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sábado, 9 de outubro de 2010

Boa Hora









Durante a segunda gravidez, a Helô nos disse que antigamente as mulheres grávidas apenas geravam, não faziam mais nada. Dando o devido espaço ao tempo que necessitavam para gerar com saúde o Ser que se aproximava. Por isso, uma gestação espalha saúde a sua volta. Na conquista de um lugar ao sol no mundo moderno, muitas mulheres se esqueceram de manter na bagagem a possibilidade de serem Deusas na Terra. As sacerdotisas da evolução humana.


Nada de saudosismo.
Conquistem o que vocês quiserem:
Usem calças compridas, biquínis e queimem os sutiãs.
Aprendam a dirigir carros, ônibus e caminhões.
Fumem cigarros, cachimbos e charutões.
Trabalhem fora e ganhem mais que os Maridos e os Ricardões.
Há quem diga que isso é do humano.
não privem a humanidade do que só vocês sabem fazer, gerar, alimentar e educar, "à moda antiga", Seres Humanos saudáveis, uma espécie rara em nosso planeta. O cultivo dessas qualidades nos faz humanos.

Arquivo: Grávida do Francisco Bento
Foto Mauricio José
Maribel nunca foi tão bela como enquanto grávida. Sinto saudades daquela barriguda andando pela casa, suave onda que passa, e faz mover tudo a sua volta. Um simples abraço já não envolve, é preciso se esticar como quem abraça uma grande árvore. Onde havia um único ser, passam a coexistir dois. À medida que cresce um, crescem os dois, e levam consigo que estiver por perto. Algo de novo nasce na condição dessas mulheres. E de repente, a vida muda por inteiro.







Arquivo: Grávida de Catarina Maria
Foto Mauricio José
Por sorte, a vida nos reservou duas gestações desfrutadas até o último instante. Por mais que tentássemos trabalhar mais, fizéssemos planos, projetos, e quase enlouquecêssemos pela falta da grana, o que tivemos foi tempo para que Maribel gerasse e visse o que o tempo é capaz de proporcionar ao Ser Humano.


Agradeço às mulheresmães, parideiras ou não, por encherem o mundo com sua beleza, força e suavidade. Agradeço a Minha Mãe, Minha Esposa, Minha Filha e Filho, por abrirem meus olhos, e me faz permitir que entre a Luz.


Boa Hora a todas vocês.


Mauricio José

Arquivo: Familia
Foto Mauricio José






terça-feira, 31 de agosto de 2010

No Princípio o Vazio...

No princípio o vácuo. No princípio um óvulo, o vazio. O Cadinho.

No princípio uma escolha. 

Um óvulo maduro, escolhe o espermatozóide que ela, o óvulo, julga mais perspicaz. Ele sim, deverá ser o mais veloz, o mais saudável, o melhor... 

Eles aos milhares ficam rondando até oito horas depois do amor e ela, "escolhe" qual deles acolherá dentro de si.

Arquivo Pessoal
A primeira reação do corpo feminino é negar. Negar esse "corpo estranho" que acaba de se formar, e um batalhão de anticorpos devidamente preparados, se direciona para atacar o intrusão...

Mas a escolha está feita. Ela, o óvulo, assim o quis. Ela abraça o escolhido com determinação e juntos começam a gerar mais e mais vida. A vida se repete porque é assim desde o princípio.

Em poucos dias, mudanças ocorrem nessa fêmea geradora. Hormônios pipocam, parada brusca do sangue mensal, desejos, enjôos, lágrimas... As vezes elas sentem até raiva daquele que ama e se entrega sempre com ardor.

Depois da constatação, vem o alivio ou o desespero. As dúvidas, as aceitações, as escolhas e a espera.

Longas quarenta semanas. Que passam rápido pra quem está de fora vendo a lua crescer e crescer.


Gerar vida é o maior milagre da vida.

E na lua certa o bebê escolhe vir ao mundo, porque é assim desde o princípio, sempre é chegado o momento de escolher. Escolher respirar o ar, sentir a gravidade no corpo, e aos poucos ter força para pisar com firmeza a terra que nos recebe.

Nascer é um ato de escolha. E cabe à nós respeitar e acolher cada  uma delas. 

