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segunda-feira, 29 de junho de 2020
As repercucoes um mentira
Estava aqui a pensar nas repercucoes de uma mentira. Quando for a preencher um novo contracto de trabalho ou de arrendamento, sou obrigada a providenciar o contacto do anterior senhorio para este dar referencias.
Ora, estando eu a precisar sair desta casa exatamente por ter sido vitima de character bashing (difamacao de caracter) crime ao qual, para minha surpresa, o senhorio aderiu com gosto, como posso prevenir-me de continuar a ser prejudicada no futuro se é esta gente que vao consultar?
As repercucoes de uma mentira podem arrastar-se por anos e anos, sempre a causar os seus danos. A mentira que me prejudicou nesta casa pode muito bem ter começado com a infantilidade vil com que me deparei na outra. A palavra viaja rapido de boca em boca, especialmente se for mentira e intencao é deixar a outra pessoa mal vista. Se a pre-disposicao do individuo ja for para nao gostar se ti, a mentira pega como um fosforo aceso em palha seca. Eu nunca abri a boca para tentar apagar a chama da difamacao. Sinto e vejo a coisa a alastrar, a ganhar proporcoes maiores, fico triste e chocada, mas continuo na minha, sabendo que nada de mal fiz. Esta postura de "a verdade vai prevalecer" nao faz nada pela minha paz de espírito. Só aqui e pouco mais se soube pelo que venho a passar.
O que fazer, o que fazer... ???
Passar a ser mais agressiva e pagar na mesma moeda.
É uma licao que ja devia ter aprendido. Talvez por isso o destino faz-me sempre passar pelo mesmo.
sexta-feira, 29 de maio de 2020
Felicidade num aglomerado de cacos quebrados
Sou muito feliz quando estou a trabalhar. Se o trabalho correr bem e sem pressaltos, fico mesmo de sorriso aberto de um canto ao outro.
Foi assim hoje quando terminei o meu turno as 6 da madrugada. Vinha a andar na minha scooter a cantarolar, a saborear o ar matinal que tanto aprecio e a ver o dia sob aquela luz maravilhosa. Sempre atenta na condução, para nao esbarrar em ninguem. Mas a verdade é que fiquei surpresa por não encontrar nada nem ninguém pelo caminho. Ė como se o mundo tivesse parado e só eu estava a circular pelas ruas. Vim o caminho quase todo com a scooter na velocidade cruzeiro por isso nao precisei estar a controlar os comandos.
Estou feliz.
Mas depois chego a casa.
E a cabeça, o coração, a vida...
😥
Às 18 estava novamente a trabalhar. Saí às 22 e lá vim eu, na scooter, feliz e a cantarolar uma musica que passou numa novela brasileira há muitos anos. Porquê, não sei.
Ė o trabalho bem feito, concluindo com sucesso e sem sobressaltos que me deixa com boa disposição.
Mas depois...
Depois é outra coisa.
Fui ver quartos. Na primeira casa, gostei das pessoas. Só lá estava um rapaz, com a namorada. Gostei do quarto, a cozinha é um cubiculo, mas tem sala e jardim. Guardam bicicletas ali na boa e isso fez-me perceber que aquele não é um lugar com gente esquisita, que se vai por a ditar onde os outros nao podem deixar as coisas mas fazem o mesmo ou pior.
Tambem gostei do quarto na segunda casa mas todo o espaco nao tinha alma. Nao tinha gente e estava decrepito. Sinais claros de que o senhorio está mais focado em receber rendas do que no conforto do espaço. Mostrou-me a casa sem me incentivar a explorar e não desenvolveu nenhuma questão.
Também é a que fica mais longe, por isso acho que esta não entra na equação.
O problema da outra é que as contas sao pagas à parte. Isso pode ser um grave problema.
Mas sabem o que temo de verdade?
Temo não agradar aos outros.
Percebi que estou emocionalmente danificada. A portuguesinha que chegou a esta casa há dois anos nem sequer se preocuparia com isso. Bastava-lhe ser ela própria, achava que a sinceridade e a autenticidade são sempre bem acolhidas.
Dois anos a viver em ansiedade e stress devido às falsidades, que culminaram com uma conspiração cheia de mentiras ao ponto de me deixar de queixo caido no chão.
Resultado? Estou quebrada.
Acho até que já nem sei como agir em grupo dentro deste contexto de partilha de casa. Deixei de saber usar uma cozinha para preparar uma refeição. Perdi o hábito espontaneo de partilhar mantimentos e oferecer comida porque nesta casa recusaram sempre tudo que lhes propus como se vivessemos numa época há muito passada e eu fosse tao repelente e indesejável quanto um leproso. Dialogar normalmente, sem o outro mostrar-se frio ou desinteressado... nao recordo como é e como se deve retribuir. Desaprendi a conviver nos padrões normais de interacção social.
É como me sinto.
Foi ao que me sujeitei.
