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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Invenção e inventário

Pense agora em uma invenção que você não consegue viver sem ela.

Será que há dez anos atrás você era assim tão dependente dessa invenção?

E será que daqui a dez anos, essa invenção que hoje lhe é imprescindível, não estará completamente esquecida e obsoleta?

Agora diga para a gente, que invenção foi essa que você pensou? Deixa ai nos comentários. Quem sabe daqui dez anos a gente não volte aqui para relembrar e rir das coisas.

* * *

Certo dia, mexendo no computador, minha filha perguntou onde estava a letra A: e B:, já que os discos do computador começavam com C: e D:

Mostrei fotografias de disquetes para ela saber do que se tratava. Um era maior que um pão de forma, e tinha a estupenda capacidade de armazenar 360 kbytes (o que não dá hoje para guardar sequer uma foto).

Quando surgiu seu sucessor, com a capicidade 4x maior, ou 1.4 Mbytes (não cabe sequer uma música hoje), foi uma revolução e tanto... E nos discos externos de hoje, que substituem os pendrives, caberiam cerca de 1 milhão de disquetes.

E provavelmente daqui dez anos, vamos rir dessa capacidade de hoje também.

E por falar nisso, já parou para pensar no papel da tecnologia?

Facilitar a vida, ganhar tempo, aumentar a produtividade, podem ser alguma das respostas. Mas não parece um paradoxo?

Se ela serve para que ganhemos tempo, por quê estamos sempre a reclamar que não temos tempo?

Veio para facilitar nossa vida, e muitas vezes nos tornamos escravos dela (lembra da pergunta inicial? Não consegue viver sem ela?). E a lembrar que há bem pouco tempo atrás, vivíamos normalmente sem ela.

Certamente, a economia do tempo é notória. Então esse tempo extra que ganhamos com o advento da tecnologia, precisa ser melhor empregado, não acha?

Antigamente para se fazer um bolo, pergunte aos mais antigos:
- não tinha batedeira (batia-se na mão);
- forno era a lenha (hoje é vintage ter um);
Hoje a massa já está pronta na prateleira...

E para se comunicar? Cartas.
- escrevia-se em papel;
- usava-se Correios;
- a resposta demorava dias;
Hojé é instantâneo.

Então, para onde está indo esse tempo que ganhamos com o advento da tecnologia? 

Pense em como tem empregado esse tempo extra que ganhou. Se ele está te libertando ou escravizando.

Já pensou em estudar algo que você gosta e nunca teve oportunidade (porque não tinha tempo)? Música, arte, línguas, fazer uma faculdade, um trabalho voluntário.

Pense nisso, ainda temos tempo.

* * *

Falando em tecnologia, em nossa infância, tínhamos em casa um videocassete (lembra disso?). 

Curioso que o controle remoto dele era com fio. Sim, controle remoto com fio!

E pagava-se multa na locadora, se entregasse a fita sem estar rebobinada (gargalhando).

Então eu e minha irmã, estávamos fazendo uma lista, daquilo que cada um iria herdar.

Por ser o mais velho, comecei escolhendo o videocassete. Ela escolheu o carro (um Gol 84).

Surpreso com a audácia e esperteza dela, escolhi o Fusca (78).

Ao passar pela gente, e vendo nossa discussão, nosso pai perguntou o que estávamos fazendo. Ao saber do inventário antecipado, pega a lista e passa o sermão:

- Tudo que temos, foi com o esforço do nosso trabalho, meu e de sua mãe. Seu avô não deixou nada para a gente. A única coisa que ele nos deu de herança foi a educação, e ele tinha a certeza que com ela conseguiríamos tudo. - E continuou:

- Eu aprendi muito bem a lição, e, de igual forma, tudo que deixarei para vocês, será educação.

E isso é uma marca que ninguém apaga.

Então, diante de tantas invenções e tecnologias, que são transitórias, vale pensar:

- O que você está deixando como inventário? Isso sim, é permanente.





segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Razão e felicidade

Se o que lhe veio a mente ao ler o título da postagem foi alguma lembrança do livro de Jane Austen, Razão e Sensibilidade, temos algo em comum: compulsão por livros.

Mas hoje Jane Austen que me perdoe, vou substituir sensibilidade por felicidade.

Você prefere ter razão ou ser feliz?

Já ouviu essa pergunta alguma vez?

Já parou para pensar no número de escolhas que fazemos durante um dia? São muitas. Felizes umas, tristes outras, importante todas.

Mal abrimos os olhos e já estamos fazendo escolhas: levanto ou faço preguiça? Desligo o alarme ou uso o soneca? E seguimos fazendo escolhas, muitas vezes inconscientemente, até o final do dia.

Mas e quando a escolha nos remete a essas duas opções: ter razão ou ser feliz? 



Geralmente precisamos decidir rápido, e muitas vezes não temos tempo para pensar. 

Semana passada, fui infeliz numa dessas escolhas de bate-pronto. Preferi razão a felicidade. Refletindo depois sobre o ocorrido, lembrei de duas histórias sobre o tema, que reproduzo abaixo:

* * *

Texto 1


Por que nossas ideias precisam sempre prevalecer?

Será que precisamos vencer todas as discussões que travamos?

Dale Carnegie, escritor e orador americano, autor do best seller: Como fazer amigos e influenciar pessoas, narra uma experiência particular muito rica.

Conta ele:

Certa noite, estava num banquete dado em honra a um homem muito importante.

Durante esse banquete, um outro homem que estava sentado ao meu lado contou um caso que girava em torno da seguinte afirmativa: "Há uma Divindade que protege nossos objetivos, traçando-os como os desejamos."

Ele mencionou que tal frase era da Bíblia.

