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quarta-feira, dezembro 09, 2020

CLARICE LISPECTOR, FRANCISCO NIEVA, PETRA COLLINS & LÍVIA FALCÃO


  

TRÍPTICO DQC: JANELINVENÇÃO, O SEGREDO DOS SONHOS - Ao som de Un dia de noviembre, de Leo Brouwer. – Vitalina trouxe da infância todos os medos: de papafigo a bicho-papão, da perna-cabeluda aos monstros embaixo da cama, sacis, gnomos e duendes. Isso afora a mãe: Não faça isso que o bicho vai lhe pegar! O pai: a La Ursa vai lhe levar, maluvida! Avós, parentes e aderentes: Deus vai lhe castigar sua traquina! Daí cresceu com medo de tudo: de altura, de ficar sozinha, de escuridão, de espelhos, de fechar o olho ao tomar banho, de trovões e relâmpagos, de neblinas ou sombras e réstias; de fantasmas e de carecas; de baratas e outros tantos insetos e besouros; de ventríloquos e manequins, de bonecos feios, de palhaços, de atravessar pontes, de pensar e ficar doida, de pecar e ficar mal falada, de ter sonhos ruins, de mergulhar em rio ou mar e ser devorada por um tubarão ou jacaré; de quem já morreu, das estrelas caírem do céu, da Terra despencar no abismo, de todo tipo de doença, de ser enterrada viva, de perder a virgindade e uma mania de perseguição de que seria estuprada pela ruindade de um velho estranho ou um maconheiro safado e desalmado, enfim, tinha pânico de qualquer coisa que não estivesse na sua zona de conforto. Para se precaver, tinha remédio para tudo: comprimido pra isso, cachete praquilo, drágeas praquiloutro, batesse a ansiedade ou depressão, qualquer mal-estar e já se automedicava, batendo o punho fechado três vezes na madeira e se benzendo mais de dez vezes com rezas de Pai-nosso, Creio-em-Deus-Pai e Ave-Maria. Era peculiar uma tremedeira de gasguita, mas a qualquer alerta de cuidado, ela: Ué, sou prevenida e saudável, oxente! E a parentalha, pelas costas, só nos cochichos: Coitado do Tomé! Nada, é outro esquisitão, Deus fez, o diabo ajuntou. Quem a visse dava logo por uma desequilibrada. Há quem dissesse que era uma quejuda porque a castidade encruou no quengo e deixou-la uma mal-amada sujeita a paroxismos inusitados. Dizem: Inda bem que casou, imagino e desmantelo de um casal tão temperante, avalie. Com o converseiro, dei as costas e voltei para a janela. Lá estava Clarice Lispector em riste: O que uma pessoa diz a outra? Fora 'como vai?' Se desse a loucura da franqueza, que diriam as pessoas às outras? A loucura é vizinha da mais cruel sensatez. Engulo a loucura porque ela me alucina calmamente. Não tenha medo de meu silêncio... Sou uma louca mas guiada dentro de mim por uma espécie de grande sábio. Quero que tudo seja intenso, exagerado e louco. Porque só assim fico satisfeita! Dar a cara à tapa! Ser louca, estranha, chata! Eu sou assim. Ah, Clarice, sempre duvidei da minha sanidade mental, principalmente agora, diante dos seus olhos.

 


TARTARUGAS, CREPÚSCULO E CORTINA – Ao som de Cantora de Yala, do álbum Junjo (2006), da contrabaixista e cantora estadunidense Esperanza Spalding. - Ela me levou para um teatro imenso. Era a minha primeira vez naquele local e muitas pessoas iam e viam, me cumprimentavam e eu a espera dela que me deixou ali de mão abanando. Virei a atenção para o ensaio de Tórtolas, crepúsculo y ... telón (Escelicer, 1972) porque o autor, o premiado dramaturgo espanhol, Francisco Nieva (1924-2016), apareceu explicando aos atores e atrizes no palco e na plateia: Sob o pretexto de manter uma quarentena, forçado pela propagação de um desconhecido vírus, uma companhia de teatro é sequestrada no próprio coliseu, onde tem que agir, sujeitá-lo - como ratos de laboratório - para experimentos cruéis, cujo objetivo é revolucionar e renovar o mundo da cena, até mesmo agindo e comportamento do público. Os incidentes que marcam esta situação são numerosas e adquirem diferentes ou seja, até terminar em uma espécie de festa, Dionisíaco e caótico, celebrando a próprio existência do teatro. Depois ele desceu do palco, cumprimentou alguns sentados na plateia e, em seguida, veio ao meu encontro e me falou: O teatro é uma vida alucinante e intensa. Não é o mundo, nem manifestação à luz do sol, nem comunicação a vozes da realidade prática. É uma cerimônia ilegal um crime voluntário e impune. É alteração e disfarce: Atores e público usam máscaras, maquiagens, eles usam fantasias diferentes... ou eles vão nus. Ninguém se conhece, todos são diferentes, todos são "os outros", todos são intérpretes do coven. O teatro é uma tentação sempre renovada, canto, choro, arrependimento, complacência e martírio. É a grande cerca orgiástica sem evasão; É o outro mundo, a outra vida o além de nossa consciência. É remédio secreto feitiçaria, alquimia do espirito, fúria jubilosa sem trégua. Fiquei admirado por ter tido contato com o seu teatro, aquela que já foi denominado tanto de furioso, como de farsa e calamidade, ou de crônica e selo. Ele me sorriu e saiu.