Serei eu capaz de estar com pessoas normais? Temo que os danos causados no meu emocional irão comprometer as minhas interaccoes e capacidade para distinguir momentos certos, menos certos... Temo que algo wue faça possa ser mal interpretado e me falte capacidade de acção para erradicar este tipo de situação e o perigo que representam.
Mas terei de ir à luta, bem sei.
Estou fragilizada. Mais do que podia perceber. Talvez mais do que dá para aguentar. As mentiras horríveis, a vontade do senhorio em embarcar nelas e as acções que ele próprio tomou... É todo um embaque emocional intensamente forte.
Têm sido uns atras dos outros. O mais intenso foi a paixonite. Passou quase um ano, ainda doi muito e não passa um dia em que esse aperto na alma não se faça sentir. Isso também fragilizou a percepção de auto-valor. Como podem as pessoas num dia dizerem-me que gostam de mim, que sou tão boa pessoa, que sou especial, para depois serem frias e desaparecerem da minha vida?
Isso machuca.
Isso pode até desiquilibrar uma pessoa emocional e psicologicamente.
Preciso de me rodear de pessoas boas que me mostrem o caminho certo e retornem a normalidade de volta à minha vida.
Mas se vou conseguir, não sei.
Talvez devesse viver sozinha por uns tempos. Se pudesse... mas sozinha aumentaria a solidão, a percepção do vazio e das perdas. Talvez me tornasse numa pessoa realmente estranha, distanciada.
Preciso de aprender e reaprender.
‐-----
Ps: tres da manhã e vou consultar o email. Encontro uma mensagem a cancelar o turno de amanhã. Os cancelamentos e as limitacoes chegaram rápido com o "final" do corona. Há um mes imploravam para ir todos os dias e atebpediamnpara fazer ruenos de 12h. Agora estao a cancelar, a reduzir, a limitar bastante.
Sabem o que é que nós valemos para os outros? Absolutamente nada.
Esta constatação, levando em consideracao tudo o resto... entrei num pranto. Mas nem posso chorar à vontade e em plenos pulmões. Nem o sofrimento poee escoar livremente.
Bom, mas "amanhã" será outro dia.
A ver se depois de dormir (se conseguir), desperto optimista, com vontade de ir a outro round de luta diária, luta essa que estou claramente a perder. Merece a pena??
👶👩🎓👮♀️💔☠
quinta-feira, 21 de maio de 2020
Why when bad people get inside a house, they never leave?
Falo, claro, no caso de casas com quartos partilhados.
Enquanto estou aqui sentada na relva do jardim, procuro a paz às aflições que me atormentam.
| Primeira fotografia de mim no blogue. Yeah! |
Na véspera de tudo acontecer (a gorda dizer ao senhorio: "tira-a daqui senão não trago ninguém para morar cá"), trouxe estas flores que colhi de noite, pelo caminho, enquanto regressava do trabalho.
Não são lindas?
Meti-as num copo de vidro alto, despejei água para dentro e coloquei esta jarra improvisada no centro da lareira, para embelezar o espaço.
No dia seguinte, como se qualquer intervenção minha na casa fosse intolerável, chamam o senhorio e enfiam-lhe pela goela abaixo um monte de malévolas mentiras juntamente com um pedaço de bolo pascoal e um cafezinho.
| Uma especie de lareira que vira prateleira de despensa (Para armazenar paes, bolos e multiplos ovos de chocolate exclusivos para consumo italiano) |
Depois daquele dia comecei a procurar uma nova casa para morar, mas fui hesitante na seleção e nao tive sucesso. A ideia era sair de imediato. Percebi que já estava a demorar demasiado tempo e isso desagradou-me. Quanto mais tempo passar na casa, mais intrigas vão inventar para reforçar as mentiras inventadas sobre o meu caracter e comportamento. Uma coisa que não lhe devia ter dito quando a confrontei, foi que nenhum dos amigos (que supostamente não gostam de mim), me conhecia. Ela ficou espantada. Prestou atenção. Como já a temer que eu pudesse ter encontrado uma brecha na sua história inventada.
Deve ter pedido a uns para confirmarem a sua versão com o senhorio. Isso justificaria a presenca de uns deles na casa, ontem, anteontem e noutro dia. Deixando moedas e mensagens como que encantamentos.
Mas a verdade é que nunca fui mal educada. Eles traziam pessoas cá para dentro sem nunca partilharem comigo essa informação. Eu ficava a saber por esbarrar nas pessoas, geralmente quando tentava aceder à cozinha. Convivios, jantares... Nada me foi dito. Era propositadamente colocada de parte por eles e depois davam a entender aos convidados que era eu que me excluia.
Tudo manipulação. Sempre falsos, sempre alertas à percepção dos outros.
Naturalmente, sou surpreendida quando entro na sala e encontrou um bando de gente. Digo "hello" e meio que fico à espera de uma apresentação. Mas não me diziam o nome, não se apresentavam, não me apresentavam a ninguém. Muitos nem me olhavam na cara quanto estabelecia com eles contacto visual e lhes dava um timido mas genuino sorriso, quanto mais me falar. Nem uma curta interacção, uma pergunta, nada. OK, não me querem junto deles. Fazem-me sentir uma intrusa na propria casa onde pago para morar, pelo que faço o que tinha ido ali fazer e deixo-os sossegados.
