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22/11/2016

O futuro é amarelo

Face à tragédia de migrantes e refugiados a que, lamentavelmente, o mundo todo-poderoso não consegue pôr termo, quem deprecia uma espécie exótica, quando ela se revela uma ameaça para a flora endémica de uma região, pode ser apontado como defendendo abusivamente a reserva de um território para os seus habitantes autóctones. Eliminemos, porém, desde já este mal-entendido. Sabemos que não há fronteiras para a fauna ou para a flora, e que declarar uma espécie nativa de um local é uma decisão datada, ainda que tenha fundamento científico. Decerto há plantas em Portugal cujos progenitores terão aqui aportado, vencido a competição com outras espécies e visto alterar-se a sua herança genética pela adaptação a novos polinizadores ou pela colonização de um substrato diferente, tornando-se a pouco e pouco, num processo evolutivo admirável, parte do que hoje, milhões de anos depois, consideramos flora endémica lusitana. O impacto desses imigrantes nos ecossistemas de então seria, por algumas normas actualmente em vigor, comparável à de uma invasão por extraterrestres perigosos. Que razões há então, afora o apelo estético e o interesse botânico, para a erradicação de espécies invasoras, para a listagem cuidadosa das espécies nativas em situação vulnerável e para os programas de conservação, se afinal o futuro pode, sem a nossa (por vezes danosa) intervenção, destinar ao planeta não um deserto mas um coberto vegetal homogéneo, formado por um limitadíssimo número de espécies muito resistentes e bem adaptadas?

Há pelo menos um motivo a que é prudente prestarmos toda a atenção: a sobrevivência da humanidade pode depender, mais do que supõe ou consegue aferir, dos benefícios da biodiversidade. É que tem sido essa variedade biológica e a cooperação entre espécies, num plano de subsistência mútuo, que nos tem garantido alimento, saúde, energia, recursos para a pesquisa tecnológica e a descoberta de novos remédios; e o que poderá assegurar uma resposta eficiente às mudanças no clima. A sustentabilidade da vida na Terra só será possível se os ecossistemas tiverem múltiplos meios de preservar impolutas as fontes de água, de manter a fertilidade do solo arável, de produzir ingredientes variados para a nossa dieta equilibrada, de reciclar os nutrientes do planeta, de travar o declínio dos polinizadores, salvaguardando o seu pacto com as plantas, de renovar as virtudes da nossa atmosfera e, não menos importante, de usufruir da diversidade genética em redutos silvestres.



Vem este arrazoado a propósito de mais uma espécie exótica, originária da América Central e do Sul, que vimos na lagoa de Vixán, na costa da Galiza. Pela sua grande capacidade invasora, a Ludwigia grandiflora é uma forte ameaça a este formoso espaço natural. Herbácea perene, alta, de flores solitárias mas vistosas no Verão e absoluta dependência de solos encharcados, consegue reproduzir-se vegetativamente e aprecia sobremaneira ribeiros de fraca corrente, remansos, arrozais e represas. Os frutos são cápsulas longas com uma coroa de sépalas e sementes firmemente incrustadas, que, mal se libertam, flutuam na água ou se disseminam arrastadas pelo vento. Para travar a propagação da planta, em alguns países da Europa são proibidos tanto a sua comercialização como o seu transporte.



Ludwigia grandiflora (Michx.) Greuter & Burdet

Cremos, porém, que ela não tardará a chegar ao Minho. Das três espécies do género Ludwigia que ocorrem na Península Ibérica, só a L. palustris, de flores muito discretas, é autóctone e tem populações conhecidas em Portugal.