 


TRÊS PARA AS SEIS - Imagem: A arte da fotógrafa, modelo e artista canadense Petra Collins, ao som de Lacrimae, do compositor e alaudista britânico John Dowland (1563-1626), na interpretação do premiado musicólogo, professor, luthier e performer Christopher Morrongiello. - Ela retornou e era Nelly Sachs: Uma porta é uma faca: ela divide o mundo em duas partes. E me puxou apressada para saída do teatro, descendo a escadaria e seguindo pela descida da margem de um rio. Não é para irmos para lá? Não. E mais se aproximada das águas no íngreme declive até à beira. Que rio é este? O seu. O Una? Sim. Nunca o vi assim. E virou-se encarando-me e citando Jorge Semprún: Senti com a força do meu sangue que circulava rapidamente que minha morte não roubaria esta árvore de sua beleza irradiante, apenas roubaria o mundo de meu olhar. Olhei atrás de mim e havia sim uma árvore jamais vista. Venha, quero amar você e ser batizada neste rio secular! Seguiu saltitante por entre as pedras, e se despiu para mergulhar nas águas rasas. Vem! Ao sentir meu corpo no seu, disse-me Pierre Louÿs: Ninguém ainda afirmou que possuir o que desejamos é felicidade, ou prazer, ou bem-estar ou apenas equilíbrio. E beijou-me intensamente e me recitou Emily Dickinson: Tudo o que sabemos do amor, é que o amor é tudo que existe. E esqueci as dores do mundo. Ainda disse-me: O que você quer e o que você precisa: poesia no seu dia-a-dia. E amamos à noite alagados de prazer. Até mais ver.

 

A ARTE DE LÍVIA FALCÃO

A arte da atriz Lívia Falcão, que iniciou sua carreira no teatro e foi premiada como atriz revelação por sua atuação na peça A cantora careca, ainda adolescente, aos 17 anos de idade. Depois atuou em peças teatrais como Caetana, Mamãe Não Pode Saber, Lisbela e o Prisioneiro, e A Máquina, entre outros espetáculos. Em 1986 foi premiada com o monólogo Criadas da Glória, de João Falcão, no I Festival Nacional de Humor. Enveredou posteriormente pelo cinema atuando em vários longas-metragens e, também, pela televisão, atuando em novelas. Veja mais aqui e aqui.

 



quarta-feira, maio 16, 2018

EMILY DICKINSON, UMBERTO ECO, ELISABETH BANDINTER, TERESA REICHLEN, CIRO DE UIRAÚNA, ANA FARIA, ERICH LEHNINGER & HAN-NA CHANG

