Mostrando postagens com marcador Sade.. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Sade.. Mostrar todas as postagens

terça-feira, junho 02, 2020

BERNHARD LEITNER, HILDEGARD ANGEL, MESTRE NICOLA & SOLDADOS DO ARAGUAIA



DIÁRIO DE QUARENTENA – UMA: SOU ENTRE OS 70 NO COMBATE DA SEGUNDA PRAGA – Sou entre os setenta que não foge à luta pela democracia e preservação da Amazônia com meus povos indígenas e os que estão em todas as regiões do Oiapoque ao Chuí! Sou dos setenta que fecharam pela vida e não arredam o menor milímetro de combater o trem louco de qualquer desgoverno negacionista! Sou com os setenta que empunharam o estandarte da liberdade por um país melhor para todos! Sou mais um com todos os setenta que primam pela vida e pelo amor, para erradicar o ódio dos que apelam contra a vida e sou porque já dizia Marquês de Sade: Não há outro inferno para o homem além da estupidez ou da maldade dos seus semelhantes. Vamos nessa! DUAS: DA ESCOLHA ENTRE A VERDADE & A MENTIRA - Mentira para mim sempre foi conversa de resenheiros para matar o tempo, coisas de vigias, boateiros, pescadores, caçadores e punheteiros, coisa que não saía da esquina e ficava só no trâmite das horas de jogar conversa fora. Ou era gente que queria ser maior que o próprio tamanho e não enredava ninguém, só para se sair bem na fita, coitado. Nada que não fosse aqui ou ali descoberto para deixar a cara mais lisa mais que desmascarada. Ah, não, tinha que estar vivo para um dia testemunhar uma fraude vencer para muitos numa verdadeira desmoralização humana. Nunca que eu pudesse imaginar que um embuste prevalecesse suplantando a Justiça e o senso de humanidade por tanto tempo. Não dá para acreditar. Cagliostro que o diga: O céu esquece, ou tolera, esperando você reformar. Nunca será tarde demais. TRÊS: ENTRE ACOCHOS & APERREIOS – Quem não teimou pela vida para alcançar seus anseios, nem me diga, já vi de sustentar no peito anos e décadas sem arriar o badalo nem arredar um risco no chão, de segurar na asa do bule pegando fogo, de não abrir nem prum trem, ora essa! Já fiz e vi, do muito, que não me diga quanta revolva de espremer o punho, de entortar a espinhela e segurar no batente nem que chovesse canivetes. Sim, já fiz e vi, como num verso de Ana Cristina César: Eu não sabia / que virar pelo avesso / era uma experiência mortal. Nada como um dia atrás do outro para enfim a remissão. De um jeito ou de outro, vamos aprumar a conversa, gente! Até mais ver! © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais abaixo e aqui.

DITOS & DESDITOS: [...] O constrangimento diante do olhar de uma sociedade que, em vez ser de piedade, era acusatório, de desprezo para com a minha mãe, como se ela fosse uma transtornada, uma louca, por desafiar o poder e procurar o filho. A ordem vigente era o conformismo, a aceitação, o adesismo, jamais o destemor e a coragem de questionar. [...]. Trecho de depoimento da jornalista e atriz de teatro, cinema e televisão, Hildegard Angel, filha da estilista Zuzu Angel e irmã de Stuart Angel Jones, fundadora do Instituto Zuzu Angel. Veja mais aqui e aqui.

