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sexta-feira, fevereiro 26, 2021

THEODORE STURGEON, GRACE METALIOUS, LINDA ALTERWITZ, VICTORIA ROWLEY & SEBASTIÃO PEDROSA

 

 

TRÍPTICO DQC: TerraMãe – Ao som da Symphony of Nature (2015), de Marcus Viana & Transfônica Orkestra - Sou rio para mar... Sim, porque esperar pelos outros e o que esperar dos outros, não é a minha nem se encaixa, é tudo irrespondível: guerra, miséria, astúcias, domínio. Não faço parte dessa leva, quem quiser que vá. Falo sozinho e, às vezes, uma presença qualquer me assalta, penso em voz alta. Numa dessas da vida, o escritor estadunidense Theodore Sturgeon (1918-1987) me escutou e disse: O amor é um tipo de coisa diferente, quente o suficiente para fazer você fluir em algo, interfluir, esfriar e recozer e ser uma solda mais forte do que você começou. Depois pigarreou, foi até o canto da jantela e voltou-se: Há em certas almas vivas uma qualidade de solidão indescritível, tão grande que deve ser compartilhada como a companhia é compartilhada por seres inferiores. Essa solidão é minha; então saiba por isso que na imensidão há alguém mais solitário do que você. Por que devemos amar onde o raio cai, e não onde escolhemos? 90% de tudo é lixo! Cuspiu, fez um aceno e se foi como se nada tivesse acontecido. Cá comigo, sim: sorrio para amar, sim. Não sou melhor que nada, apenas mais um. Com as árvores aprendi o vento e as raízes na Terra. Com os peixes assimilei a travessia das correntezas até as profundezas abissais oceânicas. Com todos os demais seres vivos compreendi o viver: coisas de arregalar os olhos, outras nem tanto. Ademais, voo vivo.

 


DOIS: Do perigo & o prazer de saber - Imagem: arte da artista visual estadunidense Linda Alterwitz, ao som de Spiritual State (Hydeout, 2011), do compositor japonês Nujabes. – Meu pouso nas andanças, comigo a apreensão de tudo percebido e o trâmite do visinvisível. Do lado, escuto Steven Pinker: Temos que ser gratos agora que suas opiniões foram expressas em suas épocas e eventualmente foram vitoriosas e, portanto, nos tempos atuais, temos que preparar terreno para ideias desconfortáveis, porque não sabemos, até que permitamos que elas sejam avaliadas, se elas têm mérito ou não. A moralidade vem da universalização de suas próprias preferências e isso dá sentido à vida: tornar a vida o mais benéfica possível para o maior número de pessoas possível; eliminar a fome, a doença, a guerra e a ignorância; e eu acho que isso fornece razões suficientes para a existência. Compreendo exatamente o que ele diz. Daí mais um pouco, do outro lado, Stephen Hawking: Não importa quanto a vida possa ser ruim, sempre existe algo que você pode fazer, e triunfar. Enquanto há vida, há esperança. Mesmo as pessoas que dizem que tudo está predeterminado e que não podemos fazer nada para mudá-lo, olham para os dois lados antes de atravessar a rua. Há uma diferença fundamental entre a religião, que se baseia na autoridade; e a ciência, que se baseia na observação e na razão. A ciência vai ganhar porque ela funciona. Entendi cada palavra e sentido do que disse, sou permeável aos mais paradoxais que sejam quaisquer pensamentos e teorias, discernimento valendo resiliência. Não muito depois, Maturana & Varela quase em uníssono, frase ecoada: Esse é o fundamento biológico do fenômeno social: sem amor, sem a aceitação do outro ao nosso lado, não há socialização, e sem socialização não há humanidade. Não se trata de moralizar — não estamos pregando o amor, mas apenas destacando o fato de que biologicamente, sem amor, sem a aceitação do outro, não há fenômeno social. Se ainda se convive assim, é hipocritamente, na indiferença ou ativa negação. Cegos diante da transcendência de nossos atos, fingimos que o mundo tem um vir-a-ser independente de nós, justificando assim nossa irresponsabilidade e confundindo a imagem que buscamos projetar, o papel que representamos, com o ser que verdadeiramente construímos em nosso viver diário. A manifestação deles premia a minha solidão e o mundo, apesar dos pesares, segue adiante.