ESTIBADO, O AJEITADO NA VIDA – Imagem: Xilogravura do gravador e ilustrador Ciro de Uiraúna. - Tomé sempre foi jeitoso. Um dia lá, teve a ideia de abrir uma bodega. Juntou os trocados, surtiu de tudo um pouco e fez-se simpático pros fregueses. Sábado e domingo, os de feira livre, ele apurava mais que o previsto: dedinho na balança, conta de troco com um-pra-eu-um-pra-tu-um-pra-eu, moedas miúdas de menos, enfim, prosperou. Ô seu Tomé, posso deixar a sacola aqui pra pegar depois da feira? Pode, sim, podexá. Seu Tomé, posso deixar a peixeira pra volta? Pode, sim. Seu Tomé, vou deixar essa roupa aqui, quando eu voltar eu pego, viu? Podexá. E assim foi, guardava de tudo: documentos, carteiras, escrituras de casa, até dinheiro graúdo por causa da violência. No começo, não cobrava nada. Depois, começou a estipular uma taxa de armazenagem, coisa de centavo, depois pra 10, 20 ou 50, e o povo na maior confiança. Ele emprestava dinheiro, fazia compras encomendadas do que se precisasse, agendava consultas médicas, fazia de tudo, no final do mês, o povo honesto pagava no pedido dele. Entrava ano e saía ano, Tomé progredia, já proprietário de casas, salas e apartamentos, veículos de todo tipo, roupas pra toda ocasião, acessórios agrícolas, ferramentas e o escambau; bastava encomendar, mandava buscar e no final do mês a cobrança, tudo preto no branco. Foi passando o tempo e ele foi se esquecendo de alguns guardados de anos, confundindo-se por seu o que não era, e metendo-se a negociar pra si o que era dos outros. Ah, isso já era de tempo, a culpa diminuída dia após dia. Aí depois de anos, um dos fregueses chegou requerendo da escritura que ele guardara. Que escritura? A da minha casa lá em Ribigudo! Deixe-me ver, ah, olhe aqui: tenho escritura de meio mundo de gente e de muitos lugares, mas não tenho nenhuma de Ribigudo, meu amigo. Mas eu deixei com o senhor faz uns 12 anos! Meu amigo, aqui tem escritura de mais de 20 anos, se a sua estivesse comigo, estaria aqui. Eu lhe dei algum recibo? Não. Então, deixou não. E os dois aborrecidos, se estranharam e exaltados, xingamentos mútuos e, cada qual, nos seus direitos. Ficou por isso mesmo. Tomé sozinho: menos um. Amealhou fortuna da muita assim, homem de posses que nem sabia. Quando menos esperava, o povo na porta reclamando seus pertences. Passou a usar revólveres nos quartos, dois, um pra cada mão, nas cartucheiras dos quadris. Dava um tiro pra cima, todos corriam. A polícia encostava, ele deitava a lábia, ajeitava tudo. Nem, nem. De tão jeitoso, já era amigo do delegado, do Juiz de Direito, do Promotor de Justiça, do Prefeito, as autoridades todas no papo. Ninguém ousava macular a ilibada conduta do seu Tomé, homem probo daquele, jamais poderia ser denunciado por nada, um exemplar cristão da missa domingueira, presente em todos os eventos da sociedade abastada, amigo do bispo, do grão mestre maçom, membro benfeitor do Rotary e do Lions, sujeito articuladíssimo que não esperava o enterro voltar, prevenia-se como podia com agrados, servidor que só, a ponto de ser indicado umas trocentas vezes para vereança, da qual ele se eximia orgulhosamente: Não, faço favor por bondade mesmo, nada de politicagem pra minha banda. Se aceitasse, seria o fim da picada: servia tanto a um lado como a outro, não era besta, quem ganhasse ele estaria lá, isso era muito melhor que se sujeitar à esculhambação pública e ganhar a antipatia popular com apenas um mandato. Sabido e estibado, assim foi e é até hoje, só comendo arroiado na mão da Vitalina, essa sim, todo dia e o dia todo, com quem ele paga direitinho os seus pecados. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.

RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá especial com a música do violinista alemão radicado no Brasil, Erich Lehninger: Sonata Brahms, Sonata Leopoldo Miguez & Trio para piano, violino e cello de Marlos Nobre; da cellista e maestrina sul-coreana Han-Na Chang: Concerto Haydn, Variations Tchaikovsky & Symphonie 5 de Tchaikovsky; & muito mais nos mais de 2 milhões de acessos ao blog & nos 35 Anos de Arte Cidadã. Para conferir é só ligar o som e curtir.

PENSAMENTO DO DIA – [...] Qualquer que seja sua evolução para uma maior semelhança, o homem e a mulher distingue-se fundamentalmente por seu aparelho sexual. A natureza os fez de tal forma que se completam e não se confundem. [...] Dizer que Um é o Outro não significa aqui que Um é o mesmo que Outro, mas que Um participa do Outro e que eles são, ao mesmo tempo, semelhantes e dessemelhantes. [...]. Trecho extraído da obra Um é o outro (Nova Fronteira, 1986), da filósofa, historiadora e escritora francesa Elisabeth Bandinter.

EDUCAÇÃO - [...] Educar é transmitir ideias, conhecimentos que através de uma prática podem transformar ou conservar a realidade. A educação, portanto, é mediação entre teoria e prática. [...] A educação na sociedade capitalista tem a escola como um dos instrumentos de sua dominação, cujo papel é o de reproduzir a sociedade burguesa, através da inculcação da sua ideologia e do credenciamento, que permite a hierarquia na produção, o que garante maior controle do processo pela classe dominante. [...]. Extraído da obra Ideologia no livro didático (Cortez/Autores Associados, 1991), da professora e pedagoga Ana Lucia Goulart Faria. Veja mais aqui.

COLOPHON – [...] Pronto. O que terá acontecido com Roberto? Não sei, e acredito que ninguém jamais poderá saber. Como extrair um romance de uma história tão romanesca, se não se conhece o final, ou melhor, o verdadeiro início? A menos que a históra a ser contada não seja a de Roberto, mas a de seus papéis – embora tenhamos de caminhar aqui por conjecturas. [...] Eu não saberia sequer imaginar através de que última peripécia as cartas tenham chegado a quem deveria entregá-las a mim, tirando-as de uma miscelânea de outros desenxabidos e rabiscados manuscritos. [...]. Trechos extraídos da obra A ilha do dia anterior (Record, 1995), do escritor, filósofo e bibliófilo italiano Umberto Eco (1932-2016). Veja mais aqui.

DOIS POEMAS - BELEZA E VERDADE: Morri pela beleza, mas apenas estava / Acomodada em meu túmulo, / Alguém que morrera pela verdade, / Era depositado no carneiro próximo. / Perguntou-me baixinho o que me matara. / – A beleza, respondi. / – A mim, a verdade, – é a mesma coisa, / Somos irmãos. / E assim, como parentes que uma noite se encontram, / Conversamos de jazigo a jazigo / Até que o musgo alcançou os nossos lábios / E cobriu os nossos nomes. À PORTA DE DEUS: Duas vezes perdi tudo / E foi debaixo da terra. / Duas vezes parei mendiga / À porta de Deus. / Duas vezes os anjos, descendo dos céus, / Reembolsaram-me de minhas provisões. / Ladrão, banqueiro, pai, / Estou pobre mais uma vez! Poemas da poeta estadunidense Emily Dickinson (1830-1886). Veja mais aqui e aqui.

