Mensagens populares

Mostrar mensagens com a etiqueta Troika. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Troika. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, setembro 03, 2015

Subscrição pela restauração do Iº de Dezembro

Ocasionalmente vou reincidindo nesta temática por me ser muito especial. Como alentejano e como português patriótico e apreciador da sua história, cultura e identidade, parece-me inteiramente justa a reposição do feriado Iº de Dezembro que celebra a Restauração da nossa Independência. Este era o feriado dos feriados e como tal parece-me de todo inusitada a extinção do mesmo, ainda para mais vindo de partidos de centro-direita, tradicionalmente mais atentos aos valores históricos e morais de uma nação.
Como o feriado, findos os 4 anos da legislatura PSD-CDS se perdeu, não obstante a saída da Troika, o Movimento Iº de Dezembro, organização apartidária e cívica tenta por variadas formas repor a justiça. Assim, e como orgulhosamente faço parte deste movimento, promovemos uma petição na rede que visa arregimentar um número significativo de assinaturas de cidadãos portugueses para sensibilizamos o nosso Presidente da República e Deputados da Nação.
Quem se quiser juntar à nossa causa, pode aceder a esta página e assinar a nossa petição.
Desde já agradeço a todos quanto se solidarizaram e solidarizarão com esta nobre causa.

sábado, novembro 03, 2012

A aurora patriótica do PCP


É norma corrente no discurso político e acções de campanha do PCP a utilização do vocábulo patriótico. Diz o PCP num cartaz propagandístico «Com o PCP, uma política e um governo patriótico e esquerda.» Mas o seu líder, Jerónimo de Sousa vai mais longe. Dizia Jerónimo de Sousa em Maio de 2011, na alvorada das eleições que viriam a vitória ao actual Governo, que o acordo estabelecido entre o PS, PSD e CDS com a Troika se traduzia «um verdadeiro golpe contra o regime democrático, a soberania de decisão do povo português e a independência nacional.» Saúdo desta forma a evolução positiva que o partido comunista verifica no sentido de se aproximar dos interesses nacionais do governo de um país, mais que as diatribes ideológicas marxistas submetidas à IV Internacional e ao antigo Bloco Soviético antes da queda do Muro de Berlim, que fizeram em muitos casos colocar o PCP à margem dos interesses nacionais, estratégicos e patrióticos em todo o processo da descolonização portuguesa, por exemplo. Mas enfim, tudo isto é passado e certamente que isso acrescido a uma espécie de gulags nacionais exercidos sobre João Amaral, Edgar Correia e Carlos Luís Figueira, pela sua afronta ao PCP por terem sido livre pensadores em determinados momentos das suas vidas políticas, bem como mais recentemente pelo inusitado voto de pesar à Coreia do Norte pelo falecimento de Kom Jong III e pelo mesquinho contra na Assembleia da República ( o PEV absteve-se na votação) no voto de pesar pela morte do histórico líder Vaclac Havel, libertador da extinta Checoslováquia, que inevitavelmente cheirou a acerto de contas com o passado, não tirarão o timbre responsável, democrático e patriótico ao Partido Comunista Português, não obstante ainda ter nos seus estatutos o seu cariz Internacionalista estampado no seu ancestral Programa:



Algum dos caros leitores poderia ficar estarrecido ao ler as minhas observações e mais até a transcrição do Programa do PCP sugerindo que este partido, ao invés de admitir os erros do passado, umas vezes longínquo, outras nem tanto, parece resvalar num certo conservadorismo populista (vidé Mário Nogueira FENPROF e Carvalho da Silva e Arménio Carlos CGTP), ideológico e partidário, mas o que é verdade é que desde que Jerónimo de Sousa é o seu primus inter pares( não encontro melhor designação para o lugar do seu líder) muito coisa mudou no PCP. Obviamente ainda haverá algumas arestas a limar, no sentido do partido se afirmar verdadeiramente como progressista, tais como a abolição do sistema de voto por mão no ar e a extinção de uma inexplicável Comissão Central de Controlo. Mas justiça lhe seja feita e honremos o 5º Artigo do seu Programa intitulado «Uma pátria independente e soberana com uma política de paz, amizade e cooperação com todos os povos».