Enganara-se. Eu sabia disso. Sabia, e com toda a certeza. Não podia haver a menor dúvida a respeito.

E assim, para conseguir um ar de importância e demonstrar minha superioridade, tornei-me um importuno e intrometido encarregando-me de corrigi-lo.

Acionou suas baterias. "Quê? De Shakespeare? Impossível! Absurdo! Essa frase era da Bíblia." E ele conhecia.

O homem que narrava o caso estava sentado á minha direita, e o senhor Frank Gammond, meu velho amigo, à minha esquerda.

O Sr. Gammond havia dedicado anos ao estudo de Shakespeare. Assim, o narrador e eu concordamos em submeter a questão ao Sr. Gammond.

Este escutou, cutucou-me por baixo da mesa e disse: "Dale, você está errado. O cavalheiro tem razão, a frase é da Bíblia."

De volta para casa, disse ao Sr. Gammond: "Frank, eu sei que a frase é de Shakespeare."

"Sim, naturalmente", respondeu. "Hamlet, ato V, cena 2. Mas nós éramos convidados numa ocasião festiva, meu caro Dale.

Por que provar a um homem que ele estava errado? Isso iria fazer com que ele gostasse de você? Por que não evitar que ele ficasse envergonhado?

Não pediu sua opinião. Não a queria. Por que discutir com ele? Evite sempre um ângulo agudo."

O homem que me disse isso ensinou-me uma lição inesquecível. Eu não só tinha embaraçado aquele contador de histórias, como também o meu amigo.

Teria sido muito melhor se eu não tivesse sido argumentativo.


Texto 2


Por que queremos sempre ser os donos da verdade?

Oito da noite numa avenida movimentada.

O casal já está atrasado para jantar na casa de alguns amigos.

O endereço é novo, assim como o caminho, que ela conferiu no mapa antes de sair.

Ele dirige o carro. Ela o orienta e pede para que vire na próxima rua à esquerda.

Ele tem certeza de que é à direita. Discutem.

Percebendo que, além de atrasados, poderão ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida.

Ele vira à direita e percebe que estava errado.

Ainda com dificuldade, ele admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno.

Ela sorri e diz que não há problema algum em chegar alguns minutos mais tarde.

Mas ele ainda quer saber: Se você tinha tanta certeza de que eu estava tomando o caminho errado, deveria  insistir um pouco mais.

E ela diz: Entre ter razão e ser feliz, prefiro  ser feliz.

Estávamos à beira de uma briga, se eu insistisse mais teríamos estragado a noite.

Certamente uma sábia decisão.

Muitas vezes nós perdemos oportunidades de viver momentos felizes só porque queremos provar que estamos com a razão. Ou, pelo menos, pensamos que estamos.

De maneira alguma defendemos a omissão ou o não uso da razão, mas tão somente o uso da razão com sensibilidade.

Quantas amizades já destruímos por causa de uma obstinação em defender um ponto de vista?

Quanta energia já gastamos na defesa de uma ideia, desejando que os outros a aceitem a qualquer custo?

Quanto tempo perdido na elaboração de argumentos para convencer alguém de que temos razão em algum ponto?

Será que vale a pena essa maneira de ser?

Será que vale a pena perder a paz na tentativa de provar que estamos certos?

Não seria mais sábio de nossa parte optar pela harmonia, em vez de brigar por causa de pequenas questões irrelevantes?

É evidente que há momentos em que devemos defender nossa posição, e seria bom que o fizéssemos sem nos perturbar, sem sair do sério.

Mas o que geralmente acontece é que levamos as discussões, que deveriam ficar no campo das ideias, para o campo pessoal. E nos irritamos.

É importante considerar que para divergir não precisa dissentir.

Podemos discordar de alguém e ainda assim preservar a amizade e o respeito por esse alguém.

Pense nisso quando se apresentar uma situação em que você tenha que fazer essa opção e se questione, antes de agir:

Será que vale a pena perder a calma para defender esse ponto de vista?

Será que o momento certo para expor minha opinião é agora?

Será este o momento de impor minhas razões?

Talvez se prestássemos mais atenção em nossas palavras e nos porquês de nossas discussões frequentes, perceberíamos que, na maioria das vezes, poderíamos optar por ser feliz e ter paz, em vez de ter razão.

Considere que as energias gastas em discussões infrutíferas podem lhe fazer falta na manutenção da saúde física e mental, e busque usá-las de maneira útil e inteligente.

Afinal, todos os seus esforços devem ser usados em prol da harmonia comum, para que haja paz ao seu redor.

E lembre-se, sempre, antes de qualquer desgaste, de questionar: Quero ter razão, ou ser feliz?

* * *

Minha filha, você, com apenas 8 anos, ensinou uma grande lição ao papai nessa semana: 

"É melhor ser feliz! Sempre!"

Muito obrigado!


Fonte:




segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Quando foi que esquecemos?

Lembra-se do Memoriol? Não? Aquele pra memória! Será que você nunca tomou, ou tem esquecido de usá-lo?



E você se lembra que já falamos do esquecimento por aqui? Não? Hummm, confere lá, tem um exercício muito legal que pode ser feito nessa semana.

Hoje propomos um novo exercício de uso da memória.

Antes de prosseguirmos, páre um pouco e mergulhe no seu baú. Resgate uma lição inesquecível que tenha recebido de seus pais.

* * *

Na semana passada recebi um e-mail tratando exatamente desse assunto, mais especificamente sobre as lições que recebemos na infância. Dizia:

"Em entrevista, uma jovem contou que tinha uns sete anos quando foi com sua mãe ao mercadinho perto de casa. Enquanto a mãe fazia as compras, ela, menina, escondeu um doce de leite no bolso.