A ARTE DE TERESA REICHLEN
A arte da bailarina estadunidense Teresa Reichlen.


O Festival Internacional Paraty em Foco (PEF) & muito mais na Agenda aqui.
&
A arte da xilogravura do gravador e ilustrador Ciro de Uiraúna
&
As muitas das tantas de Tomé aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
&
Dos labirintos que brotam de si pra vida, a literatura de Gabriel García Marquez, o pensamento de Rui Canário & a arte de Jean-Léon Gérôme aqui.


terça-feira, janeiro 23, 2018

HILDA HILST, VITAL FARIAS, FRITJOF CAPRA, ENRIQUE LEFF, MARIA TERESA MADEIRA, LUIS FERNANDO VERÍSSIMO, FRANCIS PICABIA & HELMUT NEWTON

AMARRADO EM NOME DE JESUSIS, CRUIZES! – Imagem: Our Heads Are Round so Our Thoughts Can Change (1930), do pintor e poeta francês Francis Picabia (1879-1953). - Tomé é um ineivado: cinquentão que não parecia ter mais de quarenta e nove, católico batizado, crismado e casado, de fazer parte do Terço dos Homens e de comungar regularmente quando não todo dia, se for preciso. Afora ser boca de ponche, não bebe, não fuma, nem achegado a nenhuma excentricidade: tudo metido e contado nos miúdos, metodicamente planejado e conferido. Casado – muito bem casado, segundo ele -, como são as coisas: dizem que o casal botou catinga em bosta. Até onde eu sei, nem fedem, nem cheiram. Pois bem. Acontece que Vitalina, a senhora madame dele, um dia desse, arrastando um tamanco com um chambre cor de rosa bufento do tempo do ronca e armada dum penteado carregado de bobe, chamou na grande: queria ser evangélica. Ih! Antes porém, balançou-se pras banda da Universal – aquilo é um bando de loucos, dizia ela revoltada com a experiência -, depois pela Graça do Sílvio Santos Soares, refugou. Tanto sassaricou que findou numa dessas evangélicas e, ao assistir o primeiro culto, foi logo reclamando pro pastor: Deus não é surdo! E fez campanha, armando o maior desconforto pra arrancar os altofalantes da rua. Nessa hora o marido, sobretudo porque ele não é de negar fogo pra patroa, queria era se atirar da janela. Sem saída, resolveu buscar a dádiva da providência, mantendo-se inconsolável até o milagre acontecer dela tirar aquilo da quizilia, virando-se pras bandas do halterofilismo. Danou-se! Agora deu! Essa mulher tem cada pantim! E ela: alguém tem que fazer, ora! E meteu-se com ginásticas e fisioterapias de conferir o muque todo dia nas ventas dele: Tais vendo só, tá crescendo, logo a gente vai pra quebra de braço pra ver quem é quem manda aqui em casa. E ele: Não esquente, sempre disse que aqui quem manda é você mesmo. Com muito tato Tomé conseguiu demovê-la da arenga, mantendo-se em paz com os irmãos, dízimo em dia, e ele como saco de pancadas, tanto pros murros, como pra ser culpado por tudo que ocorresse ou desse errado. Aí, um dia lá que andava de férias das broncas, virou-se pra mim com um convite: Jesuisis tá lhe chamando! Eu? Escute a voz dele no seu coração, sou o intermediário! Você? Eu sou a voz de Jesuisis. Vamos ao culto hoje? Ah, tá. Expliquei pra ele que já havia passado do nível religioso, dedicando-me à espiritualidade. Vai ou não vai, rapaz? Tenho outros compromissos, Tomé, fica pra próxima. Aí, ele virou-se pra mim e sapecou: A-rá! Cruz-credo! Você é ateu descarado e está amarrado em nome de Jesuisis. Vade retro, satanás! Fez um trejeito qualquer e danou-se rua afora, caí na gargalhada. Esse Tomé vem com cada uma, veja mais abaixo o desdito amor desse casal. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.

RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá é dia de especial com a música do cantor e compositor Vital Farias: Sagas brasileiras, Taperoá & solo; a pianista Maria Teresa Madeira interpretando Ary Barroso & Recital; & muito mais nos mais de 2 milhões de acessos ao blog & nos 35 Anos de Arte Cidadã. Para conferir é só ligar o som e curtir.

PENSAMENTO DO DIA – [...] Vivemos hoje um mundo de complexidade, no qual se amalgamam a natureza, a tecnologia e a textualidade. Tempos de hibridização do mundo – a tecnologização da vida e a economização da natureza -, de mestiçagem de culturas, de diálogos de saberes, de dispersão de subjetividades. Tempos em que emergem novos valores e racionalidades que reorientam a construção do mundo. [...] Extraído da obra Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder (Vozes, 2008), do economista e sociólogo ambientalista mexicano, Enrique Leff. Veja mais aqui, aqui & aqui.

