quinta-feira, abril 24, 2008

Nas madrugadas de uma revolução


Teremos tido dias de chamas, e muitos de simples fumaça.
Li de Victor Hugo : "As revoluções, são como os vulcões, têm os seus dias de chamas e os seus anos de fumaça".
Parecem pois, tempos de muita fumaça... aqueles que hoje se vivem.

Contudo, onde há fumo, tem fogo.
A memória não a tenho apagada.
Não vivi dias ou anos, a esperar por um só dia. Mas não me desengano, nem desencanto, com a alegria e a coragem de uns poucos, que da noite para o dia mudaram a minha vida.
As mãos que agarraram o "gesto" são as mesmas - nossas maõs, que tão mal o têm vivido.
Basta de queixumes... enquanto há força !

Gosto destas imagens, recolhidas por Eduardo Gageiro.
Imagens de um povo, que seria unido para jamais ser vencido...


sábado, março 08, 2008

Um por todos ...

Um por todos... seria o justificativo para escrever num só dia "todos" os outros em falta.
Não sendo possível assim, encontro uma espécie de actualização.

Para meu desgosto, e depois de trazer várias "tentações" de chocolate do Festival de Óbidos, aquilo que pensava ser um princípio - curto (alerta) de dor de dentes, transformou-se numa situação complicada. Semana inteira sem ser possível fazer intervenção directa, e sem que os diversos analgésicos, antibióticos, anti-inflamatórios e demais mezinhas, me concedessem alguns minutos de descanso.
As consultas sucedem-se e o tratamento/restauração está no bom caminho, sem que fosse necessário este instrumento. Para além da (ainda) boa tolerância à dor, as mãos habilidosas em quem me confio não me justificam tal invenção.



Mantêm-se as periódicas obrigações, e os atrasos sofridos em nada ajudaram.


Por isso se chama acidente, embora muitas vezes como neste caso, se acrescente termos - imprudência; descuido; ou outros mais duros, mas não menos verdadeiros.
O rapaz sofreu um susto, mas conservou a serenidade perante o seu primeiro acidente, exactamente no dia em que se passava um ano de carta de condução. Mas, é o melhor saber que foi só isso, não havendo danos físicos.
As latas... provávelmente serão "perdidas".


Por agora, as atenções vão para a família.
O processo iniciado em avaliação por grande amigo, especialista em Cardiologia, levou a intervenção cirúrgica.
Agora e durante este período pós-operatório, é tempo de oferecer as mãos amigas que ajudam a ganhar confiança.












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domingo, fevereiro 17, 2008

Chocolates...

Estive lá...
Depois de semana com gripe, trabalho até à última gota ( e última hora - 00:00 de dia 15.Fev - IVA )... e dor de dentes que é coisa da qual já nem tinha memória, fiz-me à estrada e Sábado entrei pelas portas já conhecidas da bela Óbidos. Desta vez, mais uma, pelo Festival do Chocolate.

Bem... a primeira porta em que entrei, e fiz a primeira compra, foi na Porta da Vila - Farmácia Oliveira... uma embalagem de Paracetamol para procurar aliviar a tal dor dentária...!

Apesar de boa tolerância à dor, esperei pela ajuda do químico... não deu grande resultado.
Mas não desperdicei a presença, delicei o palato e os olhos ! Sou um guloso viciado...!

Gostei muito da organização deste ano. A melhor que eu pude ver - e usufruir, até hoje. Serão muitos visitantes, da parte da tarde podia cometer a injustiça de dizer - demasiados. É injusto, porque o que é bom, é para todos, e temos que nos acomodar e procurar minimizar o transtorno que isso traz. Como fui de manhã cedo, ainda me movimentei com algum à vontade, com paragem (obrigatória) no "IBN ERRIK REX" para uma beber boa ginja.
O almoço também foi bom. Atrevi-me (ao preço) e revisitei o Restaurante Cozinha das Rainhas. Um bom regresso, brindado com excelente refeição.

(ainda sobre o post anterior, consegui por a música disponível ali ao lado. que tal saber a vossa opinião, a letra também esta escrita)

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segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Diz que é uma espécie de carnaval...



Carnaval... houve tempos em que preenchia estes dias com algumas brincadeiras, fantasias, mas sobretudo os bailaricos, na cidade ou nas redondezas.

Por razões que não importa aqui e agora procurar, já não é assim... e eu que bastas vezes me torno folião com os amigos, com a família.


Enquanto as teclas suportavam o peso de mais algumas horas de trabalho, o som que o computador reproduzia, vinha de arquivos que andaram durante muito tempo perdidos.
Período de novidade do Mp3 e da recolha pela internet. E assim, passados quase sete anos, vou escutando estas faixas que parecem infindáveis, tamanha a quantidade.

