Um lamento sem voz ecoa
Na noite escura e sombria.
Nuvens carregadas...
Gotas de chuva...
Rosto pálido...
Sangue nas mãos...
Sangue na poça...
Espelho de uma vida,
Reflexo vermelho que se estende pelo chão,
Que se dilui com a água,
Esvai-se...
Agoniza
E chega ao fim.
Criss
Seu cheiro me invade,
Penetra.
Desperta em todos os meus poros
O doce veneno da paixão...
Arrebatador.
Consome minha razão,
Provoca euforia
Em meu coração sufocado,
Que grita em silencio.
Geme
Com os curiosos efeitos à flor da pele.
Arrepio,
Febre,
Suor.
Um desvario molhado.
Calor desenfreado.
Sangue em ebulição,
Respiração entrecortada.
Sinto-me viva!
Vida fugaz!
Criss
Anjo caído,
despedaçado,
coração dilacerado,
em pedaços,
agora
sereno no corpo inerte,
sem vida,
sem pulso.
Corvos se
amontoam
fartando-se
num glorioso banquete,
de carniça,
de
podridão.
No silêncio
da noite esperam,
aguardam,
anseiam a
sobremesa...
Criss
FELIZ HALLOWEEN!!
FELIZ DIA DO SACI!!
Caminho através do infinito
Para além dos meus sentidos.
Sou viajante
De uma jornada instigante.
Sigo o perfume da vida
Que no ar habita
E num sopro
Desliza pelo meu corpo;
Adentra e impregna minha alma
Antes prisioneira e subjugada.
Traço um mapa em minhas lembranças,
Em meu coração desenho distâncias.
Em paragens desconhecidas de terras longínquas
Busco meus horizontes
Sob o sol nascente além das fronteiras.
Sob o sol nascente além das fronteiras.
Um raio de luz esparge, brisa refrescante,
Mostrando minha trajetória em flagrante.
Nesta viagem liberto a magia
Num ritual misterioso,
Com o universo em total harmonia;
Com o universo em total harmonia;
Da vida tomo o elixir
De notas delirantes e que me faz sorrir;
Entoando mantras
À procura do Nirvana.
Criss
Tatuo o corpo.
Tinta,
Sangue,
Cicatriz,
Eu!
Revelo ao mundo meu interior
Na superfície...
Na pele,
Com cores
E dores.
Identidade;
Individualidade!
Criss
Olho para o alto;
A escuridão se aproxima;
Uma primeira estrela desponta no céu,
Luzente e evidente.
Inebriada pelos mistérios do universo,
No embalo do vento e sua canção de ninar,
Mergulho em um sono profundo
Para todos os segredos desvendar.
Percorro o labirinto dos meus sonhos,
Atravesso espelhos,
Salto barreiras,
Flutuo em nuvens
E num bater de asas alcanço as planícies da meia-noite.
Mas no infinito horizonte avisto sua presença,
Fixo em seus olhos,
Me aproximo.
Entre carícias e sabores
Deleito-me em seus braços,
Meras distrações
Que desorientam meu corpo.
Desfaço-me no amanhecer.
Criss
Fragmentos de um desejo
Intenso!
Espalhados pelos céus de meus pensamentos.
Impetuoso!
Peças de um quebra-cabeça
Devasso!
Que formam um jardim de sensações,
Loucura!
Devastado por esse vendaval de sentimentos
Envolvente!
Que me deixa sem ar
Avassalador!
E me arranca as palavras.
Carnal!
Só me resta um sussurro.
Paixão!
Criss
Riso perdido
Em lembranças apagadas;
Através da lâmina afiada
Faz sangrar meu coração.
Rasga,
Despedaça
O desejo de te amar.
Aroma da flor,
Espinho,
Dor.
Respiro,
Reúno os pedaços
E mais uma vez sucumbo
Ao feitiço do Amor.
Criss
Posso estar em seus pensamentos
Mais íntimos e secretos
Vestida como uma deusa.
Ou em suas fantasias perdidas
Tal qual um anjo
De asas brancas.
Mas a verdade é que
Ao fechar seus olhos e dormir
Farei parte de seus pesadelos mais profundos,
Com minhas asas negras,
Tão negras quanto a noite mais sombria.