A SOCIEDADE ATUAL - A sociedade [...] é totalmente voltada para o trabalho, os lucros e o consumo de bens materiais. O objetivo principal das pessoas é ganhar o máximo de dinheiro possível para comprarem toda essa parafernália que associam a um padrão de vida elevado. Ao mesmo tempo, sentem-se bons cidadãos porque estão contribuindo para a expansão da economia nacional. Não percebem, porém, que a maximização dos lucros leva à constante deterioriação dos bens que adquirem. Por exemplo, a aparência visual dos produtos alimentares é considerada importante para incrementar os lucros, ao passo que a qualidade dos alimentos continua se deteriorando devido a todos os tipos de manipulação [...] efeitos parecidos poder ser observados nas roupas, nas casas, nos carros e em várias mercadorias. Embora ganhem cada vez mais dinheiro, eles não estão enriquecendo; pelo contrário, tornam-se cada vez mais pobres. A expansão da economia destrói a beleza das paisagens naturais com edifícios medonhos, polui o ar, envenena os rios e os lagos. Mediante um condicionamento psicológico implacável, ela rouba das pessoas o seu senso de beleza, enquanto gradualmente destrói aqui que há de belo em seu meio ambiente. [...]. Trechos de Futuros alternativos, extraído da obra Sabedoria incomum: conversa com pessoas notáveis (Cultrix, 1995) do físico e escritor Fritjof Capra. Veja mais aqui, aqui & aqui.

PAIXÕES - [...] Como o amor acaba é outro mistério. A Joyce e o Paquette, por exemplo. Namoram anos, noivaram, casaram e tudo acabou numa noite. Acabou numa frase. Os dois estavam numa discoteca, sentados lado a lado, vendo os mais jovens se contorcendo na pista de dança, e o Paquette gritou: - Viu a música que está tocando? E a Joyce: - O quê? – A música. Estão tocando a nossa música. Lembra? – Hein? – Estão tocando a nossa música! – O quê? – A música. Do nosso noivado. Lembra? – Eu não consigo ouvir nada com essa porcaria de música! – Esquece. Extraído da obra O melhor das comédias da vida privada (Objetiva, 2004), do escritor, cartunista, tradutor, roteirista e autor teatral Luis Fernando Veríssimo. Veja mais aqui.

DO AMORXLIX: Costuro o infinito sobre o peito. / E no entanto sou água fugidia e amarga. / E sou crível e antiga como aquilo que vês: / Pedras, frontões no Todo inamovível. / Terrena, me adivinho montanha algumas vezes. / Recente, inumana, inexpremivel / costuro o infinito sobre o peito / como aqueles que amam. Extraído da obra Do amor (Massao Ohno, 1999), da poeta, dramaturga e ficcionista Hilda Hilst (1930-2004). Veja mais aqui.

ARTE DE FRANCIS PICABIA
A arte do pintor e poeta francês Francis Picabia (1879-1953).

Veja mais:
O desditoso amor de Tomé & Vitalina aqui, aqui, aqui  aqui e aqui.
Para quem quer, basta ser!, o pensamento de John Masefield, Gilvanícila, a música de Karin Fernandes & a pintura de Berthe Morisot aqui.
A mulher na antiguidade, Max Planc, Edgar Allan Poe, Louise Glück, Daniel Goleman, a música de Shirley Horn, Mark Twain, a pintura de Edouard Manet, a gravura de Johann Theodor de Bry, Ana Paula Arósio, Demi Moore & Alessandra Cavagna aqui.
Mário Quintana, François Truffaut, Voltaire, a comunicação de Juan Diaz Bordenave, o folclore de Luís da Câmara Cascudo, a música de Daniela Spielmann, o teatro de Sérgio Roveri & Tuna Dwek, a arte de Jeanne Moreau, a pintura de Hans Temple & Anita Malfatti, Gerusa Leal & Todo dia é dia da mulher aqui.
Helena Blavatsky, João Ubaldo Ribeiro, Stendhal, a pintura de Édouard Manet, a música de Vital Farias, Cacá Diégues & Jeanne Moreau aqui.
Proezas do Biritoaldo: quando risca fogo, o rabo inflamável sofre que só sovaco de aleijado aqui.
Invasão da América aos sistemas penais de hoje, Joan Nieuhof, Décio Freitas & Palmares, Pesquisa em História, Guerra dos Cabanos, Luta Camponesa & História do Brasil aqui.
Hannah Arendt, Eric Hobsbawm, Fundamentos da História do Direito, Fernand Braudel & a História, Abraham Kaplan & A Conduta na Pesquisa aqui.
Das quedas, perdas & danos aqui.
Violência contra a mulher, Heleieth Saffioti, Marta Nascimento & Poetas do Brasil aqui.
O Feminismo & a História da Mulher, Masculino & Feminino, Psicologia Escolar & Educacional, Pluralidade de Família & União Estável aqui.
Jacques Lacan, Direito de Família, Alimentos Gravídicos & Realacionamentos Pós-Modernos aqui.
A aprendizagem observacional de Albert Bandura & Direito Autoral aqui.
Pierre Lévy, Cibercultura, Capitalismo Global, Linguagens Líquidas & Narrativas Midiáticas Contemporâneas aqui.
Poetas do Brasil: Ari Lins Pedrosa, Ana Paula Fumian, Frederico Spencer & Suzana Za’za Jardim aqui.
Livros Infantis do Nitolino aqui.
Faça seu TCC sem Traumas: livro, curso & consultas aqui.
&
Agenda de Eventos 35 anos de arte cidadã aqui.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
A arte do fotógrafo alemão Helmut Newton (1920-2004). 
Veja mais aquiaqui.