Eis que sai uma a propósito, deixo aqui a letra. Vale pela música - um samba bem enrolado, e pelas palavras que não sendo "certas" nos podem fazer pensar um bocado... para o futuro !
(Não sei ainda como oferecer a música - JÁ LÁ ESTÁ !!1 ALI AO LADO, depois de uns bons minutos em busca, encontrei esta forma.Não sei se a melhor, mas que funcionou é verdade. Voi lá...!)

Ah, quantas lágrimas eu tenho derramado
só em saber que não posso mais,
reviver o meu passado.
Eu vivia cheio de esperança,
e de alegria eu cantava eu sorria.
Mas hoje em dia eu não tenho mais,
a alegria dos tempos atrás.
Mas hoje em dia eu não tenho mais,
a alegria dos tempos atrás.
Só melancolia os meus olhos trazem,
ai quanta saudade a lembrança traz.
Se houvesse retrocesso na idade,
eu não teria saudade,
da minha mocidade...

Canta a Zélia Duncan com a Velha Guarda da Portela

É óptimo saber reviver o passado, sentir até uma saudade. Saber no entanto, viver com a alegria dos tempos atrás.
Foi com alegria então que a dada altura da tarde, abandonei os afazeres e aproveitei o que de bom nos proporcionam as novas tecnologias.
Sendo dia de férias escolares, mais uma visita da filha. Rapariga de 17 anos (quase 18) e que adora música. A viagem pelos Mp3 depressa vai para o famoso You Tube.
Começa por Joan Baez e Janis Joplin, de repente já em cima do palco Roger Daltrey (The Who) e Jimi Hendrix - todos numa breve passagem por 1969 Woodstock, vendo aquilo que na altura ainda era inacessível para mim, naquela altura com 8 anos, mas tão marcante foi, que dos primos mais velhos me chegaram em anos seguintes os ecos daqueles dias.
Depois, noutros registos, alguns que ela já reconhece, Bob Dylan, Creedence Clearwater Revival, Animals, Procol Harum, Led Zepelin, Moody Blues, Santana, Joe Cocker, James Brown. Mais actuais Joss Stone, Nelly Furtado, Beyonce, Josh Groban, Eric Clapton, Rod Stewart e Jeff Beck, e mais...
Algumas "divas" Mariah Carey, Celine Dion, Whitney Houston, Carol King. E noutras viagens Julie Andrews (lembrando Música no Coração).
E a que ela ( e eu também ) mais aplaudimos Aretha Franklin.
Umas boas horas de entretenimento, que anteciparam bem a noite da RTP1, onde revi a peça de teatro "Dois Amores", que fez programa de estadia em Lisboa na noite anterior ao encontro com Chico Buarque no Coliseu.

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domingo, janeiro 27, 2008

Quebrar ...

Por vezes, muitas vezes, na nossa vida sentimos que é preciso algo mais forte para tirar o cinzento que teima em asfixiar os dias.
Enfrentamos insegurança, e no lugar onde tínhamos ideias claras, certezas, surgem dúvidas.
Questionamos as escolhas ou os resultados que nos enchiam de orgulho, agora reduzidos a algo sem valor.
Relembramos caminhos. Os que não foram percorridos, e os que outros percorreram e pensamos que poderiam ser melhores que o nosso.
Relembramos os gestos sem incertezas, o convencimento de que fazíamos bem e que caminhava-mos firmemente nos objectivos traçados.
O súbito aparecimento de uma crise, uma bofetada que levamos na realidade, traz o conhecimento de vazio, de desorientação, de extravio.
É por isso, que perante a possível destruição, este acontecimento pode ser um “mal” necessário.
A oportunidade de olhar aquilo que fizemos e nos propomos fazer, através de outros pontos de vista, oferece novas realidades e a frescura de um recomeço.
O momento que se mostrou devastador, dá lugar à reconstrução.
E porque de novo nos sentimos leves, ingénuos e humildes, somos capazes de mudar.
Para melhor, porque é possível.
Encontrar um novo céu, azul, mais limpo. Apesar de tudo com nuvens, porque elas fazem parte da nossa vida. Tal como a chuva, o frio ou o vento. Teimosamente passamos o tempo a proclamar que apenas os dias ensolarados, quentes, serenos, fazem sentido.
Puro engano…


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terça-feira, dezembro 25, 2007

Alegria de Natal

Um Santo Natal.
Já vivemos tantos, poderia ser mais um... mas é mesmo um novo Natal.
Poder viver, olhar, sentir de novo.
Acreditar que fazemos parte de uma família humana imensa. Onde tantas diferenças nos distinguem, para nos sabermos iguais.
O respeito, a solidariedade, a generosidade de sermos verdadeiros irmãos. Simples e tão necessário - olhar o próximo, com amor...

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