13 de novembro, dia da gentileza.
"Somethings in the rain" - playlist da série
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sexta-feira, 13 de novembro de 2020
terça-feira, 17 de setembro de 2019
O TEMPO E O TRIBUNA PORTUGUESA - pelos seus 40 anos - Elen de Moraes Kochman
O tempo e o Tribuna Portuguesa
Elen de Moraes Kochman
O tempo se faz poesia à medida que os anos avançam e vamos
imprimindo nossas marcas, expondo narrativas, enfrentando problemas, aceitando derrotas,
vibrando com as vitórias, enfim, plantando nossas memórias, enquanto vivemos o
presente, com olhos de esperança voltados para o amanhã. Assim é o Tribuna Portuguesa, um “jovem” de apenas
40 anos, que já fez a travessia de diferentes caminhos, enfrentou tempestades
sem sucumbir, mas sabiamente, por entender que nuvens são passageiras, segue
confiante, obstinadamente, traçando - e batendo - metas, em busca da realização
dos seus propósitos e projetos.
Se o objetivo de um jornal é informar, o Tribuna vai muito além, porquanto se faz
presente, de corpo e alma, em quase todos os mais importantes eventos da Comunidade Portuguesa, na Califórnia - e
não só – imprimindo em textos e fotos, grande parte da história da Comunidade, uma
relíquia de valor inestimável, guardada em seu acervo, para a posteridade,
quando as futuras gerações poderão pesquisar sobre a vida dos seus
antepassados. E só a equipe que o torna possível, que cede voz e visibilidade a
essa história, sabe como o tempo se mostra curto, veloz, para que o jornal
chegue, quinzenalmente, aos lares dos seus assinantes.
O que me encanta e apaixona no Tribuna Portuguesa é a diversidade dos assuntos, abordados sem
preconceitos, em matérias distintas, sem cercear a liberdade de expressão dos
seus colaboradores, atendendo aos mais diferentes gostos e leitores. O apoio
que dá à Cultura, de um modo geral – e em particular às festas típicas, aos
Cantadores, Poetas, etc. – é o ponto alto do Jornal, que o torna necessário, bonito,
leve e atraente.
Talvez, a maioria dos leitores que possui a oportunidade de
tê-lo em mãos, sentir sua textura, o cheiro do papel e da tinta, poder montar
seu próprio arquivo de memórias, não tenha noção de como é frustrante, para
quem mora em outros países, não participar do mesmo privilégio. Bem verdade que
o Tribuna, um jornal moderno, de braços
dados e antenado com o progresso e a era digital, também está online para quem
quiser acessá-lo, de qualquer lugar do planeta e mais, totalmente grátis, quando tantos outros já cobram para
disponibilizar seus conteúdos. Sou grata, e muito, por ter a opção de lê-lo na
internet, embora confesse que ainda sou uma dessas pessoas que prefere manusear
as folhas do que lê. Talvez eu seja saudosista, mas como disse, iniciando este
texto, o tempo se faz poesia enquanto avança e nos dá mais manias e passado do
que futuro.
Ao Tribuna
Portuguesa, pelo seu aniversário, minhas felicitações e votos de vida
longa, com saúde financeira e sucessos sempre crescentes. À toda equipe, aos
seus Diretores Srs. Miguel e Roberto Ávila e ao seu Publisher, o caro Sr. José
Ávila, que cuidam do jornal com tanto desvelo, meus parabéns pelo excelente
trabalho, que estendo aos seus colaboradores.
E para todos os leitores, daqui do meu Brasil envio o meu
abraço e os meus agradecimentos, porque é por todas as Senhoras e Senhores que
o assinam e leem, que o Tribuna
Portuguesa festeja os seus bem-vividos 40 anos.
elendemoraes.rj@gmail.com
segunda-feira, 18 de março de 2019
sábado, 16 de maio de 2015
AUSÊNCIA - Elen de Moraes K e VINICIUS DE MORAES
Rio de janeiro , 1935
Vinicius de Moraes
Eu deixarei que morra em mim
o desejo de amar os teus olhos que são doces
o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa
de me veres eternamente exausto.
de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença
é qualquer coisa como a luz e a vida
é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto
e em minha voz a tua voz.
e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser
tudo estaria terminado
tudo estaria terminado
Quero só que surjas em mim
como a fé nos desesperados
como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho
nesta terra amaldiçoada
nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne
como uma nódoa do passado.
como uma nódoa do passado.
Eu deixarei... Tu irás
e encostarás a tua face em outra face
e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros dedos
e tu desabrocharás para a madrugada
e tu desabrocharás para a madrugada
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu,
Porque eu fui o grande íntimo da noite,
Porque eu encostei minha face na face da noite
e ouvi a tua fala amorosa,
e ouvi a tua fala amorosa,
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa
suspensos no espaço
suspensos no espaço
E eu trouxe até mim a misteriosa essência
do teu abandono desordenado.
do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros
nos portos silenciosos
nos portos silenciosos
Mas eu te possuirei mais que ninguém
porque poderei partir
porque poderei partir
E todas as lamentações do mar,
do vento, do céu, das aves, das estrelas,
do vento, do céu, das aves, das estrelas,
Serão a tua voz presente,
a tua voz ausente,
a tua voz serenizada.
a tua voz ausente,
a tua voz serenizada.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
sábado, 22 de novembro de 2014
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
sábado, 2 de novembro de 2013
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
PINGO D'ÁGUA - Elen de Moraes Kochman
Pingo
d’água que respinga na vidraça,
Sinuosamente, a escorrer para o chão,
Traz-me tantas recordações... e ameaça
Maltratar, uma vez mais, meu coração.
