Metereologia 24 h

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domingo, 24 de junho de 2018

Futebol e suas nefastas influências


Quem disse que a Religão era o ópio do povo, 
Não conhecia o futebol.

Hoje retratava-se. 


domingo, 10 de julho de 2016

Quebrou-se o jejum


Bom, e a minha intuição não falhou. Para o finalzinho, quando despertei da soneca e soube do acontecido aos 25 minutos do jogo, ela começou a inclinar para a possibilidade da taça vir para este lado. 

Afinal toda aquela menção a frança, os constantes hinos a aparecer do nada, era sinal de que desta é que era... Kkkkk.

O meu receio é que nos comportemos, como povo, que nem parvinhos, bêbados e doidinhos por causa disto. Mas ao ver ali mesmo no campo, as bancadas repletas de adeptos em vermelho e verde parados que nem cordeirinhos, após vitória declarada e taça gigante já a entrar em campo, percebi que os receios provavelmente são infundados.


Até achei que aquelas pessoas eram francesas disfarçadas de portuguesas Ahahaha.

Bom, agora é aturar as buzinadelas lá fora. 
Esperar que todos se divirtam sem acidentes nem incidentes.


Agora é arranjar algo que fazer, talvez ver um filme, porque voltar a dormir é que não dá :)

Bon déjeuner. 





SOMMES CHAMPIONS

sábado, 9 de julho de 2016

Futebol: sei quem vai ser o campeão


Hoje escutei a hino francês em quatro ocasiões enquanto a TV esteve ligada e passavam programas vários, desde história a humor. 

Recordei e foi mencionado, a invasão de Napoleão a Portugal.

Quer isto dizer alguma coisa?
Nada! Provavelmente.



Portugal nunca venceu a França numa final. Pode ser que todos estes "sinais" queiram dizer que é desta que o hino será outro. Mas se não for, também não vejo problema algum.

França tem uma comunidade de emigrantes Portugueses muito grande, que deve sentir-se triste por ter de optar. E é apenas um jogo. Vença quem vencer, que vença acima de tudo o desporto e a camaradagem.

No que me respeita, fico feliz por isto me proporcionar um convívio familiar. E como no jogo anterior isso parece ter trazido sorte, vamos  repetir o ritual. Amanhã come-se marisco. :)

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Ronaldogate: Uma solução é sempre melhor que o problema


RONALDOGATE:

Tive esta ideia que partilhei num comentário. 
Para não ter de escrever tudo de novo, aqui fica o print

Excelente ideia, não acham? :=)

BOA SEMANA!





domingo, 26 de junho de 2016

Liberdade de imprensa e o lado do microfone


Ao deparar-me no facebook com uma partilha de uma página que pedia a "todos" para bloquear a CMTV no canal MEO, percebi uma coisa muito importante que está a ser negligenciada nesta história toda do microfone lançado ao lago: A liberdade de Imprensa.


Digam-me: vocês têm noção do quanto existir liberdade de imprensa é importante para a sociedade? 

É quase como oxigénio - na minha opinião.


Tão importante quanto respirar!


E é por isso que agora largo o humor atribuído a esta história e vou falar do ponto de vista do «micro». Não interessa se é a CMTV, a SportTV, a BenficaTV... 


 Um repórter tem um trabalho a realizar. Cabe-lhe tentar chegar o mais longe que conseguir, para trazer mais informação, para fazer uma melhor cobertura de um acontecimento, etc. 

Ao ver a página a pedir para bloquearem o Canal só por causa deste incidente, cheirou-me claramente a censura. A abuso de poder. E não gostei. Acho bem mais escandaloso do que qualquer outra coisa até então relacionada com este episódio. Estão a incentivar um boicote com base nisto?? E os insultos que o «pasquim», como gostam de o referir, tem sofrido desde então? 


É o Ronaldo uma máquina de merchadising inatingível, todo poderoso, que não pode ser arranhada? É crime um repórter legalmente credenciado chegar perto da «vedeta» e lhe fazer uma pergunta cliché?

E decidem que a penitência por tamanha ousadia passa por insultar o repórter, a estação para qual trabalha e sancionar/censurar um meio de comunicação social. E este, seja qual for, é um pulmão português. 

Hoje foi a CMTV, amanhã vai ser outro qualquer que interfira com o humor do cacre. É isso?

Censura...

É isto que as pessoas acham certo?



Ronaldo não é mais que ninguém. E neste aspecto tenho de concordar com as palavras da Ana S. no seu blogue Escrita Desajeitada - ela que escutou em direto uma destas «espécimes» defensoras a todo o custo dos comportamentos das vedetas. 

Que muitos estejam dispostos a se juntar ao fanatismo ou que a máquina de celebridade do Ronaldo esteja tão bem oleada que possa gerar estes movimentos "anti-qualquer coisa", é ao mesmo tempo assustador e um atentado à Liberdade

Ronaldo até pode ter tido as suas razões. Mas são dele. Os teleespectadores em casa não têm nenhuma. Queixam-se do quê? De poderem estar confortavelmente sentados no sofá da sala enquanto 22 tipos correm por um campo de futebol atrás de uma bola? E de poder assistir com detalhes ao ponto de perceberem cada gota de suor que lhes corre no rosto? 