19/09/2012

Flores de aquário

Ludwigia palustris (L.) Elliott


Regressemos à bacia hidrográfica do rio Vouga, desta vez para caminhar junto à lagoa do Mamodeiro. A lagoa some-se no Verão, para o que seguramente contribui a ocupação cerrada das margens por plantações de eucaliptos. Mas ainda se encontram alguns taludes humedecidos (com Pinguicula lusitanica e Drosera intermedia), regatos e zonas paludosas. O fundo avermelhado quase seco de um arroio tinha tantos pés de Alisma plantago-aquatica, Alisma lanceolata, Baldelia repens e Lindernia dubia, que decidimos inspeccioná-lo de perto. Pelo meio viam-se inúmeros caules acastanhados de uma planta rasteira, de folhas glabras com face superior verde e inferior com laivos rubros. Mas de flores nada.

Desconfiámos. Estas ervas quase-aquáticas florescem em geral no Verão para as flores poderem ficar fora da água e assim se fazerem notadas. Com uma lupa corrigimos o engano: havia flores, e muitas, mas verdes, minúsculas e sem pé. Ao contrário do que sucede com outras congéneres suas, as flores da Ludwigia palustris não têm pétalas, só as quatro sépalas que formam uma campânula e persistem no fruto. Quando este amadurece, é amarelo, tem uns 5 mm de comprimento e exibe umas bandas longitudinais verdes.

A prímula-dos-brejos (marsh primrose) é uma herbácea perene, significando isso que vive submersa no Inverno. É nativa da Europa, Ásia, África e América. Em Espanha ocorrem mais duas espécies de Ludwigia, ambas americanas, ali introduzidas.

Com o nome do género, Lineu quis homenagear o botânico alemão Christian Gottlieb Ludwig (1709–1773), com quem manteve uma discussão profícua sobre as vantagens do seu sistema de classificação das plantas. A correspondência entre ambos é um documento histórico valioso sobre esta época da botânica, ecoando as dúvidas e críticas da comunidade científica ao trabalho de Lineu e dando uma medida do seu impacto; pode ser lida on-line.

17/10/2011

Erva-salgueira em versão XL

Epilobium hirsutum L.
Há plantas que, por não serem frequentes ou por não terem utilidade óbvia, nunca suscitaram a atenção do povo e por isso nunca receberam nome vernáculo. Até que chega alguém preocupado com a lacuna e, fazendo-se passar por povo, inventa uns nomes estapafúrdios a que chama "nomes comuns". Essa obra apócrifa é de fácil detecção, pois atribui às camadas populares uma erudição botânica deveras surpreendente. Exemplo ilustrativo é fornecido pela planta de hoje, que seria popularmente chamada de epilóbio-eriçado. Somos pois convidados a acreditar que o povo, além de conhecer a designação científica das plantas, ainda tem umas luzes não despiciendas de latim e de morfologia vegetal. Que nos perdoe quem prossegue tal obra de exaltação da sabedoria popular, mas nós não caímos nessa. E há ainda a questão de a palavra epilóbio, posto que bem sonante, não evocar nada de conhecido. O verdadeiro povo iria estropiá-la e torcê-la até que ela ganhasse maior poder sugestivo. Pé-de-lobo? Epilobo? Aceitam-se sugestões.

Porém, como temos que chamar alguma coisa às plantas, e há quem nos tome por pedantes se usarmos apenas os nomes científicos, somos forçados a inventar designações. Mas assumimos a autoria. Não é o povo da mítica aldeia que usa estes nomes, somos nós, citadinos, aqui no blogue. Pelo espaço de dois ou três parágrafos, a planta de hoje fica então a chamar-se erva-salgueira, que é tradução do inglês willowherb. É favor não a confundirem com a salgueirinha ou erva-carapau (esses sim genuínos nomes populares), a qual, apesar de partilhar com a erva-salgueira a preferência por habitats encharcados, pertence a uma família botânica muito distinta.

Dentro das plantas do género Epilobium, em geral ervitas de flores minúsculas que aparecem nos nossos canteiros sem pedirem licença, a erva-salgueira faz figura de gigante: pode atingir os 2 metros de altura e as suas flores (de um rosa vistoso, com o estima dividido em quatro segmentos) têm quase 3 cm de diâmetro. Em comum com as outras espécies do género, as flores aparecem no extremo daquilo que parece ser um longo pedúnculo, mas é de facto o ovário — o qual, depois de fecundado, se transforma numa "vagem" de onde saem as sementes envoltas em filamentos sedosos. O nome científico Epilobium refere-se aliás à circunstância de a corola estar sobreposta (epi) à cápsula (lobos) do fruto que há-de ser.

