Metereologia 24 h

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terça-feira, 19 de março de 2024

E no mês dos óscAres...

 Os melhores filmes que vi esta semana na vasta oferta de canais de TV foram MULHER MARAVILHA 84 - surpreendente cativante e com excelentes atuações e história e MR. BEAN DE FÉRIAS. 

Dois estilos que não são usuais de me cativar mas, diante do que tem aparecido - foi o melhor entretinimento. Soube bem! 


Melhor ponto de Mr. Bean: Quando estão a fazer chamadas para números de telefone ao calhas para ver se atende o pai do rapaz estrangeiro que Bean encontrou. Um homem transtornado atende o telefone a tocar e diz: "Beatrice é melhor dizeres que me amas ou é o fim". Bean desliga o telefone porque não entende a língua mas sabe que não é quem procura. O homem então atira-se para o rio saltando de uma ponte. 

terça-feira, 27 de junho de 2023

Filmes vistos recentemente

 Após uma abstenção prolongada, eis que "enchi a barriga" com filmes. Vi alguns lançados este ano: "The Covenant", "65", "Renfield", que gostei moderadamente, "The Artifice Girl" - aquele que gostei mais e "Ready or Not" - que gostei realmente. 


Desta lista, o mais fraco para mim é Covenant. Apenas mais um filme standard, de soldados e um resgate que acaba sempre com todos mortos excepto os protagonistas. Muitos tiros, os habituais planos de acção. Nada o distingue dos demais. Destaco o que mais notei logo no primeiro plano: o ator principal (que fez o homem aranha) estava sempre ou quase sempre sentado em quase todas as cenas. Ou então de pé e os outros sentados, sendo que o protagonista é filmado de baixo para cima. Ou com outros em primeiro plano, ele no meio e mais alguns atrás, dando a falsa sensação que são todos da mesma altura ou o protagonista maior. Desconfio até que existiu uso de plataforma. Um truque chato, para o fazer parecer mais alto e forte do que realmente é. Já parece o Tom Cruise! 

65 é uma mistura de viagens espaciais futuristas com Parque Jurássico. Mais um filme standard, com tiros e gigantes animais querendo "comer" humanos. Miraculosamente estes escapam sempre. A correr, mesmo perseguidos, tudo acaba bem, mesmo à última da hora. Banal e pouco interessante mas melhor interpretado. O protagonista sabe carregar um filme. Tanto este como o anterior vi saltando partes. 

"Renfield" redimiu os outros dois. Não é um filme brilhante. Nicolas Cage entrega uma interpretação não diria medíocre, mas banal e mal conseguida. Nota-se que tenta homenagear todos os clássicos antecessores que consumiu maravilhado enquanto crescia. Mas é quase uma caricatura, falta carisma e terror ao seu Drácula. Para colmatar, a prostética dentária é ridícula. Deram-lhe uma dentição animal, grotesca, semelhante ao de uma piranha. Nada a ver. 

Desta lista de filmes Renfield é, de longe, o mais sangrento e violento. Não pelo Drácula que morde pescoços para suga sangue, até porque o faz pouco - Drácula está quase sempre a virar fumaça ou centenas de morceginhos. As interpretações são medíocres no geral - ou melhor, caricaturas. Excepção para a personagem renfield - uma versão mais jovem de uma qualquer personagem de Hugh Grant e muitas das personagens secundárias, estão bem conseguidas. O vilão, a sua mãe, o grupo de apoio - tudo bem conseguido.

A violência é muito gráfica, mentirosa, mas interessante. Como puxar os braços a alguém e estes se desprenderem pelas axilas, atirar os braços contra uma parede e estes ficarem espetados como varas de aço, pisar a cabeça de alguém e esta explodir que nem uma melancia, etc.  


Temendo não encontrar um filme com mais conteúdo ou qualquer interesse, surgiu "The Artifice Girl" que, na sua premissa, pode não trazer nada de novo mas entrega uma história sólida, que mantêm o espectador agarrado, ao que as interpretações sublimes ajudam. O guião está bem conseguido e a história aguenta-se o tempo todo. Aposto que a maioria das pessoas nem se dão conta, de tão envolvidas que ficam pela história, que toda ela se passa dentro de uma sala. Sem corredores, sem janelas, sem panorâmicas. Sempre dentro de uma sala. Não é um filme com um grande orçamento e umas centenas de cenários. No total todo o filme se passa dentro de duas salas. A mesma sala anos depois e uma sala numa casa mais ampla. O filme aguenta-se e as interpretações são fortes, entregam o diálogo de forma muito convincente e sentida. Fiquei satisfeita com este. 