Curem-se. 


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Celebrar o quê?

Estava a trabalhar ininterruptamente há quase oito horas em gestos que se exigem rápidos, repetitivos, profissionais, sem ter como fazer pausas, mexendo-me a correr, sentindo sede, cansaço, sendo impossível parar, nem para ir ao WC, quando subitamente oiço um coletivo grito de contentamento.

Não entendi a razão. Quando percebi que era por causa do resultado de um jogo de futebol achei despropositado e sem sentido. Fiquei irritada. Aquela euforia por causa de uma coisa que não influencia a vida de nenhuma daquelas pessoas. Que não faz diferença alguma, ninguém ganha mais ou vai viver melhor. Teriam feito melhor se gritassem pelo trabalho que estava a fazer ou se reagissem assim todos os dias ao fim de completarem bem as suas funções.

Cada qual no seu lugar, deve fazer o melhor que conseguir. Eu me esforço para isso todos os dias, tanto quanto cada jogador naquele campo. Porque é que as pessoas não aprendem que precisam de valorizar o que lhes é importante?

A minha «equipa» é aquelas pessoas com quem trabalho. E o trabalho bem feito é a excelência do resultado que procuro alcançar. Todos os dias. Tão simples. Não merece isso uma celebração? Acho que sim. E uma não, muitas. Já fiz "Hoo-hoo" quando terminei em cima do relógio uma tarefa dantesca. Decerto bati um record. Mais ninguém sentiu vontade e fiz questão de reforçar que sentia que merecia e me apetecia então lancei outro "Hoo-Hoo", levantando os braços ao céu. 

Foi um golada, terminar aquele trabalho. Um excelente resultado e uma excelente performance. As pessoas deviam centrar-se nas suas metas e não depositar nos outros os sonhos que não sabem ter ou perseguir para si. Percebi tanta coisa naquele instante de euforia que nem sei como especificar. Ali estava eu a trabalhar bem, a ganhar mal e talvez bem menos do que inicialmente pareceu ser o caso, rodeada de pessoas que na sua maioria maldizem o que fazem e criticam muito a vida e o desempenho dos outros mas desatam aos pulos e aos gritos de satisfação por causa de uma bola que entrou numa baliza num local que fica do outro lado do oceano. 

Não vejo realmente razão para as pessoas celebrarem a performance alheia como se fosse sua, não procurando para si o mesmo resultado através do esforço e empenho. Não entendo como podem não celebrar a própria performance quando merecido nem celebrarem a das pessoas mais próximas que geram bons resultados e esses sim, influenciam o todo das suas vidas.


terça-feira, 24 de setembro de 2013

Jorge Jesus é crucificado

Ontem vi um filme excelente na televisão. Chama-se Crimes Pensados*. Pensei cá para comigo que dificilmente se vê um filme assim. Um filme de origem americana que mostra decisões políticas, decisões sociais e comportamentos individuais e de massas e neles expõe a reflexão e a clareza como poucos o conseguem fazer. É um filme que não mostra as coisas pelo habitual filtro patriótico que eleva toda e qualquer decisão americana ao heroísmo. Não justifica ou desculpa nada. Fala de liberdade colectiva e individual, de direitos e de ameaças. E aborda o pânico colectivo, o histerismo e as posições extremistas ou radicais.

E é por esse lado que vou abordar a notícia que hoje vi na TV sobre a suposta agressão de Jorge Jesus (treinador do Benfica) à polícia. Na realidade o que me chamou a atenção no noticiário da TVI foi o pivot ter dito:
-"Na opinião de X, Jorge Sampaio devia ter sido logo preso".

Say What??
Onde andei eu e o que aconteceu durante a madrugada para estarem a noticiar que um ex-presidente da República merecia ter sido logo preso?

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Naturalmente foi uma gaffe do pivot. Mas foi preciso passar a notícia para se perceber que se tratava de Jorge Jesus e não o outro Jorge. Entra a VT e vejo imagens num campo de futebol de um monte de gente a segurar alguém pelo braço e um outro a fazer aquele gesto reflexivo de afastar quem está a prender e torcer o braço de outro. Depois vejo esse alguém a ser puxado por três silhuetas com dizeres "Polícia" nas costas. E de seguida entra um debate onde um comentador desportista defende "a fogueira", por assim dizer, como castigo para o herege. Vem outro e diz que não aconteceu nada demais e nenhum radicalismo deve ser aplicado.

E então o filme que vi de véspera voltou à lembrança. Que belo filme!

É que nele fica claro que existem pessoas que optam por usar certas situações de equívoco como pretexto para destilarem o seu ódio e incitarem a prática colectiva do histerismo. Pessoas que não são capazes de agir com isenção e imparcialidade. Que preferem puxar um dos lados da venda da Senhora Justiça para incitar à violência, ao ódio, ao fanatismo. 

