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quinta-feira, setembro 15, 2022

Ainda haverá tempo?



Onde deixei meus passos?
Não miro mais flores,
um agreste cheio de espinhos,
olhares assustados olham-se nos espelhos.

Uma prolongada noite persiste.

Meu coração ainda pulsa,
minhas veias seguem latejantes,
sou sangue por todo o corpo,
não apenas nos olhos.

Onde ficaram meus sorrisos,
a alegria do encontro, do amanhecer?

Um silêncio ensurdecedor grita em meus pulmões,
será saudade do trago que não dou,
tristeza pelos rios assoreados,
apagamento de sentimentos verdadeiros?

Ainda viverei o canto da dignidade,
sentirei o aroma de jasmim, o orvalho da massaranduba, o frescor do cuidado?
Onde andam as trincheiras,
transformadas em redes virtuais?
Amizades se transformaram em curtidas (se muito).

A terra secou,
sementes deram outros frutos.

Ainda viverei o luar?
Ainda será tempo de florescer?

Pedro César Batista

quinta-feira, novembro 18, 2021

Amanhã



Ontem pensei que hoje seria o amanhã.
Ainda não aconteceu.
A verdade da mentira segue oficial.

Assassinos históricos,
Torturadores impunes,
Escravocratas sem pudor,
Louvam em púlpitos,
Falam em nome da liberdade,
Deuses e seus milionários ganhos.

Ainda acredito no ontem.

Zumbi ousou fazer um novo Estado,
Dar dignidade ao seu povo.

Babeuf foi fuzilado propagando o hoje,
Que ontem Lenin mostrou ao mundo.

Dezenas de homens públicos,
Assassinaram Marighella em uma tocaia,
Apenas por lutar pela utopia.

Olga deixou Anita,
Prestes venceu todas as batalhas,
A mais longa marcha,
Que segue espalhando horizonte.

Acredito em exemplos.
Discursos precisam corresponder aos atos.
Fora disso,
Basta a demagogia burguesa.

Acredito em abraços fortes,
Olhares brilhantes,
Corações pulsantes.

Pátria ou morte,
Fidel e Che seguem ensinando.

Amanhã não será de três caras,
Nem da dor da fome ou falta de teto.

Amanhã faremos outro mundo,
Somos este jeito de fazer,
Somos ação por pão e amor.

Germinar o amanhã
Como saborear um beijo,
Festejar o povo na rua,
Consciente e organizado,
Disposto a vencer a morte.

Nada de sorte,
Semeadura e colheita.
Acredito que o ontem colherá o amanhã.

Hoje é ontem e amanhã.

Pedro César Batista

quarta-feira, abril 21, 2021

Virgulando



Virgulei, tornei-me Virgolino.
Mesmo ainda com dois olhos que não são cegos,
a continua ajuda de duas lentes, vejo mais e mais.

Sigo virgulando, convivendo entre cactos, aroeiras e angicos,
Calangos e cobras, sou sobrevivente.
Sou vírgula, sirvo a um mesmo rumo.

Nem é noite,
só o tempo é sombrio,
um calor que esfria,
uma claridade que alumia sem dó.

Algumas horas sou reticências, aprendo mais.
Evito ser exclamação, gosto de desvendar enigmas,
ser interrogação encanta, nunca assusta.
As dúvidas fortalecem.
Certezas sempre se questionam,
obrigam-me recomeços,
constroem pontos e virgula,
contrapontos e desencantos.

Virgular para fortalecer o comando,
consignas justas e envolventes.

Ser Virgolino, levar a parabelo sempre carregada,
com ela embaixo da rede estendida,
no peito enquanto o chão é meu leito,
pronto para abrir fogo.
No escuro ver a claridade,
uma pontaria certeira,
sem confundir o alvo.

Sou Virgolino, sempre virgulando,
sem medo de pontos finais.

Pedro César Batista Pedro César Batista

quinta-feira, outubro 14, 2010

"LOUCA POR VOCÊ"

Mulher encantada do Marajó (RC)




Senti um grande amor bem no meu peito
Não tem jeito
Não dá pra disfarçar

Me sinto bem ao ter
Você por perto, não me acerto
Fico boba ao te olhar

Senti que não iria
Mas ter você por perto de mim
Meu coração se apaixonou
quando viu você a primeira vez

Mas eu não posso evitar
Essa paixão que me arrasa
Já não consigo controlar
Esse louco amor que me mata

Sou louca por você
E não tem jeito

"AMOR DE ILUSÃO"

Mulher encantada do Marajó (RC)




O amor que estou sentindo
Baby não dá pra aguentar
Você foi para bem longe
Já não posso suportar

Meu amor senti no teu beijo
Que você ia me amar
Mas você foi embora
E me fez chorar

As estrelas já me disseram
Baby que você vai voltar
Amor volta eu estou te esperando
Tudo o que eu quero é te amar

Quando lembro do teu sorriso
Fico louca ao imaginar
Os seus olhos
São como a luz do luar

Ó baby, baby então volta
Para mim
Ó meu amor não me deixe
Triste assim
Você é como a luz
Do luar
O nosso amor nunca pode
Se acabar