Um pouco reticente, fui ver "Ready or Not" (2019). Dava a entender tratar-se apenas de mais um slash-film, com uma premissa um tanto absurda mas dei-lhe uma hipótese e logo a começar nota-se que o filme tem conteúdo. Um bom guião, excelentes interpretações por parte de todo o cast. Inclusive as crianças! Pude ver uma Andie Macdowell mais envelhecida (a senhora defende manterem-se as rugas e os cabelos brancos) que, de início incomodou mas depressa se acostuma e gosta. É tão raro, diria até que só existe um caso em toda Hollywood, em que uma mulher assume as rugas. E elas estão todas no rosto de Andie Macdowell neste filme, na cara da atriz. Entretanto, o vídeo que disponibilizo acima, já a mostra sem muitas delas. 

Voltando à história de "ready or not", um thriler cómico mas sem ser ridículo, com sangue e suspense. Muito bem feito, a história agarra. Bem melhor que "Renfield", igualmente sangrento mas feito com melhor gosto e a violência mostrada é menos gratuita estando melhor enquadrada. 

Vão ver algum destes filmes?



domingo, 23 de abril de 2023

Portuguesinha, o que queres de presente?

Portuguesinha, o que queres de presente?

- Uma boneca. 



Uma simples boneca!!!


Que gira o pescoço.


Alguém quer me oferecer uma?




sexta-feira, 21 de abril de 2023

O meu novo vício: coleccionismo

 Ainda não é um vício, mas pode vir a ser. Uso o Ebay para algumas compras online. Mas nunca tinha comprado através de Leilão. A primeira vez foi há cerca de dois meses. Ainda não consegui parar. 

É uma experiência totalmente diferente. Sente-se o nervosismo, o receio das licitações serem ultrapassadas. Corro o risco de ficar agarrada, porque, desde então, acho que não tem passado uma semana que não tenho comprado algo. Procuro não pagar um preço muito elevado, daí os leilões serem tão apelativos. 

É que eu gosto de coisas antigas. Encontrei umas figuras em porcelana que adorei. Mas estas não estavam à venda com um preço fixo. Estavam em leilão. Licitei. Perdi todas. Há última da hora, mesmo quando esperei pelo último segundo para licitar mais, outra pessoa ficou com o objecto. Concluí que era um algorítmo e existia uma forma de colocar a licitação em automático. Só isso explicaria as minhas derrotas. 
 

Tudo começou realmente depois, quando vi umas miniaturas de que gostei muito. Licitei e ganhei. Pedi muito ao vendedor para ter cuidado na hora de enviar. Chegaram em cacos. Fiquei desolada. Decidi comprar outras idênticas. E nesta busca, verifiquei que haviam muitas, em estados diferentes e nem todas me agradavam. Outras não descreviam fielmente o objecto. Encontrar as correctas, para substituir as partidas, tem sido uma odisseia. Que acabou por sair mais caro. Fiz a última aquisição para completar o set de três esta semana. Aguardo que cheguem. (Inteiras).  

Em suma: tenho comprado artigos em porcelana, porque praticamente já não se fazem, pelo menos como "antigamente". E eu sou toda do "antigamente". Os meus gostos são tão modernos, como apreciam um "bom vinho" - por assim dizer. Tenho comprado porcelanas de uma fábrica que já fechou as portas aqui no UK. O equivalente português à "Fábrica de Sacavém". A diferença é que aqui encontra-se com facilidade, vende-se com facilidade e podes ter sorte em comprar a um preço acessível. 

Basta abrir um OLX para perceber que os valores exigidos pelos compradores são três vezes superiores, por artigos com defeitos ou mesmo partidos, só porque foram feitos por uma "marca" de prestígio. Gente, um recado: se está partido, o valor desaparece! Vira lixo. Mesmo que seja vintage, é lixo. Encontrar alguém que aceite ter algo partido e danificado em sua casa, que só traz mau feg-shui, não é fácil. Não tente lucrar, tente se desfazer das coisas. Seja justo, não seja ambiciono ou delirante. 