A ela só lhe disse que muitos nem um "hei" diziam e respondi à resposta dela sobre os colegas "ninguém nesta casa gosta de ti" com:
-"isso é porque tu dizes a todos que aqui entram "que terrivel portuguesa mora aqui!"
Voltando aos malmequeres, ao fim de algumas noites, reparei que continuavam resplandecentes. Deixei-os ficar. Não pensei que durassem tanto. Mais uns dias se passaram, a busca por um novo quarto atingiu uma percepção de calamidade e desânimo. Os malmequeres continuavam visosos. Contudo, comecei a associar a presença deles com o início deste novo tormento.
Será que, enquanto ali estivessem não ia arranjar um novo lugar para morar?
Se nada aparecesse dentro de dias, ia deita-los fora.
Assim, 18 dias depois de os ter colhido. Removi-os, para ver se me trazia sorte.
Passaram-se mais quatro e até agora, nada.
Só mais uma epifania:
Quando no pico do medo e pânico comparas um virus mortífero como o Covid29 com os teus colegas de casa e concluís que este é uma ameaça menor, ficando feliz por poderes sair de casa todos os dias para ir trabalhar, isso devia ter servido de pista.
Estou só a tirar estas coisas dentro de mim.
I was blind but now I see!
(Will I ever, really?)
sábado, 9 de maio de 2020
A quererem passar-me por idiota
O senhorio deve achar que eu sou besta. Colocou uma mensagem no grupo da casa a dizer que vai mostrar os 3 quartos vagos (e assim ficas a saber que mais um dos italianos deu de frosques hoje, pela calada, sem sequer dizer um tchauzinho à "portuguesa") a uma pessoa amanha, pelo meio dia e devemos praticar a "distancia segura".
Lol.
Vai mostrar a casa a um "candidato" igual also anteriores: arranjado pelos italianos. A mensagem no grupo e so para despistar. Como se fosse resultar sempre.
Ate se esquece que nao colocou anuncio. E sem anuncio, so conhecidos sabem dos quartos vagos.
Quando a distancia Segura, nunca se preocupou com isso antes. Soube que eles trouxeram uma pessoa para jantar ca na sexta-feira de pascoa e nao se importou com a quebra da quarentena.
Isso e so para eu ficar afastada o suficiente para nao perceber que a "pessoa" e italiana ou o tal ex namorado de uma italiana. Seja quem for, vem por encomenda. Como tem sido o caso no ultima ano e meio, desde que a unica rapariga que nao era italiana saiu desta casa, pelo natal de 2018. De la para ca nunca mais existiu transparencia e tudo foi arquitectado.
Ainda acham que eu caio nisso.
Sera que acharam sempre que nunca dei por nada???
Francamente!
Ao inves de 3 quartos vagos, deviam ser 4.
O meu so nao fica vazio ja porque nao encontrei outro lugar que me agrade minimamente ou reuna condicoes geograficas vantajosas.
A casa que fui ver nao esta a ser finalizada. Numa semana, ninguem la esteve a limpar ou arrumar. E era suposto estar pronta a habitar na seguida feira. Certo!!!
Por muito que gostasse de me mudar para uma casa sem nenhum inquilino a la viver ha tanto tempo que se julga dono, tenho de estar atenta ao rol de mentiras.
Ha muita trafulha no aluguer de casas.
O engracado e que, quando pretendi mudar de casa ha dois anos, encontrei um quarto e um senhorio que me disse que gostava de mim, que eu era exatamente o tipo de pessoa que ele procurava para as suas casas e que me guardava o quarto ate a tarde seguinte, quando fiquei de lhe dar a resposta.
Aflita, pela manha liguei-lhe e disse que queria o quarto. Ele disse que o tinha dado a outra rapariga.
Depois ligou-me passado uma semana, a dizer que tinha salgado um quarto noutra casa e que se sentir mal por nao ter cumprido a palavra. EU agradeci, mas disse-lhe que ja havia encostado um. Foi aquele que assinalei quase coagida pela senhoria e depois quando mudei de ideias dias depois ela nao quis devolver o dinheiro.
Acabei por ficar na mesma casa, apenas uma semanas, ate ter percebido que nao dava. E dai a sair nao custou nada. Foi praticamente de um dia para o outro. E vim para aqui.
Ness altura vi que o mesmo senhorio tinha outro quarto vago e ate lhe escrevi, dizendo que era uma tremenda coincidencia, cada vez que preciso, ele tinha um, mas eu acabara de encontrar outro.
Foram 3 as vezes que que mudei para uma das suas casas.
E agora ele tem outro quarto vago.
A casa nao e nada de especial. Tudo muito morto, simples. Nota-se que ele e poupadinho no mobiliario e na qualidade do mesmo. Ele forca todos os inquilino a descalcarem os sapatos a entrada. Nao quer ni guem calcado dentro da casa. Quer sempre ver tudo um brinco e suspeito que tambem faz o tipo de meter a chave a porta e entrar, sem aviso ou cerimonias.
