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Tormenta em mar de lápides: monumento, memória e narração

  • Autores: Fernando Velasco, Laila Melchior
  • Localización: V Congresso Internacional Cidades Criativas: Libro de Actas / coord. por Luís Alberto Marques Alves, Francisco García García, Pedro Alves, Vol. 1, 2017, ISBN 978-84-940289-8-4, págs. 243-256
  • Idioma: portugués
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      This paper aims to establish connections between the formal particularities of the �Memorial to the Murdered Jews of Europe�, in Berlin, and the debate concerning the memory of Auschwitz in its ethical-aesthetical perspective.

      As a starting point, the text ponders over some of the critics addressed to the Memorial amongst the first endeavors to its construction as well as after its opening to the public: on the one hand, the hermetic abstractionism of the project would fail to provide a direct, more factual and informative memory of the Jewish extermination in the Nazi concentration camps; on the other hand, it would evoke the historic solemnity of a memory associated to the metaphor of death in its prompt remission to gravestones and cemeteries. To elaborate the tension between these two poles of criticism this paper firstly reflects upon the modalities of storytelling evoked by the vision of a gravestone that �returns its gaze upon us�. Thereafter it recovers the historical links between the words �tombstone� and �sign� (from the Greek word sèma), namely death and memory. The memory of Auschwitz lays thus in the following contradiction: it has to be told precisely because it surpasses storytelling. At the same time, the past has to be remembered not as a means to a retained remembrance but as a possible way to transform life in the present. This article ultimately investigates forms of storytelling that take place precisely where �presence� and �image� meet, instead of opposing the monument�s materiality to its graveyard metaphor. The authors call upon the key concept of the �Storyteller� (Walter Benjamin) as the one who � before the �Memorial to the Murdered Jews of Europe� � summarizes past, present and future in the evanescent moment when life meets history.

    • português

      O artigo estabelece relações entre as particularidades formais do �Monumento aos Judeus Assassinados da Europa�, na cidade de Berlim, e os debates sobre a narração de uma memória de Auschwitz, em perspectiva ético-estética. Para tanto, adota como ponto de partida algumas das críticas endereçadas ao projeto entre o início das articulações de sua construção e sua abertura ao público. Para alguns, no hermetismo e abstração de seus blocos de concreto, o monumento falharia em fornecer uma memória mais direta, informativa e factual do extermínio dos judeus nos campos de concentração nazistas; para outros, em sua remissão demasiado imediata à imagem dos túmulos de um cemitério, invocaria o peso histórico de uma memória associada a uma metáfora lapidar da morte.

      Para elaborar esta tensão, são construídas, primeiro, reflexões sobre modalidades de narração convocadas pela visão da imagem de um túmulo que, por sua vez, nos olha de volta. Em seguida, são recuperados os nexos históricos entre os vocábulos �túmulo� e �signo� (do grego, sèma); isto é, morte e memória. Desta forma, situa-se o terreno em que se inscreve a narração de uma memória de Auschwitz: há que narrá-la exatamente porque escapa à narração e, ao mesmo tempo, há que se lembrar seu passado não para que nos fixemos nele, mas para que transformemos a vida no presente. Adiante, analisa-se a possibilidade de uma narração que, no lugar de opor a materialidade do monumento à sua metáfora como cemitério, ganha forma justamente no encontro entre presença e imagem. À guisa de conclusão, introduz-se, como chave analítica, a figura singular de um narrador (Walter Benjamin) que, diante do �Monumento aos Judeus Assassinados da Europa�, condensa em sua memória, no instante evanescente do encontro entre sua vida e a história, o passado, o presente e o futuro.


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