 


TRÊS: Ainda no meio da noite – Imagem da série Silk road - Show Off Silks (2017), da artista visual britânica Victoria Rowley, ao som de Mid of the Night, symphonic poem (1904 - Chandos, 2006), do compositor britânico Frank Bridge (1879-1941), The BBC National Orchestra of Wales and Richard Hickox. - O chão repleto de estrelas, a noite paradisíaca, a lembrança dela. Certa vez, espalmada sobre o tapete de sua arte, ela me disse de Grace Metalious: Não pode haver beleza, nem confiança, nem segurança entre um homem e uma mulher se não houver verdade. Não sei a razão dela assim se expressar e, virando de lado, continuou no mesmo tom: Se cada homem... parasse de odiar e culpar todos os outros pelos seus próprios fracassos e deficiências, veríamos o fim de todo mal no mundo, da guerra à calúnia. Mais uma vez rolou sobre o tapete e manteve o tom: Pessoas mortas não podem te machucar. São os que estão vivos, você tem que tomar cuidado. O público adora criar um herói... Às vezes acho que eles fazem isso pela alegria de derrubá-lo do pico mais alto. Como uma criança que constrói uma casa de blocos e depois a destrói com um chute violento. Você nunca percebeu como são sempre as pessoas que desejam ter algo ou feito algo que odeia mais? Levantou-se, vestiu a blusa e pegou o copo para uma dose. De repente virou-se, afastando-se: Eu olhei para aquela garrafa vazia e me vi. E se foi nua dançando feliz na minha cabeça. Até mais ver.

 

A ARTE DE SEBASTIÃO PEDROSA



A arte do artista e educador de arte Sebastião Pedrosa, PhD pela University of Central England em Birmingham, Reino Unido. Foi professor do Departamento de Arte e Comunicação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e é professor do Departamento de Teoria da Arte da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde é Coordenador da Arte. Sua arte pode ser vista na Arte Plural Galeria. Veja mais aqui e aqui.

 



quarta-feira, março 18, 2020

ERICH FROMM, NINA ARUEIRA, CULTURA POPULAR & ARTE PERNAMBUCANA


NUMA HORA DESTA CADA UM TEM QUE SE VIRAR COMO PODE - UMA: A QUANTAS ANDA A ESTUPIDEZ DOS CAFOS? - Bem, conforme os últimos dados fornecidos pelo Fecamepa, nos últimos anos foram descobertos os Cafos (cabeça-de-fósforos - ou seria acéfalos, o que dá no mesmo, ora!) que ganham dos Fabos e muito! Maior lavagem! Se estes são macunaímas que não se reconhecem como tal, os Cafos conseguem achar que são o que nunca foram nem serão. Valei-me! Isto é o Brasil mesmo? Ora, se. Espie direito e logo identificará um ou outro. Millôr já antevia: O coração tem imbecilidades que a estupidez desconhece. Afinal, os decapitados também amam e matam, né? Stephen Hawking fez a mensuração profetizando: A poluição, a ganância e a estupidez são as maiores ameaças ao planeta. E desde quando, hem? Então, eles têm herança! Marquês de Sade já anunciava desde antanho: Não há outro inferno para o homem além da estupidez ou da maldade dos seus semelhantes. E não há nenhuma legítima defesa nisso, viu? Botam mesmo para torar tudo! E Bertrand Russel deu o tom da punição geral: Um dos paradoxos dolorosos do nosso tempo reside no fato de serem os estúpidos os que têm a certeza, enquanto os que possuem imaginação e inteligência se debatem em dúvidas e indecisões. A estupidez coloca-se na primeira fila para ser vista; a inteligência coloca-se na retaguarda para ver. E em tempos de Covid-19, não mudou nadica de nada, nessa hora que eles botam a cara, batem no peito e aparecem aos montes! Pé na tábua que o que vem é ladeira pro inferno abismo abaixo. DUAS: E PROS ESCANTEADOS FEITO EU, COMO É QUE É, HEM? - Ah, pros limados pela bola preta feito eu, que são apunhalados pelas costas, preteridos na horagá, cortados antes da indicação e que pagam todos os patos assim mesmo, só tem uma dica, a da Tamara de Lempicka: Para aqueles que, como eu, vivem à margem da sociedade, as regras habituais não têm qualquer valor. Tome! Durma com essa, vá? Aprendendo e vivendo. TRÊS: E AGORA? Agora? É arrumar os mijados e sair pra outra lavagem de pano, porque não é bem assim como diz a Ana Pavlova: Ninguém pode chegar ao topo armado apenas de talento. Deus dá o talento; o trabalho transforma o talento em gênio. Eita! Porque se for assim, Deus legou pra gente a sina dos destalentados. Vamos aprumar a conversa! © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais abaixo e aqui.

