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sábado, 2 de setembro de 2017
sábado, 15 de abril de 2017
MIRAGEM - Elen de Moraes Kochman
| MIRAGEM Elen de Moraes Kochman Eu não estou aqui... Sou simples miragem, Ilusão que teus olhos teimam ver, Que tua alma carente fez imagem, A ela se agarra para viver.
Eu não estou aqui... Sou uma quimera,
Alguém que habita o louco pensamento Dos sonhadores e de quem espera Encontrar o amor pelas mãos do vento.
Eu não estou aqui... Sou só uma ideia,
Sombra obsessiva que te acompanha, O teu sonho sem cor, a odisseia Do teu inconsciente.. a força estranha!
Sou, sim, quem apazígua os teus rancores,
Alguém que vive na tua saudade, Acalma tuas desilusões de amores E que te espera além, na eternidade.
Sou vórtice da tua realidade,
Teu fantasma... tua dualidade. |
domingo, 19 de junho de 2016
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Fantasia e realidade - Abstrações da mente (Elen de Moraes)
http://www.tribunaportuguesa.com/

Fantasia e
realidade
(Abstrações
da mente)
Elen de Moraes Kochman
As pessoas que gostam de conversar, de ter com quem
dialogar, trocar impressões e com elas interagir, não conseguem viver isoladas
por longo período. Sentem necessidade de colocar, verbalmente, suas reflexões,
contar sobre o seu dia a dia, fazer suas piadas e muito mais. São extrovertidas
e, geralmente, de bem com a vida. Para elas é motivo de pesar não encontrar
alguém que tenha o mesmo pendor, quem não lhes dê atenção.
Não me refiro àquelas que falam além da conta, sem dar aos
interlocutores a oportunidade de se manifestarem. Tais pessoas se tornam tão
inconvenientes que ao chegar numa roda de amigos, antes mesmo que abra a boca,
a maioria vai saindo de fininho e quem fica, ouve para não ser desagradável,
sem atentar, no entanto, para o que dizem.
Aqui abro um parêntesis para mencionar os que só falam sobre
dores, doenças e sofrimentos. São tão repetitivos que alguns amigos e
familiares fogem, para não ouvir as “ladainhas” de sempre, como dizem.
Entretanto, é bom lembrar que devemos “chorar com os que choram e alegrar com
os que se alegram”. Hoje, eles; amanhã, quem sabe, um de nós, a necessitar de
carinho e de um ombro amigo.
Do mesmo modo, quem gosta de solidão, de estar a sós com
seus pensamentos, sem muito interatuar com seus colegas de trabalho, amigos ou
vizinhos, quando chega a algum lugar onde todos falam ao mesmo tempo, ou quando
o desejo de estar calado é interrompido por alguém deveras expressivo, que
requer atenção por mais tempo do que tem disponível, sente-se molestado a tal
ponto que não encontra melhor solução do que a de se despedir mais cedo.
Também aqui não me refiro aos que se acham superiores, aos
arrogantes que preferem não dialogar com pessoas que prejulgam de nível
intelectual inferior. Não! Refiro-me às pessoas que preferem a própria
companhia e as que adoram os longos, amigáveis e descontraídos bate-papos. Mas,
convenhamos que ir aonde falam e riem tão alto que para sermos ouvidos
necessitamos falar mais alto ainda, é insuportável. O mesmo se dá quando o
silêncio impera numa reunião: é tão ou mais desagradável quanto.
E há os que amam e têm o dom de escrever. Ah, esses
sonhadores também têm grande prazer em conversar, porém, paradoxalmente,
silenciar e observar, igualmente, faz parte. Enquanto observam, enriquecem seu
fantástico mundo interior e armazenam subsídios para seus escritos. Acredito
que os melhores ouvintes, ou os mais pacientes, são os escritores.
Escrever vicia? Não sei! Entretanto, quem escreve
tem uma vastidão de fantasias e realidades entrelaçadas, a envolver seus
pensamentos, que volta e meia se abstraem e mergulham fundo nesses alheamentos
da mente. Quem gosta, sente necessidade de escrever todos os dias e desse
prazer não abre mão, nem que seja para apagar ou jogar num fundo de
gaveta. Difícil de entender, para quem não curte ou, absolutamente, não lê.
E aqui volto ao início do que falei acima, em relação entre os que gostam de conversar ou escrever: ambos necessitam de interlocutores
e o do escritor é o leitor. De que adianta publicar um bom livro, com um tema
de grande interesse ou um jornal excelente, se não houver leitores? Eles existem em menor número se comparados aos que gastam horas intermináveis em frente à televisão.
No nosso país ainda se lê pouco, mas já se lê bem mais,
porém, como disse Elmer Corrêa Barbosa, “a maioria dos leitores que frequenta
as livrarias em nossos dias, ao buscar livros para comprar, deseja o óbvio ou a
fantasia inconsequente. Com isso, os livros mais vendidos são os que contam
histórias “edificantes”, narrativas povoadas de magos e sábios...”