Actualmente estou a inclinar-me para a compra de figuras de acção a representar um momento de um filme famoso, ou uma série. Deve existir um nome próprio para isso, talvez NECA. Não é MANGA, porque não se trata de cartoons japoneses. Mas vos digo: existe um grande negócio em torno de artigos relacionados com filmes e outras figuras célebres. Lembram-se do Alf? 

Para terem uma ideia, encontrei no Aliexpress vários kits do Alf, iguais aos de cima, à venda por 15 libras. Não comprei logo. Resultado: já não existe nenhum disponível. Retiraram todos. Agora estão todos à venda por volta das 40 libras!

É este o negócio, gente. Compram por um valor sabendo que vão vender por três vezes mais. Isso não gosto. Mas devo dizer que tinha limites bem baixos quando comecei as minhas aquisições e agora, já gasto mais achando "normal". No Domingo, após regressar do trabalho, aguardava o resultado de um leilão de uma figura de porcelana que adorei. Mais uma vez, vintage, de uma marca com boa reputação. Existiam muitas outras iguais também à venda, mas, eu gostei daquela. E vendo todas com atenção, é fácil perceber que nenhuma é igual à outra. Ora são desbotadas, ora têm menos detalhes, ora têm muito detalhe e parecem ser de fabrico mais recente. Acabei por ganhar o leilão. O único outro interessado não foi acima das 20 libras. Eu fui. Comprei duas estatuetas. Com os portes de envio, gastei 50 libras. 

Ainda bem que fiz 11 horas de trabalho naquele Domingo! Só gastei metade do meu ordenado daquele dia. Ahaha.  

Agora estou de olho nesta figura aqui. Aposto que o ator que deu vida ao Quin, no filme "Tubarão", nunca na sua vida imaginou que ia virar uma figura de acção! Muito menos por um filme onde é comido por um tubarão. Mas aqui está: não é lindo?


Se existe um momento que encapsula todo o filme, talvez seja este. E é por isso que sinto atracção por este tipo de produto. Olha-se e sabe-se logo o que significa. É engraçado. O Leilão já vai em 11 libras. Fora portes de envio. A ver no que dá. Aqui está uma variedade de preços: 

Outras figuras semelhantes encabeçam a minha lista de desejos. A dizer a verdade, devo ter começado antes. Talvez em 2018/19, quando comprei a Figma "O Grito". 


O ano passado, quando comprei Conan. 


Agora tenho o Predador na lista, Alien, enfim... 
Não vou levar nada disto comigo para a outra vida. Mas quando morrer, vou deixar uma série de "lixo" valioso! Ahahah. 








terça-feira, 19 de maio de 2020

Dois filmes em análise

Acabei de assistir Late night (Programa da noite em português), um filme que vale a pena ver.


Retrata um ambiente de talk show e, na minha opinião, espelha-se um tanto no Tonight Show na altura apresentado por Jay Leno que veio a ser substituido por Connan Obrian. Mais tarde demitido da NBC por... ser o que sempre foi.

É um filme bem construido que espelha bem o ambiente que retrata.

Como todos os filmes de Hollywood, nao deixa de incluir a parte "estagiaria/nova assistente sem experiência  que entra na equipa, é ostilizada mas cujas ideias refrescantes acabam por resultar. É demitida mas a chefe vai pessoalmente atras dela para lhe pedir que regresse" - essa parte já se tornou um clichê. Mas continua a ser um bom filme para se assistir, ainda que seja pela sempre brilhante interpretação de Emma Tompson.

John Leroy também está presente, num papel algo estranho, que parece mesmo adaptado a uma condição fisica que o ator possa ter. Fiquei na duvida. Mas foi a parte da relacao entre ele, o esposo de Katherine, a famosa host show de um late night, e ela que me levou as lágrimas.


Segundo filme:
Brightburn - o filho do mal, foi outro filme a que assisti no Telecine Top.

Basicamente pegaram na historia do surgimento do super homem à terra mas nao lhe incutiram uma natureza protectora pela humanidade.