Mas deixando definitivamente algum sarcasmo e ironia para trás, pergunto se o patriotismo do PCP padece de algum complexo de menoridade, por tardio que chegou ou se apenas e só é uma faca de dois gumes? Pergunto por exemplo se é patriótico pedir, incentivar os portugueses a irem para as ruas unirem-se e manifestarem-se contra os tais governos subjugados pela Troika, contra o desemprego e contra mais um orçamento de Estado que empobrece os portugueses e depois, na hora de dar o exemplo, falha clamorosamente. Não consigo conceber como o PCP pede união e solidariedade entre os portugueses e ele próprio não se consegue unir ao Bloco de Esquerda num exercício bem mais fácil de esgrimir, junto da AR! Dois partidos que cada vez mais demonstram ser iguais, nem sequer conseguiram juntar esforços para apresentarem uma moção de censura conjunta ao Governo em sinal de protesto pelas tais políticas de direita que criticam ferozmente. Não fazia realmente sentido dar outro rumo à Esquerda Portuguesa e, dando provas de absoluto dever patriótico apresentando uma verdadeira alternativa à praxis partidária existente no seu quadrante político, fundir-se com o BE dando maior robustez ao que afirma nas suas constantes dialécticas do dever patriótico e das alternativas de Esquerda e por aí fora? Não é o PCP um partido colectivista que se nega a dar primazias a vaidades pessoais, similitude também apregoada pelo seu colega BE? Então não haveria maior prova de desassombro e responsabilidade política do que mostrar ao eleitorado nacional que o tempo sendo de excepção, implica novas medidas nunca antes experimentadas em prol do interesse nacional. Convenhamos, não estou a sugerir a fusão com o PS, onde reconheço existirem muitos temas fraturantes com o PCP, falo apenas e só do seu quase "irmão" Bloco de Esquerda. Não daria este passo uma substancial confiança ao eleitorado de esquerda que não reconhece nestes partidos individualmente uma alternativa credível para a governação de Portugal? Em tempos que soam a imperativos de se construírem pontes e de se estabelecerem diálogos políticos, estará o PCP apto para dar as mãos e construir algo pelo país e pela sua viabilidade futura?
Em Portugal na política vive-se em clima abundamente crispado, onde se pratica uma lógica de terra queimada, onde se pretende ver sempre o copo meio vazio, de constantes críticas negativas, de politização da economia, da justiça, dos sindicatos, onde aquilo que se torna público tem sempre uma conotação ideológica-partidária. Gostaria sinceramente de poder ver alguns dos partidos que se arrogam no direito indicar o caminho, também eles de darem o exemplo, como se exige em casa a um bom pai de família. «O faz o que eu digo mas não faças o que eu faço» de James Carrel não fica bem a ninguém, nem ao Governo, nem à oposição. Se há notas positivas que se devam realçar no desempenho da acção governativa gostaria de ver a oposição em massa a evidenciá-las dando o seu inestimável contributo para a própria melhoria da reputação da classe política que estes partidos tanto enxovalharam com as suas lógicas de poder. E apesar de sentir que o PCP crê cada vez mais firmemente na sua revolução para Portugal, recomendo apenas que a faça pacificamente, sem oportunismos, olhando para o passado com humildade e sapiência, mudando alguns pontos que devem ser rectificados na sua praxis, sufragando definitivamente a ideia de que é realmente um partido progressista, abdicando um pouco de algumas bandeiras em detrimento do bem comum. Espera-se muito dos políticos do presente e estes só terão futuro de foram responsáveis, rigorosos, competentes e, sobretudo patrióticos. O PCP de Jerónimo de Sousa mudou face ao de Carlos Carvalhas muito pouco e, quase só em aparência, falta realizar-se o partido para o país, sem instrumentalização dos sindicatos, de alguma imprensa, sem utopias do passado, estabelecendo diálogos maduros e profícuos com todos os seus adversários partidários, estando apto para ceder inclusivamente a sua existência em detrimento de um projecto partidário mais aglutinador para o país, reconhecendo méritos alheios, que também os há, mas tendo essencialmente a tónica de que se a oportunidade espreita ao virar da esquina, a visão que daí resulta é de uma rua estilhaçada, sendo necessária muita cooperação e patriotismo para colocar novamente tudo na ordem.

 

 

 

domingo, setembro 09, 2012

Exemplo de Patriotismo? Eis uma pequena lição.

Enquanto em Portugal grandes empresas e empresários, vão engrossando os seus lucros não obstante o clima económico de grande aperto e dificuldades financeiras, muitos transferindo mais valias para o estrangeiro para evitar a tributação no nosso sistema fiscal, ou investindo noutros países onde podem usufruir de mão-de--obra barata, ou negociando com Estados-Pária(Angola) para mero aproveitamento económico-financeiro, em Espanha uma actriz de reconhecida notoriedade mediática, de classe média-alta aproveita esse estatuto social e condição económica para ajudar os seus concidadãos a melhorar a conjuntura actual de Espanha. Replicando este modelo por outras tantas centenas de espanhóis, muito mais facilmente o país sairá do buraco em que se colocou. Não fosse já pela sua profissão reconhecida mundialmente, ficaria igualmente nos escaparates da história recente de Espanha pela sua atitude mobilizadora, pioneira, devota para com o seu país e servindo de estrela-guia numa sociedade ávida de referências e de exemplos.!! E o curioso é que proporcionalmente, a Espanha não enfrenta uma emigração dos seus desempregados e jovens tão alta quanto Portugal, o que poderá significar que estes encararam o "touro de frente" e se preparam para debelar esta momentânea crise ficando onde fazem efectivamente falta. E por essa via as crises noutros países como em Espanha são circunstanciais, enquanto em Portugal são estruturais e eternas. No nosso país não temos classe média, não temos classe reinvidicativa e intelectual, não temos classe política, não temos classe económica e financeira que nos possam fazer valer em momentos de apertos como o de agora. Apenas vamos tendo Troikas que nos colocam as contas em dia, até que sucessivos governos a posteriori façam questão de ir depauparando para suscitarem novas vindas destas entidades que nos vão tutelando periodicamente. Não nos esqueçamos que desde o 25 de Abril, já tivemos 3 visitas deste género e se tivessemos políticos patriotas, nunca chegaríamos a este ponto de Estado de Necessidade.
 