SOLDADOS DO ARAGUAIA
A gente ficou vendo fantasma.
Eu pensei em dar um tiro na cabeça.
Eu que fui treinado para ser um herói, para defender a pátria em nome do Exército Brasileiro, hoje em dia sou rejeitado pelo Exército, por aqueles que foram meus amigos e hoje em dia tudo me negaram e viraram as costas pra mim. Então, não interessa mais viver. Eu pensei em dar um tiro na cabeça porque o mesmo revólver que eu usava na guerrilha, eu tinha ainda.
Minha cabeça estourou três vezes com bomba. Saiu sangue do nariz, saiu sangue da boca, do ouvido, me deu mancha de sangue nos olhos.
SOLDADOS DO ARAGUAIA - Trechos dos depoimentos de soldados enviados para a missão no sul do Pará pelo Exército Brasileiro no começo da década de 1970, recolhidos do documentário Soldados do Araguaia (2017), dirigido por Belisario Franca, que conta a história de soldados de baixa patente enviados para o interior da selva amazônica com a missão de exterminar a guerrilha do Araguaia, de resistência à ditadura militar no Brasil dos anos 1970. As Forças Armadas recrutaram 60 jovens da região sem informá-los nada sobre a missão que seriam obrigados a cumprir e, segundo os oito depoentes do documentário, o que eles viveram foi pior do que o inferno. Quarenta anos depois do fim da guerra, eles descrevem pela primeira vez a sua versão dos fatos em frente às câmeras. Veja mais aqui, aqui & aqui.

A ARTE DE BERNHARD LEITNER
O vento agora desempenha um papel importante, criando novos sons de fundo. Um dia, cheguei lá para verificar e pensei: 'O que está acontecendo? Eu posso ouvir de longe. O volume não está definido corretamente'. Mas não! Os pássaros vivem no bambu e podem captar sons. Eles captaram meus sons agudos - que eu chamo de 'espaço picante' - e eles meio que os tocaram. Eu tinha os sons de formigamento que compus, cercados pelo espaço de formigamento criado pelos pássaros. Foi uma experiência maravilhosa que tive com um dos meus trabalhos na natureza Eu posso ouvir com meu joelho melhor do que com minhas panturrilhas.
BERNHARD LEITNER - A arte do escultor, arquiteto visionário e artista austríaco contemporâneo Bernhard Leitner, pioneiro da forma de arte geralmente chamada de "instalação sonora", introduzindo o som no espaço de instalação, com esculturas que são objetos do espaço sonoro e resultado de processos de desenvolvimento longos e complexos. Em esboços e pastas de trabalho precisos, ele primeiro aborda as qualidades arquitetônicas esculturais do som na teoria. Os seus trabalhos lidam com a experiência áudio-física de espaços e objetos que são determinados em forma e conteúdo por movimentos do som, tendo como foco a relação entre as estruturas construídas do som e o corpo humano, escala variando de pequenos objetos aplicados diretamente ao corpo a espaços arquitetônicos em grande escala. Veja mais aqui.

PERNAMBUCULTURARTES
Esse é um trabalho braçal, muitas vezes desgastante, sobretudo pelas matérias-primas com que trabalho. Não há hora para começar ou terminar, mas apesar de tudo, tenho grande prazer porque estou sempre aprendendo. Até hoje, a finalização de um trabalho é sempre muito empolgante.
A arte do escultor, entalhador e artesão Jaime Nicola de Oliveira, o mestre Nicola.
&
A música do violoncelista Antônio Meneses aqui.
Assuntos pernambucanos, do jornalista, advogado, escritor, historiador e ensaísta Barbosa Lima Sobrinho (1897-2000) aqui.
Linha d’água, do poeta Jaci Bezerra aqui.
A obra da escritora e professora Luzilá Gonçalves Ferreira aqui.
A arte da artista plástica e ilustradora Valéria Rey Soto aqui.
&
Socorro do trem de Bonito aqui.
 

