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sábado, outubro 22, 2011

Em tempos de crise, recordai Évora.

O presente momento em Portugal é de crise económica, recheada de muita descrença e muita revolta pela ilusão que nos venderam nas últimas décadas e também de reduzido optimismo no futuro.
Lembrei-me por isso de sugerir aos compatriotas que se recordassem da história de Évora e das suas inúmeras batalhas e insurreições promovidas pela independência de Portugal. A cidade de Évora foi sempre um recanto de Portugalidade, de intrínsecos valores nacionais, da vivência da alma lusitana, mas sobretudo do saber ultrapassar grandes dificuldades pelo estoicismo, combatividade e solidariedade do seu povo.
Apesar de muito vetusto feriado e quase ignorado, o 1º de Dezembro é um dia de glória e repleto de história na cidade, pela galhardia com que, em 1638 se deu início às movimentações independistas face ao domínio filipino presente desde 1580. Conhecida como a Revolta do Manuelino, essa convulsão social que eclodiu na praça de Évora, acabaria por ter repercussões nacionais na luta pela restauração pela independência de Portugal.
Menos conhecido é o triste e pesaroso episódio do Saque de Évora, no contexto da Guerra Peninsular. Este trágico acontecimento datado de 29 a 31 de Julho de 1808, onde  o exército napoleónico sitiando a cidade, avançou depois violentamente sobre a escassa resistência militar e popular de que Évora dispunha, arrasando tudo e todos sem misericórdia.
Além da inarrável violência acometida sobre os habitantes da cidade, foram constantes os seus roubos/pilhagens de praticamente todos os edifícios religiosos e públicos. Muitas casas particulares também não escaparam à ira francesa, contando-se inúmeras destruições ao património artístico-arquitectónico eborense, bem como atentados e sacrilégios contra o Santissímo Sacramento, já não para falar nas violações às mulheres, algumas de hábito e outros tantos atropelos à vida e direitos humanos.
No final deste fatal e ensombrado cenário, pouco restaria, não fora a coragem e o altruísmo de um clérigo eborense chamado Frei Manuel do Cenáculo. Este religioso, confrontado por um oficial francês, após esse tremendo morticínio na cidade, que lhe pergunta às portas da Sé em júbilo «Quem vive?», responde convictamente e despudoradamente, «A Força!».
Contado o episódio, parece natural assumir que, não obstante a grandeza das dificuldades e o número de obstáculos, os alentejanos com coragem, resiliência e solidariedade entre si, têm sabido debelar os problemas com que se têm deparado. Aos portugueses fica a mensagem, mas sobretudo o exemplo histórico de convicção e bravura, úteis para podermos projectar o futuro com outra perspectiva e optimismo.
Sabemos através da Memória Histórica que os nossos antepassados desde os mais longínquos tempos aos mais chegados, viveram em constante sobressalto pelas dificuldades inerentes à sua época, mas permeio essas vicissitudes souberam sempre sair juntos vencedores...
Após o novo orçamento para 2012, fica aqui a Dica da Semana.

quinta-feira, setembro 08, 2011

Vai-te embora Relvas, vai

Há um episódioda minha existência pós-adolescência que, por mais insignificante que seja, pelo riso que me provocou perdurou na minha memória. Certo dia, vinha eu do campo a ouvir uma rádio local (alentejana) quando dei por mim a dar atenção ao programa de discos pedidos. O cómico deste corriqueiro e trivial cenário foi quando um ouvinte pediu a música do Fernando Correia Marques, "Vai-te embora melga, vai". Até aqui tudo sem graça, mas a piada eclodiu quando o locutor agradecendo o pedido questionou se o ouvinte queria deixar alguma dedicatória especial. Este numa inusitada prontidão atira: «À minha sogra».
A piada pode ter sido elementar e até gasta pelo protagonista visado, mas trago-a de novo à ribalta para uma dedicatória diferente. Desta feita quero dedicar este hino popular ao ministro adjunto e dos assuntos parlamentares, Dr. Miguel Relvas.
Não o faço para reeditar a serôdia graça, mas porque entendo que esta sombria personagem política tem ou pode vir a ter um prejudicial papel sobre um Governo que se quer credível, empreendedor, mas sobretudo patriótico. E, para haver uma perfeita simbiose entre estes pressupostos é igualmente necessário que o executivo benefície de ponderação, tranquilidade e confiança. Isso é tudo quanto uma melga não pode dar a um modesto político. A sua presença junto de um qualquer elemento governativo certamente que perturbará a sua paciência, tal como o seu sonoro zumbido afectará naturalmente os níveis de concentração desejáveis para tal função! Todos sabemos o  quão persistente tem sido a melga maçónica junto da classe política, essencialmente do bloco central nestas últimas décadas de Democracia em Portugal. A sua presença agrava-se por contaminar o desejável espírito patriótico que possa existir num elenco governativo, semeando a lógica corporativista, do tráfico de interesses e parcial das atribuições de um Estado de Direito. A existência de insectos pouco transparentes que muitas vezes não se vendo, ouvimos esvoaçar  sem saber a fazer o quê, preocupa seguramente.
A filiação em associações corporativas, elitistas, enigmáticas, sem atribuições específicas e transparentes, cabais e com fins generosos, deveria ser incompatível com o exercício de cargos governativos, sob pena de os interesses de umas se sobreporem a outros mais amplos e inequívocos.
Estou convicto que este prolongado zum-zum no nosso quadrante político-partidário tem prejudicado de sobremaneira a qualidade da nossa Democracia e da seriedade da respectiva classe política. No meio de décadas de militante existência e subversiva acção, o que fica da sua herança para os vindouros? É correcto colocar a questão; o que é que esta melga fez por Portugal? Ou, ao invés, deveríamos inquirir sobre o que é que este insecto meloso fez com Portugal? No final de contas, entre algumas questões e outras tantas dúvidas, a dita melga voa, voa, incessante sobre conturbados ambientes. E tanto é assim que, com tamanho e ensurdecedor zumbido nem Passos Coelho já se consegue fazer ouvir.
Uma coisa sei, seja Relvas a melga ou mero veículo de transmissão do dito insecto e seu estorvo até ao Governo, que vai haver chatice, lá isso vai...

domingo, dezembro 19, 2010

Arqueologia Empresarial - Um raro, mas honroso exemplo.


Esta é a empresa!! A Arqueohoje foi recentemente galardoada com o prémio PME Excelência 2010, atribuído pelo IAPMEI em conjunto com a Banca Nacional. Mais não bastaria para enaltecer o seu trabalho, quando há outro motivo de orgulho para os profissionais da Arqueohoje pelo seu laborioso e rigoroso trabalho desenvolvido na criação, concepção e montagem do Museu dos Descobrimentos de Belmonte. Ora este museu foi galardoado com o Prémio Inovação e Criatividade, atribuído pela APOM - Associação Portuguesa de Museologia. Naturalmente que grande parte do mérito terá que ser dispensado à empresa que teve todo o trabalho de conceptualização do cito espaço museológico, não desprezando o valor e o mérito da autarquia de Belmonte pela materialização desse projecto. 
Por tudo isso e também por ter contribuido de uma forma tão sui generis para  o conhecimento da História e do estreitamento de relações entre países irmãos,  Brasil e Portugal, alavancando o papel destas empresas para outros níveis, enaltecendo conceitos tão oprimidos como o de Lusofonia, por exemplo, PARABÉNS ARQUEOHOJE!!