Metereologia 24 h

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sábado, 11 de abril de 2009

A importância da formação

O respeito pelo ensino do nível da educação superior nunca esteve tão em baixo. A maioria das pessoas fazem pouco deste nível de formação. Dizem que não presta, não tem serventia e que não se aprende nada, entre outras coisas.
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Considero estas noções perigosas. A quem estamos a ajudar, ao agir assim? Que contributo e melhorias tais ideias trazem à sociedade? Nenhumas.
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Foi no ambiente de trabalho que tomei consciência da importância da aprendizagem a nível superior. Ainda na véspera, uma colega me dizia que uma licenciatura "não servia para nada" e que preferia tirar cursos de algumas semanas ou meses. Como se o nível de conhecimento adquirido tivesse a mesma profundidade!
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Tenho a percepção de que, algumas pessoas que fazem estas críticas, fazem-no com alguma dor de cotovelo. Na generalidade, são pessoas acostumadas a apanhar atalhos. Os muitos anos de investimento pessoal que o ensino superior acarreta, não combinam com pessoas assim.
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Para quem o status é muito importante, a falta deste nível de formação no seu CV é-lhes penosa, pelo que preferem desacreditá-lo. Mentem a si mesmos para, quando têm os seus filhos na idade certa, fazer questão de vê-los a obter uma licenciatura. É o tal do "status" a falar mais alto e, de alguma forma, a hipótese de tê-lo para si através do sacrifício dos filhos.
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Mas o que me levou a vir escrever foi a percepção do quanto mentes sem a formação adequada prejudicam o trabalho. Esta semana que passou percebi que a empresa onde trabalho está realmente com a corda no pescoço. Se não se agir atempadamente, vai afundar rapidamente. Perante este facto, o que vi foi uma vontade imensa de apontar dedos de acusação em direcções ridículas e a fazer comentários "non-sense". Percebi que ninguém estava em sintonia comigo: arregaçar as mangas e começar logo a mudar a situação.
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Fiquei muito triste, como se pode imaginar. Quando se perde a fé, o que resta? Ainda mais revoltante é saber que os sinais de alerta são constantemente ativados. É só bandeiras vermelhas a ser acenadas debaixo das vistas de todos. Ao invés de trabalharem com mais afinco, ficam mais relapsos.
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Foi então que percebi que estava a lidar com pessoas que não sabiam no que consiste o cargo que ocupam. Nem pena ou dó senti por um indivíduo que ali estava preocupado em apontar o dedo a alguém, com um argumento de cáca de passarinho. Mas fez-me compreender que ele não tinha a mínima noção do que consiste a sua função e de qual era o mercado em que está inserido. Toda aquela inércia estava a dar-me alergia. Foi então que se deu a segunda revelação: eu sei mais sobre isso que ele. E porquê? Porquê para mim estava tão claro o caminho a seguir?
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É porque recebi formação nesse sentido. Foi por ter andado na universidade e ter uma licenciatura. Aprendi marketing, publicidade, gestão... e por mais que estes conhecimentos estejam adormecidos, a verdade é que o conhecimento quando adquirido, já prepara uma pessoa para outro tipo de abertura e postura no mercado de trabalho.
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Se todos arregaçarem as mangas e trabalharem árduamente, podemos salvar a empresa e os nossos postos de trabalho. Mas depois do que assisti, fiquei preocupada. Acabei por falar com o patrão, sem me mostrar receosa, apenas com vontade de trabalhar e definir as coisas. Foi aí que pareceu que o tecto tinha acabado por desabar por complecto em cima da minha cabeça. Ele nada entende do assunto.
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Não que eu já não soubesse isso. Eu sabia. Ele é um "espertinho", que em adolescente era preguiçoso para o trabalho e queria ganhar muito dinheiro com um negócio próprio. De lá para cá, não estudou, não tirou cursos de gestão ou liderança, nada. Mas esperava que as bandeiras vermelhas e um pouco de bom senso fossem suficientes para o ver mais assertivo. Em vez disso, pôs-se a fazer uma lista das tarefas que fiz. A elas acrescentou mais algumas e deu um prazo ridículo para as concluir. Percebi então que não há esperança.
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É bom que comece a procurar outro trabalho. Este não deve durar muito, porque o patrão vai afundá-lo com rapidez. E as pessoas com que se rodeou estão a lavar as suas mãos e a deixar o barco afundar.
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Trabalhar com pessoas que não têm noção de como funciona o meio onde trabalham é desmotivador. Aparece por lá alguém que entende um pouco mais do assunto, pode e quer ajudar, e acaba por se sentir impotente, diante da mediocridade e falta de capacidade para aceitar ajuda. E não falo de mim, que sou substimada e não me importo, mas de "sangue novo" que acabou por entrar na firma com o propósito de a salvar e depara-se com muros a serem colocados à sua frente. Assim não vai dar.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008


Dificuldades numa sociedade fechada
Dificuldades numa sociedade aberta

Somos constantemente informados nos noticiários do quanto estamos abaixo da média europeia em termos de rendimento, poder de compra, salário, escolarização, formação, etc. Será que alguma vez no meu tempo de vida, vou ouvir que Portugal vai bem e recomenda-se?

1932 a 1968: Chefe de Estado: António de Oliveira Salazar

Vive-se numa sociedade fechada ao exterior. O povo vive na miséria interna, oportunidades para lhe escapar são poucas e implica arriscar tudo e deixar tudo para trás.
A Salazar atribui-se actos de opressão e violação dos direitos humanos.
Figura não-grata no panorama histórico de Portugal, ao menos até a sua eleição no programa “Grandes Portugueses”.
Chefe do Estado Português quando existiu a PIDE.
Figura a quem se atribui a culpa pela pobreza, miséria e fome por que passou o povo.
Figura que lhes tirou a liberdade.
Homem que manteve Portugal na neutralidade aquando a 2ª Guerra Mundial.


2000 a 2008:
A sociedade portuguesa não está mais fechada. Ao contrário: está escancaradamente aberta! No entanto, uma coisa não mudou: continuam as dificuldades. E para lhes fugir, a opção parece permanecer a mesma: abandonar tudo, deixar tudo para trás e partir, sem garantias, rumo a uma vida noutro lugar.

Primeiro-Ministro: José Sócrates
Presidente da República: Cavaco Silva

Porta aberta, ou porta fechada, afinal, porque estamos mal?