Na saída, sentindo-se a garota mais esperta do mundo, mostrou o doce e disse: Olha, peguei sem pagar.

O que ela recebeu de retorno foi um olhar severo. E, logo, a mãe a tomou pela mão, retornou ao mercado, fê-la devolver o que pegara e pedir desculpas.

A garota chorou demais. Sentiu-se morrer de vergonha. Entretanto, arrematou, concluindo: Isso me ensinou o valor da honestidade."

* * *

É possível que vários de nós tenhamos tido experiência semelhante. Por isso, indagamos: Quando foi que deletamos a mensagem materna? O que nos fez esquecer o ensino da infância?

A lição é fixada, e quando reincidimos no erro, nossa sentinela de plantão, a consciência,  alarma automaticamente...você já aprendeu sobre isso. Por quê insiste no erro?

A lição resgatada do seu baú no exercício inicial teve alguma semelhança com o caso citado? Você guarda memórias de alguma situação parecida com a do e-mail recebido?

A família é a sociedade em miniatura, tudo começa por ali.

E se hoje as coisas estão como estão, a família tem falhado no seu papel. Lições como a citada estão sendo esquecidas, negligenciadas, ou sequer ensinadas.

Termino com a célebre frase de um mundo sustentável: "Todos se preocupam em deixar um planeta melhor para seus filhos. Quando é que pensaremos em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Diploma de Pai

E você pode estar pensando: era só o que faltava! Alguém está oferecendo um curso que ensina a ser pai.

Na verdade, o curso existe sim, e é ministrado pela Universidade da Vida.

De longa duração, a formatura pode demorar a se concretizar, pois os pais são diplomados pelos filhos. E para que isso ocorra, existem dois pré-requisitos que precisam ser atendidos...

* * *

Diplomei meu pai ano passado, por ocasião de seu aniversário de 65 anos. Seu curso na Faculdade de Pai durou quase 40 anos.

Estávamos reunidos comemorando seu aniversário, quando chegou a hora de prestarmos homenagens ao aniversariante.

Cada pessoa presente lhe endereçava palavras sinceras e emocionadas, arrancando lágrimas de todos os presentes. A desidratação era generalizada.

Na minha vez de falar, lembrei de uma história que tinha lido num livro de Hermínio Miranda, e que me tocou profundamente quando li, e fiz uma adaptação da história "Diploma de Pai".

Disse-lhe:

Diante te tanta coisa bonita e verdadeira que já foram aqui ditas, resta-me dizer essas palavras não apenas para você, mas para todos que aqui também estão na posição de pais.

Pai, infelizmente ainda não posso te chamar assim...

Duas coisas são necessárias para a pessoa ser diplomada como Pai:

1) Você precisa ouvir de seu filho que ele te ama.
2) Ele precisa te dizer que você é o melhor amigo dele.

Já perdi as contas de quantas vezes disse que te amava.

Mas não me lembro de lhe ter dito que você é o meu melhor amigo. Acho que nunca lhe disse isso, você se lembra?

Então hoje, após quase 40 anos nessa função mágica que é a paternidade, eu lhe diplomo como um grande Pai... (olhei nos seus olhos, generosidade e amor brotavam dali, acolhendo cada palavra. Lágrimas desciam de seu olhos e eu solucei, a voz embargou).

Pois, além de muito te amar, você é o meu melhor amigo!

* * *

Deixo aqui esse registro, pois o pai que sou hoje é um reflexo seu. (Sim, me formei mais rápido que você! Também já sou pai diplomado)

Receba meu presente pelo dia dos pais na forma de presença.

E vamos em frente, juntos, rumo a pós-graduação em paternidade.




terça-feira, 28 de outubro de 2014

Albert Anker ao vivo

Estava a procura de uma imagem para ilustrar uma palestra, quando me deparei com a pintura abaixo: 


Não conhecia o artista que a pintou: Albert Anker.

Suas telas são de uma realidade impressionante. Parecem vivas. Confira outras pinturas dele aqui.

Assim que vi essa tela, um clique se fez em minha mente. E sempre que isso acontece, anoto em algum lugar para não esquecer. Lembrei de uma oficina de leitura que participei certa vez... pegue a ideia que te baseou o pensamento inspirador e anote em algum lugar, depois escreva algo sobre isso, sempre!

Se quiser fazer um exercício, anote as ideias ou sentimentos que a figura acima lhe trouxe, e escreva algo depois. Olha o que ela me inspirou...

* * *
Mensagem do moço ao velho

Chegou a hora de retribuir. Ele que me contava tantas histórias, me fazia rir, e também chorar.

Que tanto me ensinou...

Não tinha estudo, mas era um sábio. Ele, com sua experiência de vida, com seu amor, me disse certa vez que existe uma sutil diferença entre cultura e sabedoria. A primeira vinha de fora para dentro, a outra, de dentro para fora.

Com atenção, dedicação, e muito carinho, me ensinou pacientemente o seu ofício.

Agora, todos os dias, pontualmente às 17h, deixo a carpintaria e vou lhe servir o chá, e contar uma história que lhe faça sorrir.

Sei que não está mais lúcido, que não compreende nada que estou a dizer... mas enquanto houver vida, há esperança.

E enquanto ele não virar saudade, e a morte bater-lhe a porta, terá o meu cuidado, a minha presença.

Foi a forma que encontrei dele não me esquecer, e de alguma forma lhe retribuir tudo o que sei.

Obrigado vovô.

* * *

Eis o motivo do clique.
A pintura dele me remeteu ao Albert Anker que tenho ao vivo.

Laura lendo para bisa Maria



segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Lamentações

Já parou para pensar no número de pensamentos que temos em um dia?