Quando o filme começa é difícil atribuir credibilidade ao casal de atores escolhidos para retratar os camponios que nasceram e se criaram numa quinta. São demasiado citadinos. A historia nao se preocupa em mostrar e o que produzem nem se ve que tipo de dificuldades ou tarefas tem de executar. Basicamente vivem numa grande quinta relvada ate onde o olhar consegue ver, com um grande celeiro abandonado onde, numa area menor de 3 por 8m e sem capoeiras, criam galinhas.

Uma noite quando tentam fazer um bebé (sem qualquer paixao), algo cai dos ceus. É uma esfera pontiaguda metálica- sabe-se mais tarde. Até na nave que trouxe a crianca à terra os argumentistas/executores tiveram de imitar a geometria da "estrela" na historia do superhomem.

A crianca, já em idade de poder falar, claro, comeca a escutar vozes e a ter comportamentos estranhos. Um dia sai da cama e tudo o que se ve é o pijama e uma especie de capa vermelha. Depois salta pela janela.

Acaba por soltar raios vermelhos dos olhos, tem super forca e consegue voar.

No final  mata todos e é uma ameaça mundial.

Mas também foi um bom filme de assistir.





terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Comédia Física no Fox

O canal Fox Movies presenteou-nos a semana passada com o melhor que se fez em comédia britânica e francesa na década de 60 e 70. Uma relíquia! 

Para quem não conhece, foi uma altura em que a comédia absurda e física, quase circense, atingiu grande popularidade. 

Os britânicos fizeram a série "Carry on"(em portugal traduzido para "Com jeito vai...), alternando o título final. Por exemplo: Carry on... Seargent, Carry on... Nurse, Carry on... Teacher, Carry on Cléo (1964), passado no egipto, fez comédia com Júlio César, Marco António e Cleópatra. 


Tanto os filmes britânicos e franceses têm em comum utilizarem sempre os mesmos atores para todos os papéis. O leading men para os Carry On foi o ator Kenneth Williams, suportado por Sid James, Joan Sims, Charles Hawtrey e o ainda vivo Jim Dale

Pulando para a França, por lá o ator principal foi Louis de Funès, detentor de uma energia e expressividade impressionantes. Quase sempre mau humorado (mas bem intencionado), o ator popularizou-se neste estilo e foi protagonista de filmes como "O peito ou a perna", onde interpreta (Brilhantemente) um crítico gastronómico. 

Entre os dois países, confesso ter apreciado mais a comédia francesa. Não desmerecendo a britânica. 


A acutilância com que Louis largava as falas é de impressionar. 

Numa rápida pesquisa, soube que o seu pai era espanhol e a mãe, Leonor Soto Reguera, espanhola-portuguesa.

A França é talvez o país que acolheu uma grande parte da emigração portuguesa, principalmente na década de 70. Mas também nos anos 20. Por incrível que pareça, já estamos a falar da passagem de tempo equivalente a um século! Não há lugar na terra para onde um português não tenha emigrado. 





segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Programação de Domingo



Tive um Domingo pastelão e que se arrastou pareceram três dias. Não vi televisão, não fiz nada de especial. A adaptação ao novo horário foi desastrosa. O meu organismo estranhou bastante. Escuro a partir das 16.30 - olhei para o relógio por volta dessa hora, achando que ia apontar para 18.30. Mais tarde, esperava serem 20h, estava longe disso. E toda a tarde e noite foi assim. 

Até que chegou a meia-noite. Por acaso, sintonizei a RTP1 e vi um programa de humor que achei bem construído. Divertiu-me. Quando terminou - sem intervalo, começou de imediato a dar um filme que logo prendeu. Fiquei a ver até o fim. Calhei espreitar o que outros canais estavam a exibir e reparei que a SIC exibia uma programação dentro da mesma linha: programa de humor, seguido de filme com uma temática semelhante. As estações a copiarem-se umas às outras. Normal. O filme na RTP foi sobre a explosão da plataforma petrolífera Deepwater Horizon em 2010 (nenhum responsável foi apurado) e o da sic sobre os 33 mineiros que ficaram soterrados numa mina por mais de dois meses também em 2010. 

Recordo vagamente de ambos os incidentes e fico espantada que já se tenha passado nove anos! 