quarta-feira, março 18, 2020

ERICH FROMM, NINA ARUEIRA, CULTURA POPULAR & ARTE PERNAMBUCANA


NUMA HORA DESTA CADA UM TEM QUE SE VIRAR COMO PODE - UMA: A QUANTAS ANDA A ESTUPIDEZ DOS CAFOS? - Bem, conforme os últimos dados fornecidos pelo Fecamepa, nos últimos anos foram descobertos os Cafos (cabeça-de-fósforos - ou seria acéfalos, o que dá no mesmo, ora!) que ganham dos Fabos e muito! Maior lavagem! Se estes são macunaímas que não se reconhecem como tal, os Cafos conseguem achar que são o que nunca foram nem serão. Valei-me! Isto é o Brasil mesmo? Ora, se. Espie direito e logo identificará um ou outro. Millôr já antevia: O coração tem imbecilidades que a estupidez desconhece. Afinal, os decapitados também amam e matam, né? Stephen Hawking fez a mensuração profetizando: A poluição, a ganância e a estupidez são as maiores ameaças ao planeta. E desde quando, hem? Então, eles têm herança! Marquês de Sade já anunciava desde antanho: Não há outro inferno para o homem além da estupidez ou da maldade dos seus semelhantes. E não há nenhuma legítima defesa nisso, viu? Botam mesmo para torar tudo! E Bertrand Russel deu o tom da punição geral: Um dos paradoxos dolorosos do nosso tempo reside no fato de serem os estúpidos os que têm a certeza, enquanto os que possuem imaginação e inteligência se debatem em dúvidas e indecisões. A estupidez coloca-se na primeira fila para ser vista; a inteligência coloca-se na retaguarda para ver. E em tempos de Covid-19, não mudou nadica de nada, nessa hora que eles botam a cara, batem no peito e aparecem aos montes! Pé na tábua que o que vem é ladeira pro inferno abismo abaixo. DUAS: E PROS ESCANTEADOS FEITO EU, COMO É QUE É, HEM? - Ah, pros limados pela bola preta feito eu, que são apunhalados pelas costas, preteridos na horagá, cortados antes da indicação e que pagam todos os patos assim mesmo, só tem uma dica, a da Tamara de Lempicka: Para aqueles que, como eu, vivem à margem da sociedade, as regras habituais não têm qualquer valor. Tome! Durma com essa, vá? Aprendendo e vivendo. TRÊS: E AGORA? Agora? É arrumar os mijados e sair pra outra lavagem de pano, porque não é bem assim como diz a Ana Pavlova: Ninguém pode chegar ao topo armado apenas de talento. Deus dá o talento; o trabalho transforma o talento em gênio. Eita! Porque se for assim, Deus legou pra gente a sina dos destalentados. Vamos aprumar a conversa! © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais abaixo e aqui.

DITOS & DESDITOS: A maior parte das pessoas vê no problema do amor, em primeiro lugar, o problema de ser amado, e não o problema da própria capacidade de amar. O amor imaturo diz: eu te amo porque preciso de ti. O amor maduro diz: eu preciso de ti porque te amo. O amor é uma atividade, não um afeto passivo; é um ato de firmeza, não de fraqueza... é propriamente dar, e não receber. O amor é a última e real necessidade do ser humano. A felicidade é a aceitação corajosa da vida. Pensamento do filósofo, sociólogo e psicanalista alemão Erich Fromm (1900-1980). Veja mais aqui.

UM POEMA DE NINA ARUEIRA – Meu barco andou buscando um navegante / Que se esquecera ao longe e, muito embora / Venha das sombras de um país distante, / Vai demandando a luz da eterna aurora! / Quantas vezes chorei no barco antigo! / Eram tempos de trevas e tempestades, / Vagas de dor, em noites de perigo, / Chuvas de pranto, névoas de saudade... / Mas, um dia, Jesus deu-me a ventura / De revelar o viajante amado / O grande sonho, o anseio de ternura, / A esperança no porto desejado. / Desde então, o outro barco, enchendo as velas, / Vem, quase rente ao meu, sem descansar! / Não mais só!... Adeus morte, adeus procelas! / Nós dois sigamos pelo mesmo mar. Poema da escritora, jornalista e líder sindical Nina Arueira (Maria da Conceição Arueira - 1916-1935), que escreveu aos 15 anos o manifesto À mocidade de minha terra e, por isso, foi criticada e perseguida por suas ideias. Depois disso ela desenvolveu militância em defesa dos operários e desassistidos, encaminhando-se, em seguida, para o desenvolvimento espiritual numa senda mística. Entre as suas obras está Novo céu e nova terra (Scortecci, 2005), organizada por Flávio Mussa Tavares, uma homenagem aos 70 anos do falecimento da ativista. Dela esta pérola: O sol, por amor, sustenta os mundos de nossa família planetária, sem esquecer-se de oscular a pétala da rosa perdida no vale anônimo e desamparado.

