Sejamos originais e descartemos as cópias. Queiramos ser donos e senhores do nosso nariz e deixemo-nos de subserviências bacocas. Assumamos a nossa identidade e cultura deixemo-nos de plagiar modelos ultrapassados ou absolutamente desfasados da nossa realidade. Não percamos mais tempo em adopções e cópias estrangeiras que em muito abalam a nossa auto-estima e orgulho nacionais e por isso e à semelhança dos vizinhos espanhóis, sejamos genuínos e, portanto diferentes!!! Bom 2014.
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domingo, janeiro 05, 2014
sábado, novembro 03, 2012
A aurora patriótica do PCP
É norma corrente no discurso político e acções de
campanha do PCP a utilização do vocábulo patriótico. Diz o PCP num cartaz
propagandístico «Com o PCP, uma política
e um governo patriótico e esquerda.» Mas o seu líder, Jerónimo de Sousa vai
mais longe. Dizia Jerónimo de Sousa em Maio de 2011, na alvorada das eleições
que viriam a vitória ao actual Governo, que o acordo estabelecido entre o PS,
PSD e CDS com a Troika se traduzia «um verdadeiro golpe contra o regime democrático, a
soberania de decisão do povo português e a independência nacional.»
Saúdo desta forma a evolução positiva que o partido comunista verifica no
sentido de se aproximar dos interesses nacionais do governo de um país, mais
que as diatribes ideológicas marxistas submetidas à IV Internacional e ao
antigo Bloco Soviético antes da queda do Muro de Berlim, que fizeram em muitos
casos colocar o PCP à margem dos interesses nacionais, estratégicos e
patrióticos em todo o processo da descolonização portuguesa, por exemplo. Mas enfim, tudo
isto é passado e certamente que isso acrescido a uma espécie de gulags nacionais exercidos sobre João Amaral,
Edgar Correia e Carlos Luís Figueira, pela sua afronta ao PCP por terem sido
livre pensadores em determinados momentos das suas vidas políticas, bem como
mais recentemente pelo inusitado voto de pesar à Coreia do Norte pelo
falecimento de Kom Jong III e pelo mesquinho contra na Assembleia da República ( o PEV absteve-se na
votação) no voto de pesar pela morte do histórico líder Vaclac Havel,
libertador da extinta Checoslováquia, que inevitavelmente cheirou a acerto de
contas com o passado, não tirarão o timbre responsável, democrático e patriótico ao Partido Comunista Português, não obstante ainda ter nos seus
estatutos o seu cariz Internacionalista estampado no seu ancestral Programa:
Algum dos caros leitores poderia ficar estarrecido ao ler as minhas
observações e mais até a transcrição do Programa do PCP sugerindo que este
partido, ao invés de admitir os erros do passado, umas vezes longínquo, outras
nem tanto, parece resvalar num certo conservadorismo populista (vidé Mário
Nogueira FENPROF e Carvalho da Silva e Arménio Carlos CGTP), ideológico e
partidário, mas o que é verdade é que desde que Jerónimo de Sousa é o seu primus
inter pares( não encontro melhor designação para o lugar do seu líder)
muito coisa mudou no PCP. Obviamente ainda haverá algumas arestas a limar, no
sentido do partido se afirmar verdadeiramente como progressista, tais como a abolição
do sistema de voto por mão no ar e a extinção de uma inexplicável Comissão
Central de Controlo. Mas justiça
lhe seja feita e honremos o 5º Artigo do seu Programa intitulado «Uma pátria independente e soberana com uma política
de paz, amizade e cooperação com todos os povos».
Mas deixando definitivamente algum sarcasmo e ironia para trás, pergunto
se o patriotismo do PCP padece de algum complexo de menoridade, por tardio que
chegou ou se apenas e só é uma faca de dois gumes? Pergunto por exemplo se é
patriótico pedir, incentivar os portugueses a irem para as ruas unirem-se e
manifestarem-se contra os tais governos subjugados pela Troika, contra o desemprego
e contra mais um orçamento de Estado que empobrece os portugueses e depois, na
hora de dar o exemplo, falha clamorosamente. Não consigo conceber como o PCP
pede união e solidariedade entre os portugueses e ele próprio não se consegue unir
ao Bloco de Esquerda num exercício bem mais fácil de esgrimir, junto da AR!