Acho que e outro que aparece para controlar, bisbilhotar. Com pretextos que nao enganam ninguem.
E por isso ainda nao o contactei. A casa tambem fica muito mais longe. Embora ele tenha baixo o preco do quarto, tal e a vontade de o alugar com esta crise.
Alguem disso, insiste em contratos de 6 meses. Suspeito que e por isso que os seus quartos vagam amiude. A pessoa mal pode esperar que aqueles 6 meses passem depressa.
Lol.
Vai mostrar a casa a um "candidato" igual also anteriores: arranjado pelos italianos. A mensagem no grupo e so para despistar. Como se fosse resultar sempre.
Ate se esquece que nao colocou anuncio. E sem anuncio, so conhecidos sabem dos quartos vagos.
Quando a distancia Segura, nunca se preocupou com isso antes. Soube que eles trouxeram uma pessoa para jantar ca na sexta-feira de pascoa e nao se importou com a quebra da quarentena.
Isso e so para eu ficar afastada o suficiente para nao perceber que a "pessoa" e italiana ou o tal ex namorado de uma italiana. Seja quem for, vem por encomenda. Como tem sido o caso no ultima ano e meio, desde que a unica rapariga que nao era italiana saiu desta casa, pelo natal de 2018. De la para ca nunca mais existiu transparencia e tudo foi arquitectado.
Ainda acham que eu caio nisso.
Sera que acharam sempre que nunca dei por nada???
Francamente!
Ao inves de 3 quartos vagos, deviam ser 4.
O meu so nao fica vazio ja porque nao encontrei outro lugar que me agrade minimamente ou reuna condicoes geograficas vantajosas.
A casa que fui ver nao esta a ser finalizada. Numa semana, ninguem la esteve a limpar ou arrumar. E era suposto estar pronta a habitar na seguida feira. Certo!!!
Por muito que gostasse de me mudar para uma casa sem nenhum inquilino a la viver ha tanto tempo que se julga dono, tenho de estar atenta ao rol de mentiras.
Ha muita trafulha no aluguer de casas.
O engracado e que, quando pretendi mudar de casa ha dois anos, encontrei um quarto e um senhorio que me disse que gostava de mim, que eu era exatamente o tipo de pessoa que ele procurava para as suas casas e que me guardava o quarto ate a tarde seguinte, quando fiquei de lhe dar a resposta.
Aflita, pela manha liguei-lhe e disse que queria o quarto. Ele disse que o tinha dado a outra rapariga.
Depois ligou-me passado uma semana, a dizer que tinha salgado um quarto noutra casa e que se sentir mal por nao ter cumprido a palavra. EU agradeci, mas disse-lhe que ja havia encostado um. Foi aquele que assinalei quase coagida pela senhoria e depois quando mudei de ideias dias depois ela nao quis devolver o dinheiro.
Acabei por ficar na mesma casa, apenas uma semanas, ate ter percebido que nao dava. E dai a sair nao custou nada. Foi praticamente de um dia para o outro. E vim para aqui.
Ness altura vi que o mesmo senhorio tinha outro quarto vago e ate lhe escrevi, dizendo que era uma tremenda coincidencia, cada vez que preciso, ele tinha um, mas eu acabara de encontrar outro.
Foram 3 as vezes que que mudei para uma das suas casas.
E agora ele tem outro quarto vago.
A casa nao e nada de especial. Tudo muito morto, simples. Nota-se que ele e poupadinho no mobiliario e na qualidade do mesmo. Ele forca todos os inquilino a descalcarem os sapatos a entrada. Nao quer ni guem calcado dentro da casa. Quer sempre ver tudo um brinco e suspeito que tambem faz o tipo de meter a chave a porta e entrar, sem aviso ou cerimonias.
Acho que e outro que aparece para controlar, bisbilhotar. Com pretextos que nao enganam ninguem.
E por isso ainda nao o contactei. A casa tambem fica muito mais longe. Embora ele tenha baixo o preco do quarto, tal e a vontade de o alugar com esta crise.
Alguem disso, insiste em contratos de 6 meses. Suspeito que e por isso que os seus quartos vagam amiude. A pessoa mal pode esperar que aqueles 6 meses passem depressa.
quinta-feira, 7 de maio de 2020
O bom humor da gorda
A mais-gorda está bem humorada hoje. Não preciso de mais nada para saber que a conversa com o senhorio correu-lhe muito bem.
Ele esteve cá ontem, antes de ontem, no dia antes disso, etc. Mas sempre comigo ausente. Pura conspiração. Conversar comigo, comonlhe pedi, isso não lhe interessa. Fez a sua escolha: escolheu dinheiro sobre princípios.
O que não vos contei é que, antes de ontem, no dia 5, confrontei-a.
Ela enviou-me uma mensagem a avisar que deixei cair uma luva no WC. Ou eu ignorava ou reagia. Não à luva, mas ao descaramento de interagir comigo como se nada se passasse quando na vespera disse ao senhorio para me remover da casa.
