Brasil
La presente investigación se propuso comprender qué piensan los jóvenes blancos y negros sobre las desigualdades étnico-raciales y la educación secundaria. Para comprender el problema propuesto, seleccionamos una escuela pública estatal ubicada en Belo Horizonte, Minas Gerais. En la institución realizamos observación participante durante siete meses. Optamos por dialogar exclusivamente con estudiantes de tercer año de secundaria. El diálogo establecido con ellos se llevó a cabo a través de cuatro grupos de discusión. En los grupos contamos con la participación de 29 alumnos. De estos, 18 son mujeres y 11 son hombres, quienes se autodeclararon negros y blancos. La investigación mostró que la percepción de este público sobre las desigualdades sociorraciales brasileñas y, en consecuencia, sobre las cuotas raciales, necesita ser mejor cuestionada, ya que las asimetrías socioeconómicas son percibidas como el principal factor explicativo de los dilemas enfrentados por la escolaridad media.
The present research proposed to understand what black and white young people think about ethnic-racial inequalities and secondary education. To understand the proposed problem, we selected a public state school located in Belo Horizonte, Minas Gerais. At the institution, we conducted participant observation for seven months. We chose to dialogue exclusively with third-year high school students. The dialogue established with them took place through four discussion groups. In the groups we had the participation of 29 students. Of these, 18 are women and 11 are men, who self-declared as black, brown and white. The research showed that this public's perception of Brazilian socio-racial inequalities and, consequently, of racial quotas, needs to be better questioned, since socioeconomic asymmetries are perceived as being the main explanatory factor of the dilemmas faced by average schooling.
A presente pesquisa propôs compreender o que jovens negros(as) e brancos(as) pensam a respeito das desigualdades étnico-raciais e do ensino médio. Para entender o problema proposto, selecionou-se uma escola estadual pública, localizada em Belo Horizonte, Minas Gerais. Na instituição, foi realizada a observação participante durante sete meses. Elegeu-se dialogar exclusivamente com estudantes do terceiro ano do ensino médio. O diálogo estabelecido com eles(as) se deu por meio da realização de quatro grupos de discussão, nos quais houve a participação de 29 estudantes. Desses, 18 são mulheres e 11, homens, que se autodeclararam pretos, pardos e brancos. A pesquisa evidenciou a percepção desse público sobre as desigualdades sociorraciais brasileira e, por conseguinte, sobre as cotas raciais, necessitam ser melhor problematizadas, uma vez que as assimetrias de caráter socioeconômicas são percebidas como principal fator explicativo dos dilemas enfrentados pela escolaridade média.
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