Gostei mais das selecções da RTP, incluindo o programa de humor nacional. Outra coisa que me surpreendeu no canal foi o dinamismo, a frescura que identifiquei nos separadores de programação, no grafismo do canal e na promoção ao programa Prós e Contras. Não tem nada a ver com a RTP de sempre. Fiquei agradavelmente surpresa. Há quanto tempo estará assim? Suponho que tudo muda sempre em Setembro. 

A adaptação ao novo horário de inverno terá de ser gradual. Custa-me lembrar que costumava escurecer por volta das 21.30 quando hoje eram 16.30. São cinco horas extra de escuridão e muitas menos de claridade. É a única coisa com a qual não me adapto muito bem. Acho até que ia preferir um trabalho nocturno, já que me é tão difícil adormecer de noite e tão fácil fazê-lo de dia. Só que aqui não pagam bem quem trabalha de noite. Oferecem praticamente o mesmo. E se não existe essa recompensa, o esforço não é devidamente compensado.


terça-feira, 21 de maio de 2019

Uma nova categoria para Post: CINEMA


Filmes aos quais ainda não assisti e não faço questão de o fazer:

Nope

Zero Paciência



Qualquer Harry Potter

Não calhou, contaram-me vezes sem conta a história, vi partes

Os últimos 3 Homes Aranha

Sem paciência para super-heróis de acção, músculos e espadas martelos


Filmes aos quais (infelizmente) assisti e sinto obrigação de alertar todas as pessoas: não vejam!!! 
(porque é pior que bosta, é lobotomia!)


E se for exibido num canal de televisão, este é o filme que nunca irei voltar a assistir:


E vocês?

domingo, 11 de novembro de 2018

Socorro! Estou a sofrer de «bulimia» chocolatra


Nas últimas três semanas e meia ingeri:


18

1




1



1



1
 



1


1


É preciso ver as quantidades dentro destas embalagens de chocolates KitKat. Cada uma com duas barrinhas divididas em 9 saquetas. Cada saqueta tem 109 calorias. 

Hoje abri esta e já vou a meio, buáááááaaaa´´a!!!
Sem dar conta, quatro saquetas.


Estou a padecer de um mal sério.

Acho que me tornei viciada e estou a consumir em excesso, como todo o drogado. Responsabilizo em parte as empresas de chocolate. Porque este já não sabe tão bem quanto, então tiro mais. E quando é delicioso, como no caso do segundo chocolate da lista (à venda no Lidl), também como mais. 

Vejam se concordam comigo: quando dispõem de uma variedade de sabores disposta desta forma, numa escala de 1 a 10, o quão difícil é de provar um de cada?



Por enquanto sofro apenas da parte do «ingerir quantidades em excesso». A outra parte que define a "bulimia" -- provocar o vómito, não padeço. Daí a palavra, no título, estar entre aspas angulares duplas. 

E que tudo isto tenha acontecido em Três Semanas e Meia... 

Faz lembrar um filme. Mas aqui a relação é entre um indivíduo e chocolate... :D 
Bem «Tempos Modernos»... filme de Chaplin (1936)- se ele reencarnasse para fazer cinema com analogias cuja validade se sustenta por anos e anos.

Não quero chegar  às «Nove Semanas e Meia». Chegam-me três. Mas tendo já aberto um pacote e deixá-lo a meio em segundos, faz-me temer o quanto esta relação vai durar... 

terça-feira, 9 de outubro de 2018

A Programação Portuguesa


Se há coisa à qual não tenho acesso em Inglaterra, são os canais de televisão portugueses. Por isso, quando cá cheguei, foi com saudade e gosto que fui passando pelos canais para descobrir o que emitem. A surpresa não foi muita. Continua tudo igual. Na televisão que tem cabo, entretive-me na Sic Radical, a ver dois programas estrangeiros. Um britânico (o que é curioso), de nome Undressed. Duas pessoas interessadas em encontrar o amor marcam um encontro num "quarto" fictício (um estúdio de TV) e têm de tirar a roupa do outro. Depois deitam-se numa cama e conversam. Num monitor surgem perguntas e sugestões de posições para eles imitarem. Ao final de 30 minutos, têm de carregar num botão para dizer se estão interessados em conhecer aquela pessoa, ou ficam por ali. 