MOVIMENTO DE CULTURA POPULAR
[...] precisamos acreditar no povo e dar a cada indivíduo as condições necessárias para que ele se transforme em sujeito crítico e participante nos vários níveis da sociedade igualitária. Dessa forma, as pessoas se transformarão em cidadãos plenos, exercitando uma vida democrática, de liberdade de escolha e de participação ativa.
MOVIMENTO DE CULTURA POPULAR - A obra Movimento de Cultura Popular: impactos na sociedade pernambucana (Liceu, 2010), da professora e pedagoga Letícia Rameh Barbosa, deriva da sua tese de doutoramento defendida na UFPB, está estruturado em seis partes, entre as quais abordando sobre o contexto histórico-cultural, os conceitos essenciais para se conhecer o MCP e o seu conhecimento, a sua influência nos vários setores da sociedade recifense, a articulação da educação com Paulo Freire, os seus conflitos, declínios e contribuições, representando uma contribuição fundamental no resgate da história de um dos movimentos de cultura popular e educação popular mais importantes ocorrido no início dos anos de 1960. Veja mais aqui, aqui & aqui.

ACORDES & TRAÇADOS
[...] Estes acordes e traçados historiográficos compõem, portanto, uma proposição de cruzamentos que tratam tanto do conteúdo histórico, quanto o pensamento teorico historiográfico, numa perspectiva conceitual em que está pressuposta a compreensão de história como relacional e inacabada, e, consequentemente, sempre sujeita às interpretações e reformulações. Os traçados [...] são exercicios de leitura compostos de rastros, cores e processos diferentes entre si, mas que convergem no objetivo de abordar a historiografia da dança como um oficio que atua sobre diferentes práticas que compõem o que podemos chamar de dança. São exercícios que, dentro de uma escrita academica, buscam dialogar com a história, a partir de uma proeminência do corpo e da experiência, seja esta da dança, do acervo, da prática pedagógica, da curadoria, da pesquisa histórica ou das articulações entre essas áreas de conhecimento. [...].
ACORDES & TRAÇADOS – A obra Acordes e traçados historiográficos: A dança no Recife (Reviva/UFPE/FUNCULTURA, 2016), organizada pelas pesquisadoras e artistas Valéria Vicente e Roberta Ramos, articula relações entre escrita e história, dança e memória, leitura histórica e produção de conhecimento sobre memória da dança a partir dos seguintes eixos temáticos: práticas de criação em dança, a construção dramatúrgica de videodanças, processos de transformação das organizações de grupos e coletivos, o papel pedagógico e formador dos grupos de dança, as relações entre criação e ensino, ensino de história da dança e dimensões de gênero. Na publicação estão reunidos artigos realizados por Alice Moreira de Melo, Flávio Pinheiro Meirelles, Ana Valéria Ramos Vicente, Jefferson Elias de Figueiredo, Liana Gesteira Costa, Juliana Brainer Barroso Neves, Daniela Santos da Silva, Nirvana Neves Gotteberg, Djalma Rabelo do Amaral Filho, Roberta Ramos Marques, Elis Regina dos Santos Costa e Tainá Verissimo do Nascimento. Veja mais aqui.

