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quarta-feira, outubro 17, 2012

Grandes Portugueses [Helena Cidade Moura]

Mais uma vez aqui venho evocar um Grande Português, desta feita e infelizmente não por mais um feito recente e relevante, mas porque partiu, deixando Portugal um pouco mais pobre. A triste notícia da morte de Helena Cidade Moura remonta já ao passado dia 20 de Julho, no entanto, não podia deixar de aqui evocar a sua pessoa e os seus grandiosos feitos em nome de Portugal e dos Portugueses.
Helena Cidade Moura, filha do escritor Hernâni Cidade prencheu na sua vasta e rica vida um manancial de actividades e ofícios. Foi educadora, pedagoga, investigadora, política, humanista, activista, cristã assumida e cidadã. Mas Helena Cidade Moura foi tudo isto de forma apaixonada, de pura convicção, de sonho vivido, sem percalços ou hesitações no que se propunha fazer. Helena Cidade Moura foi uma das mais inspiradas pela obra de Eça, daí retribuindo com todo o seu conhecimento e investigação, extraordinariamente valorosos instrumentos no aprofundar deste importante autor da História da Literatura Nacional. Foi uma contestatária ao regime do Estado Novo, activista pela Liberdade, no pós 25 de Abril foi ainda deputada à Assembleia da República pelo MDC/CDE nas I, II e III legislaturas. Foi também presidente do Centro Nacional de Cultura em 1961 e autora de uma série de obras de educação, com especial ênfase ao Manual da Alfabetização, em 1979. Mas onde a já saudosa Helena Cidade Moura teve uma marca mais indelével foi na sua acérrima defesa pela alfabetização do país, luta que levou por diante até quase ao final dos seus dias. Foi autora de mais de 400 cursos de alfabetização pelo país lançados logo após o 25 de Abril, e que via como umas das principais causas do nosso atraso. Sem dúvida que o seu amor pelos portugueses não poderia ter melhor álibi que todo este frémito de paixão e empenho pela sua educação, fazendo de nós todos melhores pessoas, profissionais e cidadãos. Apesar do que vivemos hoje e, do país ter chegado a um abismo fruto também de algum desconhecimento, de alguma apatia e alheamento do povo português perante os desígnios do governo do país, sem Helena Cidade Moura, certamente que não teríamos a mesma maturidade democrática e estaríamos menos preparados para enfrentar os enormes desafios do futuro. Gostaria que a sua memória tivesse tido outra dimensão no reconheicmento do país pelos seus feitos, no entanto reconheço que uma mulher que tanto dá a Portugal e aos portugueses não seja bem vista por quem nela e nos seus nobre feitos se veja atacado. Como dizia numa sua entrevista a Rogério Mendonça em 2010, também eu «gostava de ver os políticos mais empenhados na transformação do país, assumindo as suas próprias culpas».

domingo, novembro 20, 2011

Adriano Moreira, uma homenagem dos Trópicos

E que justa homenagem!! Pese embora tenha sido ministro do Ultramar no regime do Estado Novo, já então este visionário Homem tentou criar condições para a existência de um ensino regular nas antigas colónias portuguesas em África, tentando que o ensino aí se democratizasse e fosse um factor de inclusão social. Foi Adriano Moreira o dinamizador/fundador do ensino universitário nas ex-colónias africanas de Portugal e foi alguém que sentia verdadeiramente a política como uma causa pública e que valorizou sempre a pessoa em detrimento das circunstâncias políticas.

domingo, julho 31, 2011

Pergunta ao professor

Senhor Professor Nuno Crato, bem sei que se encontra aos comandos da nossa Educação há muito pouco tempo, mas tenho uma dúvida que ainda não consegui ver dissipada nos últimos tempos. Prende-se com os graus académicos do nosso sistema de educação. Então o Ensino Secundário e Ensino Universitário, são graus distintos no universo da Educação? Se são e, se por ventura representam patamares diferentes no desenvolvimento cognitivo, social  e de competências do aluno, porque é possível no actual sistema a equiparação dos mesmos graus!! Sim. Em Portugal, é possível um aluno que tenha reprovado nos exames do 12.º ano, ou seja que ainda não tenha concluído o ensino secundário, matricular-se e frequentar o ensino univesitário? Parece-lhe um procedimento natural, justo e rigoroso para a correcta adequação e formação dos nossos estudantes, futuros profissionais? É esta uma cultura de rigor e exigência que queremos para os nossos govenrantes do futuro?