Desci e disse-lhe:
Olha, vou fazer contigo uma coisa que tu nunca fizeste comigo: vou falar-te na cara.
Tu pediste ao senhorio para me tirar desta casa.
Negou. Disse que lhe disse que nenhum amigo dela quer viver nesta casa comigo, porque eu era estranha.
Ao dar a entender ao senhorio que eu era o entrave para ele encontrar pessoas para os outros quartos, ela deu o golpe certeiro, foi diretamente ao bolso deste, que é onde ele tem o coração.
Muito manipuladora. Mestre.
Sei agora que não devia ter-lhe falado, porque ela ficou a ruminar em cada aspecto do que lhe disse e tratou de anular cada argumento com outra armação. O espetáculo deve se ter dado ontem de tarde, quando a plateia/senhorio chegou.
Este enviou-me um sms a perguntar quando era conveniente ou inconveniente entrar no meu quarto para tirar fotografias as alteracoes feitas. Sei muito bem o que pretendia. Nao me ter por perto para combinar uma nova estrategia diante dos novos acontecimentos. (Eu estar a par da tramoia).
Ela disse-me que nenhum dos amigos dela gostam de mim. Ao que lhe respondi:
-eles não me conhecem.
Ela ficou com um ar pensador.
Alguns nem dizem "oi". - acrescentei.
No meu entender para se gostar oh nao de alguem ao menos alguma interacção deve existir. Assim a implicância de todos eles, sejam 2, 20 ou 200, foi-lhes implantada no cérebro por ela. E disse-lhe assim:
-"isso é porque a todos eles falas da terrível portuguesa que vive nesta casa".
Tenho a certeza que ela viu uma "abertura" para a razão penetrar pelas suas mentiras e tratou de arquitectar alguma coisa para refutar este meu possível argumento com o senhorio. Porque ela ainda temia isso.
Mas este está conquistado.
Tenho a desconfianca que ligou para o único amigo que realmente é dela (os outros vieram com os outros italianos e ela apropriou-se) para que este confirmasse com o senhorio, em inglês a terrível portuguesa que cá vive. O tal Pedro, que apagou do quadro da cozinha o meu desenho e mensagem de amor e compreensão deixando no seu lugar um falo.
Só classe!!!
"Ele também me disse que eu também teria de sair" -mentiu.
"Acredito mesmo nisso, fulana"- respondi-lhe.
Acabei a conversa a dizer que mesmo que o senhorio me disesse que a casa estava vazia e me pedisse para ficar nela, não ia querer. "Para mim a casa é veneno"- concluí.
Este diálogo aconteceu na presença dos dois italianos que restam. Que fingiram nada ter a ver com nada.
E nao foi dito aos gritos, nem com violência. Nao foi prolongado. Também me queixei de me colocar à parte em particular nos momentos especiais, como pascoa e natal.
"Eu nao estou cá no Natal"- respondeu.
Pois... para ela o Natal é o dia 25. O que faz Antes e depois não conta. Montar a arvore de natal so entre italianos, comigo em casa, tendo mostrado interesse em participar, não conta. Pendurar meias de natal na lareira com presentinhos para todos menos para mim - Não conta. Desprezar a fatia de bolo de rei que lhe dei, deixando-a por dias em cima da mesa.... Não conta.
Querem-me dizer que todas estas atitudes contribuem para a harmonia e bem estar numa casa partilhada?
O meu erro foi ter ignorado/relevado TODAS.
Agora é tarde.
Toda a razão que tenho foi substituida pela intriga, que foi bem orquestrada, semeada com cslma, como quem planta sementes para verem germinar mais tarde.
Eu vi, pressenti e entendi isto tudo, sem nada fazer. Só esperando que melhorasse finalmente, um dia, por eu não ser má pessoa. E talvez alguém lhe fizesse frente e a visse por aquilo que realmente é.
A conversa que tive com ela foi gravada. Mas de que adianta? Se ela contar a sua versão, dizer-se assustada e com medo dos meus rompantes violentos, e escudar-se no apoio dos colegas italianos nem uma gravação importa.
E foi isto. Agora o que realmente me preocupa é o emprego. Já estão a cancelar todos os turnos. Não vou conseguir sustentar-me assim. A renda vai subir, os empregos vao escassear.
E ela escolheu expulsar-me desta casa com as suas armações logo a seguir à pascoa e em plena quarentena de um virus que paralizou os serviços e a economia.
Está neste instante ao telefone a rir muito. Está de bom humor. A arquitectar o que se segue. O senhorio deve ter-lhe dito tudo o que ela queria ouvir.
E por esta altura ja deve ter percebido que os meus dias de ir trabalhar todo o dia ja terminaram. Sabe que voltei a quase nada.
Deve estar ainda mais feliz.
O que é que este tipo de pessoas merece?