Criss
Vidas passadas,
e presentes.
Imagens emolduradas
e totalmente pelo tempo amareladas,
de pessoas conhecidas ou anônimas,
presas e pelos quatro lados cercadas
em belas molduras cromadas.
Fotos e recordações de outrora.
Abandonadas e deixadas de lado,
numa linha de tempo vital.
Criss
Hoje o sol deixou de brilhar soberano.
Tirou folga no tempo da estação.
A neblina fria se instalou
E os amantes,
Juntinhos, tremem,
Numa mescla de frio e calor.
Mas tudo permanece cinza.
Sem cor.
Triste.
E os dias se arrastam.
De... va... gar...
Criss
CURIOSIDADE:
O inverno chegou oficialmente no dia 21 de junho (segunda-feira) às 08:28.
Pleno de fantasia
Vago na imaginação do artista,
Cuja alma se acende
Naquele momento de criação.
Uma mistura de tons e entretons
Em meio a tintas e pincéis,
Pinto lábios encarnados
Que se confundem na paixão de um beijo ardente.
Total harmonia de cores
Numa ode de amores,
Somente meus delírios afagam o espírito
No instante em que chegam as sombras da noite.
Criss
Um dia de outono,
Escuro,
Em completo silêncio,
Tomado devagarzinho pelas sombras da noite,
Encobrindo a melancólica Casa.
Nela, a marca dos séculos se faz presente,
De forma profunda.
Por todos os lados,
Fungos tecem seu véu de fios ricamente entrelaçados.
Pelas vidraças das janelas estreitas e compridas
Atravessam raios de luz avermelhadas
Iluminando antigas e escuras tapeçarias
Que pendem pelas paredes
Em harmonia com o sombrio assoalho
Feito totalmente em carvalho,
Que serve de pedestal para a antiquada mobília,
Agora em estado precário.
Nem livros ou mesmo instrumentos musicais por ela espalhados
Conseguiam dar vida
Àquele ambiente de intensa tristeza que a tudo envolvia.
Mas numa noite de ventania,
Com a lua cor de sangue ao fundo
Como testemunha,
Num súbito estrondo, paredes ruíram
E a sombria lagoa cobriu os destroços,
Selando o sofrimento ali contido.
Era o fim da Casa de Usher.
Criss
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Uma quase adaptação de pequenos trechos do conto A Queda da Casa de Usher, de Edgar Allan Poe, com maior enfoque na casa em si.
Edgar Allan Poe (1809/1849) é considerado, juntamente com Jules Verne, um dos precursores da literatura de ficção científica e fantástica modernas.
Porém ficou muito mais conhecido por suas obras góticas e de horror.
A Queda Da Casa De Usher (The Fall of the House of Usher) é um famoso conto de Edgar Allan Poe que descreve de forma simples e transparente a queda de uma casa já destruída pelo sofrimento e pela dor de seus ocupantes.
Azul de tantos tons;
Azul da imensidão do mar
Por onde ecoam solfejos
De baleias com seus enigmáticos concertos.
Azul do céu rabiscado por nuvens de algodão
Que tomam as formas da imaginação.
Da fé surgiram canções,
Acalentando jornadas sofridas
De escravos nas velhas plantações
E suas noites mal dormidas.
Sentimento apregoado em entretons azuis
Do melancólico blues.
Coloração azulada
Presente na água-marinha,
Safira e Lápis-lazúle
Esta por antigos egípcios tão apreciada,
Em amuletos e adornos
Às margens do Nilo entalhada.
Cor primária e fria
Que também traz paz e harmonia.
Ajustando matiz, brilho e saturação
Percebemos a cor em diversa gradação.
E em sua mais nova concepção
Liberta-se de Pandora
E passa para a história
Com um novo azul a cintilar...
Azul Avatar.
Criss
OBA!
Hoje é Carnaval!
Vou me divertir pra valer.
Pular,
Dançar,
Saçaricar.
Até o sol raiar.
E por favor...
Não me leve a mal!
Afinal,
Hoje é Carnaval!
Hoje é Carnaval!
Vou me divertir pra valer.
Pular,
Dançar,
Saçaricar.
Até o sol raiar.
E por favor...
Não me leve a mal!
Afinal,
Hoje é Carnaval!
Criss