Dois partidos que cada vez mais demonstram ser iguais, nem sequer conseguiram
juntar esforços para apresentarem uma moção de censura conjunta ao Governo em
sinal de protesto pelas tais políticas de direita que criticam ferozmente. Não
fazia realmente sentido dar outro rumo à Esquerda Portuguesa e, dando provas de
absoluto dever patriótico apresentando uma verdadeira alternativa à praxis
partidária existente no seu quadrante político, fundir-se com o BE dando maior
robustez ao que afirma nas suas constantes dialécticas do dever patriótico e
das alternativas de Esquerda e por aí fora? Não é o PCP um partido colectivista
que se nega a dar primazias a vaidades pessoais, similitude também apregoada
pelo seu colega BE? Então não haveria maior prova de desassombro e
responsabilidade política do que mostrar ao eleitorado nacional que o tempo
sendo de excepção, implica novas medidas nunca antes experimentadas em prol do
interesse nacional. Convenhamos, não estou a sugerir a fusão com o PS, onde
reconheço existirem muitos temas fraturantes com o PCP, falo apenas e só do seu
quase "irmão" Bloco de Esquerda. Não daria este passo uma substancial
confiança ao eleitorado de esquerda que não reconhece nestes partidos individualmente
uma alternativa credível para a governação de Portugal? Em tempos que soam a imperativos
de se construírem pontes e de se estabelecerem diálogos políticos, estará o PCP
apto para dar as mãos e construir algo pelo país e pela sua viabilidade futura?
Em Portugal na política vive-se em clima abundamente crispado, onde se pratica
uma lógica de terra queimada, onde se pretende ver sempre o copo meio vazio, de
constantes críticas negativas, de politização da economia, da justiça, dos
sindicatos, onde aquilo que se torna público tem sempre uma conotação ideológica-partidária.
Gostaria sinceramente de poder ver alguns dos partidos que se arrogam no
direito indicar o caminho, também eles de darem o exemplo, como se exige em
casa a um bom pai de família. «O
faz o que eu digo mas não faças o que eu faço» de James Carrel não fica
bem a ninguém, nem ao Governo, nem à oposição. Se há notas positivas que se
devam realçar no desempenho da acção governativa gostaria de ver a oposição em
massa a evidenciá-las dando o seu inestimável contributo para a própria melhoria
da reputação da classe política que estes partidos tanto enxovalharam com as
suas lógicas de poder. E apesar de sentir que o PCP crê cada vez mais
firmemente na sua revolução para Portugal, recomendo apenas que a faça
pacificamente, sem oportunismos, olhando para o passado com humildade e sapiência,
mudando alguns pontos que devem ser rectificados na sua praxis, sufragando definitivamente a ideia de que é realmente um
partido progressista, abdicando um pouco de algumas bandeiras em detrimento do
bem comum. Espera-se muito dos políticos do presente e estes só terão futuro de
foram responsáveis, rigorosos, competentes e, sobretudo patrióticos. O PCP de Jerónimo de Sousa mudou face ao de Carlos Carvalhas muito pouco e, quase só em aparência, falta realizar-se o partido para o país, sem instrumentalização dos sindicatos, de alguma imprensa, sem utopias do passado, estabelecendo diálogos maduros e profícuos com todos os seus adversários partidários, estando apto para ceder inclusivamente a sua existência em detrimento de um projecto partidário mais aglutinador para o país, reconhecendo méritos alheios, que também os há, mas tendo essencialmente a tónica de que se a oportunidade espreita ao virar da esquina, a visão que daí resulta é de uma rua estilhaçada, sendo necessária muita cooperação e patriotismo para colocar novamente tudo na ordem.