Achei interessante. E bem melhor que um outro no mesmo canal, espanhol, em que desconhecidos CASAM um com o outro e vão para a recepção vestidos de noivos, sendo avaliados de cima a baixo pelas famílias. Uma estupidez! Assim como um outro programa que passa no Reino Unido (Naked Attraction) e agora também na Sic Radical, em que os concorrentes ficam todos nus num pedestal e o genérico mostra os pénis a balançar, os seios, pipis, etc... Não pela nudez, mas pela gratuitidade com que a exibem e o conteúdo supérfluo e superficial do programa. Não é de espantar: no final, o concorrente que escolhe o seu favorito, vão num encontro - muitas vezes incluindo logo sexo e, descobrem que não vão dar continuidade à relação. Muito sedutores no início, ávidos pelo primeiro beijo que é sempre cheio de língua, saltam para a cama, fazem todo o tipo de sexo (presumo) e depois... "queixam-se" que o outro não é o que pensavam. Ah, a sério??



O segundo programa (Dating Naked) passa-se num local paradisíaco e tropical, com praia, areal, piscina e casa de luxo. Um homem e uma mulher marcam encontros com potenciais parceiros que nunca conheceram antes. A condição é que... têm de estar nus. A produção tem uma actividade que lhes é destinada e eles aproveitam esse convívio para se conhecerem melhor. No fim de uma semana, têm três encontros. Este programa podia ser feito com mau gosto, mas não é. A nudez não incomoda - porque nem se vê. Um borrão muito bem colocado impede qualquer visualização. Pelo menos aparentemente, todos estão realmente centrados em conhecer as pessoas - não em vê-las nuas. Porque já estão nuas. Assim, isso fica esclarecido na primeira vez que se vêm, podendo concentrar-se nas características que realmente interessam: personalidade, opiniões, comportamentos. Foi um programa que me interessou e vi alguns episódios. Contudo notei que muito é fabricado. Embora não tenha visto o fim, fiquei com a sensação que tudo aquilo vai ser inútil, porque o casal que está a sair com outras pessoas, no fundo, já se escolheu um ao outro. Pelo menos ela. Pois assim que vê o outro rapaz (com quem não tem uma relação e com o qual divide a experiência) com uma mulher que ela sente poder ter chances, discretamente sabota a relação. E ele gosta de todas, trocando a sua favorita com frequência e mostrando uma obediência imediata à colega cada vez que ela o chama. 

Na TV que só tem canais nacionais, percebi que nos generalistas continua tudo igual. Directos de manhã e à tarde, com a habitual propaganda ao Calcetrin e aos números de sorteio, intercalados por dois noticiários composto de cinco notícias durante um ciclo de 24 horas, repetidas continuamente o dia inteiro. Por vezes até a manhã seguinte. Os "enchidos" dos directos em estúdio - ou em exterior (em caso de feriado nacional) são o que de "melhor" a TV tem para proporcionar. É o maior entretenimento, até que cheguem as novelas, à noite. Filmes são raros - talvez um por semana, sempre próximos da meia-noite. 

Elenco da novela Valor da Vida
De novelas, cativou-me pela história Valor da Vida (TVI) que conta com um elenco "misto" de portugueses e brasileiros. Mas o curioso é mesmo a história. Muito bem escrita. Dirigida? Nem por isso. A realização é espantosamente básica. Pouco ou nada dinâmica. Basicamente pessoas sentadas no sofá e cameras a apontar para uma ou outra. Ou planos gerais - por muuuito tempo, de vez em vez aproximam-se para desenjoar. Muito básica. É a história que a sustenta. E algumas interpretações.

E vocês?
Como está a vossa relação com a programação dos nossos canais

quinta-feira, 3 de março de 2016

Os filmes que NÃO vão aos Óscares


Fala-se muito sobre filmes na altura dos Óscares.

Surge a lista dos nomeados à estatueta dourada e começa-se a conjecturar: Qual o favorito? O melhor ator? O melhor filme?

Eu aconselho as pessoas a procurarem filmes que não tenham chegado à lista dos nomeados. É sempre uma surpresa quando se procura fora do circuito de filmes "restritos". Filmes que tenham andado em festivais ou filmes pouco divulgados.

