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terça-feira, fevereiro 04, 2014

Refrescamento Partidário [Refundação do Centro-Direita]

Dos actuais 19 partidos políticos existentes pela chancela do Tribunal Constitucional, 8 deles são anteriores a 1980, ou seja 42% do nosso espectro partidário tem mais de 34 anos. E se é verdade que após 2000 fundaram-se 6 novos partidos políticos, estes ou resultaram das mais que habituais cisões da Esquerda, ou traduzem-se em movimentos políticos sectoriais ou de causas específicas, não congregando uma estratégia político-partidária necessária para corresponder  aos desígnios nacionais actuais. Asism, parece-me que o Centro-Direita está órfão de um verdadeiro partido político, visto que os dois partidos do actual Governo estão mais que vergastados pelos sucessivos escândalos e casos de incompetência, mas sobretudo por terem apostado numa deriva ultra-liberal afastando-se de prerrogativas ideológicas tão assumidas pelo Centro-Direita como é o caso, a título exemplificativo do Estado Social. Faltam valores nos dois partidos do Governo, escasseam militantes e governantes que estejam absolutamente livre dos interesse económicos e que possam decidir em consciência e pelo interesse nacional. Fazem falta neste país partidos que louvem o mérito, que tenham militantes com experiência profissional e desinteressados dos negócios de Estado. Fazem falta em Portugal partidos políticos que tenham uma verdadeira e ampla estratégia para o futuro de Portugal. Fazem falta partidos políticos que estejam conscientes que dar o exemplo para o país num momento de dificuldades, não é compatível com boys com chorudas remunerações, com negócios obscuros entre empresas do Estado, com elementos sem experiência profssional, com adjudicações directas, com falta de abnegação, com amadorismos, com falta de transparência, etc. Julgo que este poderia ser um momento crucial de se recentrar a Direita partidária em Portugal, aproveitando muitos notáveis e  personalidades descontentes do PSD, CDS-PP, MPT, PND, antigo MEP, ex. MMS para, à semelhança das pretensões da Esquerda portuguesa, congregar vontades e recursos num projcto viável e esperançoso para Portugal e avançar com uma verdadeira alternativa ao Liberalismo que neste momento deveria ter voltado para a gaveta dos conteúdos ideológicos partidários.
Para finalizar esta muito breve reflexão, deixo aqui três notas que eventualmente servirão para aguçar a curiosidade e discussão dos caros leitores:

* registo uma entrevista dada na TVI 24 aos programa Olhos nos Olhos por Judite de Sousa e Medina Carreira a Manuel Monteiro antigo presidente do CDS-PP, de onde retiro a excelente forma deste político e sentido de oportunidade sobre os temas abordados, bem como dou nota de mais um excelente recurso humano do espectro da Direita política desaproveitado pelas elites políticas do país.
*registo que no momento em que o antigo bastonário da Ordem dos Advogados Dr. Marinho e Pinto acedeu a dar o corpo ao manifesto por um partido político (MPT) para enfrentar uma difícil batalha eleitoral (Europeias 2014) muitas outras personalidades impulsionadas pela actual conjuntura política e económico-financeira e pelo chamamento da sociedade civil para participarem activamente no comando do país, poderão estar muito mais sensíveis e receptivas à participação em projectos políticos, o que saúdo.
*recordo um extinto PDC - Partido da Democracia-Cristã que em muito boa hora poderia aparecer para reocupar um espaço que já foi parcialmente seu e neste momento está õrfão de representatividade partidária.




segunda-feira, abril 25, 2011

Matando o moribundo, por Boaventura Sousa Santos

«Não se experimentou até agora uma coligação de esquerda, envolvendo o PS, o PCP e o BE». In "Público" 25 de Abril de 2011.

