Metereologia 24 h

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quinta-feira, 28 de novembro de 2019

A Portuguesa


Não me refiro ao nosso Grande Hino e sim à forma como os cá de casa, entre si, fazem referência a mim. Ao invés de me chamarem pelo nome, dizem "a portuguesa", o que comprova a postura pejorativa.

Mas não me afecta. É só um facto que quero partilhar e registar. Sei que tenho de enfrentar o que vier pela frente com a mesma postura que tive até agora. Estóica, resistente, a levar porrada de todos os lados e ter de lidar com o cinismo e falsidade. Tudo bem. Os intentos de me colocarem fora daqui é que não lhes vou conceder. Não sem luta. Mesmo sendo uma guerra travada não com balas, mas com cravos. 

Partilho isto por já fazer algum tempo que não actualizava a situação doméstica. Temo que nada mude, porque o trato depreciativo que adoptaram é transmitido de velho inquilino para novo inquilino. E é essa a novidade: Um novo inquilino chegou ontem. 

Não posso já dizer como é o seu carácter mas é cauteloso de minha parte presumir que será como todos têm sido. Existiu apenas uma coisa que me fez lembrar por demais "o que saiu" e enviou-me uma vibração de alarme. Ele entrou em casa e ao me ver diz:
-"Não vais trabalhar hoje?"

Arrepios... Fez por demais lembrar o outro. 
Foi a única interacção por iniciativa própria que ele se prestou a ter comigo, no início, antes de cessar qualquer comunicação: "Vais trabalhar hoje? Vais trabalhar hoje??"

Até arrepia! Existe lá maneira mais camuflada para sondar uma coisa, fingindo que é outra? Não é preciso uma mente muito inteligente para o perceber.

O novo inquilino trouxe dois amigos para o ajudarem na mudança. Mas eu não soube, até eles passarem pela porta e se apresentarem como tal. E o que é que a rapariga me pergunta? Isto:
-"Não vais trabalhar hoje?".

Sem os conhecer - nem os nomes fiquei a saber, a primeira informação que quiseram sacar de mim foi os horários de trabalho. 

Irra! Tanta insistência transmite a sensação de que pretendem algo e não me querem por perto. O ambiente vai ser sempre assim na casa onde vivo? Vou continuar a sentir-me uma indesejada? Este rapaz acaba de chegar. Só o cumprimentei e dei-lhe umas dicas. Percebi que é vivido, sabido e esperto. Capaz de ser tão cínico ou fingido como os que já cá estão. Ele sai e quando retorna, ao me ver em roupa de estar por casa dispara a questão "não vais trabalhar hoje?"

Mais um que mal pisa este chão, se sente tão seguro, tão no seu direito, como se já cá vivesse há anos. Porque é imediatamente integrado, de uma forma que eu não fui, não sou, nem serei. Sendo a origem desse facto xenofobia disfarçada, não é situação que me aflija. Porque, claramente, não ser integrada não é realidade de responsabilidade minha, fruto de acções erradas, mal intencionadas, infelizes. Não fui cínica, nem falsa, nem mentirosa. Não excluí ninguém da minha companhia e afecto. Muito pelo contrário. Estes comportamentos partiram todos deles. Isso me conforta. 




segunda-feira, 20 de maio de 2019

Amizades punitivas

Um conhecido meu costumava receber muitos comentários nas mensagens e fotografias publicadas no facebook.  A determinado momento deixou de os ter. Dá até dó, perceber que só o pai e a mãe lhe deixam comentários. 

O aparente motivo? Infidelidade. 
Tudo aconteceu depois do rapaz engraçar-se com outra mulher que não a esposa. 


Sim, ser infiel não é bonito. Mas que resulte em tornar uma pessoa um párida e todos cortem os laços de amizade deixa-me atónita. Mas que mundo é este em que tantos se julgam no direito de atirar pedras, como se não fossem eles também pecadores?

A traição diz respeito a ele e à mulher. Não é algo que diga respeito aos amigos ao ponto de cortarem relações. Claro, eram todos amigos em comum e daí um partido foi tomado: o da vítima. 

Tenho a amizade num patamar mais elevado, onde se aceitam as pessoas pelo bom e o mau que têm. Não é preciso passar a mão pela cabeça, mas abandonar, assim? É desumano

Não conheço se os contornos da situação são mais graves, para justificar tal comportamento em pleno século XXI. Mas espero que seja algo que os amigos tenham decidido fazer no círculo restrito do facebook, para não ferir a susceptibilidade da agora ex-esposa. 


domingo, 27 de setembro de 2015

quinta-feira, 6 de março de 2014

Tenho muitos amigos no Facebook

Já sei que resposta dar da próxima vez que encontrar alguém que me diga e me repita mais de 10 vezes ao longo do tempo como se sofresse de um grave caso de esclerose: 

-"Eu só tenho amigos mas mesmo amigos verdadeiros no facebook. Mas posso dizer que são todos pessoas que eu conheço, amigos pessoais meus, família próxima, pessoas com quem falo, que me dizem muito e que são importantes para a minha vida e sei que eu sou para a delas. Não adiciono qualquer pessoa, só mesmo amigos. Posso dizer que cada um dos meus 159 amigos são amigos de verdade, com quem posso contar."

Da próxima vez não vou responder: "Está bem, eu acredito que sim". Para ter de ouvir a cantiga novamente como se não a tivesse escutado outras tantas vezes. Da próxima vez vou responder logo:

-"Que bom! Assim muita gente vai comparecer ao teu funeral".