Nos últimos tempos tive essa experiência. Após um rol de maus filmes, encontrei dois que me surpreenderam. Ambos são thrillers/suspense e são de 2015. Um chama-se "Carro de Polícia" (Cop Car) e tem Kevin Bacon como um dos protagonistas. Já saiu em blue-ray. 


Pela sinopse uma pessoa talvez não lhe ache piada, pelo começo também não. Mas assim que se percebe o que está a acontecer, o filme revela-se uma maravilha. Ora uma pessoa diverte-se, ou fica apreensiva e extremamente receosa que uma catástrofe vá ocorrer. Fica-se com o "coração na boca" grande parte das vezes. Quem é o bom e o mau? - é a dúvida. O final pode desapontar aqueles que gostam tudo preto no branco, mas recomendo: procurem ver Cop Car. Incríveis prestações, bom texto, boas viradas na trama.

O mesmo posso dizer do filme "The Gift" - O presente. Com Jason Batman como um dos atores, tem também Joel Edgerton, que é igualmente o autor e realizador do filme. 
A história às tantas é previsível - eu pelo menos cheguei lá com bastante antecedência - mas isso é fruto de ter visto muitas histórias para entender as dicas mostradas e interpretar o que significam. Em nada desmerece a realização, o ritmo como a trama é contada e nos envolve. Mas é um thriller bem feito, o que por si só é um feito, já que se torna comum usar sempre a mesma linguagem para contar uma mesma história. 

Há mais tempo vi também Coherence - que traduzo para coerência. É a história melhor realizada que vi na vida! Os movimentos da câmara com timming dos atores é de causar inveja. As atuações são totalmente credíveis, soberbas. Uma dádiva. A história também é boa. O final não é claro e para mim foi despontante. Estragou tudo. Mas recomendo.

Não recomendo - aliás, afastem-se mesmo de filmes como "San Andreas", "Paper Town" que é pior que péssimo e está «taco a taco» com "Exposed", com Keanu Reves. Estes filmes de 2015 não são maus... são piores que isso. Fujam!

E se 2016 mal começou, muitos ainda estão para vir. Um que criou expectativas, já passou pelos festivais Europeus e não sei se alguma vez já cá chegou é "As sufragistas", com Meryl Streep, terminado em 2015. 

Não sei se é bom, ainda não o vi, a academia nem o nomeou. Mas só pelo tema - que a meu ver merece mais destaque no universo de Hollywood, chama muito a atenção. A verdadeira batalha da mulher pelos direitos mais básicos tem servido para fazer piadas de mau gosto e diminuir todas as mulheres, que é o uso que hoje mais gostam de lhe dar. O tema merece ser reconhecido pela força da luta por uma igualdade, pelos nomes de algumas heroínas, pelas suas conquistas que hoje tomamos como garantidas mas que há bem pouco tempo nem existiam. Espero que valha a pena.

Muitos atores de gabarito acabam por fazer filmes que não ganham tanta projecção or parte da academia, mas têm bom conteúdo. Nem por isso estes fazem boicote aos óscares, rssss. 

Já viram algum destes? Do que viram, o que recomendam?

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Que género de filmes tu gostas?


Uma pessoa contou-me que adora ler e ver filmes de romance (Nora Roberts), mas não suporta os de terror ou ficção científica. 

Faz-me alguma confusão quando alguém me diz isto.Se for perguntar especificamente se gostaram ou não de um ou outro filme de ficção (Como o «Gravidade», com Sandra Bulock), acabam por responder «esse gostei». Acho que o que lhes falta é ter uma boa noção do que define o género e deixar de lado os preconceitos. Sempre gostei de qualquer género de narrativa mas se tiver de eleger os preferidos, esses são mistério e horror assim como ficção científica/fantástico. Para último ficam os romances e os musicais, abrindo excepção a muitos que considero irem para além do básico e serem obras muito completas e abrangentes.

Mas como se pode dizer que não se gosta de um género que está presente em quase tudo o que é obra cinematográfica popularmente aclamada? A ficção científica não é um género linear e básico, que se limita a mostrar etezinhos e vida noutros planetas. Este é o género cinematográfico onde mais se pode dar liberdade à criatividade! Acho-o maravilhoso, capaz de transmitir mensagens intemporais. São filmes que muitas vezes nos deixam a reflectir. Ficamos a pensar neles depois de terminarem. Há quem tenha conseguido criar autênticas obras primas nesse género. 