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quarta-feira, outubro 10, 2012
quinta-feira, agosto 30, 2012
Cultura oliventina valorizada
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quarta-feira, fevereiro 22, 2012
Olivença - Estranhas comemorações
Recentemente o GAO - Grupo dos Amigos de Olivença noticiou pela comunicação social nacional uma estranha comemoração que o alcaide de Olivença se prepara para realizar naquele território saqueado por Espanha. Ao que foi veiculado por este grupo o alcaide oliventino deseja comemorar os 211 anos de ocupação ilegal daquele território através de uma guerra designada por Guerra das Laranjas, ocorrida em 1801. Pretende-se realizar uma mega produção da vitória de um país agressor sobre Portugal que teve como consequência a usurpação daquele território. Tem havido muito silêncio e até cumplicidades entre o município local, a região administrativa da Extremadura e o próprio Governo Central de Espanha de quem seria de esperar uma tomada de posição sobre o assunto. Quanto aos órgãos de soberania nacionais parece seguir-se o mesmo diapasão, o silêncio é de ouro. Contudo e, voltando ao título da mensagem, parece ser estranho querer-se comemorar a invasão de um país que retirou direitos de jurisdição, circulação e de nacionalidade ao território anexado. Ou seja, irá-se comemorar em Olivença 211 anos de agressão e anexação sobre um território nacional! Parece no mínimo estranho que o Governo Português, por intermédio do Ministério dos Negócios Estrangeiros não se queira pronunciar e até mesmo condenar esta iniciativa. Acresce que a coligação governamental PSD-CDS sempre teve uma postura minimamente coerente e séria no que toca a esta clívagem diplomática, pelo que seria de esperar por parte do Dr. Paulo Portas, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, coerência e patriotismo numa rápida condenação ao acto de agressão que a nossa vizinha Espanha se prepara para fazer. Aliás, sendo um dos poucos motivos de alguma apreensão e discórdia com a nossa vizinha Espanha, exceptuando talvez a questão dos caudais dos rios internacionais, ambos sempre omissos nas questões que Portugal pretende discutir com Espanha nas periódicas cimeiras lsuo-espanholas, parece-me que Espanha teria todo o interesse em sanar definitivamente estes pruridos com Portugal. Ao invés teima na arrogância e na prepotência de quem ocupa, usa e abusa dos bens alheios.
Sou democrata-cristão e enquanto simpatizante do CDS-PP sentir-me-ei muito defraudado se este Governo não tomar uma enérgica medida com vista a censurar estes dispautérios de vestuto colonialismo castelhano.
Em jeito de conclusão, quanto ao facto do tema ter sido recentemente abordado e activamente censurado pelo PS de António José Seguro, apesar de me congratular por dessa forma ter sido colocado o tema na agenda mediática, só posso com isso reconhecer uma total insignificância do líder da oposição parlamentar, fruto do passado recente de responsabilidades na quase bancarrota de Portugal, onde a mesma pessoa era deputado do PS de apoio ao Governo Sócrates e, por isso solidário com todas as suas decisões tomadas. E, pelos temas que aborda, entre o qual o de Olivença, algo de inusitado no PS, apenas revela que procura desesperadamente pontos de conflito e clívagem com este Governo para se poder descolar do famigerado plano de resgate da Troika. Recordo ainda que o PS se agora foi enérgico a levantar esta problemática, em todos os 6 anos de consulado governamental (com cimeiras luso-espanholas pelo meio) foi incapaz de abordar ao de leve sequer o tema. Ou seja, esta atitude apenas revela desnorte e hipocrisia de uma classe política que tudo faz para ser notada e para demonstrar que faz diferente do rival no Governo.
Se a memória não me falha as próprias comemorações veiculadas em vários órgãos de comunicação social, desde o Público, Jornal de Notícias, TVI24, Agência Financeira e Jornal da Madeira, já tinham sido anunciadas ainda com o Governo de Sócrates, pelo que ainda mais gravosa se torna a atitude. De qualquer forma, neste caso em concreto, Olivença e o Patriotismo agradecem por terem sido lembrados.
Quanto ao que espero deste Governo? Sinceramente que seja verdadeiramente independente, patriótico e rigoroso na demanda de responsabilidades e de soluções para esta velha questão de 211 anos (só por aqui se vê o deixa andar nacional!). Se o MNE português chamasse o embaixador espanhol em Portugal e abordasse inclusivamente esta questão no seio da UÉ, bem como solicitasse correspondentes diligências do nosso embaixador em Madrid, parecia-me algo de louvável, pois se se quer ser diferente do populismo, da demagogia e da cobardia, actue-se em conformidade. Se Madrid quer ser um membro sério da UÉ, um parceiro reconhecido, amigo e solidário dos seus pares, terá que se deixar de velhos tiques de potência colonialista e ser o primeiro interessado em dissipar quaisquer conflitos com o seu vizinho lusitano.
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sábado, outubro 22, 2011
Em tempos de crise, recordai Évora.
O presente momento em Portugal é de crise económica, recheada de muita descrença e muita revolta pela ilusão que nos venderam nas últimas décadas e também de reduzido optimismo no futuro.