segunda-feira, agosto 13, 2012

Transparência nos fundos da PAC

Sei que o super ministério de Assunção Cristas tem muito por onde se preocupar e nem tudo é Agricultura, no entanto se também nessa área quer realizar uma profunda reforma, então faça a promoção de maior e melhor informação nos fundos comunitários da PAC, visto que segundo o sítio Farm Subsidy no Indíce de Transparência na informação recolhida sobre os fundos da PAC, estamos em 23º num total de 27 países avaliados. Seria bom para o seu ministério, para os próprios beneficiários, para os seus pares na UE e, dada a conjuntura até para a credibilidade do país junto da Troika que a informação passasse para quem de direito. Cada vez mais Portugal deve querer por si mesmo alcançar os lugares cimeiros nos índices e padrões de qualidade, transparência e assertividade.
Temos que deixar para trás o triste hábito de esperar que as coisas estejam de tal forma a correr mal, que tenhamos de ser advertidos por terceiros para alterar a situação vigente. Se há algo que tenho absoluta confiança nesta ministra da agricultura é na sua seriedade e empenho em melhorar a imagem da agricultura nacional, não apenas para a nossa sociedade, como para os nossos parceiros europeus, mas também  e sobretudo no seu objectivo de operacionalizar o sector para que dele possam viver mais portugueses e vejam a breve trecho como um nicho de mercado viável e pujante. Para isso, podemos dar pequenos passos e este, o da Credibilização, seria certamente um deles.

sábado, junho 23, 2012

Desfez-se um mito...

E não sei se fiquei mais tranquilo, se mais frustrado!! Anteontem numa incursão ao centro de saúde, apanhei um valente susto assim que me sentei. Dou com 2 chinesas a chegarem (com muito com aspecto, é verdade) e dirigirem-se ao balcão para atendimento. E não é que uma queria ser vista por um médico!! Estaria doente? São eles realmente humanos? Uma coisa é certa, Passos Coelho e Vítor Gaspar, com a juda da Troika, é claro, lá começaram a pôr os chineses em Portugal a pagar taxas moderadoras na saúde! Pode-se ter desfeito um mito é certo, mas o positivo desta estória é que os chineses estão realmente disponíveis para nos ajudar a sair desta embrulhada e não é apenas com a compra da EDP!! Fiquei afinal mais tranquilo.

sábado, outubro 29, 2011

O pós do Pós-Troika

Como será o pós-Troika a que Portugal está neste momento acorrentado? Será que nos conseguiremos safar de mais esta ingerência externa, depois de novamente reveladas da pior forma, as fragilidades e incompetências dos nossos órgãos de administração central? Será que sairemos deste colossal atoleiro económico-financeiro com graves repercussões sociais para as próximas gerações? Conseguiremos sair vencedores e ser retratados como um case-study da resolução da crise financeira mundial? Teremos que sair da Zona Euro? Seremos ainda e sempre um país por concretizar? São muitas interrogações às quais não tenho resposta e, muitas delas também levantadas após o visionamento de um excelente vídeo designado por Pós Troika.


Esta surpreendente criação, feita por juventude, criada de forma simples, revelando pesquisa documental e histórica, com um sentido crítico apurado, com excelente grafismo e com um pura demonstração de espiríto de iniciativa traduziu-se num discurso apelativo, capaz de catapultar a sociedade portuguesa para reflectir e ajuizar sobre o futuro de Portugal. Este trabalho tendo também um toque de sátira e ironia, relembra um pouco a velha escola teatral de Gil Vicente, onde a máxima das suas criações era «Ridendo Castigat Mores», ou seja a rir se corrigem os costumes. Se serão corrigidos não sei, mas que foram assinalados os maus costumes, disso não teremos dúvidas.
Por fim deixo um desafio aos autores deste valioso trabalho. Que ao contrário da Geração à Rasca e das Manifestações dos Indignados, não se resuma a fazer o diagnóstico, mas queira ir mais além e participe dessa forma num compromisso de superação dos problemas tão bem elencados, com um acrescido esforço de criatividade, solidariedade e empenho colectivos.