Desde a invenção do transistor na década de cinquenta que a realidade empresarial e, por consequência, a gestão tem sofrido profundas alterações resultantes da era da informado que presentemente estamos a viver. Estas alterações têm implicações ao nivel do ambiente externo da organização mas, também ao nivel interno. A procura por estruturas organizacionais mais flexíveis, níveis de comunicação menos formáis, a aplicação das inovações tecnológicas ao nivel dos sistemas de informação da empresa e a alteração da força de trabalho, com o aparecimento do trabalhador do conhecimento, tém sustentado a tese de que a criação de vantagens competitivas sustentadas advém dos recursos disponíveis pela empresa, com énfase para as pessoas que trabalham na organização. De facto, uma das grandes mudanças resultantes da era de informação é a importancia atribuida ao trabalho intelectual dos individuos, como factor crítico de sucesso da organização, principalmente na área dos servidos. No entanto, apesar do reconhecimento da importáncia dos recursos humanos na organização, as demonstrações financeiras tradicionais não traduzem esta realidade. O pessoal da empresa não é mais que um item de custos da demonstração de resultados. E mesmo esta referencia, limita-se a apresentar os encargos que a organização tem em termos de remunerações, pensões e encargos sociais. Torna-se, assim, necessário que a contabilidade desenvolva mecanismos que permitam a obtenção de informação relevante quanto a este factor produtivo. Estudos empíricos mostram que quanto melhor a empresa souber gerir os recursos humanos, melhor desempenho financeiro poderá obter. Provavelmente, urna das razões explicativas pela discrepancia dos valores de mercado em comparação com os valores contabilísticos das empresas está na qualidade e na forma de gerir os seus recursos humanos.
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