Ler é recomendado para quem deseja envelhecer com qualidade,
pois ao estimular o cérebro, a memória se recompõe. Quem lê compreende melhor o
que ouve, fala e escreve melhor, porque enriquece seu vocabulário. A leitura
abre horizontes e capacita o desenvolvimento de um povo. E de novo meu aplauso
para D. João VI, que contribuiu grandemente para a nossa cultura quando, ao se
instalar com a família Real no Brasil, fundou em 1810 a Biblioteca Real, com 60
mil livros trazidos de Portugal.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Um futuro ao alcance das mãos: sonho e realidade - Elen de Moraes Kochman
1º/07/2011
O futuro ao alcance das mãos:
sonho e realidade.
Às vezes escrevo até altas horas e para não me sentir só deixo a tv ligada baixinho. Numa dessas madrugadas, chamou-me a atenção uma reportagem feita nos Estados Unidos sobre jovens americanos que se preparam para vir trabalhar no Brasil. Segundo eles, um país que deixou de ser do futuro, que emergiu e se transformou num lugar de diversificadas oportunidades de trabalho, principalmente para os que têm especialização em determinada área. Buscam informações sobre nossa cultura e se antes havia quem achasse que falávamos espanhol, atualmente fazem questão de aprender a nossa língua. Na Universidade de Pittsburg, Pennsylvania, a língua portuguesa entrou no currículo dos futuros advogados, administradores e engenheiros.
As turmas começaram pequenas, mas, agora contam com mais de cem pessoas frequentando as aulas regularmente. Anteriormente, nosso país chamava atenção por ser “exótico”. Hoje, desejam conhecê-lo por ser importante para a economia global e pelos empregos que surgirão com a Copa do mundo de futebol e as Olimpíadas que acontecerão nos próximos anos.
“Os Estados Unidos do pós-guerra e o Brasil de hoje vivem a antevéspera de uma expansão fenomenal”, afirma Bolívar Lamounier, doutor em ciência política pela Universidade da Califórnia. Após décadas de dificuldades econômicas e injustiça social pela grande desigualdade entre pobres e ricos, surge no Brasil uma nova classe média. Não igual à americana daquela época, que era uma sociedade próspera e mais igualitária, porém, com “clara semelhança psicológica. Um otimismo, uma sensação de pujança, de que o futuro está ao alcance da mão”, enfatiza Lamounier. Esta não é a primeira vez que os americanos dos Estados Unidos se interessam em imigrar para o Brasil. Depois do término da guerra civil, pelos idos de 1865, quando o sul foi derrotado e a falta de alimentos, confisco de colheitas e a destruição de estradas e ferrovias eram noticias em todos os jornais, muitos sulistas passando por tal sofrimento, decidiram deixar sua terra natal e procurar segurança e melhor vida em outros paises. Quando o Rev.Ballard S. Dunn escreveu o livro “Brazil the Home for southerners (Brasil, o lar dos sulistas)”, grande parte deles tomou a decisão de vir para cá. Organizaram-se em associações de amigos e parentes e enviaram representantes para sondagens em diversos países das Américas. Só ao Brasil mandaram cerca de trinta representantes, que foram muito bem acolhidos pelo governo de Dom Pedro II, Imperador nessa época, que colocou à disposição intérpretes e transportes gratuitos, para que conhecessem as mais diversas regiões do país. Muitos Brasileiros também sonham, ainda hoje, em fazer a vida nos Estados Unidos. O sonho é diferente daqueles dos anos 50 e 60, quando o cinema nos mostrava a vida glamourosa dos artistas, quando o rock estava no auge e nos apaixonávamos por aqueles homens belíssimos de olhos claros, que só víamos nos filmes e numa ou noutra revista. Os rapazes se identificavam com os “mocinhos” que “desbravavam o oeste em busca do ouro”. Sonhávamos o mesmo sonho dos americanos! Rejeitávamos o samba, só queríamos ouvir músicas americanas, vestir calças jeans e amarrar o cabelo num rabo de cavalo como as meninas dos filmes. Era “chique” e sinal de status mandar os filhos passear na Disney. Hoje, ainda há adolescentes que preferem festejar lá seu aniversário de quinze anos. O sonho era maravilhoso, porém, seu despertar, para os que não recebiam o visto de entrada no país e usavam a fronteira do México, era (e é) o pesadelo de viver na clandestinidade, desempregados, sem dinheiro para voltar e muitas vezes sendo presos, isso quando não perdem a vida ao tentar atravessar a fronteira.
Presentemente, a indústria de turismo americana pressiona para que a exigência do visto de entrada para os brasileiros seja abolida. Uma pesquisa nos apontou como o povo que mais gasta dinheiro nos Estados Unidos. Calcula-se que a cada ano se cria 42 mil empregos com o movimento dos turistas brasileiros. E olha que, em média, aqui se espera na fila uns quatro meses para que o consulado dê, ou não, o tal visto e o consulado de São Paulo é o que mais o emite para os Estados Unidos, no mundo. Porem, grande parte desiste de esperar e vai para a Europa, Oriente ou faz turismo por aqui mesmo.
Agora o sonho se inverte: quem partiu, pelo sonho americano, hoje volta, pela realidade brasileira. Alguns, com emprego arrumado; outros, para montar o próprio negócio e muitos com a esperança de logo arranjar uma colocação. Voltam com alegria pelo reencontro com a família e o orgulho de serem filhos (e donos) do solo desta mãe gentil, chamada Brasil. |
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