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domingo, setembro 09, 2012

Exemplo de Patriotismo? Eis uma pequena lição.

Enquanto em Portugal grandes empresas e empresários, vão engrossando os seus lucros não obstante o clima económico de grande aperto e dificuldades financeiras, muitos transferindo mais valias para o estrangeiro para evitar a tributação no nosso sistema fiscal, ou investindo noutros países onde podem usufruir de mão-de--obra barata, ou negociando com Estados-Pária(Angola) para mero aproveitamento económico-financeiro, em Espanha uma actriz de reconhecida notoriedade mediática, de classe média-alta aproveita esse estatuto social e condição económica para ajudar os seus concidadãos a melhorar a conjuntura actual de Espanha. Replicando este modelo por outras tantas centenas de espanhóis, muito mais facilmente o país sairá do buraco em que se colocou. Não fosse já pela sua profissão reconhecida mundialmente, ficaria igualmente nos escaparates da história recente de Espanha pela sua atitude mobilizadora, pioneira, devota para com o seu país e servindo de estrela-guia numa sociedade ávida de referências e de exemplos.!! E o curioso é que proporcionalmente, a Espanha não enfrenta uma emigração dos seus desempregados e jovens tão alta quanto Portugal, o que poderá significar que estes encararam o "touro de frente" e se preparam para debelar esta momentânea crise ficando onde fazem efectivamente falta. E por essa via as crises noutros países como em Espanha são circunstanciais, enquanto em Portugal são estruturais e eternas. No nosso país não temos classe média, não temos classe reinvidicativa e intelectual, não temos classe política, não temos classe económica e financeira que nos possam fazer valer em momentos de apertos como o de agora. Apenas vamos tendo Troikas que nos colocam as contas em dia, até que sucessivos governos a posteriori façam questão de ir depauparando para suscitarem novas vindas destas entidades que nos vão tutelando periodicamente. Não nos esqueçamos que desde o 25 de Abril, já tivemos 3 visitas deste género e se tivessemos políticos patriotas, nunca chegaríamos a este ponto de Estado de Necessidade.
 

sábado, julho 31, 2010

A vida por vezes é uma treta...


É tão só o que me apraz dizer após saber da notícia do falecimento do actor António Feio.
Homens como ele não deviam deixar-nos assim, órfãos, atónitos, desolados e crentes simultaneamente que partiu alguém que ainda tinha muito a ensinar, a entreter, a partilhar com os seus pares e fâs.
O António Feio desde muito cedo me cativou pela sua capacidade artística, sobretudo teatral, ainda que fizesse muito bem, tanto televisão, como cinema. Mas era no palco que ele se sentia como peixe dentro de água. Tinha uma capacidade de improviso delirante, um à vontade quase constrangedor e um dom da comunicação com o seu público pouco vulgar entre parceiros de profissão. Era fascinante ver os seus dotes em cena e, a par deste virtuosismo, assistir à forma positiva, heróica mesmo como ele estava perante a vida e quem o rodeava. Era um exemplo!
António Feio, foi um exemplo em vida, como foi igualmente a forma como combateu a doença e consequentemente a morte, essa inevitabilidade. Nunca esboçou uma hesitação perante este desafio, o maior que alguma vez teve, tal como nunca soube dizer que não aos muitos desafios artísticos abragentes, versáteis e complexos que teve pela sua vasta carreira.
E sim, a vida por vezes é uma treta, porque gente com esta qualidade, com esta postura perante o destino e perante si, não pode sucumbir tão precocemente. O seu legado é demasiadamente grande e importante para ficar vedado a quem nunca teve a oportunidade do conhecer. Pode, quiçá ter feito conversas da treta (e que bem que as fez), no entanto a sua história pessoal e profissional  é um registo digno de ficar entre os mais memoráveis actores que Portugal teve, tal como das mais combativas e optimistas pessoas que poderíamos ter encontrado na televisão recentemente. E António, tu não morreste, nunca morrerás. O teu nome e a tua vida encarregar-se-ão de perpetuar a tua memória!!