DITOS & DESDITOS: A maior parte das pessoas vê no problema do amor, em primeiro lugar, o problema de ser amado, e não o problema da própria capacidade de amar. O amor imaturo diz: eu te amo porque preciso de ti. O amor maduro diz: eu preciso de ti porque te amo. O amor é uma atividade, não um afeto passivo; é um ato de firmeza, não de fraqueza... é propriamente dar, e não receber. O amor é a última e real necessidade do ser humano. A felicidade é a aceitação corajosa da vida. Pensamento do filósofo, sociólogo e psicanalista alemão Erich Fromm (1900-1980). Veja mais aqui.

UM POEMA DE NINA ARUEIRA – Meu barco andou buscando um navegante / Que se esquecera ao longe e, muito embora / Venha das sombras de um país distante, / Vai demandando a luz da eterna aurora! / Quantas vezes chorei no barco antigo! / Eram tempos de trevas e tempestades, / Vagas de dor, em noites de perigo, / Chuvas de pranto, névoas de saudade... / Mas, um dia, Jesus deu-me a ventura / De revelar o viajante amado / O grande sonho, o anseio de ternura, / A esperança no porto desejado. / Desde então, o outro barco, enchendo as velas, / Vem, quase rente ao meu, sem descansar! / Não mais só!... Adeus morte, adeus procelas! / Nós dois sigamos pelo mesmo mar. Poema da escritora, jornalista e líder sindical Nina Arueira (Maria da Conceição Arueira - 1916-1935), que escreveu aos 15 anos o manifesto À mocidade de minha terra e, por isso, foi criticada e perseguida por suas ideias. Depois disso ela desenvolveu militância em defesa dos operários e desassistidos, encaminhando-se, em seguida, para o desenvolvimento espiritual numa senda mística. Entre as suas obras está Novo céu e nova terra (Scortecci, 2005), organizada por Flávio Mussa Tavares, uma homenagem aos 70 anos do falecimento da ativista. Dela esta pérola: O sol, por amor, sustenta os mundos de nossa família planetária, sem esquecer-se de oscular a pétala da rosa perdida no vale anônimo e desamparado.

MOVIMENTO DE CULTURA POPULAR
[...] precisamos acreditar no povo e dar a cada indivíduo as condições necessárias para que ele se transforme em sujeito crítico e participante nos vários níveis da sociedade igualitária. Dessa forma, as pessoas se transformarão em cidadãos plenos, exercitando uma vida democrática, de liberdade de escolha e de participação ativa.
MOVIMENTO DE CULTURA POPULAR - A obra Movimento de Cultura Popular: impactos na sociedade pernambucana (Liceu, 2010), da professora e pedagoga Letícia Rameh Barbosa, deriva da sua tese de doutoramento defendida na UFPB, está estruturado em seis partes, entre as quais abordando sobre o contexto histórico-cultural, os conceitos essenciais para se conhecer o MCP e o seu conhecimento, a sua influência nos vários setores da sociedade recifense, a articulação da educação com Paulo Freire, os seus conflitos, declínios e contribuições, representando uma contribuição fundamental no resgate da história de um dos movimentos de cultura popular e educação popular mais importantes ocorrido no início dos anos de 1960. Veja mais aqui, aqui & aqui.