segunda-feira, outubro 17, 2016

BRAVERMAN, SÉRGIO LESSA, SALERNO-SONNENBERG, DANE SHITAGI, KVITKA ANATOLY, EUGENE HUC, CLÁUDIA TELLES, TRANSVERSO, ESCAMBO DE RUA, CINEMA & TRABALHO

INEDITORIAL: SÓ A POESIA TORNA A VIDA SUPORTÁVEL (Imagem recolhida do Coletivo Transverso) – Muitas ruas do que sou nas calçadas e vou entre olhares perdidos pelos semáforos, marquises, sirenes, sinalizadores e luminosos. Vou entre muitas mãos para acenos, sacolas, pontos e partidas; muitos braços pros andares, muitas faces atentas e sérias, muito suor no calor da pele, muita correria entre motores e pedestres com seus compromissos nos relógios, afazeres nos sovacos, interesses nas cabeças, esperanças vivas e perdidas. Ontem era o Dia do Pão, da alimentação; hoje da fome de tudo, apesar da promoção do setor agrícola acumulando mais e apenas os abastados latifúndios ou quase, enquanto se comemora de fachada a erradicação da pobreza. Há muita sede de tudo e a propaganda é ataca todos os flancos, indicando que tudo está ao dispor, até um eletricista pra fazer uma gambiarra na vida de quem quiser, ou um maquinista aprumar o rumo dos perdidos que não sabem o que fazer da vida. Tem gosto pra tudo e oferta pro que nem se possa imaginar. Apesar de tudo, nenhuma poesia: tudo é muito chão de concreto - cada um por seu umbigo de satisfação e Deus que nos salve dos desvarios. Cada qual sua causa em foro íntimo – assim se reconhece na humanidade: os outros são outros, apenas, nada mais. No meio disso, invento a vida: só a poesia torna a vida suportável. E vamos aprumar a conversa pras novidades do dia: a entrevista de Cláudia Telles, o trabalho e o ser social de Sérgio Lessa, o trabalho no século XXI de Ricardo Antunes, o trabalho contemporâneo de Harry Braverman, a música de Nadja Salerno-Sonnenberg, a arte de Eduardo Paolozzi, a fotografia de Dane Shitagi, o Coletivo Transverso, o movimento Escambo de Rua, o Cinema de Rua, a escultura de Kvitka Anatoly, a arte de Mozart Fernandes, a pintura de Eugene Huc, o Congresso de Crimes Passionais, a palestra sobre A arte na rua dos Municípios & a croniqueta Quando Tomé mostrou ao que veio. No mais, vamos aprumar a conversa & veja mais aqui e aqui.

Veja mais sobre:
A comilança do Zé Corninho, Oscar Wilde, Leila Pinheiro, Henri Lebasque, Jacob Matham, A psyche japonesa, Psicossomática & a Psicologia da dor aqui.

E mais:
As ingresias de Robimagaive, Gaston Bachelard, Chiquinha Gonzaga, Fausto Wolff, António Ramos Rosa, Fafy Siqueira, Subindo a Ladeira, Alehandro Agresti, Marina Glezer, Rita Hayworth Michael John Angel & Educação aqui.
Aristóteles, Giordano Bruno, Edward Morgan Forster, Michelangelo Antonioni, Gino Severini, Zimbo Trio, Ana Lago de Luz, Eduardo Semerijan, Daria Halprin, Malcolm Pasley & a imparcialidade do juiz aqui.
Tolinho & Bestinha: Quando o mundo fica pequeno pros andejos de cabeça inchada aqui.
A poesia de Valéria Tarelho aqui.
Till Lindemann, Joe Wehner, Chagas Lourenço, Educação no Brasil, O capital intelectual, As políticas públicas & desenvolvimento sustentável, Arte-terapia & Dificuldades de aprendizagem aqui.
Educação, afetividade, transversalidade & homossexualidade aqui.