PERNAMBUCO ART&CULTURAS
MEMÓRIAS DIÁRIAS DA GUERRA DO BRASIL
A obra Memórias diárias da guerra do Brasil : 1630-1638 (FCCR, 1981), do quarto donatário da capitania pernambucana, Duarte de Albuquerque Coelho (1591-1658), que herdou em 1603 na condição de neto do primeiro donatário, tornando-se o primeiro e único visconde de Pernambuco e marquês de Basto. Nesta obra ele narra a luta contra os holandeses e publicada em Madri em 1654. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.
A arte de João Câmara aqui & aqui.
A obra do historiador, advogado e jornalista Mário Melo (1884-1959) aqui.
O cordel da gemedeira de Benjamim Mangabeira (Benjamim José de Almeida: 1904-1975) aqui.
A poesia do dramaturgo, advogado, professor e poeta Fenelon Barreto (1898-1961) aqui.
A arte musical de Zé Linaldo aqui & aqui.
Os assassinos de frevo aqui.
O município de Camaragibe aqui & aqui.
&
OFICINAS ABI – 2º SEMESTRE 2020
Veja detalhes das oficinas da ABI aqui, aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.
 

sexta-feira, outubro 18, 2013

HILDA HILST, LINN HUNT, BATAILLE, ROBERT WRIGHT & LITERÓT


AH, ESSES LÁBIOS... – Ah esses lábios que me fazem morango orvalhado na gula dos seus desejos incendiários e se torna alvo perfeito pelo deleite de fruta madura na sede do meu corpo. Ah esses lábios são parcelas alquímicas no tesão que inflama a promessa de todas as delícias recônditas dos que desejam demais. Que molhados de gozo me carregam volúpia adentro dos sabores maciços mais apetitosos no mormaço de todas minhas lascívias de verão. São lábios bons de beijar pela reserva de mel que prova que não sou nada além da cobiça de ser sugado pela avareza dessas fatias de prazer na felação de todas as translúcidas luzes de se ser. São bons de chupar por serem salientes amálgamas que guardam a língua profana na festa dos meus bacos ressurgidos com sua porção mágica de me fazer homem de devaneios e subverte a banda lunar do meu vulcão ardente na orgíaca saliva que me lambuza todo na folia do sêmen que brota e renasce entre o batom da carne que beija o falo e sou sol mais que no meio-dia. Ah esses lábios querentes e requerentes de mim onde sou inteira nau adusta do dar-se em si até finar as horas na erupção de nossas vertigens em transe. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aquiaqui.

 

DITOS & DESDITOS - Vamos nos entregar a tudo o que sugerem as nossas paixões, e seremos sempre felizes. A consciência não é a voz da natureza, apenas a voz dos preconceitos…  Minha opinião quando se trata de prazer é que é necessário usar todos os sentidos... Pensamento do escritor libertino francês Donatien Alphonse François de Sade, mais conhecido como Marquês de Sade (1740-1814). Veja mais aqui, aqui e aqui.

 

ALGUÉM FALOU: A promiscuidade das representações do obsceno gerou o desejo por barreiras, catalogações, novas classificações e censura. Em outras palavras, a pornografia surgiu em resposta à ameaça da democratização da cultura. Pensamento da historiadora e escritora panamenha Linn Hunt. Veja mais aqui e aqui.

 

ALGUEM MAIS FALOU A RESPEITO: O erotismo é a vontade de negar a morte, a afirmação da vida. O erotismo pertence ao sagrado... Pensamento do bailarino e coreógrafo francês Maurice Béjart (1927-2007). Veja mais aqui.

 

MATANDO A XARADA SOBRE O ASSUNTO: Pensar é um dos atos mais eróticos na vida de uma pessoa... Pensamento da premiadíssima escritora e imortal da Academia Brasileira de Letras, Nélida Piñon (1937-2022). Veja mais aqui, aqui e aqui.

 

EROTISMO - [...] Pode-se observar que o erótico tem um intenso tom de mistério, desejo, dependência da imaginação [...] O erotismo deixa transparecer o avesso duma fachada, cuja correta aparência nunca é desmentida: nesse avesso se revelam sentimentos, partes do corpo e modos de ser que vulgarmente temos vergonha [...]. Trechos extraídos da obra O erotismo (Antígona, 1988), do escritor francês Georges Bataille (1897-1962). Veja mais aqui e aqui.