Não? São muitos! De 60 mil a 95 mil pensamentos. Chocked?

E de tantos pensamentos, quantos efetivamente são produtivos? Otimistas? Que nos levantam e nos estimulam?

E quantos não são de reclamação ou lamentação?

Pense nisso!

* * *

Acostumado a acordar de madrugada para trabalhar, chega o fim de semana, são dois dias que posso esticar um pouquinho o sono. Mas como que adivinhando que estarei em casa nesses dias, a filhota pequena sempre acorda às 6h e corre para meu quarto para me acordar e começar as brincadeiras.

- "acordei dadad!!" (a maior ensinou pra ela que pai em inglês é dad, ai ela ligou que se pai é dad, papai seria dadad).

E eu digo, tá de sacanagem comigo né, acordar essa hora em pleno sábado/domingo! Vem aqui dormir mais um pouquinho com papai.

Outro dia ela nos deu um baita susto, caiu do sofá de cabeça no chão. Chorou muito, quase desmaiou, um galo imenso e roxo, muita dor, e corremos a prestar o socorro. Emergência, tomografia, observação, etc. Chegamos em casa de madrugada, exaustos.

Graças a Deus, o côco duro protegeu...mas foi uma noite daquelas...aqui só quem tem filhos tem ideia do que passamos e sentimos.

Pela manhã, ouvir aqueles passinhos se arrastando, chegar na cama, e falar: "dadad, acordei"...não tem preço. Chorei! E agradeci a Deus por ela estar ali me acordando.

Desde esse dia, não mais lamentei por ela me acordar cedo...poderia não ter mais essa delícia me acordando de manhã.

* * *

Pense em como você tem lamentado das coisas da vida.

Veja que existem problemas muito maiores que os seus, e que as pessoas continuam os enfrentando, e sem lamentações.

"Lamentação denota enfermidade mental e enfermidade de curso laborioso e tratamento dificil. É indispensável  criar pensamentos novos e disciplinar os lábios." (livro: Nosso Lar, ed. Feb, André Luiz/Chico Xavier)

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Carecudo

"E a pergunta é: por que, por que, por que?"

A caçula está na deliciosa fase das dúvidas e perguntas.

Ao ver um fio fino do seu cabelo preso no pente, manda à mesa, durante a refeição:

- Papai, por que o cabelo cai?

O que dizer a uma criança de 2 anos para entender isso?

- Que pode ser genético.
- Que é pela falta de alguma vitamina.
- Que pode ser pelo cansaço e pelo stress

Como ela está um saco para se alimentar, disse na hora sem muito pensar:

- O cabelo cai, porque a gente come muita bobeira.

Ai ela me olha e ri:

- Papai, você então come muita bobeira! Para de comer bobeira, seu carecudo!

Fiquei sem reação, e a esposa me olha espantada e cai na gargalhada.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Pessoas e casas

Estava dando um passeio de bicicleta pela cidade com a filha mais velha na garupa, quando ao passarmos diante de uma casa que estava bem desgastada pela ação do tempo, dialogamos:

- Papai, olha que casa feia, toda descascada.

- Mas ela já foi bonita sabia? E era azul
 
- Como assim?

- Olha ali no alto, aquele retalinho que ficou...ele diz que a casa já foi azul.
 
- É mesmo!
 
- E quando a gente não cuida da casa, o tempo destrói...entendeu?
 
- Entendi.
 
- Igualzinho ao nosso corpo...se a gente não cuidar dele, ele vai descascar, igual a essa casa.
 
- Sim, papai.

Quando voltamos e passamos pelo mesmo lugar ela prosseguiu:

- Papai, existem casas que são feias por fora...mas são lindas por dentro. Por exemplo, a casa de minha amiga da escola...por fora ela não é pintada, é no tijolo...mas por dentro, ela é linda, e tem um lustre maravilhoso.
 
- Muito bem observado filha! Sabia que também existem pessoas assim, como a casa da sua amiguinha?
 
- Como assim? (ela adora falar isso)
 
- Existem pessoas que são feias na aparência, mas que por dentro, tem um coração maravilhoso. Então a gente não pode julgar as pessoas pela sua aparência, mas pelo que elas são por dentro.
 
- xxxx é assim papai! Ela é feia, mas é linda por dentro!
 
- É isso minha filha.

(não quis mostrar as casas bonitas por fora e feia por dentro, pois ela não observou isso)

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Sobre joias e tesouros

"Suas meninas são um tesouro!" (Elis)

E você, possui algum tesouro? Uma joia valiosa?

Possuir não seria o melhor verbo, pois com relação a tesouros e joias, não os possuímos...somos apenas usufrutuários. 

Ele passa de mão em mão, entre gerações...e, se hoje, temos isso nas mãos, é para usufruirmos...momentaneamente.

Sem dúvida, filhos são o maior tesouro que temos...são gemas preciosas. Mas também não os possuímos, somos usufrutuários.

Já dizia Gibran Khalil Gibran, no seu espetacular "O Profeta":

"Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força,
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável."

* * *

E já que estamos com ventos orientais...uma ótima narrativa intitulada "Joias devolvidas".

Narra antiga lenda árabe, que um rabi, religioso dedicado, vivia muito feliz com sua família. Esposa admirável e dois filhos queridos.

Certa vez, por imperativos da religião, o rabi empreendeu longa viagem ausentando-se do lar por vários dias.

No período em que estava ausente, um grave acidente provocou a morte dos dois filhos amados.

A mãezinha sentiu o coração dilacerado de dor. No entanto, por ser uma mulher forte, sustentada pela fé e pela confiança em Deus, suportou o choque com bravura.

Todavia, uma preocupação lhe vinha à mente: como dar ao esposo a triste notícia?