E porque nada lhes acontece para as punir pelo mal que espalham?
segunda-feira, 30 de março de 2020
De quarentena num espaço desagradável
Vocês não sabem, mas o quarto que alugo ainda não está totalmente terminado da remodelação que sofreu em Dezembro. Para os que não sabem, enquanto viajei para Portugal para lá passar o Natal, o senhorio ficou de derrubar uma parede, para aumentar a área da divisão. Disse ele, várias vezes, que era algo simples e rápido de fazer. Não ia demorar mais que um dia. Duas semanas depois, quando regressei de madrugada, o rosto dos meus colegas de olhos esbugalhados ao me verem, disse-me tudo. Esperavam que eu ficasse aborrecida, porque o quarto ainda não estava pronto. Não tinha sequer a cama montada. Foram precisos mais dias para terminar e pintar as paredes. Eu não fiquei fula. Decidi ser compreensiva e esperei, paciente.
Só que já estamos em Abril (praticamente) e a minha paciência esgotou-se. Foi substituída por nervos. Nestes quatro meses foram inúmeras as vezes que mencionei ao senhorio que precisava, em particular, de ter as prateleiras montadas. Deixei claro que o resto podia esperar, mas as prateleiras eram vitais. Tenho muitos livros e objectos para ali colocar. O que for a arrumar no restante espaço vai depender do que conseguir enfiar naquele. Pedi-lhe tanta vez com jeitinho, ofereci-me para o fazer eu mesma, ofereci-me para pintar as tábuas que tapam a canalização de branco - porque ainda nada disto foi feito. Tudo o que ele fez de lá para cá foi aparafusar as tábuas que tapam os canos junto ao chão. E isto por malícia, pois tinha-lhe sugerido que as fixasse de modo a que a de cima pudesse ser removida e expliquei porquê: por causa do barulho de pancadas. As águas ao passarem pela canalização, produzem um som de semelhante ao do uso de um martelo. E eu descobri quando me pus a limpar o imenso pó que os canos tinham que, aplicando ligeira pressão entre um tubo e outro, esse som desaparecia. Volta a aparecer, mas, voltando a aplicar uma ligeira pressão, é impressionante como o som de batidas vai embora. Acho que é uma razão bem válida para deixar uma tábua presa com fechadura e não com pregos.
Quem é que gosta de dormir num quarto no qual, cada vez que alguém vai ao WC que fica ao lado, além de se escutarem todos os sons escatológicos, traz o som de batidas de martelo?
As casas no Reino Unido são barulhentas por defeito. O chão range (e não é pouco), as correntes de ar fazem as portas bater... e aqui ninguém usa persiana. Todas as janelas são tapadas apenas com cortinas, o que nunca permite total escuridão. Podes levar com aquela claridade da manhã na cara que isso é considerado banal. Se te queixares, acham que és "florzinha de estufa", uma pessoa problemática.
O senhorio esteve cá em casa há dois dias. Ele sempre aparece sem avisar, entra sem cerimónias e "passeia-se" pela casa como se nada fosse. Traz leite que mete num dos frigoríficos e serve-se da chaleira para beber chá. É uma atitude um tanto invasiva, mas teve de ser aceite por todos para cá morarmos. Ao contrário do que esperava, não me fez confusão. Para mim ele é apenas mais um dos muitos que já vi circularem cá dentro. Tanto me faz que seja ele ou uns 50 italianos. Ao menos com ele por perto sei que os outros contêm-se um pouco e até ficam aborrecidos. E isso não é desvantajoso. Só que ao vê-lo cá, ele que diz que não tem tempo para nada... aquilo revoltou-me. Na tarde anterior tapei a abertura onde antes estava a parede com uma cortina branca. Foi como um bálsamo!
Subitamente pareceu-me recuperar a sensação de bem-estar que viver no quarto sempre me deu. Já não aguentava mais olhar para o fundo do que outrora foi a parede do WC e ver aquelas tábuas que tapam os canos. Há tanto que quero fazer ali para disfarçar aquela feiura, coisas que guardo trancadas há tanto tempo e que não aguento mais que seja assim! Cheguei ao limite da paciência e da bondade.
Pus uma cortina para não ter mais de olhar para ali. E, como disse, senti-me imediatamente melhor. É como se aquele anexo de espaço não existisse. E o quarto voltasse a ter as dimensões originais.
E se não tiver o quarto para estar, não tenho muitos outros espaços onde possa estar com o mesmo nível de conforto e tranquilidade. Os italianos ocupam a sala logo pelas 8h da manhã e só saem de lá pela meia-noite. Continuam a almoçar todos juntos, na mesa, comigo ali na cozinha e na sala, sem nunca estenderem um convite ou perguntarem se tenho algo para comer.
Hoje vi tão claramente os olhos da mais-velha a fulminarem um deles. Trata-se do namorado da rapariga do andar de baixo. Eles nunca gostaram dele. Aceitam a sua presença (como aceitam a minha ahha) e com ele falam, porque, afinal, é italiano. Mas acham-no parvo, idiota, não gostam dele. E na realidade, não o incluem nas suas rotinas, a menos que seja esta de almoçarem ou jantarem juntos. Afinal, se a namorada almoça o namorado não ia ficar de lado. Mas é só por essa razão. Não o convidam a sentar e ver um filme com eles, por exemplo.