 

PORNOGRAFIA - [...] A pornografia é comumente considerada como aquilo que transforma o sexo em produtos de consumo, está ligada ao mundo da prostituição e visa à excitação dos apetites mais ‘desregrados’ e ‘imorais’. Evoca um conceito mais carnal, sensorial, comercial e explícito. Erotismo, em contrapartida, é algo rendendo ao sublime, espiritualizado, delicado, sentimental e sugestivo. Com o próprio nome vem de um deus, não de ‘mulheres da vida’, o tipo de paixão que sugere lembra a sutileza, a tensão sexual implícita mas não abertamente exibida. [...]. Trecho extraído da obra Das maravilhas e prodígios sexuais: a pornografia bizarra como entretenimento (Annablume, 2006), do sociólogo Jorge Leite Júnior, para quem a elite trata a sexualidade como algo a ser considerado saudável, limpo, repleto de sentimentos, ou seja, erótico, enquanto a dos outros grupos, inferiorizados, é repleta de perversão, de atos animalescos e sentimentos repulsivos – melhor dizendo, pornográfica. Veja mais aqui e aqui.

 

CÓDIGO MORAL – [...] um código moral é um compromisso informal entre esferas concorrentes de auto-interesses genéticos, cada qual agindo para moldar o código para seus fins, usando quaisquer alavancas à disposição. [...]. Trecho extraído da obra O animal moral: porque somos como somos: a nova ciência da psicologia evolucionista (Campus, 1996), do escritor e jornalista estadunidense Robert Wright.

 