Sabendo-o portador de insuficiência cardíaca, temia que não suportasse tamanha comoção.

Lembrou-se de fazer uma prece. Rogou a Deus auxílio para resolver a difícil questão.

Alguns dias depois, num final de tarde, o rabi retornou ao lar.

Abraçou longamente a esposa e perguntou pelos filhos...

Ela pediu para que não se preocupasse. Que tomasse o seu banho, e logo depois ela lhe falaria dos moços.

Alguns minutos depois estavam ambos sentados à mesa. Ela lhe perguntou sobre a viagem, e logo ele perguntou novamente pelos filhos.

A esposa, numa atitude um tanto embaraçada, respondeu ao marido: deixe os filhos. Primeiro quero que me ajude a resolver um problema que considero grave.

O marido, já um pouco preocupado perguntou: o que aconteceu? Notei você abatida! Fale! Resolveremos juntos, com a ajuda de Deus.

- Enquanto você esteve ausente, um amigo nosso visitou-me e deixou duas joias de valor incalculável, para que as guardasse. São joias muito preciosas! Jamais vi algo tão belo!

- O problema é esse! Ele vem buscá-las e eu não estou disposta a devolvê-las, pois já me afeiçoei a elas. O que você me diz?

- Ora mulher! Não estou entendendo o seu comportamento! Você nunca cultivou vaidades!... Por que isso agora?

- É que nunca havia visto joias assim! São maravilhosas!

- Podem até ser, mas não lhe pertencem! Terá que devolvê-las.

- Mas eu não consigo aceitar a ideia de perdê-las!

E o rabi respondeu com firmeza: ninguém perde o que não possui. Retê-las equivaleria a roubo!

- Vamos devolvê-las, eu a ajudarei. Faremos isso juntos, hoje mesmo.

- Pois bem, meu querido, seja feita a sua vontade. O tesouro será devolvido.

Na verdade isso já foi feito. As joias preciosas eram nossos filhos.

- Deus os confiou à nossa guarda, e durante a sua viagem veio buscá-los. Eles se foram.

O rabi compreendeu a mensagem. Abraçou a esposa, e juntos derramaram grossas lágrimas. Sem revolta nem desespero.

* * *

Os filhos são joias preciosas que o Criador nos confia a fim de que as ajudemos a burilar-se.

Não percamos a oportunidade de enfeitá-las de virtudes. Assim, quando tivermos que devolvê-las a Deus, que possam estar ainda mais belas e mais valiosas.

(Fonte: livro "Quem tem medo da morte? - Richard Simonetti,  cap. Joias devolvidas)


* * *

Os filhos, os preparamos para a vida, para viver em sociedade.

E na condição de seres gregários, encontramos na família a base da sociedade. E se hoje, a sociedade não vai bem, é porque a família não está bem das pernas.

Sua família, seu maior tesouro. Cuide.

PS: Seria hoje, mas foi adiado para dia 10...a família Valada recebe mais uma pedra preciosa...seja bem vinda Juju. Ivana e Fabio, usem o cinzel com sabedoria, lapidando essa joia que recebem.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Canção de ninar

Diga ai qual a canção de ninar lhe veio a cabeça ao ler o título do post? Busque no fundo do baú, e tente lembrar a canção que você era ninado por seus pais, ou a que você usava para ninar seus filhos.

Ontem, ouvindo na rádio uma entrevista de Adriana Partimpim sobre o lançamento do seu terceiro disco para crianças  intitulado "tlês", conheci a canção de ninar Acalanto. Esse terceiro disco parece ser bem legal, a ideia dela era fazer um disco com canções de ninar, e óbvio que ela não vai fazer turnê do disco, segundo ela mesma falou, pois iria colocar a plateia para dormir.

Acalanto foi criada por Dorival Caymi, e era usada para ninar Nana Caymi. Fico a imaginar aquele vozerão ninando alguém. Já aprendi acalanto para incluir no repertório.

Para ninar Laura, eu tenho uma canção matadora. É só eu começar que ela embarca, algo assim:

***
"Para dormir
feche o olhinho
é só fechar
que o soninho vem;

pisca e fecha
que o soninho vem
para dormir
pisca e fecha meu amor

é só piscar
que o soninho já chegou."

***

É engraçado, que quando ela está numa agitação danada, olhão aberto, e não quer dormir por nada, eu mando a canção acima e ela diz: essa agora não! Canta boi, a do sapo, beijinho...

Agora ela deu para responder a canção:

"É só piscar
que o soninho já chegou" (e ela diz, não chegou)

E vou repetindo, ela respondendo: tá chegando, tá chegando...agora chegou! E eu fico cantando e rindo.

A Júlia, eu não ninava tanto, por ser a primeira, de vidro, sabe como é? Mas mesmo assim, ainda rolava um: 

"Julinha, Julinha amor de mamãe
Julinha, Julinha amor de papai
É Julinha meu amor
é Julinha minha flor"

***

Para mim, ninar a criança no colo, é a maior demonstração de segurança, de confiança, da parte da criança. Alguém se entregar no aconchego do seu colo, embalar no sono, e você colocar no berço, beijar a testa, e dizer dorme com Deus e com seu anjinho, é das melhores coisas da vida.

Em tempo, a canção de ninar que recordo de minha mãe cantando para mim é mãezinha do céu.


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Clarice para crianças

Tempos atrás, achei essa super caixa no site submarino. Sabia que as crianças iam curtir isso no futuro.


As edições atuais dos 5 títulos infantis de Clarice Lispector: A vida íntima de Laura, A mulher que matou os peixes, O mistério do coelho pensante, Quase de verdade e Como nasceram as estrelas, reunidas num box comemorativo que traz ainda um jogo da memória com as ilustrações dos livros. 

