Metereologia 24 h

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quarta-feira, 1 de maio de 2019

Títulos e distinções virtuais


De início pensei que era uma coisa desnecessária. Mas acabei por simpatizar com as recentes "distinções" do facebook. Tem a mais conhecida "Top Fã" de uma página que segues, e "Mestre das Partilhas". Agora dou por mim distraída ao surpreender-me com a distinção atribuída a cada um. Hoje recebi uma e decidi aceitá-la. Mas no smartphone aquilo não funcionou. 

Dizia algo do género "fã da cultura". 


Já deram conta?


terça-feira, 18 de julho de 2017

Limpeza Virtual


Ontem, dia 17, notei que a nova inquilina tinha marcado no calendário a data em que fez a limpeza à casa: dia 18 de Julho. Sim, dia 17 ela anotou como realizada, a limpeza. Mas feita numa data futura. Ora eu, intrigada, na brincadeira coloquei um ponto de interrogação ao lado. 

Será que ela decidiu indicar que ia fazer a limpeza no dia seguinte? - pensei eu, quiçá ingenuamente. 

Depois comecei a pensar e a chegar à conclusão de que, se calhar, ela teve a audácia de dar a casa como limpa, sem ter mexido um dedo nesse sentido!! 

Sim, porque assim que entrei pela porta, antes mesmo de ter dado com a nota no calendário, o que os meus olhos notaram foi a sujidade na carpete. Pequenos pontos negros por toda a parte - que até pareciam ter aumentado em numero.



Desiludida, verifiquei que as bancadas da cozinha estavam cheias de migalhas e marcas, o chão sujo, o fogão também sujo de restos de cozinhados. Nenhum cesto de lixo da casa-de-banho foi despejado e a banheira voltou a ter aquele tom rosado no cromado. Nem se via limpeza, nem cheirava a limpeza. Então, como podia ela ter anotado, com a caneta que mal escreve, que tinha LIMPO A CASA???


É o quê? Uma limpeza virtual??


A única coisa que notei foi que os caixotes da cozinha, para o lixo doméstico e o da reciclagem, tinham sido esvaziados. Mas dali a minutos chegou a casa a outra colega (a do andar de baixo) e, sem meter conversa a respeito do assunto que me estava a perturbar, é ela que me diz que despejou os sacos de lixo. Na véspera bem a vi a colocar os contentores lá fora, à entrada da porta, de forma a poderem ser coletados pelos homens do lixo. 

Então que conclusão pode-se tirar? A outra não fez nada!!
Mas teve a ousadia de anotar que tinha feito, tsc, tsc, tsc-

A única coisa que reparei que foi ela que fez foi o aproveitar que o cesto do lixo doméstico tinha sido esvaziado para lá colocar um saco preto cheio de lixo que trouxe do quarto dela. Um pequeno rasgão no frágil confirmou a suspeita. 

Outra coisa que notei que ela fez em termos de limpeza foi lavar a roupa dela e estender pelo quintal. Que, já é um quintal com ar abandonado e pouco convidativo a ficar. Por isso é que, na véspera, estive a arrancar ervas, a cortar ramos a ensacar os desperdícios e a tornar o jardim mais apetecível. Se eu soubesse que no dia a seguir o meu esforço ia servir para ela lá ir sentar-se numa cadeira para fumar - tendo já uma quantidade considerável de beatas enfiadas num frasco de vidro - talvez pensasse duas vezes antes de ter tomado a iniciativa.



Afinal, ninguém nunca lá põe os pés...  Até o momento em que fica mais composto lol. Porque o andei a arranjar. Mas irem lá limpar, isso é que não... 

A única coisa com que ela contribui na casa e no jardim é no transporte de terra e sujidade de fora para dentro de casa. Nesse dia notou-se no chão um aumento considerável de porcaria, proveniente do quintal e isso só é possível se uma pessoa entrar e sair sem prestar muita atenção ao que traz agarrado à sola dos sapatos.



O próximo a limpar devia ser o rapaz - mas ele ausentou-se de férias. Logo a seguir, sou eu. Estou a pensar seguir o exemplo da «nova» inquilina e também fazer uma limpeza virtual. O problema é que, até lá - daqui a 2 semanas, a porcaria que esta casa vai ganhar deve meter medo ao susto.

E depois quem vai ter de limpar de verdade é a que se segue - a rapariga de baixo. Com quem me dou muito bem e com quem converso lindamente. Infelizmente ela contou-me há umas semanas, que vai embora. Não só da casa, mas do país. Continua a trabalhar no mesmo mas pediu transferência para a sua terra natal, onde vai alugar uma casa e morar sozinha. 

Ontem ela avisou a senhoria que vai sair, dando assim o tempo necessário e exigido no contrato para se encontrar um NOVO inquilino.