Desnortea-lo, num fibrilar de desgosto,
Pelo
amor que me vem sempre em contramão.
A lembrança do encontro pressuposto
Aumenta a melancolia... O sofrimento
Dá nitidez às expressões do meu rosto.
(Fragmentos de 10 tercetos)
terça-feira, 23 de abril de 2013
LÁBIOS QUE NÃO BEIJEI - Elen de Moraes Kochman- JURA SECRETA (Fagner)
"Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada.
À parte
isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo"
(Fernando Pessoa)
Lábios que não beijei
Elen de Moraes Kochman
Teus beijos, que o sabor nunca provei,
Teu corpo, que jamais acariciei,
Hoje, povoam minha fantasia.
Tudo que não tenho... o que mais queria!
Utópico prazer... fora da lei.
Falar-te do meu amor... nunca ousei.
Tão belos sonhos que não realizei!
Tanto te quis dizer quanto sentia
Falta dos teus lábios que não beijei...
São minha alucinação - de hoje em dia -
As tuas mãos em mim - doce agonia! –
A arrepiar meus pelos... Mas bem sei
Que essa emoção eu jamais sentirei...
Cismarei em teus braços, à porfia,
E em teus beijos que nunca provarei!
|
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
INTOLERÂNCIA - Elen de Moraes Kochman
INTOLERÂNCIA
Elen de Moraes
Através da história vemos que a intolerância sempre existiu na esfera das relações entre os seres humanos, baseada em sentimentos, culturas e crenças religiosas. Talvez, tenha nascido com o homem.
Segundo Paulo Rouanet ela é “uma atitude de ódio sistemático e de agressividade irracional com relação a indivíduos e grupos específicos, à sua maneira de ser, ao seu estilo de vida e às suas crenças e convicções”.
Os intolerantes têm total dificuldade em concordar com idéias e o modo de agir que não coadunem com os seus, porque a dificuldade de auto aceitar-se como diferente, segundo alguns psicólogos, cria dificuldade de também aceitar o outro em sua diferença.
Só nos conscientizamos do quanto a intolerância é maléfica quando a ultima gota do “cálice” o faz transbordar e, ao entornar, os resíduos que estavam assentados vêm à tona, manchando tudo à sua volta.
Deve-se tolerar a intolerância?
É certo – e ainda bem - que há leis que protegem a liberdade de expressão, o direito de pertencer a esta ou aquela sociedade, a um clube, a uma determinada religião, a ter diferentes idéias políticas, etc., e nenhum direito deve ser cerceado, como também limites não devem ser impostos à liberdade.
No entanto, como saber onde o elo deve ser rompido para que se respeite o limite do outro? É possível tolerar ataques à religião e aos bons costumes? É possível tolerar a livre expressão de cunho racista e preconceituoso? Aceitar o escárnio ao que é sagrado para alguns, mesmo que não o seja para outros? É possível ser indulgente com os ataques sistemáticos contra a moral de um povo? É possível tolerar zombaria e menosprezo contra uma raça ou toda uma nação?
Devemos ter em mente que também para a tolerância há limites!
Sem entrar no mérito da questão e sem tomar partido, os últimos acontecimentos que envolveram a atriz brasileira Maitê Proença e os portugueses, por causa de um vídeo gravado por ela em Portugal, há dois anos e que só agora veio à baila por ter sido passado num canal fechado de TV, acirraram os ânimos entre portugueses e brasileiros.
Os lusitanos, magoados, dizem não aceitar que ela tenha feito zombaria com sua terra e seus costumes e que tenha cuspido ao lado de uma fonte, situada num local sagrado e histórico para eles. Fizeram um abaixo-assinado pedindo ao governo que a considerasse pessoa não grata a Portugal e que lá jamais ela possa voltar. Se foi adiante não sei informar.
Por seu lado, a atriz reclama que só quis fazer piadas com um vídeo caseiro e que os portugueses que se irritaram não têm senso de humor e que por ela ser neta de portugueses não iria querer ofendê-los, etc., mas acabou vindo a público pedir desculpas. Porém, as mesmas não foram aceitas e exacerbaram mais os ânimos: os portugueses alegam que “a emenda foi pior que o soneto”, pois que no vídeo onde a atriz se desculpa, mostra-se irônica e ainda acrescenta que falta aos portugueses um pouco mais de humor.
E aí acontece a intolerância:
Do lado dos portugueses, a grande maioria que deixou comentários nos sites de jornais, revistas e dos vídeos, ao invés de direcionarem sua raiva contra a atriz e seu ato inconseqüente e deselegante, voltaram-se contra todas as mulheres brasileiras, o povo em geral, contra o Presidente e até denegrindo o nome do Brasil.