Júlia estava torrando a paciência pedindo um cachorro. E cachorro e apartamento não dá. Conseguimos chegar a um denominador comum...o bicho de estimação seria um peixe...e aí, nada melhor que apresentar "A mulher que matou os peixes" para ela.

É um livro delicioso, e muitas vezes ela chama para a interação com o leitor, fazendo perguntas...

Agora Júlia já sabe qual será o nome do seu cachorro, quanto tiver um...Dilermando! Mas também ficou balançada com o Bruno Barberini de Monteverdi. Engraçado que no dia seguinte a leitura, eu perguntei a ela: você se lembra do nome daquele cachorro do livro...e ela na hora: Bruno Barberini de Monteverdi. Que memória fantástica!

O livro já começa dizendo que ela, Clarice, foi a mulher que matou os peixes, e pede o perdão aos leitores por esse ato...vocês seriam capazes de me perdoar?? E aí ela começa a contar outras histórias de carinho por animais, para sensibilizar o perdão dos leitores com relação a sua falha para com a morte dos peixes. Quem tem filhos e não conhece a história, é altamente recomendado.

Após a leitura, eu perguntei...e aí, você perdoa a Clarice? E ela...é claro que eu perdoo!! Pode acontecer com todo mundo né?? Eu também posso esquecer de dar comida pro meu peixinho e vou querer o perdão também (se colocou na posição da autora, já prevendo acontecimentos nefastos).

Dia seguinte, liguei para minha mãe para falar a novidade da leitura. Ela trabalhou durante muitos anos em biblioteca de escola pública, atendendo ao público infantil, e conhecia de cabeça a história da mulher que matou os peixes...ai contou para meu sobrinho de 3 anos a mesma história...então Cauã, você perdoa a mulher que matou os peixes?? É claro que eu perdoo! Ela esqueceu dos peixes pois era escritora, e estava escrevendo essa história pra gente!!

Na sequência, chamei a filha menor de dois anos, que se chama Laura, para ler com ela e a irmã, A vida íntima de Laura. Na história, Laura é uma galinha...a irmã falou pra ela assim antes de começar a leitura: "Laura, você é uma galinha!!!" E ela respondeu brava: Não sou!!! E saiu furiosa nem querendo saber da história rs...Laura tem personalidade forte!

Nada melhor do que desenvolver senso crítico nas crianças desde cedo....obrigado Clarice Lispector!


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Ao sambista mais novo

É musical desde quando estava na barriga da mamãe. Se acalmava ao ouvir-me tocando o violão.

Tem ritmo e excelente memória.

Aos cinco anos, compõe sua primeira música.

"Já era época do Natal
 Enfrento as nuvens e o coração
 A primavera se aproxima do verão

 Os brotos de flores vão se abrindo
 O calor vai refletindo"

No dia das crianças, pede um cavaquinho de presente, e tinha que ser 'cavaquinho de verdade'.


Como diria Alcione:

"Antes de me despedir,
 Deixo ao sambista mais novo
 O meu pedido final:
 Não deixe o samba morrer..."

Pequena homenagem às grandes mulheres do samba: Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Jovelina Pérola Negra, Alcione, Bete Carvalho, Teresa Cristina, Roberta Sá...dentre tantas outras. Quem sabe no futuro Júlia não figure nessa lista de bambas?

Saravá!

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Vocabulário

Desde cedo, minhas filhas arrasam no vocabulário.



Quem as conhece, fica impressionado de como podem falar tantas palavras que, em suas idades, as crianças não costumam falar.

Dias desses, a mais velha, que está com cinco anos, sem muita cerimônia vem e me diz:

- você tem pênis e eu tenho vagina.

E eu vou falar o quê? Só tive chão para perguntar onde ela havia aprendido aquilo...

No dia seguinte ao episódio, ao colocar a mais nova (dois anos) na cadeirinha do carro, ela me dá um chute certeiro nos testículos, onde eu perdi as forças e tive que agachar para respirar (só os homens sabem a dor de uma bolada no saco).

A mais velha, presenciando a cena, a repreende:

- você não pode chutar o pênis de papai.

ao que a caçula responde com um olhar de dúvida:

- não é pênis, é lulu.

* * *

Só pode ser Paulo Freire.

Sim, o livro de cabeceira da mais velha é "a importância do ato de ler", que ela fica folheando sem ainda entender as palavras, antes de dormir...

E eu sempre me pergunto, de que planeta essas meninas vieram.

sábado, 27 de outubro de 2012

Jólhe, Jélie, Júlia

Li para a Júlia o livro Marcelo, Marmelo, Martelo, de Ruth Rocha. Presentão que ela ganhou de tia Meg na festa da família. Essas tias são de arrasar! Sempre nos dão livros, e sem dúvida, livros é o melhor presente.


Rimos muito com a história, uma delícia. Para mim foi um recordar, Ruth Rocha é velha conhecida. Recomendo para quem tem filhos pequenos.

Ao terminar a letura, Júlia emenda: aposto que vovô PC leu Marcelo, marmelo...aquelas bobagens que ele fala e eu não entendo nada, ele só pode ter aprendido com Marcelo. Eu cai na gargalhada, e tive que ligar para meu pai para dizer essa novidade.

Desde sua infância, meu pai criou com um amigo uma linguagem que só os dois entendem, e se comunicavam nessa linguagem, deixando todos muito curiosos. E a linguagem é um sucesso na família, e todos são contaminados pela regra de formação das palavras, que segundo ele, em sua gramática, todas as palavras possuem "duas desinências".

O título do post por exemplo, é como se fala Júlia, na sua linguagem.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Pérolas

Ontem, enquanto tomava banho, ganhei duas pérolas de presente.