Sem ser rara, em Portugal a erva-salgueira não é muito vista: de acordo com a Flora Digital de Portugal, aparece no nordeste, no litoral centro, na região de Lisboa, no interior alentejano e na serra algarvia. Os esporádicos encontros que com ela tivemos não desmentem totalmente esse mapa: na serra dos Candeeiros, junto à lagoa grande do Arrimal; nas margens do Tâmega, em Amarante; e no vale do rio Távora, afluente da margem esquerda do Douro. Em Inglaterra, onde foram captadas as imagens, é uma planta comum nos habitats húmidos que lhe são favoráveis.

29/10/2010

Igual e diverso

"That's all", said Humpty Dumpty. "Good-bye."
This was rather sudden, Alice thought: but, after such a
very strong hint that she ought to be going, she felt that it would hardly be civil to stay. So she got up, and held out her hand.
"Good-bye, till we meet again!" she said as cheerfully as she could.
"I shouldn't know you again if we
did meet," Humpty Dumpty replied in a discontented tone, giving her one of his fingers to shake: "You're so exactly like other people."
"The face is what one goes by, generally," Alice remarked in a thoughtful tone.
"That's just what I complain of," said Humpty Dumpty. "Your face is the same as everybody has — the two eyes, so —" (marking their places in the air with his thumb) "nose in the middle, mouth under. It's always the same. Now if you had the two eyes on the same side of the nose, for instance — or the mouth at the top — that would be
some help."
"It wouldn't look nice," Alice objected.
But Humpty Dumpty only shut his eyes, and said "Wait till you've tried."


Lewis Carroll, Through the Looking-Glass, and What Alice Found There (1871)

15/07/2010

A cada erva o seu feitiço

Circaea lutetiana L. (A thing of beauty is a joy for ever)


Como alguns terão visto no filme Aquele querido mês de Agosto (de Miguel Gomes), a mata da Margaraça é um bosque de sombras aprazíveis carregado de sussurros. Não admira, portanto, que a erva-das-feiticeiras aprecie aquele lugar, exibindo-se viçosa nas clareiras durante o Verão. O nome do género refere-se à deusa grega de voz sedutora, Circe, inimiga dos mortais que transformava em bichos, ou simplesmente envenenava para abreviar caminho. No Livro III do poema Endymion: A Poetic Romance, John Keats dá voz ao horror de ser gente em pele de besta através do apelo de um rei/elefante enfeitiçado por Circe. E, se não fosse a ajuda providencial de uma droga que lhe confiou Hermes (um jovem com a primeira barba a despontar,/ altura em que a juventude tem mais encanto, na tradução de Frederico Lourenço), até Ulisses teria sucumbido aos poderes da bruxa (Odisseia, Canto X).

Esta herbácea delicada tem folhas simples com cerca de 10 cm de comprimento, opostas, de base cordiforme e ápice pontiagudo. Pode chegar aos 70 cm de altura, se contarmos com a haste floral, e na Europa só não se encontra na Islândia (por não haver bosques) e na Finlândia (em cujas florestas talvez haja demasiados elfos). As flores, brancas ou cor-de-rosa, são hermafroditas e tão pequeninas que o leitor terá de acreditar, com quem confia num fauno, que elas têm duas sépalas, duas pétalas lobadas de 2-4 mm, dois estames e um estilete com um estigma vermelho. Estes ingredientes arranjam-se como nas verónicas (até julgámos que era uma): o estilete e os estames projectam-se a partir do centro da corola mas os estames afastam-se para, todos juntos, criarem uma plataforma onde os insectos aterram para acederem ao néctar e colaborarem na polinização cruzada: a guloseima está guardada num anel que envolve o estilete e, enquanto lambem, os bichos tocam com a barriga no estigma — largando aí pólen que tragam de outra flor — e polvilham-se de pólen novo recolhido nas anteras. Contudo, a planta também se multiplica por divisão de caules subterrâneos.