domingo, outubro 17, 2010

IV República

Já não é com militares que vamos lá. Teremos que ser nós a lutar!!
O país so terá futuro com as gerações mais velhas a deixarem de acreditar que a geração das proprinas e das pga´s não era a geração rasca. Pois, na verdade, é essa a amorfa classe que vai vivendo alienada, como que incólume a esta convulsão social e degradação política, quando ao invés, era quem teria de rasgar o actual fado de que temos padecido.Não são os lutadores de Abril que terão que fazer a nova República. Esses já tiveram as suas conquistas. Nós, apesar de educados numa sociedade da oferta, do consumo e do facilitismo, temos que saber dar valor à vida, às dificuldades e ultrapassá-las com sabedoria e empenho. Temos que ser nós a mostrar que não somos as ovelhas obedientes e estupidificantes que os vários governos nos quiseram formar e que temos capacidade, tenacidade e sobretudo desejo de tomar o rumo deste país chamado Portugal. Quando Homem sonha, a obra nasce, já dizia o poeta...pois então sonhemos poder mudar o destino desta nossa pátria, não fiquemos sentados no sofá a ver na TV o que se passa lá fora...já chega de conformismo!!! Estou optimista porque sei que este caduco regime irá cair de podre... mas a maioria dos portugueses não poderá ficar à espera que ele cai, quando sabe que está preso por um fio na árvore!! A IV República é cada vez mais uma realidade e os portugueses começarão a querer fazer parte dessa mudança e a desejar ser protagonistas dessa mesma obra. Deixarão de se limitar às críticas na imprensa, no café, nos blogues, nas redes sociais, e passarão a outra fase, da acção, da reposição da liberdade e da democracia em Portugal. Já constatámos que, não obstante décadas de denúncias de corrupção, de escândalos, de promiscuidades entre o poder político e o poder económico, esses sectores não alteraram o seu comportamento, passando um atestado de incompetência aos portugueses que se alienaram à indignação perante tais actos. Como se não bastasse, ainda nos pretendem mais ordeiros e menos expeditos, dando-nos o rebuçado da educação, formação e habilitação com programas a la carte tipo Novas Oportunidades. Mas enganam-se aqueles que confiaram que a geração que designaram de rasca e individualista, à semelhança das gerações mais novas da sociedade ocidental, ficaria impávida a aguardar pela delapidação do país. 800 anos de história e muito sofrimento permeio, dão um enorme poder de encaixe, mas simultaneamente capacidade de intervenção in extremis, para resgatar o país das trevas em que episodicamente algumas elites o teimam colocar.
Não haverá um revolução de Esquerda ou de Direita, haverá sim uma Unidade Nacional na contestação pela Dignidade de Portugal e pela Esperança no seu Futuro. Esse argumento é muito mais forte do que tudo aquilo que separa activistas políticos e todas as corporações/associações/instituições que se vêm agora, mais que nunca ameaçadas pelo sufoco financeiro e institucional em que este Governo nos colocou.
Terminando e, repetindo-me novamente, teremos de ser nós a empreender esta façanha, pois não é, obviamente o FMI e a UE que trarão novos ventos de mudança para Portugal. Aquilo que eles nos têm para oferecer são medidas avulsas e pontuais, nunca a panaceia dos nossos males. A mentalidade entranhada na nossa sociedade, que nos esmaga, nos agrilha, só poderá ser alterada se vier de dentro, da vontade expressa e inequívoca do povo português. Se este está saturado, e bem sei o paciente que sabe ser, deste status quo, é a ele que caberá esse ónus de protagonizar a mudança. A UE e o FMI dar-nos-ão o remédio habitual e temporário, divisa, nunca nos darão uma mentalidade diferente da que temos tido até à data. Tivemos as matérias-primas da costa ocidental africana, tivemos as especiarias da Índia, o ouro do Brasil, o petróleo e os diamentes de Angola, os QREN´s e agora não temos mais nada onde nos encostarmos. Só cresceremos quando deixarmos de pedir o peixe e quisermos aprender a pescar e é esse o desafio que faço aos portugueses ávidos de mudança. Não deixem mais que a classe política portuguesa brinque com a nossa dignidade e ponha em causa a nossa inteligência.


«O lugar que ocupamos é menos importante do que aquele para o qual nos dirigimos .»
Léon Tolstoi