Sinto um tanto de tristeza por perder uma pessoa que considero de valor - despreocupada mas cumpridora sem grandes conflitos dos seus deveres na limpeza. Capaz de pagar do próprio bolso algum produto que todos precisem (meteu lâmpadas na casa quando estas fundiram, comprou, assim como eu, papel higiénico várias vezes, depois deste acabar e é quase sempre a primeira a meter o dinheiro para as contas). E simpática. Sem manias.

Por outro lado, sei que ela vai estar melhor e isso deixa-me feliz por ela.

Noutro dia ouvi a «nova» inquilina a entrar acompanhada de um colega ao qual mostrou a casa, dizendo que era muito boa. Mostrou-lhe o quarto (o tal que aqui chamam de box - caixote) e disse-lhe que era muito bom, bem melhor que o dele. Concordo (mesmo sem conhecer o «dele») porque quando eu vi aquele quarto vazio gostei muito dele - mais do que do meu. Imaginei-me contente e mais produtiva naquele espaço pequeno do que no meu amplo quarto. Mas eu tento ser minimalista e ela chegou com tanto saco... que até hoje estão no chão, ao invés de terem encontrado um armário ou prateleira para estar. 


Ocorreu-me que ela talvez já soubesse que a outra ia desocupar o quarto e já estivesse a estudar a possibilidade de meter um amigo cá dentro. Não sou a favor de amigos a dividir uma casa partilhada com desconhecidos, porque quase sempre os dois acham-se mais «donos» do espaço e geralmente unem-se numa qualquer questão divergente. 

Pormenor da esquina do barracão com
a cerca do quintal. 

O que esta casa tem de bom não é o espaço, não é a temperatura, não é a qualidade - pois está quase a cair de podre e parece nunca ter sofrido obras de restauração. O que ela tem de bom é a localização e em segundo lugar, a tranquilidade. Se uma razão é puramente geográfica, a segunda deve-se ao tipo de pessoas que cá moram. Ou ao tipo de pessoa que predomina e estabeleceu «as regras» que outros apanham ao chegar. E esse segundo fator pode mudar sem mais nem menos. O que seria muito mau. As pessoas que cá estão a morar não fazem barulho algum. Falam-se, cumprimentam-se mas é cada qual para o seu lado, sem barulhos, sem música alta, sem conversas ao telefone aos gritos, sem muito alarido.



E isso, posso bem dizer, é muito, mas muito bom.

Qualquer pessoa que venha a seguir, é bom que goste do mesmo. E goste de limpar a casa - mas de verdade!! 



quinta-feira, 16 de junho de 2016

Ler um e book pode ser penoso


Ter ficado uma semana sem internet fez com que fosse ler uns livros que havia obtido faz dois anos. Não são exatamente livros. Pois não vêm na forma de papel encadernado em livro. Mas E-books

Os E-books encontram-se somente na internet, são para ser lidos no computador. 
Havia feito o download de umas obras gratuitas que encontrei nem sei bem como. Fui dar com elas numa pasta no computador que estava sem ligação à net e decidi espreitar os títulos e ler algumas obras. 

Escolhi, não sei bem como, na hora do download, obras originais inglesas traduzidas para português. O problema desta tradução é que a maioria dos e-books disponíveis - se não toda, é traduzido em português do Brasil.

O que vos dizer??
É penoso!!!

Faz doer o cérebro. Ler uma obra em português brasileiro é ler algo que se adivinha rico numa versão pobre. Consegue-se perceber, adivinhar inclusive, que aquele excerto no seu original deve estar bem escrito mas a tradução transformou-o em algo demasiado simplório. A leitura consegue ser penosa e em determinados momentos, dolorosa. Alem de se estar simultaneamente a traduzir na mente para um português gramaticalmente mais adequado, no final da leitura fica-se com a certeza de que muito se perdeu pelo caminho naquela básica tradução brasuca. É como comer algo mal cozinhado, quando se esperava ser servido de um prato gourmet ou, pelo menos, algo com melhor gosto. 

Tenham em atenção este excerto original de um livro que encontrei:


 E agora a tradução: 


Bem, isto só pode ser traduzido por um computador. Apesar da capa vir indicado que a obra é da Bertrand Brasil, julgo que só a capa o será porque a tradução é igualzinha ao que o google faria, se não mesmo pior.
Ora vejamos o que escrevem: "Os salões de (da) Del Norte Alto zumbia(m) com (o) primeiro-dia (sem infen) da escola caos (???) como Laurel preso (???) se através de uma multidão de alunos do segundo ano e ombros largos manchado (???) de Davi. Ela entrelaçou os braços ao redor da cintura e apertou o rosto contra seu (a sua) suave T-shirt. "Hey" (em inglês), David (já não é Davi) disse, retornando seu abraço (brrrrr! Calafrios que dá ler isto!). 
(...)
Dá para acreditar? Estamos finalmente idosos!"

- Porque todos os adolescentes de 17 anos ficam entusiasmados por saltar para a terceira idade lol! 

A língua portuguesa é rica em vocabulário. Ler um livro de tradução BR tem servido, até agora,para constatar que 80% dessa riqueza é esquecida. 