O género abriga três espécies europeias, a C. lutetiana (de Lutetia, Paris), a C. alpina L. e a C. x intermedia Ehrh., híbrido das anteriores.

18/06/2010

Erva de pintar taludes

Oenothera biennis L.

Oenothera glazioviana Micheli in Mart.
aqui explicámos como as auto-estradas podem ser profícuo campo de estudo para quem se interesse por botânica, mas a lição ficaria incompleta se não mostrássemos uma das plantas mais frequentes nas bermas e taludes das modernas grandes vias. O que acontece é que o esforço ultra-higienista de limpar tal vegetação tem apenas como resultado substituir umas plantas por outras. As plantas indígenas ecologicamente mais interessantes cedem lugar às plantas ruderais, mais capazes de sobreviver aos sobressaltos das limpezas periódicas. Muitas delas foram introduzidas como ornamentais e, tendo-se naturalizado no nosso território, chegam mesmo a comportar-se como invasoras, prejudicando seriamente a vegetação nativa.

Por esta altura é vulgar observarem-se grandes extensões de talude pintadas de amarelo. Não o amarelo vivo dos malmequeres rasteiros, mas o amarelo mais pálido de umas grandes flores que parecem lenços amarrotados pendurados em cabides. Quem fornece tal entretenimento visual são plantas norte-americanas do género Oenothera. Foram muito estimadas na jardinagem europeia antes de resolverem encarregar-se elas mesmas da sua propagação. Aliás, à mesma família Onagraceae pertencem os apreciadíssimos e também americanos brincos-de-princesa.

As flores de Oenothera têm o hábito de só abrir pelo fim da tarde, e daí esse ar desgrenhado, quase pesaroso, que costumam apresentar. O nome que se lhes dá em inglês é evening primrose, traduzido aproximadamente por prímula-da-tarde. As duas espécies que exibimos atingem porte muito respeitável — cerca de metro e meio de altura — e estão amplamente disseminadas em Portugal. A Oenothera glazioviana é talvez a mais comum das duas, e distingue-se pelas flores maiores (8 cm de diâmetro contra 5) e, sobretudo, pelos cálices vermelhos (os da Oenothera biennis são verdes).

Outro pormenor em que se diferenciam é a origem. A O. biennis é nativa da metade leste dos EUA, enquanto que a O. glazioviana não o é de parte nenhuma: terá surgido por hibridação nalgum jardim ou viveiro europeu, e supõe-se que tenha sido introduzida no comércio hortícola em meados do século XIX. Por ironia do destino, foi igualmente comercializada na América do Norte; e, qual descendente de emigrantes que por um impulso atávico se instala na pátria dos seus antepassados, acabou também lá por se naturalizar.

16/11/2007

Flor-borboleta

São fotógrafos minuciosos, intransigentes com o erro, hábeis a manusear duas objectivas e um tripé ao mesmo tempo. Sensíveis, não há borboleta azul-turquesa que os não tente: enquanto ela repousa, com as asas a ondularem ao ritmo da respiração, aproximam-se pé-ante-pé de máquina em riste, e começa o demorado ritual de afinar os mil parâmetros que garantirão que a foto será perfeita e a fama certa para ambos; um segundo antes de ele premir o botão, a ingrata decide dar uma corridinha até outra flor.

Conhece algum fotógrafo assim? Eu também. Para estes infelizes, a natureza compadecida criou na América do Norte uma obediente borboleta em flor, a Gaura lindheimeri.



Já encontrámos na flor-aranha esta disposição de 4 pétalas a lembrar-nos uma tiara índia de penas, e a justificar a designação comum Indian feathers. A floração começa com o Verão e estende-se até Novembro, mas, tal como as borboletas, cada flor dura pouco, nascendo branca de madrugada e ganhando tonalidades de rosa até ao fim dela, e do dia.