Do lado dos brasileiros, a velha cantilena de querer o ouro e as pedras preciosas de volta, de acusar os portugueses de terem implantado a escravidão, de terem trazido os negros da África e hoje em dia chamar o povo brasileiro de “macacos”, pela cor da pele.
E a troca de desaforos continua entre os intransigentes de ambos os lados. Agora foi esse o motivo. Daqui a pouco surge outro.
Temos que dar um basta no preconceito e acabar com a intolerância de se dizer que todo índio é indolente, que todo negro é bandido, que todo português é burro frontal e mal educado, que toda brasileira é puta, que todo Frances não toma banho, que todo sul-americano é ladrão, que todo árabe é terrorista, que todo americano é racista, que todo italiano é mafioso, que todo alemão é nazista e por aí afora.
Finalmente, o preconceito e a intransigência não são privilégios de um só povo. Normalmente se baseiam na ignorância e, tal como a sabedoria, não tem nacionalidade.
Segundo Paulo Rouanet ela é “uma atitude de ódio sistemático e de agressividade irracional com relação a indivíduos e grupos específicos, à sua maneira de ser, ao seu estilo de vida e às suas crenças e convicções”.
Os intolerantes têm total dificuldade em concordar com idéias e o modo de agir que não coadunem com os seus, porque a dificuldade de auto aceitar-se como diferente, segundo alguns psicólogos, cria dificuldade de também aceitar o outro em sua diferença.
Só nos conscientizamos do quanto a intolerância é maléfica quando a ultima gota do “cálice” o faz transbordar e, ao entornar, os resíduos que estavam assentados vêm à tona, manchando tudo à sua volta.
Deve-se tolerar a intolerância?
É certo – e ainda bem - que há leis que protegem a liberdade de expressão, o direito de pertencer a esta ou aquela sociedade, a um clube, a uma determinada religião, a ter diferentes idéias políticas, etc., e nenhum direito deve ser cerceado, como também limites não devem ser impostos à liberdade.
No entanto, como saber onde o elo deve ser rompido para que se respeite o limite do outro? É possível tolerar ataques à religião e aos bons costumes? É possível tolerar a livre expressão de cunho racista e preconceituoso? Aceitar o escárnio ao que é sagrado para alguns, mesmo que não o seja para outros? É possível ser indulgente com os ataques sistemáticos contra a moral de um povo? É possível tolerar zombaria e menosprezo contra uma raça ou toda uma nação?
Devemos ter em mente que também para a tolerância há limites!
Sem entrar no mérito da questão e sem tomar partido, os últimos acontecimentos que envolveram a atriz brasileira Maitê Proença e os portugueses, por causa de um vídeo gravado por ela em Portugal, há dois anos e que só agora veio à baila por ter sido passado num canal fechado de TV, acirraram os ânimos entre portugueses e brasileiros.
Os lusitanos, magoados, dizem não aceitar que ela tenha feito zombaria com sua terra e seus costumes e que tenha cuspido ao lado de uma fonte, situada num local sagrado e histórico para eles. Fizeram um abaixo-assinado pedindo ao governo que a considerasse pessoa não grata a Portugal e que lá jamais ela possa voltar. Se foi adiante não sei informar.
Por seu lado, a atriz reclama que só quis fazer piadas com um vídeo caseiro e que os portugueses que se irritaram não têm senso de humor e que por ela ser neta de portugueses não iria querer ofendê-los, etc., mas acabou vindo a público pedir desculpas. Porém, as mesmas não foram aceitas e exacerbaram mais os ânimos: os portugueses alegam que “a emenda foi pior que o soneto”, pois que no vídeo onde a atriz se desculpa, mostra-se irônica e ainda acrescenta que falta aos portugueses um pouco mais de humor.
E aí acontece a intolerância:
Do lado dos portugueses, a grande maioria que deixou comentários nos sites de jornais, revistas e dos vídeos, ao invés de direcionarem sua raiva contra a atriz e seu ato inconseqüente e deselegante, voltaram-se contra todas as mulheres brasileiras, o povo em geral, contra o Presidente e até denegrindo o nome do Brasil.
Do lado dos brasileiros, a velha cantilena de querer o ouro e as pedras preciosas de volta, de acusar os portugueses de terem implantado a escravidão, de terem trazido os negros da África e hoje em dia chamar o povo brasileiro de “macacos”, pela cor da pele.
E a troca de desaforos continua entre os intransigentes de ambos os lados. Agora foi esse o motivo. Daqui a pouco surge outro.
Temos que dar um basta no preconceito e acabar com a intolerância de se dizer que todo índio é indolente, que todo negro é bandido, que todo português é burro frontal e mal educado, que toda brasileira é puta, que todo Frances não toma banho, que todo sul-americano é ladrão, que todo árabe é terrorista, que todo americano é racista, que todo italiano é mafioso, que todo alemão é nazista e por aí afora.
Finalmente, o preconceito e a intransigência não são privilégios de um só povo. Normalmente se baseiam na ignorância e, tal como a sabedoria, não tem nacionalidade.
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