E vocês?
Alguma vez leram um texto em português-br?
Qual a experiência?




sábado, 18 de maio de 2013

Viajar por Blogues

Gosto de viajar por blogues alheios. Ao ritmo da "maresia", sem amarras ou preconceitos. Hoje passei um bom bocado nesta nova forma de descontracção e debate de ideias. E foi também a primeira vez, nestes anos todos, em que não achei graça a uma boa parte deles. Em que vi algo um tanto perturbador. Vou tentar explicar melhor: Segui links sugeridos na lista de favoritos nos blogues e descobri que existe, neste universo blogueiro, uma espécie de "comunidades" de uma mão cheia de bloggers que se visitam e se lêm com regularidade. E esse "estatuto" é algo que querem manter, como quem, na vida real, sente que pode perder uma amizade e faz de tudo para que tal não aconteça. Mas por vezes acontece. E a pessoa «excluída» da lista de preferências repara sempre. Outros blogues até então públicos, após conquistarem o seu quê de "fiéis", tornam-se fechados. Não aceitam mais "inscritos" e tornam-se invisíveis para o olhar universal, podendo mesmo recusar aceitar o pedido de seguimento de alguém que o conheceu aquando o seu estatuto público. Suponho que surge um sentimento de rejeição qualquer... E ponho-me a pensar se isso é mesmo necessário no universo da internet. Já nos basta a vida real, com pessoas de carne e osso sobre as quais conhecemos o típo físico, o tom de voz, os maneirismos e demais características que a convivência presencial descortina. Queria um mundo virtual mais liberal, livre, aberto.

Mas tentando ser objectiva, descobri, nessa lista de blogues "in" que se auto-referenciavam em todos e que fui ler por interesse e curiosidade, descobri a "pólvora", por assim dizer, com ironia. Descobri, pela primeira vez, que os blogues podem não ser escritos pela pessoa que se diz ser quem é (desconfiei de um) e descobri que estas podem não ser pessoas totalmente sem segundas intenções ou um fundo de alma impecável. Não me interessa nem nunca foi factor que me conduzisse a um blogue, o seu nível de popularidade. Mas hoje "descobri" que não existe necessariamente uma relação entre popularidade e prazer de leitura pelo conteúdo. Claro que as preferências pessoais do indivíduo influenciam a forma como interpreta o conteúdo do blogue que lê. Mas como expliquei no princípio, sou pouco de preconceitos. Sou uma espécie de "conquistador virtual", tal como outrora existiram os conquistadores marítimos. Se existisse preconceito não chegariam longe, não contactavam com outras culturas, outros sabores, outras formas de ver a vida. 

Então hoje aconteceu algo. Não sei bem o quê, mas hoje, de uma certa forma, "perdeu-se" a inocência de uma bloguista :) Descobri o que quer dizer BIEF (provavelmente sigla errada), que é uma espécie de movimento entre bloggers que procura eleger aquele que, entre todos, os internautas mais gostavam de phoder. Sim, foder... Usei o ph num acto de tentar suavizar a expressão e também numa demonstração de aprendizagem e homenagem a um qualquer blogue onde hoje li a palavra assim escrita. E pensei: oh, isso é tão ridículo! Mas a coisa tinha aderência. Adeptos qb. Por um lado, o lado humorístico e simplista, entendo isto como uma brincadeira. Por outro, vejo que se for brincadeira vai ser levada a sério. Demasiado sério. Vai fazer com que todos os blogues rumem em direcção a um só tema, o tema universal que é a fod@.

E assim tão redutor, limitativo, vazio, sei lá. Gosto e continuarei a gostar de ler blogues, de comentar nos mesmos, de "trocar impressões" com pessoas que não conheço e jamais devo conhecer. Que não sei onde moram, que aspecto têm e nem me faz espécie não saber. Porque não quero saber. Não me interessa. Esta forma de contacto, de comunicação, me apraz. Acho-a solta, livre, o mais próximo que pode existir do conceito de liberdade de expressão. Mas não é isenta de perigos ou dissabores. E acho que foi a ténue constatação disso que me "quebrou" algo hoje. Como disse: "descobri a pólvora", mas esta já foi inventado há séculos!


Na internet e em particular no mundo bloguista, não temos todos de concordar com tudo o que se diz. Embora sinta que muitas vezes isso é feito a verdade é que debatem-se ideias e trocam-se impressões de uma forma mais sincera. Pode-se discordar e pode-se expressar estar em desacordo de uma forma honesta e apenas referencial (nem sempre de julgamento) e sem grandes obstáculos que por vezes surgem noutras formas de comunicação. Concordar ou discordar, não querer comentar, ouvir, escutar, reflectir e mesmo descobrir e aprender.  E esta liberdade vem aliada de respeito, muito mais exigido e muito mais facultado no universo virtual que no não-virtual. O que faz deste veículo de comunicação um que apetece visitar com regularidade e até, compreendo perfeitamente, assiduidade. Como quem visita um amigo de quem sente saudades.