As flores dispõem-se em hastes finas que tendem a inclinar-se (alguns chamam-lhes mesmo wand-flowers), por isso esta planta é apropriada para escarpas rochosas onde forma graciosas cascatas de flores. É herbácea semi-perene e aprecia clima quente e solos secos, preferindo mesmo temporadas sem rega. Ideal, portanto, para alegrar um canteiro enquanto se poupa água.

Ferdinand Jakob Lindheimer (1801-1879) foi um naturalista alemão que emigrou para os Estados Unidos em 1834 e veio a ser colector de plantas no Texas onde descobriu centenas de novas espécies.

19/10/2007

Música para colibris


Epilobium canum

Contemplá-la deveria bastar-nos. Vencido o receio de corromper a beleza, poderíamos até tocar-lhe as pétalas, sentir-lhe de perto o perfume, e recuar saciados. Mas não. Como D. José em Todos os nomes, de Saramago, só depois de identificada, com «o nome completo, sem lhe faltar um apelido ou uma partícula», aceitámos reconhecer esta flor como nossa.

Seguiram-se por isso noites de leitura sem a paz do costume. A tarefa adivinhava-se árdua porque os traços mais relevantes da planta nos pareciam discordantes. A cor escarlate brilhante pouco usual, a indentação das pétalas em dois lóbulos (que só conhecíamos em flores pequeninas e roxas), o formato em trombeta com estames proeminentes (características comuns a inúmeros géneros) e a folhagem minúscula deixaram-nos à deriva uns dias.

Num derradeiro esforço, reparámos noutra pista: os estames esticados, com as anteras de pólen dilatadas, e o estilete um pouco mais longo com uma bolinha penugenta como estigma. Já tínhamos visto este arranjo, como uma bailarina em pontas, nas fuchsias. Deste detalhe ao nome comum, California fuchsia, foi um pulinho - seguido de outro de contentamento por termos nomeado finalmente esta planta.

Depois de mais de um século a chamar-se Zauschneria californica, a comunidade científica colocou-a recentemente no género Epilobium, com o epíteto específico canum que, desconfiamos, alude às cãs do fruto. Foi recebida por cerca de 170 espécies da Nova Zelândia, América do Norte e Europa, entre elas a rasteirinha Epilobium roseum que desenha nesta altura manchas violeta nos nossos prados.

11/08/2005

Brincos-de-princesa

À entrada do jardim formal da Quinta de Sto. Inácio somos, todo o ano, recebidos por um perfume inebriante, com origem nas numerosas roseiras que desde o século XIX ali se cultivam. De nariz empinado e sorriso beatífico de apreço, esperamos que se desvaneça o feitiço para avançarmos para os pátios ajardinados que se seguem. Em cada um, o centro é ocupado por quatro quadrados arrelvados ladeados por canteiros, simetria vincada por robínias e magnólias nos cantos. No bordo de uma destas plataformas, protegida por boa sombra, está uma colecção preciosa de arbustos de folhagem densa enfeitada por pequeninos "brincos" de várias combinações de cor-de-rosa. São fuchsias, cujas flores lembram bailarinas de perna fina e saia de plissado arrojado, muito apreciadas por colibris.





Fotos: pva 0507 - Fuchsia spp. - Quinta de Santo Inácio, Gaia

Tal como acontece com as camélias, há em muitos países associações que reúnem admiradores de fuchsias e que, em congressos animados e exposições anuais, discutem variedades e trocam saberes.

O género, da família Onagraceae, que conta hoje com cerca de 100 espécies e mais de 15 mil variedades, tem origem na América do Sul; o nome homenageia Leonhard Fuchs (1501-1566), um botânico alemão que organizou um guia excepcional de plantas medicinais e cujas xilogravuras científicas são consideradas das mais bonitas e rigorosas da época.

O bailado dos brincos-de-princesa prossegue até ao Outono.