ACORDES & TRAÇADOS
[...] Estes acordes e traçados historiográficos compõem, portanto, uma proposição de cruzamentos que tratam tanto do conteúdo histórico, quanto o pensamento teorico historiográfico, numa perspectiva conceitual em que está pressuposta a compreensão de história como relacional e inacabada, e, consequentemente, sempre sujeita às interpretações e reformulações. Os traçados [...] são exercicios de leitura compostos de rastros, cores e processos diferentes entre si, mas que convergem no objetivo de abordar a historiografia da dança como um oficio que atua sobre diferentes práticas que compõem o que podemos chamar de dança. São exercícios que, dentro de uma escrita academica, buscam dialogar com a história, a partir de uma proeminência do corpo e da experiência, seja esta da dança, do acervo, da prática pedagógica, da curadoria, da pesquisa histórica ou das articulações entre essas áreas de conhecimento. [...].
ACORDES & TRAÇADOS – A obra Acordes e traçados historiográficos: A dança no Recife (Reviva/UFPE/FUNCULTURA, 2016), organizada pelas pesquisadoras e artistas Valéria Vicente e Roberta Ramos, articula relações entre escrita e história, dança e memória, leitura histórica e produção de conhecimento sobre memória da dança a partir dos seguintes eixos temáticos: práticas de criação em dança, a construção dramatúrgica de videodanças, processos de transformação das organizações de grupos e coletivos, o papel pedagógico e formador dos grupos de dança, as relações entre criação e ensino, ensino de história da dança e dimensões de gênero. Na publicação estão reunidos artigos realizados por Alice Moreira de Melo, Flávio Pinheiro Meirelles, Ana Valéria Ramos Vicente, Jefferson Elias de Figueiredo, Liana Gesteira Costa, Juliana Brainer Barroso Neves, Daniela Santos da Silva, Nirvana Neves Gotteberg, Djalma Rabelo do Amaral Filho, Roberta Ramos Marques, Elis Regina dos Santos Costa e Tainá Verissimo do Nascimento. Veja mais aqui.

PERNAMBUCO ART&CULTURAS
MEMÓRIAS DIÁRIAS DA GUERRA DO BRASIL
A obra Memórias diárias da guerra do Brasil : 1630-1638 (FCCR, 1981), do quarto donatário da capitania pernambucana, Duarte de Albuquerque Coelho (1591-1658), que herdou em 1603 na condição de neto do primeiro donatário, tornando-se o primeiro e único visconde de Pernambuco e marquês de Basto. Nesta obra ele narra a luta contra os holandeses e publicada em Madri em 1654. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.
A arte de João Câmara aqui & aqui.
A obra do historiador, advogado e jornalista Mário Melo (1884-1959) aqui.
O cordel da gemedeira de Benjamim Mangabeira (Benjamim José de Almeida: 1904-1975) aqui.
A poesia do dramaturgo, advogado, professor e poeta Fenelon Barreto (1898-1961) aqui.
A arte musical de Zé Linaldo aqui & aqui.
Os assassinos de frevo aqui.
O município de Camaragibe aqui & aqui.
&
OFICINAS ABI – 2º SEMESTRE 2020
Veja detalhes das oficinas da ABI aqui, aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.
 

ROSA MECHIÇO, ČHIRANAN PITPREECHA, ALYSON NOEL, INDÍGENAS & DITADURA MILITAR

    Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som de Uma Antologia do Violão Feminino Brasileiro (Sesc Consolação, 2025), da violonista, cantora, compos...