Para uma sociedade como a nossa, que faz pouco tempo que saiu de um regime político opressor, tal uso da liberdade me deprime. Ainda bem que hoje temos esta liberdade, de poder criticar tudo e todos. De poder ir contra as decisões daqueles que nos governam e poder dizê-lo como de direito. Ou poder fazer o contrário. Temos direito ao pensamento livre. Mas a leviandade com que alguns tratam esta liberdade que não foi por mim conquistada já que nela já nasci, mas que outros tiveram de conquistar por mim, é algo que me entristece. 

No entanto sinto que todos os dias "lutamos" para ter e manter essa liberdade. Porque tem de se falar e expor as injustiças. Porque todos os dias, em diversas situações quotidianas tantas vezes nos confrontamos com situações que trazem à tona as noções mais básicas de direito, justiça e liberdade. 

No filme, tal como nesta situação futebolística, uma acção artística que causou polémica foi tratada como um acto de terrorismo e um dos ambiciosos policiais queria fazer daquele caso um exemplo para não se brincar com coisas sérias. Ao mesmo tempo, se isso lhe fosse útil para ser promovido, seria óptimo. A punição para o artista devia ser severa, com um máximo até 20 anos de cadeia para assim dissuadir outros artistas de proceder com igual ousadia. Um outro policial e seu superior defendia que o histerismo não é bom concelheiro e que não existiu intenção de causar dano. Abordou a carta da primeira ementa, o outro praticamente defecou nela. Enfim, vejam o filme que vão entender melhor.

A questão aqui, comparativamente à notícia sobre a agressão de Jorge Jesus, (que meus olhos não viram) é que percebe-se que alguns estão a se aproveitar de uma situação perfeitamente inocente e que surge de um equívoco para despoletar conflitos e polémicas. Que mau uso para a liberdade! Mas enfim, têm direito a ela e isso é que é o melhor de tudo. Mas deviam polvilhá-la com bom senso. O que tantas vezes falta. Ao invés de, neste caso, tentar incendiar ainda mais as coisas, como um tal de Nero fez a Roma e dizer que foram os cristãos... Tirando proveito do fanatismo do futebol e do clubismo. E seguem a exigir acções extremas de punição e multa sobre algo que não tem qualquer gravidade. 

De um grão de areia querem fazer uma montanha, entendem? Tudo porque desgostam de uma pessoa. Mas DESGOSTAR de alguém não nos deve privar do nosso sentido de justiça

O filme abordava isto muito bem, através de um suposto pedófilo. JULGAR antes mesmo de dar oportunidade de um julgamento honesto. Passar logo uma sentença sem antes conhecer bem os factos. É a precipitação para a acção, o sensacionalismo e o radicalismo. Atitudes tão contrárias a uma sociedade justa e tão mais adequadas a regimes opressores como o comunista na China, o ditador da Coreia do Norte, os dois pesos duas medidas das sociedades praticantes de diferentes direitos sociais entre seres humanos baseados apenas no estatuto ou no sexo, etc.

Não é por esse caminho que queremos rumar, pois não?


Veio-me à lembrança o tal cartaz autárquico que trazia na imagem uma jovem toda produzida, com roupa, maquilhagem e cabelo pouco comuns de se verem em cartazes políticos mas habituais para festas. E pergunto-me até agora porquê algumas pessoas subtraíram esse cartaz de blogues e páginas criadas sobre cartazes? (além da ameaça de processo judicial da visada). É que uma coisa é a difamação - coisa que o cartaz não pratica, outra é a liberdade de informação. Como pode uma página de "tesourinhos autárquicos" cujo âmago de criação é abordar todo e qualquer cartaz político excluir um como se nunca tivesse existido? 

A LIBERDADE e o DIREITO do cartaz existir deve ser mantida. Não ocultado como se nunca tivesse ocorrido. Isso é opressor porque ele não era ofensivo nem atentou contra ninguém. Fez parte da história destas eleições e como tal merece estar numa página como todos os outros. O que impede agora que outros não exigem também a remoção dos seus cartazes, caso achem que não ficaram bem vistos na fotografia? A acção de remoção como que a passar uma borracha abre um precedente que legitima a que qualquer outro que se ache prejudicado por um cartaz exija o mesmo direito à remoção. E havendo um precedente automaticamente a sua alegação tem legitimidade. Não é isso uma manipulação? É. Porque remove um pedaço da verdade. O problema existiu, o cartaz existiu e alguns comentários depreciativos foram feitos. A questão não é o cartaz, é o tal uso da liberdade com excesso de libertinagem. Mas o cartaz por direito pertence ao mesmo lugar que todos os outros. 

A liberdade é um bem precioso. A igualdade é um direito precioso. A justiça é outro direito precioso. Muitos não vivem nenhuma destas dádivas como deviam vivê-las por este mundo a fora. Digam o que disserem, é uma enorme bênção esta que nos trouxe a revolução dos cravos. 


*Strip Search, no original, do director, escritor e actor Sidney Lumet