do facto à comunidade cristã, e proceder à trasladação, aproveitando para isso o dia 4 de Julho, dia da Rainha Santa Isabel de Portugal.
A trasladação ocorreu por volta das 19 h com a celebração da missa homilia alusiva ao facto. Durante a missa foi apresentado o pequeno sarcófago, procedeu-se à bênção tumular e à colocação das ossadas no local apropriado, ficando assinalados por uma lápide com inscrição alusiva ao facto
" in Região de Cister 5 de Julho de 1995. Ler jornal Alcoa. 6/7/1995.
Ps. Pedi ao sr. prior , em carta registada, para me que esclarecera como sabia que as ossadas eram dos primeiros monges de Císter(sec. XIII). Espero resposta há doze anos.