Seja bem vindo Bebê. Seja você Antonio, Joaquim, Catarina ou Maria. Venha! Faça suas escolhas, que estaremos aqui para ajudá-lo a caminhar com passos firmes nesse mundo de escolhas.



sexta-feira, 23 de julho de 2010

É Menino ou Menina?

Mas como você vai fazer o enxoval?
E o nome? Surpresa? Nossa! você é corajosa! 
Eu sou muito ansiosa!
Mas porque você não quer saber o sexo?


Eu fazia ultra todo mês pra saber, mas ela(e) não mostrava...
Como você faz pra não saber o sexo?


Eu de minha parte acho graça de tudo.


Ninguém mais se preocupa ou deseja que o bebê venha com saúde. E o que mais me impressiona é ouvir da grande maioria que são ansiosas.


42 semanas é o limite máximo de uma gestação. Pouco tempo, se comparado com o tempo de uma vida toda.
Gosto do mistério. Gosto de tentar decifrar quem vem de tão longe embarcar nessa viagem comigo e me chamar de mãe... Gosto de imaginar como será sua risada... Codificar os sonhos, ler os sinais, contar as luas... Gosto de resgatar saberes antigos. Me sinto viva.


No tempo das avós as ultra-sons não existiam e os bebês nasciam e eram bem vindos. O enxoval era feito de cores neutras, nomes escolhidos de antemão. 


Havia espaço para as adivinhações... Barriga redonda menina, barriga pontuda menino, sentar-se em cima de colher ou garfo...Vontade de comer pimenta é menina... Engravidar na lua Nova ou Cheia, menina. Crescente ou Minguante menino... Esse saber perdeu-se com o tempo, pois as máquinas tomaram seu lugar.


As ultra-sons são altamente prejudiciais aos bebê. É uma violação. O bebê está lá no quentinho, escurinho, sendo gerado milagrosamente e vem um aparelhindo ultrassonico para lhe fotagrafar cada detalhe. Sim, a medicina evolui para nos ajudar e equipamentos assim, servem para diagnosticar. Leia-se atentamente: Diagnosticar. E diagnóstico nada tem a ver com ansiedade. Ansiedade é uma doença do nosso tempo e não se detecta na ultra-som, mas em sintomas que são tratáveis noutra área da medicina.


O milagre de gerar só acontece uma vez. Se fosse para ser visto, seria gerado numa sacolinha transparente. Ou num vidro. Ou quem sabe num cristal liquido...


Não importa o sexo do bebê. Importa se ele vem com saúde e encontre pais atentos que lhe  ajudarão a encontrar o seu destino.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Milagre

Dia desses tomei uma van, do Largo do Machado até minha casa. O carro estava quase vazio. Chovia. Radio ligado numa rádio gospel. Uma canção imensa, com refrão insistente que dizia "Senhor eu preciso de um Milagre em minha casa..." O motorista respirava fundo e podia ver em sua expressão o desejo pelo tal milagre.

Me pus a pensar no "Milagre". Grávida de 30 semanas, barriga pulsante, olhava as gotas da chuva no vidro do carro, crianças atravessando correndo e pulando as poças... Pensei em meu filho mais velho que está aprendendo a falar e cada dia sai com uma palavra nova. Lembrei das flores de cactos que estão brotando na minha sacada, nos pássaros que todos os dias vem nos visitar, na cantoria do meu filho no banho, nas lições que meu marido eu temos aprendido um com o outro todos os dias... 

Olhei para mim. Todos os membros perfeitos, cabeça borbulhando idéias... Será que essa moça que canta não tem milagre? o que é milagre pra ela?

Me pus a imaginar que talvez esse milagre que ela queira seja algo arrebatador. Tipo ressuscitar um morto depois de três dias, abrir o mar vermelho, andar sobre as águas...

Mas e o milagre de poder compartilhar todos os dias o Milagre de estar vivo e dar bom dia ao marido, ao filho pequeno, ao porteiro... de poder experimentar sabores novos, de ouvir a gargalhada daquela criança que milagrosamente cresceu em seu ventre. Isso não seria também milagre?

Olhei novamente para mim e minha familia e conclui que sou feliz, cheia de Milagre.

Pensar que todos os dias nossas células se renovam para que continuemos vivos...

Quanto Milagre existe à nossa volta! Basta estarmos presentes.

Um bom Milagre pra você!

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