ACERCA DAS MULHERES DIGNAS DE LOUVOR – [...] Para que a mulher seja apreciada pelos homens deve ter uma cintura perfeita e ser roliça e provocante. Os cabelos deverão ser presos, a fronte larga, terá sobrancelhas da cor negra da Etiopia, olhos grandes e pretos, com a parte branca muito limpida. As faces de um oval perfeito, um nariz elegante e uma boca graciosa; os lábios e língua vermelhão; o hálito terá um cheiro agradável, a garganta alta, o pescoço forte, o busto e a barriga grandes; os seios devem ser chegios e firmes, a barriga bem proporcionada e o umbigo bem desenvolvido e marcado; o baixo-ventre deve ser amplo e a vulva saliente e carnuda desde o sítio onde os pelos crescem até às nádegas; o canal deve ser estrito e seco, macio ao tato, emitir grande calor e não ter mau cheiro; deve ter as coxas e as nádegas duras, as ancas grandes e cheias, uma cintura bem torneada, as mãos e os pés de uma elegância notória, braços roliços e ombros bem desenvolbidos. [...] Quando anda, as partes naturais aparecem realçadas debaixo da roupa. [...] está sempre arranjada com elegância, conserva o corpo na maior limpeza e tem cuidado para que o marido não veja nela nada que lhe possa repugnar. Perfuma-se com essencias, usa antimonio na toilette e limpa os dentes com suak. Uma mulher assim é apreciada por todos os homens. [...] Deus não dotou as partes da mulher de nenhum sentimento de prazer ou satisfação, senão quando penetradas pelo instrumento do macho; e, da mesma forma, os órgãos sexuais do homem não conhecem repouso nem tranqüilidade até haverem entrado nos da fêmea. [...] Daí, a mútua operação, que tem lugar nos desforços físicos, nos entrelaçamentos, em uma espécie de conflito animado entre os dois atores. Em virtude do contato entre os dois púbis, logo vem o prazer. O homem trabalha como se socasse uma mão de pilão, enquanto a mulher o secunda com movimentos lascivos; finalmente, chega a ejaculação. [...] Deus dotou-a de um ventre arredondado e um belo umbigo, e de ancas majestosas; e todas essas maravilhas são sustentadas pelas coxas. Foi entre estas últimas que Deus localizou a arena do combate; quando dispõe de carne abundante, assemelha-se à cabeça de um leão. Chama-se vulva. Oh, quantas mortes de homens jazem às suas portas? E entre eles, quantos heróis! [...] Deus proveu esse objeto com uma boca, uma língua [clitóris], dois lábios; é como a marca da pata de uma gazela deixada nas areias do deserto. [...] Depois, o Todo-poderoso mergulhou a mulher em um mar de esplendores, voluptuosidade e deleites, e cobriu-a com vestes preciosas, com cintas brilhantes, que provocam sorrisos. [...] Assim, demos graças a Ele, que criou a mulher e suas belezas, com sua carne apetitosa; que lhe deu cabelos, um rosto bonito, um colo com seios túmidos, e ademanes amorosos, que despertam o desejo. [...] O Senhor do Universo conferiu-lhes o império da sedução; todos os homens, fracos ou fortes, estão sujeitos à fraqueza pelo amor da mulher. Por intermédio da mulher, temos sociedade ou dispersão, permanência em um lugar ou emigração. [...] Trechos extraídos da obra O jardim perfumado: um panegírico do amor, um cântico à sensualidade, um clássico do erotismo (Europa-América, 1976), do xeque Omar Ibn Mohamed Al-Nefzaui, um manual de costumes sexuais escrito no início do século XVI, que revela curiosidades e costumes sexuais da África islâmica medieval. É considerado o Kama Sutra inclusive é citado na obra, porém, a franqueza e o colorido da linguagem, bem como os enredos mirabolantes de suas histórias que teve uma versão para o português de uma edição publicada em 1886, na Inglaterra, pelo célebre erudito britânico Richard Burton, que o traduziu de uma versão francesa, publicada antes de 1850. Infelizmente, porém, o pudor vitoriano da senhora Burton a fez queimar o manuscrito após a morte do marido, condenando aquela nova tradução ao total esquecimento. O texto é uma amostra vívida do modo de pensar e de fazer amor do modo árabe do século XVI, um elogio ao amor físico, sem hipocrisias ou meias palavras, embora redigido com a arte e a elegância características das verdadeiras obras-primas. As metáforas utilizadas pelo autor para os órgãos sexuais femininos e masculinos são engraçadas, criativas e até poéticas. Os apelidos que os árabes atribuíam às partes íntimas de homens e mulheres são tão insólitos quanto “o extintor de paixões”, “a primitiva”, “o cavador de poços”, “o libertador”, “a sempre pronta para a batalha”. Encontra-se também descrições meticulosas das inúmeras posições para o ato sexual, bons exemplos curiosos são “o parafuso de Arquimedes” e a “curva do arco-íris”. Conta a lenda que um escritor árabe fora condenado à morte e ia ser executado por ordem do rei de Tunes. Foi, no entanto, agraciado com uma condição: escrever um livro capaz de reacender as paixões do seu decrépito soberano. O escritor foi poupado à morte e o livro que lhe mereceu tal graça foi O Jardim Perfumado. Esta lenda é uma das explicações para o aparecimento desta obra, escrita, tanto quanto se sabe, pelo xeque, e em cuja data de composição os críticos ainda não acordaram. Esta é uma obra-prima da literatura árabe, colocada ao lado do Kama Sutra e tida como um dos poucos e excelentes livros sobre a arte do amor. É uma celebração das múltiplas maneiras em que homem e mulher se podem unir no prazer físico. Um cântico à sensualidade.

 

PORQUE HÁ DESEJO EM MIM - Porque há desejo em mim, é tudo cintilância. \ Antes o cotidiano era um pensar alturas\ Buscando Aquele Outono decantado\ Surdo à minha humana ladradura,\ Visgo e suor, pois nunca se faziam.\ Hoje, de carne osso, laborioso, lascivo,\ Tomas-me o corpo. \ E que descanso me dás\ Depois das lidas. Sonhei penhascos \ Quando havia o jardim aqui ao lado. \ Pensei subidas onde não havia rastros.\ Extasiada, fodo contigo\ Ao invés de ganir diante do Nada. Poema da escritora e dramaturga Hilda Hilst (1930-2004). Veja mais aqui e aqui.