DESTAQUE: O TRABALHO 
Imagem: Secrets of Life - The Human Machine and How it Works, do escultor e artista escocês Eduardo Paolozzi (1924-2005).
[...] O trabalho, em suma, é a única categoria do mundo dos homens que faz a mediação entre natureza e sociedade. Como a reprodução biológica dos indivíduos é a condição imprescindível a toda reprodução social, no trabalho encontrarmos in nuce todas as determinações decisivas do mundo dos homens. [...] Todavia, isso não implica, absolutamente, conceber a natureza como o fundamento ou o momento predominante da reprodução social. Este papel cabe ao trabalho, uma categoria puramente social. Portanto, ao lado da heterogeneidade que se desdobra entre as três esferas ontológicas, comparecem também elementos de continuidade que consubstanciam, ao fim e ao cabo, a unitariedade ontológica que as articula. [...].
Trecho extraído da obra Mundo dos homens: trabalho e ser social (Instituto Lukács, 2012), do filósofo e professor Sérgio Lessa. Veja mais aqui e aqui.

QUANDO TOMÉ MOSTROU AO QUE VEIOTomé não era assim, dizem e reiteram alguns pouquíssimos simpáticos achegados, ficou sendo - mimo exagerado dos pais: - Esse menino tem uma asa maior que o corpo todo! Cinco anos depois, nasceu sua irmã: ele já caiu na ciumeira: - Ela não perde por esperar. Um ano e meio depois, o irmão: - Ih, mais um pra me destronar. Ruindades sonsas, ele dava o bote e escondia as unhas: os irmãos pagavam o pato. Tudo aprontara nas ocultas, castigos pros outros. Assim foi até o seu trunfo final: - Meu pai errou a mão neles: um viado, uma bolachêra. Só eu dei certo. E foi por causa das arengas e tramadas de infância com seus irmãos – ditos queimados por ele no teste da vida -, que ele aprendeu a desconfiar até da sombra: - Gente dessa laia não merece confiança! E conseguiu sob intrigas e armações que os pais desse um bota-fora neles de vez da vida deles: - Até que enfim! -, comemorou exultante, propagando aos quatro cantos a condição de filho único. A partir daquele dia, os seus irmãos estavam deserdados e tidos como mortos no coração dos pais, só ele reinava pra orgulho deles: - Esse o único que deu pra homem! -, ufanava o pai; - Esse é meu cabra-macho! -, se regozijava a mãe. Virou brilho na menina dos olhos deles: o que fizesse virava graça! A razão do riso e felicidade da casa, tudo para esconder o pesadelo que foi dos outros dois. Festa mesmo com tamanho ufa, até que enfim, foi quando tomaram ciência do aprumado casamento do filho com Vitalina, porque não restaria a menor dúvida da homência dele, solteirão convicto por mais de trinta e cinco anos idade. Os pais sofreram muito por conta da desconfiança se ele era ou não um enrustido que pioraria o flagelo deles. – Ah, esse não tem isso de entrar ou sair de armário, é macho mesmo! Agora sim! E passaram a torcer com cobranças diárias quando seria a data que os certificaria definitivamente: ainda estamos escolhendo a data. Mas não demore muito, pelamordedeus! Quero netos lindos! E Tomé olhava pra Vitalina: será que vai dar certo? E Vitalina: será que o bebê nascerá perfeito com tudo no lugar? Entreolhavam-se e as dúvidas pairavam no ar, um do outro desconfiando a culpa por algo que causasse desastre na vida deles. Isso toma tempo e bote muito tempo nisso. Por enquanto veja mais aqui e aqui

Curtindo o álbum Merry: A Holiday Journey (NSS Music, 2006), da violinista e professora estadunidense Nadja Salerno-Sonnenberg.

O TRABALHO NO SÉCULO XXI - [...] ao invés da substituição do trabalho pela ciência, ou ainda, da substituição da produção de valores pela esfera comunicacional, da substituição da produção pela informação, o que vem ocorrendo no mundo contemporâneo é uma maior interrelação, maior interpenetração, entre as atividades produtivas e as improdutivas, entre as atividades fabris e de serviços, entre atividades laborativas e atividades de concepção, que se expandem no contexto da reestruturação produtiva do capital. Uma concepção ampliada de trabalho nos possibilita entender o papel que ele exerce na sociabilidade contemporânea, neste limiar do século que se inicia. [...]. Trecho extraído da obra Adeus ao trabalho? Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho (Cortez/EUEC, 1995), do sociólogo e professor Ricardo Antunes, tratando sobre o fordismo, toyotismo, acumulação flexível, dimensões da crise sindical, crises da sociedade do trabalho, trabalho e estranhamento na prevalência da lógica do capital, a nova (des)ordem, a produção destrutiva e des-realização da liberdade, entre outros assuntos. Veja mais aqui e aqui

Imagens: a arte da fotógrafa Dane Shitagi.

PENSAMENTO DO DIA: O TRABALHO CONTEMPORÂNEO - [...] O modo capitalista de produção destrói sistematicamente todas as perícias à sua volta, e dá nascimento a qualificações e ocupações que correspondem às suas necessidades. As capacidades técnicas são daí por diante distribuídas com base estritamente na “qualificação”. A distribuição generalizada do conhecimento do processo produtivo entre todos os participantes torna-se desse ponto em diante, não meramente “desnecessária”, mas uma barreira concreta ao funcionamento do modo capitalista de produção [...].  Trecho extraído da obra Trabalho e capital monopolista: a degradação do trabalho no século XX (Zahar, 1981), do escritor estadunidense Harry Braverman. Veja mais aqui e aqui.