Como disse, vi os olhos da mais-velha a fulminar o gajo quando ele dirigiu-se ao jarro de filtro e água, carregando uma garrafa cor-de-rosa. Despejou água para o interior e deixou o jarro, quase vazio, em cima da bancada.
A mais velha estava a observar tudo muito atentamente e a "matá-lo" com os olhos. Mas a culpa é da namorada dele. Também me enerva ir buscar água e encontrar o jarro vazio. Enerva estar sempre a encher o jarro com água e outra pessoa vem, serve-se e deixa-o vazio. E ela sempre fez isso. No ano e meio que cá vive, nunca a vi repor a água que tira do jarro. Quem chega a seguir é que tem de o fazer. Noutro dia, enchi o jarro de água e fui lavando louça enquanto esperava que a água no jarro pingasse pelo filtro, para então encher um copo e saciar a sede. Nisto ela sai do quarto direta à cozinha, pega no jarro, enche a garrafa com água e sai satisfeita de volta para o quarto. Foi aí que decidi: se não sabes encher o jarro de volta, já não me vais ver a fazê-lo por ti!
Quem o faz é a mais-velha. Os outros... não querem saber. No passado ela chegou a colar um post-it onde escreveu "encham o jarro". Sei que o fez porque culpava-me a mim de o encontrar vazio. Mas a culpada era outra italiana que cá morou, uma que nunca limpou nada na casa e costumava até deixar a louça que usou suja para outros a lavarem. Este comportamento dela foi encorajado pela mais velha, que o procurou ocultar adoptando a postura de limpar e lavar por ela. É que, se és italiano, nunca tens pecado. Nunca erras, nunca fazes um mal, tudo tem uma explicação. A "explicação" que a mais-velha me deu, mais tarde, para a ausência de práticas de limpeza da italiana (e não era a única) é acreditar que ela era um pouco "posh" (metida a rica). Justificou-o dizendo que acha que ela tem uma empregada que faz tudo por ela na sua casa em italia.
(inserir cara de "não me gozes")
(inserir cara de "não me gozes")
Oh pá... a sério?? A sério que esta tipa me disse este absurdo? Então porque tem uma mulher que vai lá limpar-lhe o pó aos móveis justifica-se que veja os colegas de casa como seus empregados??
Comigo, que sou portuguesa, essa desculpa não pegava. Mas numa casa cheio de italianos a funcionar como uma matilha, quem é italiano pode fazer o que quiser. É o cartão "sai da prisão" do jogo do monopólio. A responsabilidade vai recair sempre sobre outro alguém. No caso do jarro com água, já não sou eu - que encho-o até a máxima capacidade cada vez que lhe dou uso - mas o "inquilino emprestado" - o namorado da rapariga, por quem eles não nutrem simpatia.
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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
Em Portugal também será assim??
O aluguer de quartos por aqui é algo estranho. Todos anunciam um espetacular espaço, moderno, perto de tudo. Quarto «single» e espaçoso... Olhem só estas fotos de um desses tais quartos.
Um colchão em cima de uma cama dobrável e praticamente nenhuma arrumação, sem cabeceira ou candeeiro.
Por isto pedem 400 libras - o que para a área é um pouco puxado.
Mas ainda piora: trata-se de uma casa com o senhorio a viver dentro. A sala é dele, a cozinha é dele, tudo está decorado e tem as fotografias da família por toda a parte. O chuveiro é do jeito que ele gosta, com as coisas dos donos da casa... E tu és suposto "usar" esses espaços - isto se a sala não tiver restrita como tanta vez acontece. Partilhar uma casa com um senhorio e sua esposa e/ou filhos soa a algo terrível. Os direitos não são iguais, os hábitos também são diferentes. Eles estão na sua casa. Podem receber amigos, receber os netos, ter animais de estimação... Tu não tens esses mesmos direitos, mas tens de levar com os do senhorio.
Neste caso em particular é ainda pior: têm dois cães e o quarto só está disponível de segunda-a-sexta. Fins de semana é suposto não lá estares. Dormes na rua, se calhar. Ou então querem alguém que só trabalhe aos dias de semana e aos fins-de-semana tenha outro sítio para onde ir. Por estas regalias todas e um quarto tão bom, têm a ousadia de cobrar o mesmo que se cobraria por um quarto numa casa partilhada, onde todos têm os mesmos direitos.
Isto revolta-me o estômago.
Nem sequer fica bem situada, a casa. Não te dão quase nenhumas regalias, as condições são bastante limitadas, "chulam-te" dinheiro suficiente para lhes pagar as contas mensais, o supermercado e sei lá que mais. Tu é que lhes estás a fazer um favor, e não o contrário.
Não compensa NADA.
Matas-te a trabalhar para eles usufruirem. E tu, de segunda a sexta, ficas num minúsculo quartinho com más condições, onde provavelmente terás de ficar sempre que não tiveres a trabalhar.