Lembrei-me por isso de sugerir aos compatriotas que se recordassem da história de Évora e das suas inúmeras batalhas e insurreições promovidas pela independência de Portugal. A cidade de Évora foi sempre um recanto de Portugalidade, de intrínsecos valores nacionais, da vivência da alma lusitana, mas sobretudo do saber ultrapassar grandes dificuldades pelo estoicismo, combatividade e solidariedade do seu povo.
Apesar de muito vetusto feriado e quase ignorado, o 1º de Dezembro é um dia de glória e repleto de história na cidade, pela galhardia com que, em 1638 se deu início às movimentações independistas face ao domínio filipino presente desde 1580. Conhecida como a Revolta do Manuelino, essa convulsão social que eclodiu na praça de Évora, acabaria por ter repercussões nacionais na luta pela restauração pela independência de Portugal.
Menos conhecido é o triste e pesaroso episódio do Saque de Évora, no contexto da Guerra Peninsular. Este trágico acontecimento datado de 29 a 31 de Julho de 1808, onde o exército napoleónico sitiando a cidade, avançou depois violentamente sobre a escassa resistência militar e popular de que Évora dispunha, arrasando tudo e todos sem misericórdia.
Além da inarrável violência acometida sobre os habitantes da cidade, foram constantes os seus roubos/pilhagens de praticamente todos os edifícios religiosos e públicos. Muitas casas particulares também não escaparam à ira francesa, contando-se inúmeras destruições ao património artístico-arquitectónico eborense, bem como atentados e sacrilégios contra o Santissímo Sacramento, já não para falar nas violações às mulheres, algumas de hábito e outros tantos atropelos à vida e direitos humanos.
No final deste fatal e ensombrado cenário, pouco restaria, não fora a coragem e o altruísmo de um clérigo eborense chamado Frei Manuel do Cenáculo. Este religioso, confrontado por um oficial francês, após esse tremendo morticínio na cidade, que lhe pergunta às portas da Sé em júbilo «Quem vive?», responde convictamente e despudoradamente, «A Força!».
Contado o episódio, parece natural assumir que, não obstante a grandeza das dificuldades e o número de obstáculos, os alentejanos com coragem, resiliência e solidariedade entre si, têm sabido debelar os problemas com que se têm deparado. Aos portugueses fica a mensagem, mas sobretudo o exemplo histórico de convicção e bravura, úteis para podermos projectar o futuro com outra perspectiva e optimismo.
Sabemos através da Memória Histórica que os nossos antepassados desde os mais longínquos tempos aos mais chegados, viveram em constante sobressalto pelas dificuldades inerentes à sua época, mas permeio essas vicissitudes souberam sempre sair juntos vencedores...
Após o novo orçamento para 2012, fica aqui a Dica da Semana.
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domingo, outubro 16, 2011
Auto-estima Nacional
Bem sei que o momento parece redutor para a presente mensagem, mas não obstante o momento crítico que o país atravessa e a comunicação de Pedro Passos Coelho sobre novas medidas restritivas no Orçamento de Estado para 2012, há sempre exemplos que devemos assinalar. Neste sentido e, como muitos dizem e bem, a crise deve ser uma janela de oportunidade, fico agradavelmente surpreendido por notar que dois órgãos de comunicação social quiseram alterar os velhos hábitos portugueses e inovaram por alimentar a nossa auto-estima. São eles a Antena 1 e o DN. A rádio Antena 1 por ter iniciado há já algum tempo um magazine chamado Nós vencedores, e dá exemplos de pessoas que independentemente das suas dificuldades na vida, souberam sempre olhar para ela com um sorriso e com determinação, tornando-se autênticos vencedores num Mundo extraordinariamente competitivo e demasiadas vezes cruel. Por seu turno o jornal DN tem um espaço relativamente recente designado por Made in Portugal onde se publicitam casos de sucesso do nosso tecido empresarial, muitos dos quais com enorme capacidades tecnológica e inovadores processos. Esta iniciativa é quase como "uma lança em África", tendo em consideração o estigma que o povo português tem em se valorizar. É que atrás desta valorização, vem maior capacidade e vontade de surpreender e de fazer mais e melhor. Bem hajam Antena 1 e DN. Fico satisfeito por notar que há quem queira valorizar o mérito, o trabalho e a resiliência(apesar do Governo cortar nas bolsas de mérito para os melhores alunos do ensino secundário). Conto com a replicação desta ideia por outros mais meios de comunicação social, mas sobretudo no desígnio nacional de querer ultrapassar as presentes dificuldades.
