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terça-feira, outubro 31, 2023

Ou o caraças

     Estou cansado de notícias. Começo a duvidar perigosamente da necessidade de me manter informado sobre questões da actualidade. Sinto-me massacrado pelos noticiários constantes e repetitivos, pelos assuntos do dia que geram milhentas opiniões, pelos discursos assertivos produzidos por cretinos mediáticos, é uma canseira e um desperdício.

    Vejo-me a evitar informação. A pretender ignorar. Sinto-me cheio, a abarrotar de inutilidades, a transbordar palavras vazias. Quero parar de ver, ouvir, ler... quero parar... "Ok, então pára ou o caraças", pensas tu, lúcido leitor. É isso mesmo. Aceito o teu conselho. Vou parar. Ou o caraças.

    Temo transformar-me numa espécie de animal escondido no fundo da toca, a olhar a luz difusa que vem lá de fora. A imaginar que raio de coisas estranhas e dilacerantes acontecem no mundo enquanto temo saber que coisas serão essas. 

    É como se estivesse num buraco.

    Ou o caraças.

quarta-feira, janeiro 25, 2023

Passo!

     Há dias em que sinto uma certa pressão para que forme opiniões. A raiz do problema poderá estar relacionada com a leitura diária de um jornal e a consulta esporádica a canais televisivos de notícias que funcionam 24 horas todos os santos dias. Exponho-me assim a verdadeiros ciclones de informação que me despenteiam as ideias.

    A título de exemplo: hoje, após a leitura do Público, vi-me confrontado com a questão do activismo trans, com a questão do envio de tanques de guerra sofisticados da Europa para a Ucrânia, a falta de sinceridade e honestidade duvidosa de autarcas e governantes, problemas graves na hierarquia da igreja católica, enfim, um manancial de situações diversas e pouco claras, expostas em textos de opinião ou notícias lavradas por jornalistas. 

    Será suposto que eu construa visões personalizadas que me permitam emitir opinião informada sobra cada uma destas situações? Não tenho essa pretensão! Sinto-me confuso e pouco seguro. Talvez seja melhor passar, não ir a jogo. Reflicto um pouco mais... passo!

quarta-feira, março 05, 2014

Aos amigos brasileiros

Capa da edição do Público de 5 de Março de 2014, a ilustração é de Adriana Calcanhoto

Hoje é dia de aniversário do jornal Público, um dos diários portugueses de maior tiragem no país. Todos os anos o jornal comemora o aniversário convidando alguém para ser director por um dia.

Este ano o Público convidou Adriana Calcanhoto e o número de hoje (ver aqui) é totalmente dedicado ao Brasil. Uma visita ao site do jornal permite ver uma série de reportagens, entrevistas e outras peças jornalísticas dedicadas ao que aqui designamos por País Irmão.

Parece-me uma coisa interessante. Adriana Calcanhoto assina um editorial muito bom e, logo a seguir, na página 3, é publicado um excerto da carta de Pêro Vaz de Caminha a el-rei Dom Manuel por ocasião do achamento da Terra da Vera Cruz. Ao longo do jornal, mais excertos vão aparecendo, como se estivessemos a desvendar o Brasil à medida que vamos avançando na leitura. Essa Adriana tem ideias...

Um número de festa com o Brasil em pano de fundo.

segunda-feira, fevereiro 24, 2014

A Princesa Jornalista


Eu não sei, sinceramente, não sei grande coisa sobre esta menina. Estou em crer que seja uma mulher. Grande. Uma grande mulher. Não a conheço nem creio que alguma vez venha a conhecê-la pessoalmente. Leio-a. Há muito tempo que a leio nas páginas do jornal Público.

De há uns anos para cá que ela foi para o Brasil. Agora escreve sobre o Brasil. Está no Brasil, vive no Brasil e escreve sobre a sua estadia, a sua vida, a vida do Brasil (olha ela rindo com seu Jô ali na foto).

Os textos de Alexandra Lucas Coelho vão sendo publicados semanalmente no suplemento 2, que acompanha o jornal todos os Domingos e podem ser lidos aqui, no blogue Atlântico-Sul, o título da sua página semanal na tal revista.

Alexandra é uma Princesa Jornalista. Não precisa de ter tido pai que fosse rei, a realeza de Alexandra é daquelas que se conquistam pela excelência.

Se eu vivesse no Brasil ia ficar feliz por ter uma Princesa assim a viver no meu país. Como vivo em Portugal fico triste por não ter a minha Princesa mais perto. Assim sendo vou vendo o Brasil (onde nunca fui) através dos seus olhos maravilhosos.

Que coisa extraordinária!