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quarta-feira, outubro 06, 2010

História Desconhecida de Angola - Nito Alves

Para muitos portugueses e, até angolanos, a história da independência de Angola é-lhes desconhecida e padeceu de muitos sobressaltos iniciais, muitos dos quais vividos em pleno período de Guerra Fria. O episódio de Nito Alves e da tomada de poder de 27 de Maio de 1977 é um desses exemplos!
Admito que esta página seja uma perspectiva parcial ou mesmo de certa forma adulterada da verdade histórica, no entanto tem alguma coerência no defender do lado que perfilha, pelo que valerá a pena certamente lê-la! Como sou um indefectível da lusofonia e da história dos povos lusófonos, aqui deixo a ligação ao sítio da Associação 27 de Maio para os mais tentados a aprofundar um pouco da história da independência de Angola.

domingo, setembro 19, 2010

Progressos ou Equívocos na Propaganda?


Quando vi pela primeira vez estes cartazes de propaganda do PCP, a ideia que me assolou inicialmente foi: "Ena, que progressos, já verbalizam a palavra patriótica"! Sim, porque os apologistas da pátria, eram vistos como fascistas, não se podia sequer pensar em tal vocábulo que, logo aparecia o lápiz azul a tirá-lo da nossa mente. Mas depois interroguei-me do porquê do e entre patriótica e esquerda! Afinal de contas, o patriotismo de um indivíduo não deve estar subjugado perante dictames ideológicos. Mas talvez para o PCP esteja sim, caso contrário não insinuava a existência de duas linha patrióticas: uma de direita, outra de esquerda. Agora volto a questionar se o PCP teve no seu passado recente, nomeadamente no processo do 25 de Abril, descolonizações, PREC e reforma agrária, uma visão patriótica de Portugal? Aliás, pergunto se nesse período, o facto de existir uma URSS e da mesma auxiliar no financiamento do PCP e de formar quadros políticos e, dessa forma de existir uma estreita colaboração entre o regime soviético e o PCP, não era sinónimo de uma eventual subjugação do partido comunista português ao partido comunista soviético e às directrizes emanadas pela IV Internacional (Comunista)?
Aliás o PCP persiste no Internacionalismo, segundo o seu próprio Programa:
«1.Partido político [PCP] e vanguarda da classe operária e de todos os trabalhadores, o Partido Comunista Português é um partido patriótico e internacionalista...
Internacionalista, porque partido dos trabalhadores portugueses cujos interesses se identificam com os interesses dos trabalhadores dos outros países na sua luta contra a exploração capitalista e pela emancipação da humanidade; solidário para com as forças revolucionárias; partido que intervém com inteira autonomia e independência no diversificado quadro das forças revolucionárias e progressistas mundiais, nomeadamente do movimento comunista internacional que se modifica com as mudançasda situação mundial e nos diversos países e regiões -inspira as suas posições e relações internacionais no internacionalismo proletário e se assume como um partido da causa universal da libertação do Homem.»
Bem sei que se apagou a chama da Guerra Fria, do Bloco de Leste, que o Muro de Berlim caiu, etc. e que a realidade mudou substancialmente desde 1990 para cá, no entanto pergunto se o PCP não persiste no Internacionalismo (Comunista) como sua  praxis política, questionando a autenticidade do emprego da expressão patriotismo entre as suas hostes? Afinal de contas nada me aconselha enquanto patriótico a promover, ou pelo menos a anuir Estados autoritários como são casos da Venezuela, Cuba, Bolívia, Coreia do Norte...
Ao menos fiquei com dúvidas da sinceridade da sua campanha, apesar de ver, em abstracto, com satisfação o emprego (ainda que mais dialéctico) da palavra patriótica.