Força Portugal!!
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quinta-feira, setembro 08, 2011
Vai-te embora Relvas, vai
Há um episódioda minha existência pós-adolescência que, por mais insignificante que seja, pelo riso que me provocou perdurou na minha memória. Certo dia, vinha eu do campo a ouvir uma rádio local (alentejana) quando dei por mim a dar atenção ao programa de discos pedidos. O cómico deste corriqueiro e trivial cenário foi quando um ouvinte pediu a música do Fernando Correia Marques, "Vai-te embora melga, vai". Até aqui tudo sem graça, mas a piada eclodiu quando o locutor agradecendo o pedido questionou se o ouvinte queria deixar alguma dedicatória especial. Este numa inusitada prontidão atira: «À minha sogra».
A piada pode ter sido elementar e até gasta pelo protagonista visado, mas trago-a de novo à ribalta para uma dedicatória diferente. Desta feita quero dedicar este hino popular ao ministro adjunto e dos assuntos parlamentares, Dr. Miguel Relvas.
Não o faço para reeditar a serôdia graça, mas porque entendo que esta sombria personagem política tem ou pode vir a ter um prejudicial papel sobre um Governo que se quer credível, empreendedor, mas sobretudo patriótico. E, para haver uma perfeita simbiose entre estes pressupostos é igualmente necessário que o executivo benefície de ponderação, tranquilidade e confiança. Isso é tudo quanto uma melga não pode dar a um modesto político. A sua presença junto de um qualquer elemento governativo certamente que perturbará a sua paciência, tal como o seu sonoro zumbido afectará naturalmente os níveis de concentração desejáveis para tal função! Todos sabemos o quão persistente tem sido a melga maçónica junto da classe política, essencialmente do bloco central nestas últimas décadas de Democracia em Portugal. A sua presença agrava-se por contaminar o desejável espírito patriótico que possa existir num elenco governativo, semeando a lógica corporativista, do tráfico de interesses e parcial das atribuições de um Estado de Direito. A existência de insectos pouco transparentes que muitas vezes não se vendo, ouvimos esvoaçar sem saber a fazer o quê, preocupa seguramente.
A filiação em associações corporativas, elitistas, enigmáticas, sem atribuições específicas e transparentes, cabais e com fins generosos, deveria ser incompatível com o exercício de cargos governativos, sob pena de os interesses de umas se sobreporem a outros mais amplos e inequívocos.
Estou convicto que este prolongado zum-zum no nosso quadrante político-partidário tem prejudicado de sobremaneira a qualidade da nossa Democracia e da seriedade da respectiva classe política. No meio de décadas de militante existência e subversiva acção, o que fica da sua herança para os vindouros? É correcto colocar a questão; o que é que esta melga fez por Portugal? Ou, ao invés, deveríamos inquirir sobre o que é que este insecto meloso fez com Portugal? No final de contas, entre algumas questões e outras tantas dúvidas, a dita melga voa, voa, incessante sobre conturbados ambientes. E tanto é assim que, com tamanho e ensurdecedor zumbido nem Passos Coelho já se consegue fazer ouvir.
Uma coisa sei, seja Relvas a melga ou mero veículo de transmissão do dito insecto e seu estorvo até ao Governo, que vai haver chatice, lá isso vai...
sexta-feira, julho 15, 2011
quinta-feira, dezembro 09, 2010
segunda-feira, dezembro 06, 2010
Cavaco e Sócrates. Eles nem sempre compram...
Na recente cimeira Ibero-Americana, realizada na cidade argentina de Mar del Plata, Cavaco Silva e José Sócrates, partilharam um feito. Aliás dois! Um foi, terem tirado uma fotografia com o Presidente Lula da Silva, conjuntamente. O outro, foi terem viajado na mesma companhia aérea até ao seu destino na supracitada cimeira. TAP!!? Nop. SATA!!? Nop. WHITE!!?? Nop. PORTUGÁLIA AIRLINES!!? Nop. ORBEST!!?? Nop. LUZAIR!!? Nop. HIFLY!!!? Nop. EURO ATLANTIC AIRLINES!!!? Nop. À falta de escolha em companhias aéreas nacionais, os mais altos dignatários da República Portuguesa, partilharam a escolha na internacional (falou-se novamente tanto em Ibéria, na candidatura ao Mundial de 2018) Ibéria. Mas esse simples gesto simbólico, patriótico, catalizador de massas, não carece de ser aplicado ao mais alto nível, pelo facto do tecido económico e empresarial nacional, nomeadamente nas companhias aéras, estar em franca expansão e consolidado. Nós devemos Comprar o que é Nosso sempre, de forma a incentivar a produção nacional. Os nossos políticos e representantes da Nação devem Comprar o que é Nosso qb...aliás, sempre crescemos a ouvir dizer que os exemplos vêm debaixo!!