Escravatura, pá...
sábado, 19 de agosto de 2017
Novo inquilino escolhido
Sabem aquela pessoa de que queres te despedir mas cada vez que fazes isso ela volta atrás e inicia um novo tema de conversa? Só após passar para aí cinco vezes mais tempo do que aquele que podias imaginar, é que essa despedida que já vai para aí na décima, é eficaz e a pessoa vai?
Pois vai ser esse indivíduo o novo inquilino da casa.
Sinto um pouco de tristeza sobre quem recaiu a preferência da senhoria. Queria tanto uma pessoa que gostasse de meter mãos à obra nas limpezas! Existiu um candidato que me pareceu a pessoa certa. Mas ela é quem escolhe - a pesar de não lhe interessar os conhecer pessoalmente. Escolheu com base na profissão, é previsível. Aquele que lhe parecer a aposta mais segura é aquele que ela geralmente escolhe.
Foi por isso que me rejeitou, quando cá vim pela primeira vez. Preferiu o candidato «seguro», - o rapaz com referências e com um trabalho fixo numa empresa de renome. Só que este escolhido não cumpriu o prometido e deixou de dar notícias. E foi assim que aqui a portuguesinha - sem eira-nem-beira e com a sua valise de carton conquistou o seu cantinho para morar.
Eu fui a melhor pessoa que ela podia ter tido a sorte de ter como inquilina. Há boa fama de uma Linda de Sousa, excepção feita para as cantorias, a senhoria já percebeu que eu cuido bem da casa e gosto de manter os espaços arrumados e melhorados.
E esse é o segundo aspecto pelo qual a minha tristeza é ampliada.
Não me pareceu que este novo candidato vá satisfazer nesse requisito. E com os outros dois que me restam a falhar neste campo, sinto que já perdi a batalha. Tenho um motivo forte para essa suspeita. Além dele não ter mostrado grande interesse no tema limpezas, a certa altura da conversa incomodou-me o cheiro que vinha das suas roupas. Um odor a falta de cuidado, de roupa suja e de corpo pouco lavado.
Posso estar a ser precipitada e decerto que se trata de uma avaliação com base na primeira impressão. Mas se estas valem por alguma coisa, foi esta com que fiquei.
Agora só posso desejar que o indivíduo tenha outros atributos que tenham ficado mais ocultos durante este primeiro contacto que levou quase duas horas para terminar. Pois já com o pé na rua, o rapaz ainda voltava atrás para falar mais um pouco. E parte das coisas que diz, eu não entendo. O seu inglês não é perfeito e das outras três línguas que disse falar - alemão, francês e português, não conseguiu juntar uma frase.
| Portuguesinha, ruiva e linda (lol) a antecipar o desespero dos tempos que estão para vir |
sexta-feira, 3 de junho de 2016
Três Soltices
Hoje compreendi porque é que as damas antigas usavam camisas com colarinho a tapar o pescoço. É bom para dias como este: com sol mas muito vento.
Apeteceu-me usar uma. Acho que esta ventania ainda me vai dar uma pneumonia. E se nesta era posso ir ao médico e ficar medicada - coisa que raramente faço - na altura a prevenção era mesmo a única forma de combate à doença. Acho-os mais inteligentes.
Hoje perdi uma nota de 10€. Quem a achar faça o favor de recambiar à dona. Era novinha, quase sem dobras, das mais recentes. Foi emprestada por uma terceira pessoa para a compra de um produto, que acabei por ter de comprar à mesma e desembolsar do meu bolso o prejuízo.
Posso garantir que só pode ter caído em 2 lojas onde entrei e em todas demorei-me a ver produtos pelo que, se caiu, ficou perto de mim. Não acho nada improvável que alguém tenha visto a nota cair da minha mão e se precipitado a apanhar, sem nada dizer.
Mas já disse uma vez minha mãe, após um ato generoso diante de uma circunstância mesquinha: "Deixa estar, Deus devolve".
Fico a aguardar...
Será que a minha cotação com'Ele está em alta?
Proliferam obras em prédios.
Até um leigo é capaz de perceber que algo na lei deve ter tornado muito vantajoso tornar-se arrendatário. Aqui na zona alguém comprou 4 apartamentos de um bloco predial e está a reparar todos em simultâneo. Metros à frente, mais obras. Girando um pouco para a esquerda e andando mais outro bocado, mais obras. Tudo muito discreto, profissional, feito por quem sabe e não está no seu primeiro rodeo. Ó todos ficaram ricos subitamente, ou algo na lei mudou e tornou muito vantajoso para aqueles que já têm dinheiro investir em propriedades. É o meu sonho. Investir em imóveis! Eu, que ainda não tenho um, snif. Quem sabe Ele me compensa a perda dos 10€ e tudo o mais com o ganho do primeiro prémio do Euromilhões?
E a oportunista que se divirta com o bem supérfluo que adquiriu à pala da distração de um pobre que anda sempre a economizar.
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