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quarta-feira, 16 de março de 2011

Não basta ser PM para ser bem educado

Segundo notícia de 18 de Fevereiro, o PM disse acerca do empresário Alexandre Soares dos Santos que “não basta ser rico para ser bem educado”, o que exigia ao autor da frase um cuidado muito especial para não dar motivo a que ela se virasse contra ele.

Porém, notícia de 09-03-2011 diz que «o primeiro-ministro deveria, de acordo com o protocolo, ter sido o primeiro a prestar cumprimentos ao Presidente da República e a Jaime Gama, mas José Sócrates ainda não se encontrava no salão nobre quando já se formava uma fila com altas figuras do Estado e membros do Governo.» 

Posteriormente, a propósito das notícias de alterações ao PEC IV, surgiram críticas de pessoas bem colocadas na estrutura do Estado de que por parte do Governo tem havido ausência de explicação clara aos portugueses sobre a real situação do País que tem provocado discursos contraditórios, ora muito optimistas ora preocupantes (há abundantes notícias dos últimos dois dias).

Foi também notada a falta de atenção e de respeito em relação ao maior partido da oposição, por falta de diálogo na preparação das alterações ao PEC IV, apesar de o Governo saber que a anuência deste seria necessária, por o Governo não dispor de maioria absoluta na AR. Acresce depois a maneira como pretende atirar sobre aquele partido as culpas de eventual crise política, com queixinhas um tanto infantis que repetiu insistentemente em comunicação ao País.

Por outro lado, não tem havido a humildade e lealdade de reconhecer erros e falhas nas medidas menos eficientes que têm sido tomadas, um pouco por instinto, intuição, capricho ou teimosia em vez de baseadas em estudo metódico e cuidadoso, em função dos condicionalismos da realidade.

Também tem sido criticada a exigência aos portugueses de sacrifícios cada vez mais agravados, quase vitais para muitas famílias carentes de meios de subsistência, mas ao mesmo tempo tem sido permitida a criação de fundações e instituições sem uma justificação suficiente, o que provoca críticas de que apenas servem para emprego de «boys» altamente remunerados. Acresce a alteração do IVA para o GOLF, colocando-o ao nível dos produtos de primeira necessidade, como é o caso do pão que é o único alimento de muitas crianças de famílias pobres.

Outro caso é o de o professor do ISEG Manuel Avelino de Jesus, um dos quatro peritos do grupo que está a avaliar as parcerias público-privadas (PPP), ter pedido a demissão, alegando que a situação se tornou “insustentável” devido a falta de colaboração do Governo, que tem demorado a enviar documentação fundamental para o trabalho e que, ao não fornecer a informação necessária, está a pôr em causa o trabalho e as conclusões do grupo. Isto representa também falta de respeito e de lealdade perante os portugueses e os quatro indivíduos nomeados para esta equipa, mostrando não haver vontade de que realizem os objectivos que era suposto terem sido atribuídos a este grupo.

Talvez isto não possa ser chamado falta de educação, ou de civismo ou de cortesia, mas é, sem dúvida, incoerência entre o que se pretende e o que se mostra, falta de respeito pelos outros, o que não prestigia, nem congrega a confiança dos cidadãos, nem cria esperança num futuro melhor.

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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

PSD está a evoluir

O conselheiro do PSD, Jorge Nuno Sá, tomou uma atitude que merece o epíteto de heroicidade se as suas razões se baseiam num sentimento de respeito pelos interesses nacionais, quando foi o único conselheiro do partido a não aprovar o apoio à recandidatura do PR. Mostram que o PSD evoluiu muito desde a atitude de obediência ovina, subserviente, de submissão, ou de profunda sonolência e apatia, que levou os congressistas do Partido a votarem por unanimidade a «lei da rolha» e que, depois de saírem do edifício e de alguém ter tido um rebate de contrição, houve outro péssimo sinal, o de todos, também por unanimidade, se arrependerem e quererem anular tal decisão. Com tal gente não se pode ter esperança no futuro de Portugal. 

Agora, houve um acto consciente e de personalidade que levou Jorge Nuno Sá a não votar segundo a vontade do pastor do rebanho. Vem igualar um outro caso que na altura aqui foi registado, o de António José Seguro que foi o único deputado da AR a não aprovar a malfadada lei de financiamento dos partidos, em boa hora vetada pelo PR. Instituições que cultivam o direito da unanimidade, não precisam de ter mais do que um elemento… para expressar a opinião do pastor do rebanho.

Independente dos motivos que tenham levado estes dois eleitos a divergir da unanimidade dos rebanhos, eles merecem respeito e apreço pela sua coragem moral. Um País, o mundo, não avança com os subservientes e cegamente obedientes, mas sim com os que pensam e apresentam ideias, sugestões e propostas para se sair de rotinas podres e de pântanos putrefactos. A evolução não ocorre pela mão daqueles que querem sempre mais do mesmo.

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