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sexta-feira, dezembro 03, 2010
De Espanha nem bom vento, nem Mundial, nem água...
A expressão original dita «De Espanha nem bom vento, nem bom casamento». Adulterei essa expressão popular portuguesa pela perda da atribuição do Mundial de 2018, que depressa fez deluir a paz podre reinante entre os dois países ibéricos unidos para a realização deste evento. Aliás, essa paz podre, permitiu inclusivamente cobrir uma vasta amnésia sobre o porquê da comemoração do feriado de 1 de Dezembro, depressa posta a nu, com essa fatalidade da perda para a Rússia na gala da FIFA da organização do Mundial de 2018. Nem 24 horas passaram desde essa derrota diplomática ibérica no campo desportivo (apesar de pessoalmente achar que era a candidatura mais consistente), que imediatamente passámos a saber que nuestros hermanos nos desean quitar el agua del Tajo y Guadiana. Terminada mais uma parceria ibérica, voltámos a sentir pruridos e urticária quando ouvimos hablar castellano y de expressiones como iberia. Há coisas que nunca mudam!!!
domingo, setembro 19, 2010
Progressos ou Equívocos na Propaganda?
Quando vi pela primeira vez estes cartazes de propaganda do PCP, a ideia que me assolou inicialmente foi: "Ena, que progressos, já verbalizam a palavra patriótica"! Sim, porque os apologistas da pátria, eram vistos como fascistas, não se podia sequer pensar em tal vocábulo que, logo aparecia o lápiz azul a tirá-lo da nossa mente. Mas depois interroguei-me do porquê do e entre patriótica e esquerda! Afinal de contas, o patriotismo de um indivíduo não deve estar subjugado perante dictames ideológicos. Mas talvez para o PCP esteja sim, caso contrário não insinuava a existência de duas linha patrióticas: uma de direita, outra de esquerda. Agora volto a questionar se o PCP teve no seu passado recente, nomeadamente no processo do 25 de Abril, descolonizações, PREC e reforma agrária, uma visão patriótica de Portugal? Aliás, pergunto se nesse período, o facto de existir uma URSS e da mesma auxiliar no financiamento do PCP e de formar quadros políticos e, dessa forma de existir uma estreita colaboração entre o regime soviético e o PCP, não era sinónimo de uma eventual subjugação do partido comunista português ao partido comunista soviético e às directrizes emanadas pela IV Internacional (Comunista)?
Aliás o PCP persiste no Internacionalismo, segundo o seu próprio Programa:
«1.Partido político [PCP] e vanguarda da classe operária e de todos os trabalhadores, o Partido Comunista Português é um partido patriótico e internacionalista...
Internacionalista, porque partido dos trabalhadores portugueses cujos interesses se identificam com os interesses dos trabalhadores dos outros países na sua luta contra a exploração capitalista e pela emancipação da humanidade; solidário para com as forças revolucionárias; partido que intervém com inteira autonomia e independência no diversificado quadro das forças revolucionárias e progressistas mundiais, nomeadamente do movimento comunista internacional que se modifica com as mudançasda situação mundial e nos diversos países e regiões -inspira as suas posições e relações internacionais no internacionalismo proletário e se assume como um partido da causa universal da libertação do Homem.»
Bem sei que se apagou a chama da Guerra Fria, do Bloco de Leste, que o Muro de Berlim caiu, etc. e que a realidade mudou substancialmente desde 1990 para cá, no entanto pergunto se o PCP não persiste no Internacionalismo (Comunista) como sua praxis política, questionando a autenticidade do emprego da expressão patriotismo entre as suas hostes? Afinal de contas nada me aconselha enquanto patriótico a promover, ou pelo menos a anuir Estados autoritários como são casos da Venezuela, Cuba, Bolívia, Coreia do Norte...
Ao menos fiquei com dúvidas da sinceridade da sua campanha, apesar de ver, em abstracto, com satisfação o emprego (ainda que mais dialéctico) da palavra patriótica.
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