Júlia entra no banheiro e diz:
- Papai, tenho uma notícia excelente para te dar.
- Agora vou assistir jogos com você, os do Brasil e o do Flamengo.
Respondi:
- Legal!! (pensei, vai mudar de time com essa fase negra do mengão)
E ela de bate-pronto:
- Você me dá o seu 'radinho'? (interesse puro)

***

Em seguida, Laura entra e eu estou me secando, começa o interrogatório.
- Tomou banho? Tomei
- Lavou cabeça? Sim
- Passou sabão? Sim
- Lavou a pititita ? (pedi socorro)

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A sensibilidade é branca


Existem Médicos e médicos.

O pediatra da Júlia, um Médico de verdade, está fora do país, participando de um congresso.

Vacilamos, pois essa era a única pergunta que não poderia ter sido esquecida na consulta com o pediatra na semana passada...tá, na sua ausência, a quem podemos recorrer caso algo aconteça??

Obviamente, nessas horas, shit happens. E verônica é faixa preta na arte de encontrar solução.

Júlia apareceu com um quadro de febre, que voltava exatamente a cada 6hs e sem motivo aparente. Após tentar um primeiro atendimento em Rio Bonito, onde todos os médicos consultados se recusaram a atender, dizendo que não tinham agenda, e diante da falta de pediatra tanto no hospital quanto na UPA, ficamos sem chão.

Verônica liga para a clínica do pediatra em Niterói, em busca de um socorro, e foi logo perguntando: na ausência dele, quem é indicado??

A recepcionista respondeu: o Pai dele! Como assim!! ele tá atendendo hoje?? (Era meu pediatra, e há trinta anos atrás ele já era velhinho...sim, continua na ativa). Pode marcar!!!

O bom velhinho atendeu a Júlia, identificou o quadro de faringite iniciando e medicou...a febre se foi.

Chego em casa e pergunto a Júlia, e ai, gostou do velhinho que era o médico do papai? 

E ela: sim, gostei muito! Ele é muito sensível! Me examinou com carinho. O filho é bruto, me examina machucando (não aguentei, caí na gargalhada, coitado de Dr. Paulo, não tem essa culpa em cartório)...ele não! E é mais velho que biso, tá com a cara inchada de velhice. Biso tem a cara lisinha.

É isso, a sensibilidade tem cabelos brancos.

Sou mais uma vez grato a esse excelente Médico, que na idade avançada, continua exercendo com muito amor, seu ofício.

Deus te abençoe, Dr. Aziz.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Alegria em dobro

Ontem foi meu niver!

Recebi telefonemas que me fizeram chorar de emoção...outros me fizeram sorrir. Todos os contatos me deixaram feliz!

Dentre tantas lembranças especiais no dia de ontem, a ligação de tia Rachel foi demais.

Após os votos de felicidades e saúde, pergunto se está tudo bem com eles. Ela diz que tio Betinho continua vendo tudo em dobro (diplopia). Na hora de almoçar, é um festa, pois ele vê dois pratos de comida. Daí ele dá a garfada no prato errado, e não pega nada. Ai eu falo, Betinho, tá no prato errado!! Ele olha pra mim com um misto de surpresa e espanto, afinal, ele agora está vendo duas Rachels!! Se ele não dá conta de uma, imagina duas!!  Pobre Betinho!

Morri de rir! Tia Rachel é alegria em dobro.

Obrigado a todos pelo dia de ontem. A festinha surpresa foi linda! Obrigado Verônica, Júlia e Laura. Até bilhetinho em espanhol eu ganhei da Júlia. Minhas mulheres são um escândalo.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Algum voluntário?

Já pensou no significado dessa palavra, voluntário?

Nunca ouviu alguém falar: "Preciso de um voluntário, quem se habilita?" ou "Alguém como voluntário?"

Por definição, voluntário, é o que age espontaneamente.

E sobre o trabalho voluntário, já prestou algum? Dedicar um tempo ao próximo, sem remuneração, com o objetivo de ser/fazer a diferença para alguém...

Se você ainda não havia pensado nisso, pense com carinho. O que você pode fazer para melhorar o mundo a sua volta?

Se não puder fazer muito, faça pouco mas com amor e dedicação.

Se no início não conseguir fazer com amor, faça porque julga importante e necessário.

No decorrer do tempo, você estará tão envolvido com seu serviço voluntário que já não conseguirá mais viver sem praticá-lo. É só uma questão de tempo e persistência.

Se todos buscassem desenvolver esse espírito social, em pouco tempo teríamos um mundo melhor em todos os sentidos.

Não venha com desculpas que não tem tempo, ou não tem nada para colaborar. Todos temos algo a oferecer.

***
Recebo com muita alegria um trabalho desse feito pela Júlia.

A convite de sua avó Wilma, que é uma das diretoras (voluntária) de um lar de idosos em Rio Bonito, ela foi colaborar com o lanche dos vovôzinhos. Oferecendo sua experiência, seu amor e seu talento, ajudou na confecção de bolos e biscoitos, adoçando a vida, muitas vezes amargas, daqueles que ficam (a maioria das vezes) esquecidos da sociedade e muitas vezes, da própria família.

Como diz a canção, "fica sempre um pouco de perfume, nas mão que oferecem rosas...nas mãos que sabem ser generosas".






Fonte: Adaptado daqui

sábado, 26 de maio de 2012

É Galogue

Essa baixinha não sabe andar, ela só sabe correr!


E o anjo da guarda dela tem é trabalho, já deve estar pedindo aposentadoria por periculosidade...