 

PROGRAMA DOMINGO ROMÂNTICO – O programa Domingo Romântico que vai ao ar todos os domingos, a partir das 10hs (horário de Brasilia), é comandado pela poeta e radialista Meimei Corrêa na Rádio Cidade, em Minas Gerais. Confira a programação deste domingo aqui. Na edição deste 20 de outubro,  muitas atrações no Dia do Poeta, confira: Arthur Rimbaud, Silviane Bellato, Florbela Espanca, Vangelis & Jon Anderson, Cecilia Meirelles, Vladimir Maiakovsky, Três Corações, Chico Buarque, Kenny G, Rio São Francisco, Emerson & Lake & Palmer, Lenine, Zélia Duncan, Vinicius Cantuária, Fátima Guedes, Zeca Baleiro, Vanessa da Mata, Wanderléa, Gal Costa & Caetano Veloso, Geraldo Azevedo & Djavan, Maria Bethania, Ney Matogrosso, Angela Rô Rô, Toquinho, Jane Duboc, Elba Ramalho, Vander Lee, Simone, Beto Guedes, Sonia Mello, Teatro Mágico, Ribamar Soares, Inês Carreira & Pedro Limpo, Jane Mara, Inacio Loyola & Marcelo Nunes, Carmen Silvia Presotto, Adryanna BB & Gilvandro Filho, Monsyerrá Batista, Julia Crystal, Fabrício Barretto & Fabio Shiva, Tirso Florence de Biasi, Mônica Brandão, Beto Saroldi, Shahram Shiva, Marianna Leporace, Leureny Barbosa & muito mais! Participe, comente, curta online & abrilhante a nossa festa neste 20 de outubro, na programação da Cidade FM 87,9, a partir das 10hs. Não deixe de participar para concorrer a diversos prêmios: CDs, DVDs, livros & um tablet. Confira o programa e concorra a prêmios. Veja mais aqui.

SERVIÇO:

O que? Programa Domingo Romântico.

Quando? Neste domingo, 20 de outubro , a partir das 10hs.

Onde? Cidade FM 

Apresentação Meimei Corrêa.



Veja outras edições do Domingo Romântico .


Veja mais sobre:
A Uiara do Jaraguá aqui.

E mais:
Quebra de Xangô, Yulia Gorodinski, Relacionamentos Afetivos, Psicologia Jurídica & Criminologia aqui.
Deusa Vesta, Daniel Goleman & Foco, Crimes Tributários, Psicologia & Pesquisa aqui.
Gilles Deleuze & Félix Guattari, Peter Gabriel, Catarina Eufémia, Sam Mendes, Vicente Caruso, Mena Suvari, O Rádio & Radiodifusão, Psicopatologia & Memória, Sandra Fayad & Janne Eyre Melo Sarmento aqui.
Direito Ambiental aqui.
Tolinho & Bestinha: quando a lei do semideus é cachaça, tapa e gaia aqui.
Psicopatologia & Orientação, Psicologia Jurídica & Agências Reguladoras aqui.
A festa no céu do amor aqui.
A Utopia de Thomas More aqui.
Dois poemetos em prosa de amor pra ela aqui.
Psicopatologia & Atenção, Psicodrama & Crimes contra a administração pública aqui.
A contenda do amor aqui.
Todo dia é dia da mulher aqui.
A croniqueta de antemão aqui.
Fecamepa aqui e aqui.
Palestras: Psicologia, Direito & Educação aqui.
Livros Infantis do Nitolino aqui.
&
Agenda de Eventos aqui.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA;
Leitora Tataritaritatá (Art Ísis Nefelibata)
Veja mais aqui,  aqui e aqui.

CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na Terra:
Recital Musical Tataritaritatá - Fanpage.
Veja os vídeos aqui& maisaqui e aqui.



ROSA MECHIÇO, ČHIRANAN PITPREECHA, ALYSON NOEL, INDÍGENAS & DITADURA MILITAR

    Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som de Uma Antologia do Violão Feminino Brasileiro (Sesc Consolação, 2025), da violonista, cantora, compos...