COLETIVO TRANSVERSO - O Coletivo Transverso é um grupo brasiliense que surgiu em 2011, estetizando os espaços públicos com suas mensagens que transitam entre o poético e o popular, como proposta de arte urbana e poesia. O grupo já invadiu áreas em Brasília, Rio de Janeiro e Minas Gerais, entre outras localidades, com mensagens pintadas com auxilio de estêncil e tinta, ou impressas em papel, que são espalhadas pelas cidades nas intervenções do grupo. A proposta do grupo é desenvolver uma estética própria com a realização de intervenções urbanas autorais, espalhando poesias pelas ruas e cotidiano das pessoas. Veja mais aqui.


ESCAMBO DE RUA – O movimento Escambo de Teatro Livre de Rua é destinada à irradiação cultural, reunindo grupos de teatrao de rua, poetas e artistas populares de diversos estados nordestinos, bem como do Pará, Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, além da participação do grupo de Rosário na Argentina. O objetivo é a socialização de experiencias artistas, culturais, políticas e comunitária, situados pelas vilas, periferias, sítios e assentamentos, envolvidos pela luta, riso, choro, felicidade, tristeza e muita alegria. Esse movimento surgiu em 1991 num ato de solidariedade de grupos e artistas populares ao povo da cidade de Janduís (RN), que viviam em estado de calamidade pública, decorrente de uma grande seca e falta de políticas públicas. Os artistas acamparam no Município e por três dias realizaram eventos culturais. A partir de então, já realizaram escambos com grandes encontros nas mais diversas localidades do país, com mostras de produção de teatro de rua, envolvendo artistas plásticos, grupos de dança, mostras de cinema, capoeiristas e grupos populares de música. Um dos representantes do grupo Escambo de Rua é o ator, diretor e agitador cultural Junio Santos. Veja mais aqui.


CINEMA DE RUA - O grupo Cinemade Rua iniciou suas atividades em 2009, em São Paulo, com a dupla Kico Santos e Fabio Nikolaus realizando o vídeo A Chuva, inspirado num gavião empoleirado na antena de um prédio vizinho. Seguiu-se, então, uma maratona 1 mês – 30 filmes, postando vídeos, e prosseguindo com Tal Qual, Video Grafite & Por Toda Vida. Uma iniciativa para lá de interessante que merece uma conferida e meritória de aplausos. Veja mais aqui.


Imagens: a arte da escultora Kvitka Anatoly.

AGENDA: CONGRESSO SOBRE CRIMES PASSIONAIS – Acontecerá no dia 12 de novembro, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Maceió (AL), o II Congresso Alagoano sobre Crimes Passionais, destinado aos profissionais da advocacia criminalista, psicólogos jurídicos, promotores, entre outros. Informações pelos fones (82) 99993-2300/98836-3610. Veja mais aqui e aqui


ENTREVISTA: CLAUDIA TELLES - Algum tempo atrás, a cantora e compositora Cláudia Telles concedeu gentilmente uma entrevista exclusiva, falando de sua carreira, suas experiências, seu trabalho e o que anda fazendo atualmente. De fato eu digo: coisa mais maior de grande essa artista. Confira a entrevista aqui.

REGISTRO: ARTE NA RUA DOS MUNICÍPIOS
No início dos anos 1980, quando passei a ocupar a Coordenadoria de Estudos & Pesquisas, da Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho, em Palmares (PE), na gestão do poeta e editor Juareiz Correya, desenvolvi a palestra
A atividade artística como função alternativa para o progresso do município, ministrada no auditório do Teatro Cinema Apolo e registrada na edição de dezembro de 1983, da recém-criada revista A Região – lançada no dia 15 de outubro de 1983, da qual eu fazia parte do conselho editorial. Por conta disso, ministrei essa palestra em diversas instituições locais, bem como em cidades vizinhas atendendo convite das prefeituras da região. O foco principal da palestra estava no levantamento do acervo artístico e cultural da região Mata Sul de Pernambuco, para catalogação e programação de eventos que pudessem se tornar um calendário de eventos e de valorização do patrimônio artístico, histórico e turístico, proporcionando, logo em seguida, a publicação de artigos a respeito, inclusive em edições da revista A Região (1984), trazendo detalhes para difusão da ideia. A respeito confira aqui.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
A arte do pintor francês Eugene Huc.
Veja mais aquiaqui e aqui.

CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na Terra
Recital Musical Tataritaritatá - Fanpage.
Veja  aqui e aqui.


ROSA MECHIÇO, ČHIRANAN PITPREECHA, ALYSON NOEL, INDÍGENAS & DITADURA MILITAR

    Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som de Uma Antologia do Violão Feminino Brasileiro (Sesc Consolação, 2025), da violonista, cantora, compos...