Metereologia 24 h

Mostrar mensagens com a etiqueta telemóveis. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta telemóveis. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Eu não mudo de skin

 AS IDENTIDADES

A identidade que conferi ao meu blogger dei-a quando criei o seu conceito e ele nasceu. Mudar isso seria como querer fazer uma cirurgia plástica só para parecer mais jovem. Deixo-o seguir o seu rumo. 

Tal como acontece com coisas vivas, tenho o costume raro de não mudar as características dos meus equipamentos de interação social. Falo do telemóvel, do computador, blogger,  facebook, whatsapp, das suas configurações, imagens de monitor, tipo de icones, sons e melodia de toque. 

Tudo o que envolva identidade.


Acho que este género de utensílio também tem a sua identidade única. Quando uso um telemóvel novo, este "pede" a sua própria identidade. Não vai ter o mesmo aspecto do anterior. Tem novas características, funciona de forma similar mas diferente, sente-se diferente. Logo, não pode ter a mesma "imagem". Cada aparelho tem o seu tempo e cada tempo pertence a um momento nosso, que acaba tendo as suas características identificativas. Eu sinto qual é essa identidade e depois configuro-a. Assim fica para sempre. 

Hoje em dia é raro optar assim, quando a tecnologia oferece tanto. Mas é como prefiro. 

O toque do telemóvel só muda em caso de necessidade, quando mudo de telemóvel. Desde 2019 que tenho o mesmo. São dois diferentes, porque tem dois sims. Um para Portugal, outro para o Reino Unido. Sempre os tive personalizados, porque, para mim, só faz sentido assim. Procurei a melodia que queria online e alterei-a na velocidade e os efeitos. É um toque polifónico pois só me agradam esses. Escutava a melodia na infância, quando ligava a televisão para ver "Era uma vez o espaço".  Em três anos, nunca que alguém ouviu e disse: "esse som é-me familiar...".. Contudo, acredito que quem seja dessa altura e tenha essa sensibilidade, vai saber a identificar.  Como skin - ou seja, o grafismo dos icones, a imagem de fundo, o protector de monitor, tenho o tema do espaço. A imagem de fundo é do planeta terra e uma chuva de meteoritos aparece quando o ecran se desliga. 

Há quem não passe cinco dias sem mudar de avatar, de imagem de fundo da página do facebook ou blogger, de foto no whatsapp etc. Nada contra quem o faz, só não faz o meu género. Em muitos casos, acho que essas constantes mudanças revelam traços de personalidade que deviam permanecer na intimidade. Tais como imaturidade, insegurança, vaidade e superficialidade. Pelo menos eu identifico algumas pessoas assim, só pela escolha de foto para avatar. Não todas atenção. Mas uma maioria que varia em idades desde jovens miúdos a adultos mal-resolvidos (lol). Eu, que sou uma pessoa mais privada (?) não sinto vontade de meter a foto das minhas férias na praia, ou no alto de uma montanha, ou abraçada a uma criança, ou a ser beijada por um homem, ou ao lado do meu gato, ou nas minhas "melhores" roupas aquando convidada para um casamento, ou quando era jovem há mais de 40 anos atrás, ou a segurar copos de cerveja num destes muitos ambientes de festa em pubs... 

Não é para mim. No máximo, uma paisagem, algo belo, porque a beleza me agrada, mas não quero parecer nem fazer por convencer os outros de que a bela sou eu. 

Bom, e é isto.





segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A praga tecnológica

Todos os dias, logo pela manhã, levo com duas ou três coisas que dispensava bem: o cheiro de tubo de escape do trânsito automóvel, pessoas a acender os cigarros bem na minha frente de modo a que o fumo siga a direcção dos meus pulmões e, o pior de todos, terrível para mim, a PRAGA DIGITAL.


Não consigo fugir dela. Mas qual praga? Falo da música portátil. Dos muitos e muitos ouvidos onde espetam os auscultadores e daí sai um ruído irritante, um zumbido pouco pacífico, que nos é impigido. Os infractores deste acto danoso, sentem-se imunes, escudados que estão pelo equipamento que os esconde. Apetece-me cortar-lhes os fios. Puf! Terminava o acto doloso.


.

Hoje pela manhã, senti tranquilidade no autocarro. Não estava cheio, consegui um lugar para viajar sentada e tentei perceber porquê estava esta viagem a ser tranquila. Viajava na parte de tras de um autocarro de três portas. O que estava diferente? É que todas as pessoas ali não traziam consigo nada que produzisse ruído. Percebi que não estava a ser agredida com os habituais zombidos. Tão depressa respirei de satisfação, tão depressa apareceu uma miúda. Põe-se mesmo à minha frente. Surge de imediato aquele som ruídoso: Bzzzz rRsssss Tssss Rssss Tasssss. Irra! Estava a ser tranquilo e era bom demais para ser verdade... aquele minuto durou uma eternidade. Mais ainda quando o som tornou-se mais cristalino, com o fim do movimento do autocarro num semáforo. Lá se foi a viagem tranquila...

.
E você? Como começa a sua manhã mal põe os pés na rua?