Encontra-se em implementação um grande programa de reabilitação de edifícios escolares em Portugal, que envolve centenas de milhões de euros. É uma oportunidade excepcional para melhorar as suas condições de utilização, garantindo-se, simultaneamente, o conforto dos utilizadores, a eficiência energética, a durabilidade das soluções e a sustentabilidade da exploração dos edifícios reabilitados.
A reabilitação de edifícios existentes é, muitas vezes, incompatível com a regulamentação que, na generalidade dos casos, foi concebida para edifícios novos. Por outro lado, a nova regulamentação sobre eficiência energética e qualidade do ar interior, publicada em 2006, introduz uma alteração profunda na concepção da envolvente e dos sistemas.
Entendemos que a avaliação do desempenho em serviço é fundamental, daí a necessidade de desenvolvermos uma campanha experimental de medição da temperatura e humidade relativa, caudal de ventilação e concentração de CO2 em escolas não reabilitadas e em escolas reabilitadas com diferentes estratégias. Apresentamos os resultados experimentais obtidos que traduzem o desempenho em serviço e propomos uma reflexão sobre as exigências regulamentares em vigor.
Em síntese, nesta palestra pretende-se reflectir sobre a adequabilidade das exigências da regulamentação actual no domínio da energia e conforto, sobre as exigências noutros países europeus, sobre o peso da envolvente e dos sistemas e sobre as consequências nos custos de exploração.
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