Quando ela ouve os acordes da abertura da novela das 19h, parte em disparado para a frente da tv para cantar e dançar ao som de (ex my love), o qual ela canta falando (é galogue). 

Numa dessas corridas para dançar, ela bateu de testa numa quina e caiu batendo com a nuca no chão, praticamente um duplo twist carpado de Daiane dos Santos. Fico a pensar se fosse a primeira filha no momento que ainda era filha única...no mínimo, o equipamento de tomografia teria que vir até nossa casa...com as experiências, os filhos seguintes parecem ser feito de outro material, muito mais resistente. Do Galogue sobrou apenas um galo na testa. Nem ligação para o pediatra teve.

Isso me remete a um mail recebido tempos atrás, bem divertido, e que compartilho aqui. Sobre as diferenças nos tratamentos dos filhos...veja se não faz sentido.


ORDEM DE NASCIMENTO DOS FILHOS...

MATERIAL

 O 1º filho é de vidro...
O 2º é de borracha...
O 3º é de aço.

PLANEJAMENTO 

O 1º filho é (em geral) desejado.
O 2º é planejado.
O 3º é escorregado...

A ORDEM DE NASCIMENTO DAS CRIANÇAS 

1º- Irmão mais velho tem um álbum de fotografia completo, um relato minucioso do dia em que veio ao mundo, fios de cabelo e dentes de leite guardados.
2º - O segundo mal consegue achar fotos do primeiro aniversário.
3º- O terceiro não faz ideia das circunstâncias em que chegou à família.

O que vestir 

1º bebê - Você começa a usar roupas de grávidas assim que o exame dá positivo.
2º bebê - Você usa as roupas normais o máximo que puder.
3º bebê - As roupas para grávidas são suas roupas normais, pq vc já deixou de ter um corpinho de sereia e passou a ter um de baleia.

Preparação para o nascimento
1º bebê - Você faz exercícios de respiração religiosamente.
2º bebê - Você não se preocupa com os exercícios de respiração, afinal lembra que, na última vez, eles não funcionaram.
3º bebê - Você pede para tomar a peridural no 8º mês pq se lembra que dói demais.

O guarda-roupas 

1º bebê - Você lava as roupas que ganha para o bebê, arruma de acordo com as cores e dobra delicadamente dentro da gaveta.
2º bebê - Você vê se as roupas estão limpas e só descarta aquelas com manchas escuras.
3º bebê - Meninos podem usar rosa, né? Afinal o seu marido é liberal e tem certeza que o filho vai ser macho igual ao pai!

Preocupações 

1º bebê - Ao menor resmungo do bebê, você corre para pegá-lo no colo.
2º bebê - Você pega o bebê no colo quando seus gritos ameaçam acordar o irmão mais velho.
3º bebê - Você ensina o mais velho a dar corda no móbile do berço ou manda o marido ir até o quarto das crianças.

A chupeta

1º bebê - Se a chupeta cair no chão, você guarda até que possa chegar em casa e fervê-la.
2º bebê - Se a chupeta cair no chão, você a lava com o suco do bebê.
3º bebê - Se a chupeta cair no chão, você passa na sua camiseta, dá uma lambida, passa na sua camisa desta vez para dar uma secadinha pra não pegar sapinho no nenê, e dá novamente ao bebê, pq o que não mata, fortalece (vitamina B, de Bicho, off course!)

Troca de fraldas

1º bebê - Você troca as fraldas a cada hora, mesmo se elas estiverem limpas.
2º bebê - Você troca as fraldas a cada duas ou três horas, se necessário.
3º bebê - Você tenta trocar a fralda somente quando as outras crianças começam a reclamar do mau cheiro.

Banho

 1º bebê - A água é filtrada e fervida e sua temperatura medida por termômetro.
2º bebê - A água é da torneira e a temperatura é fresquinha.
3º bebê - É enfiado diretamente embaixo do chuveiro na temperaturaque vier, pq  vc, seu marido e seus pais foram criados assim, e ninguém morreu de frio.

Atividades 

1º bebê - Você leva seu filho para as aulas de musica para bebês, teatro, contação de história, natação, judô, etc...
2º bebê - Você leva seu filho para a escola e olhe lá...
3º bebê - Você leva seu filho para o supermercado, padaria, manicure, e o seu marido que se vire para levá-lo à escola e ao campo de futebol...

Saídas

 1º bebê - A primeira vez que sai sem o seu filho, liga cinco vezes para casa da sua mãe (sua sogra não pode ficar com a criança pq na sua cabeça, ela nunca foi mãe), para saber se ele está bem.
2º bebê - Quando você está abrindo a porta para sair, lembra de deixar o número de telefone pra empregada.
3º bebê - Você manda a empregada ligar só se ver sangue.

Em casa 

1º bebê - Você passa boa parte do dia só olhando para o bebê.
2º bebê - Você passa um tempo olhando as crianças só para ter certeza que o mais velho não está apertando, mordendo, beliscando, batendo ou brincando de superman com o bebê, amarrando uma sacola do carrefour no pescoço dele e jogando ele de cima do beliche.
3º bebê - Você passa todo o tempo se escondendo das crianças.

Engolindo moedas

1º bebê - Quando o primeiro filho engole uma moeda, você corre para o hospital e pede um raio-x.
2º bebê - Quando o segundo filho engole uma moeda, você fica de olho até ela sair.
3º bebê - Quando o terceiro filho engole uma moeda, você desconta da mesada dele.   

terça-feira, 8 de maio de 2012

Os passos do pai

Júlia adorava ver os treinos de ciclismo que eu fazia no rolo. Achava interessante o fato de me ver pedalando sem sair do lugar.

Inventou assim o seu próprio rolo de treinamento.




Ninguém desvendou o enigma...a esfinge papou todos.