Digam-me lá: não gostaram do Exterminador Implacável? Do ET? Do Encontros Imediatos em 3º Grau?
Gostam de ficção científica ou terror?
Que filmes colocariam no vosso top?

Nas últimas semanas vi estes:

* Ex-Machina (fraco mas razoável)
* Time-Lapse (gostei, dentro do género e do que já foi feito tem uma história refrescante)
* Chappie (Gostei mais do que esperava, mas no final identifiquei o estilo narrativo com outro filme do mesmo realizador/ator e prefiro o Distric 9, que adoro)
* Snowpiercer (gostei, tem uma história interessante, mas o final decepcionou)
* In Time (gostei, acho que o tempo como moeda é fantástico. A história em si peca por mostrar ter pais, avós e netos todos com a mesma idade, o que indubitavelmente levaria, a meu ver, que uns se sentissem atraídos pelos outros, aparecesse o ciúme e a competição e não existissem esses laços de afinidade familiar com barreiras como os conhecemos atualmente. Outros filmes do género preferem recorrer à reprodução artificial, eliminando as figuras paternas, o que faz sentido. É algo básico no desfecho)
* What we do in the shadows - Recomendadíssimo. Adorei. Foi uma lufada refrescante para um tema «batido». Ainda bem que lhe dei uma oportunidade, foi bom!

Agora, com licença, que vou ali ver um filme sobre o paranormal/sobrenatural, outra vertente bastante interessante!

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Nem toda a gente que anda aos caixotes procura o que comer

Há umas semanas passava eu pela ciclovia paralela a uns prédios quando reparo num homem a levantar o tampo de um dos dois caixotes de lixo que estava a vasculhar. Nisto caem ao chão uma série de bobines. Sim, bobines de filmes de 35mm ou 8mm (ainda se lembram delas?), nas suas caixas redondas.


Colocadas no lixo como se nada fossem... eu fiquei imensamente curiosa por descobrir o conteúdo daqueles filmes. Seriam os filmes caseiros de alguma família? Seriam filmes outrora comercializados? Uma coisa achei porém poder concluir: aquele homem conhecia o conteúdo daqueles contentores e apressou-se a se apossar dele.
O homem  removeu também dois peluches do interior do outro contentor - uma Minie e um Mickey.


Gostava de ter visto mais mas foi o que percebi de passagem. O lixo, meus caros, não é só um lugar onde os esfomeados se dirigem para tentar tirar a barriga de misérias. Também são lugares muito concorridos para pessoas que procuram um ganho fácil. 

Durante anos habituei-me a ver nas paredes do corredor de casa uns quadros reproduzindo as quatro estações do ano. Achava-os bonitos mas não sabia do que se tratava. Eram espelhados e tinham o desenho de damas em vestidos esvoaçantes, numa paisagem ora de Primavera, ora de Verão, de Outono ou Inverno. Agora sei que se tratava de reproduções de gravuras da altura da arte nova*, da obra do ilustrador Alphonse Mucha. Naturalmente conhecia aqueles quadros de trás para a frente. Cada marca da moldura, cada mancha ou minúsculo risco. E quando estes quadros passaram a decorar outra casa, conheci-lhes também as novas marcas. Mas um dia o conteúdo dessa casa foi na sua grande maioria para os contentores de lixo - o que agora mais do que antes considero pouco correto. 


Um ano ou nem tanto depois dos quadros terem sido deixados junto aos caixotes para serem levados (por quem quisesse ou pelos apanhadores de lixo) reconheci um na montra de um antiquário. A «lady Primavera» estava a olhar de novo para mim. E não existia qualquer dúvida que era o mesmo. Conhecia-os demasiado bem. Sempre olhei para eles. A moldura, particular e idêntica, tinha uma pequena mossa no preciso lugar. Não faço ideia do preço pedido mas ali estava a prova: lixo para uns, riqueza para outros.


* movimento artístico desenvolvido nas últimas décadas do século XIX, um cruzamento entre a arte clássica e a arte industrial, a passagem da pintura para a arte gráfica